OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

GRANDES HOMENS

"Quem faz jus ao título de ‘grande homem’?

            Não sei...

O homem inteligente?

Não basta ter inteligência para ser grande...

O homem poderoso?

Há também poderosos mesquinhos...

O homem religioso?

Não basta qualquer forma de religião... Podem todos esses homens possuir muita inteligência, muito poder, e certo espírito religioso – e nem por isso são grandes homens.

Pode ser que lhes falte certo vigor e largueza, certa profundidade e plenitude, indispensáveis à verdadeira grandeza.

Podem os inteligentes, os poderosos, os virtuosos não ter a necessária liberdade de espírito...

Pode ser que as suas boas qualidades não corram com essa vasta e leve espontaneidade que caracteriza todas as coisas grandes.

Pode ser que a sua perfeição venha mesclada com um quê de acanhado e tímido, com algo de teatral ou violento.

O grande homem é silenciosamente bom...

É genial – mas não exibe gênio...

É poderoso – mas não ostenta poder...

Socorre a todos – sem precipitação...

É puro – mas não vocifera contra os impuros...

Adora o que é sagrado – mas sem fanatismo...

Carrega fardos pesados – com leveza e sem gemido...

Domina – mas sem insolência...

É humilde – mas sem servilismo...

Fala a grandes distâncias – sem gritar...

Ama – sem se oferecer...

Faz bem a todos – antes que se perceba...

‘Não quebra a cana fendida, nem apaga a mecha fumegante – nem se ouve o seu clamor nas ruas...’
Rasga caminhos novos – sem esmagar ninguém...

Abre largos espaços – sem arrombar portas...

Entra no coração humano – sem saber como...

Tudo isto faz o grande homem, porque é como o sol – esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário, e assaz delicado para beijar uma pétala de flor...

Assim é, e assim age o homem verdadeiramente grande – porque é instrumento nas mãos de Deus...
Desse Deus de infinita potência – e de supremo amor...

Desse Deus cuja força governa a imensidade do cosmos – e cuja paciência tolera as fraquezas do homem...

O grande homem é, mais do que ninguém, imagem e semelhança de Deus..."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Fundação Alvorada, 8ª edição - p. 109)

A SINCRONICIDADE E O SÍMBOLO (1ª PARTE)

"As ocorrências sincrônicas podem ser de várias espécies, mas relacionam fatos subjetivos e objetivos; são projeções do mundo inconsciente ou subconsciente do indivíduo em acontecimentos sociais, no meio físico. Há um fator transpessoal entre essas duas realidades, que Jung, em particular, não confirmava. Para ele não havia uma causa; ele apenas constatava os eventos, sem tentar explicar sua procedência.

Pensadores de várias épocas, porém, procuraram uma explicação para esses fenômenos. Alguns o atribuíram a uma causa primordial, imanente e transcendental, presente na natureza de todo o mundo manifesto. Todos os seres e objetos estariam intimamente ligados em uma grande teia cósmica, onde qualquer movimento interfere nos demais, gerando consequências temporalmente longínquas ou imediatas.

Shopenhauer aludiu a uma vontade criadora que tudo determina; nela há uma causa primária que produz a simultaneidade e a inter-relação dos acontecimentos, gerando um paralelismo psicofísico. Cornélio Agripa, contemporâneo de Paracelso, afirmou que a alma do mundo penetra todas as coisas, ligando-as e mantendo-as unidas; a ‘máquina do mundo’ seria, portanto, uma só, produzindo correspondências e coincidências significativas. (...)"

(Lúcia Cristina Batalha - A sincronicidade e o símbolo - Revista Sophia, Ano 1, nº 4 - p. 9)


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A TEOSOFIA COMO RELIGIÃO

"Se se conceber a religião como a compreensão e a adoração de Deus e como o código supremo de preceitos morais, a Teosofia pode ser considerada religião, porém sem ritos nem dogmas e sem imposição cega de crenças.

O seus ensinamentos são apresentados a título de hipótese.

A observação direta, e conhecimento mais profundo de sua vastíssima e lógica concepção de Deus, do Universo e do Homem, mostrarão a verdade de suas afirmações.

A sua doutrina, o seu espírito de máxima tolerância, fazem com que ela não seja uma religião sectária, exclusivista, combatendo as demais religiões ou impondo-se como a única depositária de todas as verdades.

Pelo contrário, ela acolhe sob sua égide todas as religiões, pois acha que cada uma possui parte da Grande Verdade, apresentada sob as formas, os ritos, os dogmas mais ao alcance da compreensão de um povo e que mais facilitem sua evolução.

A Teosofia nem mesmo quer que o indivíduo abandone sua religião, se esta o satisfaz; ela até o ajudará a compreendê-la e senti-la mais profundamente.

A Teosofia constitui um padrão moral, porque dá a esperança, para não dizer a certeza, de um futuro melhor; demonstra que tudo pertence à Vida única que preside e anima o Universo; desperta, de modo natural, o sentimento de fraternidade em seus estudantes, ao mostrar que todos são irmãos, uns mais adiantados na senda da evolução, mas todos devendo chegar à meta final; e prova racionalmente que só o Bem, o Belo e a Verdade fazem o indivíduo atingir as culminâncias da Divindade!"

(Alberto Lyra  – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 22)
www.editorateosofica.com.br/loja


CRIAR BONS HÁBITOS E DESTRUIR MAUS HÁBITOS (PARTE FINAL)

"(...)Enfraqueça um mau hábito evitando tudo que o ocasiona ou o estimula, sem se concentrar nele em seu afã de evitá-lo. Em seguida, desvie a sua mente para algum hábito bom e cultive-o imperturbavelmente, até que se torne uma parte confiável de você. Mesmo um mau hábito leva tempo para predominar; logo, por que se impacientar com o desenvolvimento vagaroso do bom hábito oposto? Não se desespere com os seus hábitos indesejáveis; simplesmente deixe de alimentá-los e fortalecê-los por meio da repetição. O tempo necessário à formação de hábitos varia de acordo com o cérebro e o sistema nervoso do indivíduo, sendo determinado, principalmente, pela qualidade da atenção.

Por meio do poder de atenção profunda, educada pela concentração, qualquer hábito pode se estabelecer – quer dizer, novos traçados podem ser feitos no cérebro – à vontade e quase instantaneamente. Quando quiser criar um bom hábito ou destruir um mau hábito, concentre-se nas células cerebrais, o depósito do mecanismo dos hábitos. Para criar um bom hábito, medite; e, então, com a concentração fixada no centro crístico, o centro da vontade entre as sobrancelhas, afirme, com profundidade, o bom hábito que você quer implantar. E quando você quiser destruir um mau hábito, concentre-se no centro crístico e afirme, com profundidade, que todas as ranhuras dos maus hábitos estão sendo apagadas.

Por meio da concentração e da força de vontade, você pode apagar até mesmo as ranhuras profundas dos hábitos antigos. Se é viciado em fumar, por exemplo, diga a si mesmo: ‘Por muito tempo o hábito de fumar tem estado alojado em meu cérebro. Agora eu ponho toda a minha atenção e concentração no meu cérebro e quero que esse hábito seja desalojado.’ Comande assim a sua mente, repetidas vezes. A melhor hora do dia para se fazer isso é pela manhã, quando a força de vontade e a atenção estão descansadas. Afirme repetidamente sua liberdade, usando todo o vigor da sua força de vontade. Um dia, de repente, você sentirá que já não está preso na armadilha desse hábito. (...)

Medite sobre o pensamento ‘Eu e meu Pai somos um’, tentando sentir uma grande paz e em seguida uma grande alegria no coração. Quando essa grande alegria chegar, diga: ‘Pai, Tu estás comigo. Eu ordeno que Teu poder em mim cauterize, nas células do meu cérebro, os hábitos errôneos e as sementes das tendências passadas.’ O poder de Deus na meditação fará isso. Livre-se da consciência limitadora de que é homem ou mulher; saiba que é um filho de Deus. Então afirme mentalmente e ore a Deus: ‘Eu ordeno às minhas células cerebrais que mudem, que destruam as ranhuras dos maus hábitos que fizeram de mim um fantoche. Ó Senhor! Incinera-os em Tua luz divina.’

Suponhamos que o seu problema é deixar-se tomar pela ira frequentemente e, depois,  sentir-se culpado por ter perdido a calma. Todas as noites e manhãs, decida evitar a ira, vigiando-se cuidadosamente. O primeiro dia poderá ser difícil, mas o segundo poderá ser um pouco mais fácil. O terceiro será ainda mais fácil. Depois de alguns dias, você verá que a vitória é possível. Ao fim de um ano, se mantiver o seu esforço, você será outra pessoa."

(Paramahansa Yogananda – Onde Existe Luz – Self-Realization Fellowship – p. 110/113)


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A REVELAÇÃO DE BRAHMAN

"O Upanixade Kena diz que a chegada de Brahman é como um ‘piscar de olho’. A revelação de Brahman é instantânea, tão súbita e rápida como um piscar de olho. A experiência de Brahman é momentânea, mas esse momento tem a riqueza de uma Eternidade. Brahman ou Realidade pode ser experienciado de momento a momento. Qualquer desejo de estender o momento significaria trazer a percepção de Brahman para o processo do tempo. Mas como pode o Transcendente ser percebido na região do Tempo? Somente no momento atemporal é que Brahman pode ser conhecido. Isso significa que para a experiência de Brahman precisamos descartar viver no processo do tempo? As atividades do dia a dia do homem precisam estar no processo do tempo. Mas aquele que obteve um vislumbre momentâneo de Brahman no momento atemporal retorna ao processo do tempo com um sentido de êxtase. Ele preenche o processo do tempo com esse êxtase. Ele não é mais a mesma pessoa. Ele traz para o processo do tempo a fragrância do Atemporal. Embora Brahman chegue como um flash de luz, tal é o brilho desse flash que ilumina toda a existência do homem.

O Upanixade Kena diz que Brahman é Tadvanam – o que significa o Bem amado de todos. E como adoramos o Bem Amado? Certamente através do Amor. O Upanixade Kena diz que somente a adoração do Amor nos conduz à experiência de Brahman. Somente quando a consciência humana está repleta de amor é que ela experiência a chegada de Brahman."

(Rohit Mehta - O chamado dos Upanixades – Ed. Teosófica, Brasília, 2003, p. 48)