OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 27 de março de 2014

DÚVIDAS

“Uma dúvida sobre nossas crenças pode paralisar-nos.

Uma dúvida sobre nossas forças pode vencer-nos.

Uma dúvida sobre o caminho pode desviar-nos.

Uma dúvida sobre nós mesmos pode matar-nos.

Maldita dúvida!

Uma dúvida pode:

  • ·         libertar-nos dos engodos;

  • ·         salvar-nos da trilha errada que escolhêramos;

  • ·         evitar-nos precipitados engajamentos funestos;

  • ·         ajudar-nos a transcender.


Bendita dúvida!

Quando preciso definir se uma dúvida é maldita ou bendita, pergunto à Viveka – à Divina Luz do Discernimento."

(Hermógenes - Viver em Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 95)


A MENTE COMUM (1ª PARTE)

"Por um hábito antigo, durante muitas vidas a mente de vocês se identificou tanto com o corpo, o mundo objetivo e as opiniões alheias que esqueceu sua aptidão de se manter afastada, livre do corpo denso, e de raciocinar sozinha, sem a necessidade ou a pressão das opiniões alheias. 

Em geral, a mente atua sob a influência de desejos, a maioria deles à procura de satisfações de natureza sensória, limitadas pelo tempo e pelo espaço. 

A mente comum não pode idealizar nada que não tenha nome e forma, é incapaz de conceber o que é eterno. Ela desperta com o corpo e continua identificada com ele durante o dia inteiro. Por isso, repetir apenas 'Deus existe e é muito misericordioso' não muda em nada o apego que se tem pelo corpo.

É com grande dificuldade que rapazes como vocês conseguem imaginar, intelectualmente, o que seja a Realidade Suprema, ou Deus. Por isso, é absolutamente necessário que vocês mudem de mentalidade e submetam-se a uma austera disciplina diária, sempre à mesma hora. Dentro de pouco tempo, um ano ou talvez seis meses, constatarão que a mente lentamente aprenderá a nova lição e se dirigirá naturalmente a Deus. Recordar o Ideal Escolhido em todas as ações diárias será de grande ajuda para que, paulatinamente, a mente aceite a nova mudança. No momento, ela vê e acredita que nada existe além do mundo transitório dos sentidos, mas, pela força da prática constante, ela sentirá que seu único dever é dirigir-se a Deus. (...)

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo, 2011 - p. 47/48)


quarta-feira, 26 de março de 2014

O MANTRA

"Todas as Escrituras Sagradas da Índia consideram o mantra um meio eficaz de atingir o Supremo. É o que os Vedas e Upanishads ensinam desde os tempos mais remotos. Dizem que quando se pratica essa disciplina, o próprio Senhor vem em socorro de seu devoto. Nesse caso, a purificação interior é inteiramente realizada pelo japa. Essa prática pode chegar, até mesmo, a eliminar completamente o gosto pelas experiências mundanas. Pouco a pouco, manifesta-se uma transformação total da natureza do devoto. Sri Ramakrishna disse um dia: - Quando um rei quer visitar a casa de um súdito, envia primeiro os móveis e a louça. O súdito pode, então, recebê-lo dignamente. O mesmo ocorre em relação ao devoto. As qualidades divinas manifestam-se nele.

Ao meditar num mantra, não pensamos no significado das palavras, pois, naquele momento, o próprio mantra está identificado com o ideal espiritual. Ao repeti-lo, estabelecemos um contato direto com nosso ideal espiritual. Trata-se de uma prática de concentração intensa que também aviva todos os sentimentos afetivos, pois é preciso amar profundamente seu Ishta, o ideal escolhido.

Por representar Deus a nossos olhos, o Ishta nos é particularmente agradável. Dizemos a nossos olhos porque Deus é infinito, mas também pode ser considerado com atributos. Não podemos obter a visão verdadeira do Infinito. Somos obrigados a escolher um aspecto ou os aspectos que tocam mais particularmente a natureza de cada um de nós. Por exemplo, alguns são atraídos pelo poder, outros pelo amor, outros ainda pela doçura ou sabedoria. “ (...)

(Swami Ritajananda - A Prática da Meditação - Lótus do Saber Editora, Rio de Janeiro - p.4/5)


DA MENTE CONDICIONADA PARA A LUZ (PARTE FINAL)

"(...) Atitudes impensadas podem gerar problemas de relacionamento, problemas com a família, com os amigos ou com os vizinhos. Palavras ásperas são às vezes proferidas gratuitamente. Comumente quem age de forma agressiva está com algum problema. Pode estar mal de saúde, ter tido algum desentendimento no trabalho, está insatisfeito, e por isso ele se expressa de forma intempestiva. Ao perceber que o outro está sendo agressivo em razão de algum problema pessoal, não precisamos vibrar no mesmo diapasão, respondendo a agressão com agressão. Se estivermos atentos, podemos observar e não reagir automaticamente. 

É sábio dar um tempo, respirar fundo (respirar fundo acalmar as emoções) e não se deixar contaminar pela negatividade do outro. Porque a pessoa que atravessou seu carro na frente do meu precisa ser agredida? Ela podia estar com muita pressa, ter algum problema urgente para resolver; podia estar desatenta, podia ser 'barbeira'. São muitas as razões que poderiam ter feito com que ela desse a 'fechada'. Ela não queria me agredir, mas eu me senti agredido e reagi. Se nos permitirmos esse instante de reflexão e auto-observação, evitaremos muitos problemas.

Às vezes pessoas que se dão muito bem agem de forma impensada, brigam e ficam por muito tempo, até por toda uma vida, sem se falar. Por causa de um momento infeliz em que a pessoa falou o que não devia e o outro reagiu agressivamente. Um relacionamento importante pode se tornar insustentável. Sociedades e casamentos acabam se rompendo por causa de uma palavra mal colocada ou de uma atitude egoista. A atenção e o cuidado podem evitar muitos dissabores."

(Eduardo Weaver - Revista Sophia, Ano 8, nº 31 - Pub. da Ed. Teosófica - p. 13/14)


terça-feira, 25 de março de 2014

JUSTIÇA

"Sendo o karma uma lei universal ela não vai privilegiar países, raças ou agrupamentos sociais; a mesma regra é válida para tudo e para todos. As desigualdades são frutos colhidos da semeadura outrora feita. Ninguém colhe o que não merece, nem recebe além do que faz jus. Todas as outras leis são dependentes dessa lei maior.

Muitas pessoas dizem: tenho uma vida regrada, cumpro minhas obrigações, não faço mal aos outros e, no entanto, levo uma vida cheia de dissabores. Admitindo que isso seja verdade, temos de supor que os desencontros de agora são consequências de causas geradas em outras encarnações. A alma que plantou no passado é a mesma que está colhendo hoje, embora esteja revestida de nova vestimenta carnal.

Pelo amor, pelo trabalho ou ainda pela dor, vamos resgatando nossos débitos do passado. A lei não foi violada; apenas estamos saldando nossas dívidas. Em sentido oposto, tudo que fizemos de bom no passado, podemos já ter recebido ou estar agora recebendo; ou, ainda, recebermos no futuro. Isso é justiça divina e é válida para todos."

(Antonio Geraldo Buck - Você Colhe o que Planta – Ed. Teosófica, Brasília, 2004 - p. 22)