OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 6 de setembro de 2016

MENTIRA

"Você e eu temos conhecido muita gente que, de tanto e tão frequentemente usar a mentira para proteger-se e lucrar, que, baseado no falso poder do embuste, não vacila em cometer atos amorais e lesivos aos outros, finalmente a perpetrar hediondos crimes. Para eles, mentira garante impunidade; mentira possibilita explorar e agredir.

É dessa forma que a mentira se faz a porta larga para todos os delitos, e consequentemente para a ruína total de muitas existências.

Quando assumimos com nós mesmos um compromisso de não recorrer à mentira como um meio de proteção e aquisição, ou seja, quando passamos a assumir a plena responsabilidade por nossas ações, dificilmente caímos em erro, dificilmente praticamos atos incorretos e injustos, dificilmente nos deixamos tentar, corromper, degradar, perder...

A mentira é corruptora. A verdade nos ergue e nos salva.

Seja teu falar sim sim, não não."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 60)


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

VIAGEM DA ANIMALIDADE PARA A DIVINDADE

"A segunda parte da afirmação passa pela compreensão do processo de desapego, que é uma viagem da Sala da Ignorância para a Sala da Aprendizagem e desta para a Sala da Sabedoria, como aparece em Voz do Silêncio, de H. P. Blavatsky. Na Sala da Aprendizagem o homem aprende a pensar e a refletir, passo a passo, e aprofunda a sua compreensão acerca da vida, de certas afirmações importantes e caminha em direção a uma maior sabedoria. Consideremos a afirmação de J. Krishnamurti 'vós sois o mundo', que não é uma afirmação matemática, mas o insight de uma pessoa sábia. Há muitas formas para compreender aquela afirmação. Se se fizer uma abordagem literal de 'vós sois o mundo', então a palavra 'mundo' é um substantivo sem qualquer conteúdo atrás de si. Krishna ou Jesus são nomes, mas os indivíduos por detrás desses nomes são uma realidade. De igual modo, a palavra 'mundo' é o nome mas nós somos a realidade. Este é o primeiro passo para a compreensão do significado da palavra 'mundo' como um coletivo de indivíduos. O segundo passo consiste também em compreender a nossa contribuição enquanto indivíduos. Se formos feios, contribuímos para a fealdade do mundo. Se o mundo estiver cheio de corrupção, ódio, inveja, ira, ganância, ambição, etc., então o estudante aceita, com este novo passo, que ele contribuiu para isso. Não pode atirar a responsabilidade para qualquer outro. Sempre que condena alguém, ele compreende que está condenando a si mesmo. Assim, alcança uma visão holística do mundo, vendo-o como um todo integrado e não como um conjunto dissociado de partes.

Com o terceiro passo ele compreende o real significado da palavra 'mundo'; pergunta-se como é que podemos ser considerados responsáveis quando só temos bons pensamentos, sentimentos de boa vontade e agimos corretamente? Ele reflete, profunda e honestamente, e verifica que ele próprio não é sempre o mesmo, porque algumas vezes está agitado e utiliza palavras ásperas. Ele compreende que esta é a sua contribuição para o estado de fealdade do mundo e aceita, assim, a responsabilidade e compreende o verdadeiro valor da frase 'vós sois o mundo'. E então compreende que ser humano é viver num estado de responsabilidade. Passa a ser a sua própria descoberta que ele não é apenas uma parte do mundo, mas que é o mundo. Como já foi dito, a responsabilidade é a qualidade que forma a sua natureza psíquica, refletindo-se na sua conduta.

Utiliza os seus dons como um bem que está sob a sua proteção e não posse. O seu tempo, capacidades e posses são os seus dons e ele os utiliza em benefício da humanidade. Com essa qualidade magnânima eleva-se acima da futilidade e torna-se sábio. Dessa forma eleva-se do ego pessoal para o ego espiritual. Nesse sentido é o seu salto quântico - da animalidade para a Divindade. Então possui verdadeiro conhecimento, o qual acarreta naturalmente magnanimidade e contentamento. A luta que pertence à personalidade perde o seu poder. Annie Besant diz que existem encarnações de diferença entre um homem ingnorante e um homem sábio.

Quantos de nós seremos capazes de reconhecer um santo? Para se reconhecer tal pessoa, tem de haver algo dentro de nós que ressoe e esteja sintonizado com a sua natureza, que vibre em harmonia com ela. É uma lei que, se a pessoa criar harmonia dentro de si, então a harmonia divina manifesta-se por meio dela tornando-a santa ou sábia. O antídoto para o apego é o desapego ou 'abrir mão'." 

(C.A. Shinde - Nos sábios não existe apego - TheoSophia - Ano 101 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2012 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 15/16


domingo, 4 de setembro de 2016

CARACTERÍSTICAS DO SÁBIO

"O homem precisa saber que os sábios compreendem e usam a responsabilidade como uma dessas forças humanas invisíveis, como a força de vontade. A responsabilidade intensifica a vida do homem quando este a possui. Ele apreende a pôr em prática o conhecimento, que é importante qualidade da autorresponsabilidade. Ele compreende que os princípios éticos básicos deverão ser postos em prática. Ele compreende que, ser sábio, significa conservar a vida, promover a vida e dar maior valor à vida em desenvolvimento. Ele compreende que é insensato destruir a vida, ferir a vida, afastar a vida do seu verdadeiro desenvolvimento. Na vida atual, ele não está nem contente nem zangado com a sua sorte.

Ele compreende que os problemas que hoje enfrenta são os pequenos desafios de ontem que pretendeu ignorar. Ele sabe que, se não enfrentar um desafio quando ele surge, mais tarde terá de fazer face ao problema 'aumentado', tal como se ignorarmos um filhote de leão, um dia teremos de enfrentar o leão adulto. Ao aceitar a responsabilidade, ele cria valores subjetivos e estabelece códigos morais ao mesmo tempo em que firma contatos sociais. Ele é capaz de aprender e de compreender não só mediante experiências, como também pela observação dos outros. Não precisa passar por experiências, mas pode tornar suas as experiências dos outros. É essa qualidade de percepção que determina a qualidade da sua perspectiva e a estrutura dos valores. Põe em prática o conhecimento e, à medida que aplica a sua inteligência, sensibilidade e perceptividade, começa a sua caminhada da não inteligência para a inteligência, do egoísmo para o altruísmo e, naturalmente, outras pessoas o seguirão porque o altruísmo e a generosidade são as suas qualidades radiantes. A sua vida é uma vida de humildade, de observação e escuta generosa. Trata todos da mesma forma, não têm favoritos. É uma criança entre crianças, um jovem entre adultos e um idoso entre os idosos, corajoso entre os corajosos, partilhando o sofrimento com os miseráveis. Então, como podemos nos tornar sábios? Está claro que se trata de uma caminhada de animalidade para a Divindade."

(C.A. Shinde - Nos sábios não existe apego - TheoSophia - Ano 101 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2012 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 14/15)
http://www.sociedadeteosofica.org.br/


sábado, 3 de setembro de 2016

SER HUMANO - UMA ESPÉCIE ÚNICA

"O homem é autoconsciente, isto é, tem consciência de si próprio. Enquanto outras espécies possuem uma consciência grupal que pertence à sua própria espécie, o ser humano é uma espécie única no sentido de que tem a capacidade de inquirir. Só o homem consegue fazer perguntas e inquirir sobre a sua origem e lugar na natureza. O seu cérebro volumoso e postura ereta distinguem-no dos outros primatas. Com essa vantagem evolutiva desenvolveu uma profunda sensibilidade em relação à realidade da sua vida e às situações que o rodeiam. O seu cérebro, mente e consciência juntam-se para proporcionar conhecimento em três níveis diferentes e torná-lo cada vez mais sábio. O cérebro ajuda-o a processar os dados sensoriais, a mente reflete sobre os dados recolhidos, a consciência confere-lhe subjetividade e ele torna-se capaz de obter conhecimento em primeira mão. Assim o homem, com a sua mente inquiridora, pode ser convicção intelectual e dar um passo em direção ao insight espiritual ou realização intuitiva. Em suma, o homem é único e tem o potencial de se tornar sábio e se libertar dos seus reflexos animais, das suas paixões animais. Devido aos seus reflexos e paixões animais, está apegado, ligado ao seu grupo, e não se importa de enganar e lutar com outros grupos. É comum julgar-se que uma coisa é boa e que outra coisa é má, que isto é útil e que aquilo não é útil; mas não é suficiente para se tornar sábio. No sábio prevalece a responsabilidade. Ser um ser humano é viver no estado de responsabilidade. O sentido da responsabilidade é construído na natureza psíquica do homem como uma força positiva, sendo esta a razão porque ele oscila entre dois polos. Num polo existe o sentido da responsabilidade e, no outro, os reflexos animais que tentam escapar-lhe, pelo que o homem fica confuso, permanecendo numa constante luta interior. O homem não é sábio porque tem a tendência para se evadir da responsabilidade, que é um impulso puramente biológico e uma forma de egoísmo que conduz ao apego e ao egoísmo. Nesse sentido, o homem é uma espécie única que atravessa o terceiro milênio. Perguntemo-nos se não está na hora de aceitarmos a nossa responsabilidade para com as futuras gerações e para com o planeta em que, juntos, evoluímos?"

(C.A. Shinde - Nos sábios não existe apego - TheoSophia - Ano 101 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2012 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 13/14)


sexta-feira, 2 de setembro de 2016

NOS SÁBIOS NÃO EXISTE APEGO

"Se firzermos a pergunta 'quem está apegado à ação e a quem pertence a ação sem apego', a resposta que poderá surgir na nossa mente é que os ignorantes estão apegados às suas ações e os sábios vivem desapegados. 

Tentemos entender o verdadeiro significado da afirmação nos sábios não existe apego, dividindo-a em duas partes. Em primeiro lugar, para compreendermos quem é o sábio e, depois, para compreendermos o processo de apego. Consideremos a primeira parte, isto é, quem é sábio? Poder-se-á responder que, entre as espécies da terra, a espécie humana é a que é sábia.

O nome científico do homem é homo sapiens; homo é o nome do gênero que significa 'homem' e sapiens o nome da espécie que significa 'sábio'. Assim, homo sapiens quer dizer 'homem sábio'. É fácil sermos denominados sábios, mas não tão fácil agir sabiamente. Agir de modo sábio significa trazer valores elevados para a vida."

(C.A. Shinde - Nos sábios não existe apego - TheoSophia - Ano 101 - Janeiro/Fevereiro/Março de 2012 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 13)