OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 3 de maio de 2015

DETERMINISMO E LIVRE-ARBÍTRIO

"Não há fatalidade e sim determinismo.

O homem é influenciado pelas circunstâncias e pelas consequências do que já fez, porém tem uma individualidade superior, tem uma essência divina. Graças a esta, pode, em qualquer momento, interferir com sua vontade superior e modificar - para melhor ou para pior - o seu Destino. A Personalidade não tem livre-arbítrio, mas quando entra em sintonia com a individualidade (o Ego) neste momento exerce o Livre-Arbítrio.

Há livre-arbítrio dentro de certos limites - liberdade condicionada.

A cada ação humana corresponde determinada consequência no Carma. Assim:

Vida presente:                                     Vida futura:

Aspirações e desejos                           Capacidade
Pensamentos constantes                     Caráter, tendências
Experiências                                         Conhecimento, sabedoria
Vontades de agir                                  Atos
Auxílio                                                   Conforto
Ressentimentos                                    Aflições
Críticas                                                 Importunações
Malefício físico                                      Malefício físico (olho por olho...)
Ocasiões perdidas                                Obstáculos à ação, infortúnios do meio

E assim por diante. Podemos sintetizar o Carma, na frase de Thackeray: 'Semeia um pensamento e colherás uma ação; semeia uma ação e colherás um hábito; semeia um hábito e colherás um caráter; semeia um caráter e colherás teu destino!' 

Uma esmola concedida por obrigação, por ostentação, produzirá efeitos muito diferentes de uma dada com simpatia, com verdadeira caridade. Não há propriamente recompensas ou castigos - Deus não premia e nem pune. Ele estabelece leis. O homem ou as obedece ou as infringe. Há consequências boas ou más; o indivíduo colhe o que semeia.

Os exemplos de dívidas cármicas podem ser numerosos. Assim, quando um homem sofre, está pagando o que fez. Se recebe com resignação e sofrimento, está saldando bem sua dívida cármica; se se revolta, está contraindo novas dívidas, por cultivar o ressentimento.

Os pensamentos são importantes, mais ainda que os atos físicos. Não basta proceder bem, é preciso pensar corretamente - esta deve ser a norma de conduta do Teósofo."

(Alberto Lyra – O ensino dos mahatmas – IBRASA, São Paulo, 1977 – p. 62/64)

sábado, 2 de maio de 2015

TENHA MAIS FORÇA MENTAL

"Você consegue entender tudo o que foi dito? Que até a vida e a morte são sonhos? Então, qual é a conclusão? Tenha mais força mental. Desenvolva um poder mental tão grande que permanecerá tranquilo aconteça o que acontecer, enfrentando tudo com coragem. Se você ama a Deus, deve ter fé e estar preparado para suportar os testes que vierem. Não tenha medo do sofrimento; mantenha a mente positivo e forte. O mais importante é a experiência interna. 

Nossa opinião é que, nas coisas simples, deve-se usar remédios sensatos para cuidar do corpo. A autocura depende de bom karma, dieta adequada, sol, exercício e fé contínua de que na mente está o onipresente poder curativo de Deus. Gradualmente, fortaleça a mente para depender mais de seu poder. Com isso, melhorará a cada dia. Tenha apenas pensamentos positivos, mesmo diante de circunstâncias contraditórias. Pratique a tranquilidade mental em épocas difíceis. Preocupe-se menos com as exigências físicas, percebendo que você não é o corpo, e sim a alma. Aprenda a jejuar de um a três dias de cada vez. Sempre que você achar que não deve comer algo, não coma. É assim que se desenvolve o poder mental. E, acima de tudo, medita profundamente todos os dias. Estabeleça contato genuíno com Deus, para perceber realmente tudo o que eu disse hoje: que a ilusão pode ser banida para sempre da alma.

Se você viver com o Senhor, será curado da ilusão de vida e morte, de saúde e doença. Esteja no Senhor. Sinta o amor Dele e não tema nada. Só no castelo de Deus é que podemos encontrar proteção. Não existe porto de alegria mais seguro do que a presença divina. Quando você está com Deus, nada pode afetá-lo."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 175/176)


sexta-feira, 1 de maio de 2015

CRITICANDO O FALSO MORALISMO DOS FARISEUS

"Jesus era um homem corajoso. Conseguia falar o que pensava mesmo quando colocava sua vida em risco. Dizia que os fariseus limpavam o exterior do corpo, mas não se importavam com o seu conteúdo.

O mestre era delicado com todas as pessoas, inclusive seus opositores, mas em algumas ocasiões criticou com contundência a hipocrisia humana. Disse que os mestres da lei judaica seriam drasticamente julgados, pois atavam pesados fardos para as pessoas carregarem, enquanto não se dispunham a movê-los sequer com um dedo (Mateus 23:4).

Quantas vezes não somos rígidos como os fariseus, exigindo das pessoas o que elas não conseguem suportar e nós mesmos não conseguimos realizar? Exigimos calma dos outros, mas somos impacientes, irritadiços e agressivos. Pedimos tolerância, mas somos implacáveis, excessivamente críticos e intolerantes. Queremos que todos sejam estritamente verdadeiros, mas simulamos comportamentos, disfarçamos nossos sentimentos. Desejamos que os outros valorizem o interior, mas somos consumidos pelas aparências. 

Temos de reconhecer que, às vezes, damos excessiva atenção ao que pensam e falam de nós, mas não nos preocupamos com aquilo que corrói nossa alma. Podemos não prejudicar os outros com nosso farisaísmo, mas nos autodestruímos quando não intervimos em nosso mundo interno, quando não somos capazes de fazer uma faxina em sentimentos negativos como a inveja, o ciúme, o ódio, o orgulho, a arrogância, a autopiedade."

(Augusto Cury - O Mestre da Vida - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2012 - p. 17)


quinta-feira, 30 de abril de 2015

O SACRIFÍCIO E A RENÚNCIA

"O sacrifício e a renúncia são práticas semelhantes. O sacrifício de certa forma ritualiza os nossos atos de renúncia. Existe um lugar para a renúncia, tapasyas, ou austeridades em nossa prática espiritual. É muito útil impor uma disciplina em nós quando sentimos que é isso que necessitamos. Se vocês necessitam, é bom jejuar, porque isso os fará sentir como estão apegados à comida. Se precisam, é bom ser brahmacharya, porque verão como estão iludidos pelos seus desejos sexuais. Tapasyas faz-nos trazer para a consciência a total extensão dos nossos apegos. Se pudermos vê-los do lado de fora, do lugar ocupado pela testemunha, não nos permitiremos ficar tão envolvidos pelos nossos desejos sensuais durante todo o tempo. Se nossas mentes não se voltarem tanto para fora, elas ficarão livres para se voltar para dentro, para a Luz. 

Isso é a austeridade. Quando ela nos faz ficar alegres, porque estamos nos liberando de algo que nos mantém afastados de Deus, isso é uma boa indicação de que a renúncia é a prática certa no momento. Por outro lado, se estamos trincando os dentes e agindo para sermos 'bons meninos', talvez fosse melhor esperar mais um pouco. Que viagem do ego! Ser apegado para não ficar apegado, e vocês ainda nem começaram a renunciar à renúncia! A prática da renúncia é finalmente renunciar ao nosso sofrimento sobre isso ou aquilo, e quando isso acontece, toda a parte melodramática da viagem da renúncia começa a desvanecer. O jogo não é verificar a pequena quantidade de alimento que podemos ingerir, como podemos ter pouco sexo ou como podemos usar somente algumas roupas - isso é bobagem. O alvo do jogo é ser livre; não ser apegado a ter, não ser apegado a não ter, mas ser livre.

A renúncia é um meio para um fim. Quando estivermos libertos, a renúncia será irrelevante. No minuto em que nos lbiertarmos do apego, poderemos usar ou não qualquer coisa no universo. Na verdade, tudo, então, se torna nosso para ser usado. Toda a energia do universo é uma energia livre, e como nós somos livres, toda ela está lá para que nós a usemos. Mas isso somente após estarmos sem apegos, porque somente então poderemos ficar encarregados das chaves do reino. Quando estivermos sem desejos, sem apegos, agiremos somente quando formos estimulados pelo nosso dharma para agir. Não haverá nada que estejamos buscando na situação que nos afaste da realização do nosso karma yoga. E de modo perfeito."

(Ram Dass - Caminhos para Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 275/276)


quarta-feira, 29 de abril de 2015

ORIENTAÇÃO PRÁTICA PARA TOMAR DECISÕES INTUITIVAS

"'Se temos que tomar uma decisão imediata e, aparentemente, não conseguimos o contato interior com Deus que nos dará orientação, como devemos fazer?'

Primeiro, pergunto-lhe: o que quer dizer com 'contato com Deus'? Você espera que Ele apareça numa visão e lhe dê instruções precisas sobre o que tem de fazer? Não é assim que crescemos espiritualmente.

Em vez de esperar demonstrações milagrosas, o verdadeiro devoto se esforça por sintonizar sua mente e sentimentos com Deus. As pessoas que meditam sabem como é o estado de sintonia: assim que a mente se interioriza, a gente sente a paz e a consciência da presença de Deus. Ele está sempre aí; nunca distante. Descobrimos isso com a meditação, e podemos nos manter nessa consciência durante nossas atividades ao praticar a Presença, ao tentar viver sempre conscientes de Deus em nossos pensamentos.

Se as circunstâncias permitirem, antes de tomar uma decisão importante, sente-se em silêncio por alguns momentos, orando profundamente por orientação para fazer a escolha certa. Não deixe que isso seja uma distraída viagem mental; fale com Deus ou com o Guru - e faça-o com sinceridade. Depois de meditar e orar sobre a decisão que tem a tomar, coloque sua consciência no sentimento do coração. Pergunte a si mesmo, e tente sentir, o curso que mais atrai o seu coração e o seu bom senso. E então aja - tome a decisão naquela hora."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 44/45)