OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

AS BASES DO AUTOCONHECIMENTO

"Uma das coisas mais difíceis do mundo é olharmos qualquer coisa com simplicidade. Como nossa mente é muito complexa, perdemos a simplicidade. Não me refiro à simplicidade no vestir ou no comer, no usar apenas uma tanga ou bater um recorde de jejum, ou qualquer outra das absurdas infantilidades que os santos praticam; refiro-me àquela simplicidade que nos torna capazes de olhar as coisas diretamente e sem medo, capazes de olhar a nós mesmos sem nenhuma deformação, de dizer que mentimos quando mentimos e não esconder o fato ou dele fugir.

Outrossim, para compreendermos a nós mesmos, necessitamos de muita humildade. Se começais dizendo: "Eu me conheço" — já travastes o processo do auto-aprendizado; ou, se dizeis "Não há muito que aprender a meu respeito, porque sou apenas um feixe de memórias, ideias, experiências e tradições" — tereis também parado o processo de aprendizado a vosso próprio respeito. No momento em que alcançais qualquer alvo, perdeis o atributo da inocência e da humildade; no momento em que chegais a uma conclusão ou começais a examinar com base no conhecimento, está tudo acabado, porque então estais traduzindo tudo o que é vivo em termos do velho. Mas se, ao contrário, não tendes nenhum ponto de apoio, nenhuma certeza, nenhuma perfeição, estais em liberdade para olhar, e quando olhais uma coisa em liberdade, ela é sempre nova. Um homem seguro de si é um ente morto"

(J. Krishnamurti - Liberte-se do Passado - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 13)

O PODER DO AMOR (PARTE FINAL)

"Por meio da vigilância, da percepção correta da realidade, somos capazes de substituir o sentimento de ódio pelo sentimento de amor. Ninguém resiste à força do amor. O amor é muito mais forte do que o ódio, que o egoísmo ou qualquer emoção negativa. Temos um poder fantástico, um poder divino, que é o poder de influenciar o mundo através da nossa mente. Temos a capacidade de exercer a função divina de criar e transformar o mundo. (...)

Quando nos abrimos para a luz, ela chega até nós e ilumina a nossa mente. Será que estamos preparados para recebê-la? Sem essa luz a vida fica obscura, sem beleza, sem brilho. Sem ela não conseguimos distinguir o falso do verdadeiro, vivemos na obscuridade. Essa luz divina chega até nós vinda de dentro. É uma luz que está sempre esperando que nós nos abramos para ela. Todos nós podemos ter acesso a essa luz interior, que é uma luz maravilhosa, que é a única fonte real de felicidade. Só depende de estarmos determinados a viver a vida divina aqui na Terra."

(Eduardo, Weaver - Da mente condicionada para a luz - Revista Sophia, Ano 8, nº 31 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 14/15)


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ESQUEÇA OS ERROS DO PASSADO

"Evite remoer todas as coisas erradas que já fez. Isso já não lhe pertence: que seja esquecido. É a atenção que cria o hábito e a memória. Assim que você coloca a agulha num disco de vinil, ele começa a tocar. A atenção é a agulha que toca o disco das ações passadas. É por isso que você não deve colocar a atenção nas coisas ruins. Para que continuar a sofrer pelos atos impensados do passado: Elimine essas lembranças ruins da mente e cuide de não repetir os erros.

Deus não concedeu memória ao ser humano para que ele fique recordando coisas negativas. Há pessoas que lembram e relembram todo o sofrimento pelo qual já passaram, e também a dor terrível que sentiram quando fizeram uma operação... há vinte anos! Vivem e revivem a consciência daquele situação. Para que repetir a experiência? Recordar experiências dolorosas ou más, de propósito, é usar erroneamente a memória, além de ser um pecado contra a alma. Se nutrir lembranças desagradáveis, você as carregará para o futuro, o que não é bom para você. Se nutrir profundo ressentimento por alguém, remoer o sentimento todos os dias e, em retaliação, atacar essa pessoa mentalmente, tomará muitas encarnações para apagar a lembrança do ódio. É perigoso tornar-se vítima de uma memória repleta de feias lembranças. Cultive o esquecimento dos erros passados e dos sentimentos de vingança, incentivando somente as lembranças boas.

Poucas pessoas no mundo tentam, conscientemente, desenvolver o potencial do corpo, da mente e da alma. O resto é vítima das circunstâncias do passado. Arrastam-se lenta e vagarosamente, empurrados pelos hábitos errôneos do passado, impotentemente deixando-se abater por esta influência. Só conseguem lembrar: 'sou uma pessoa nervosa', 'sou muito fraco' ou 'sou um pecador', e assim por diante. Depende de cada um continuar preso ou cortar, com a espada da sabedoria, as cordas da servidão.

Deus concedeu a todos o liberdade de agir por escolha própria. Nunca imponha a sua vontade a ninguém, mas se persuadir outra pessoa a fazer o que você, humildemente, considera ser o melhor, exerça sua influência com amor. (...)"

(Paramahansa Yoganada - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 157/158)


O PODER DO AMOR (1ª PARTE)

"Annie Besant, a segunda Presidente da Sociedade Teosófica internacional, era uma grande escritora e conferencista. Ela era uma pessoa muito dinâmica, com uma marcante presença pública, tendo inclusive trabalhado junto com Gandhi na campanha de Libertação da Índia. Besant defendia causas que não eram muito populares, como o controle da natalidade, os direitos das operárias, os direitos dos intocáveis e outras causas sociais. Durante uma fase de sua vida ela sofreu uma perseguição implacável de uma jornalista. Por alguma razão incompreensível, esse escritor realizou uma persistente campanha de difamação contra ela. Ele a criticava de forma virulenta em jornais e periódicos. Ela tentava rebater, tentava se defender, mas não conseguia.

Um dia Besant percebeu a inutilidade de tentar responder a crítica com crítica, rancor com rancor, quando percebeu o que estava acontecendo, pegou um retrato desse jornalista, colocou-o em sua mesa de cabeceira e todo dia, em sua meditação matinal, ela mirava o retrato e enviava pensamentos de paz ao jornalista. Em pouco tempo a agressividade do homem foi se dissipando e o seu comportamento mudou completamente. Ele passou a admirá-la, tornando-se em seguida um amigo. A força do amor foi capaz de reverter completamente a atitude negativa."

(Eduardo, Weaver - Da mente condicionada para a luz - Revista Sophia, Ano 8, nº 31 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 14)


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

NIRVANA

"A palavra Nirvana significa, literalmente, extinguir. A extinção de todas as ações do eu pequeno é o caminho para esse grande desconhecido que é o Nirvana. Na terminologia da ioga ele é descrito como o silenciar dos movimentos da mente, pois a mente é a criadora do pequeno eu pessoal. Alcançar o Nirvana não é tornar-se algo, mas eliminar o egoísmo. A filosofia Vedanta assinala que Brahman, ou o verdadeiro Ser, não pode ser encontrado através da busca nem da tentativa de adquirir algo, seja conhecimento ou qualquer outra coisa.

Brahman é encontrado através da negação, da rejeição de tudo o que é falso. A falsidade se expressa nos movimentos da mente, que se baseia na noção, limitada ou ampla, de sobrevivência e de segurança. É também o movimento da busca de prazer. A negação total da sobrevivência e do prazer é o abandono do eu ao não-eu, do ser ao não-ser. Uma vez que cada um tem que negar seu próprio pequeno eu e descobrir o grande Não-eu, o autoconhecimento não pode ser obtido de outra pessoa. Não pode ser alcançado através de informações obtidas em livros. Cada pessoa tem que fazer seu próprio trabalho, e tem de fazê-lo diariamente."

(Radha Burnier - O Caminho do Autoconhecimento - Ed. Teosófica, 2000 - p. 87/90)