OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 12 de fevereiro de 2017

ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO

"O tempo é um dos mais importantes talentos.

A eficiência ou rentabilidade de todos os demais depende do judicioso empego do tempo. Se o desperdiçamos ou o pervertemos, estamos agindo contra as esperanças do Senhor.

Quem chega a perder, digamos, a saúde, parte do patrimônio material, prestígio, status, poder, credibilidade..., se diligente e inteligentemente empenhar-se, poderá vir a recuperar tudo e ainda, às vezes, ganhar mais.

Podemos dizer que tudo pode ser recuperado, mas o tempo não.

O tempo a nós concedido para viver, isto é, a determinação da liquidez do investimento, só o podemos manter ou reduzir. Nunca expandir. Não podemos prolongar nossa existência, mas quase todos nós, maus administradores, a encurtamos com os erros que cometemos.

Na data do resgate - não sabemos qual seja - é bom que tenhamos a certeza de que fomos judiciosos no emprego do tempo a nós concedido.

Que em tempo algum desperdice eu o tempo que Deus me deu."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 34)


sábado, 11 de fevereiro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) É possível que não nos tenhamos devotado a esse autoconhecimento. Temos de fazer dele uma paixão. Não é uma questão de analisar e pensar, porque o pensamento vem da memória, e todo condicionamento está armazenado na memória. Portanto, o pensamento não é um instrumento livre. Ele tem o valor de comunicação, de criar a pergunta, mas não pode responder à pergunta, a não ser como uma conclusão intelectual.

Haverá outro instrumento em nós que não seja corrompido pelo condicionamento? A resposta é sim. É a percepção, sem a qual jamais teríamos capacidade de escapar ao condicionamento. É por isso que Krishnamurti falava a respeito da 'percepção sem escolha'. Observe sem escolha; não argumente; aceite o argumento apenas como questionamento. A resposta surge da observação, não da conclusão. A verdade não é uma conclusão lógica. Conclusões lógicas funcionam na ciência, não na busca espiritual.

Para observar sem escolha, a pessoa tem que surpreender a mente inquiridora. Krishnamurti costumava dizer: 'Você deve arar o campo com o pensamento, a análise, o questionamento; então, deixá-lo alqueivar.' Deixá-lo alqueivar é importante, porque nesse silêncio ele se regenera. O pensamento não é um instrumento da regeneração, mas tem o valor de criar o questionamento. Entretanto, devemos explorar esse questionamento em nossa própria vida, em nossa própria consciência, para dele receber a sabedoria que nos pode dar.

Cada um de nós precisa crescer em sabedoria. Isso significa que a investigação, a mente que aprende - que está investigando o que é verdadeiro e o que é falso - precisa estar ancorada em cada criança, em cada estudante. É mais importante, primeiramente, criar esse espírito de investigação na mente, para depois fomentar a investigação científica. Precisamos dar igual ênfase ao conhecimento e ao autoconhecimento, criando, dessa maneira, uma mente que seja tanto científica como religiosa."

(P. Krishna - Novas maneiras de ver o mundo - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 - p. 11)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO (2ª PARTE)

"(...) A verdade é eterna. Está sempre aí e sempre esteve, porque é o fato existencial. Posso culpar a televisão e a propaganda, posso culpar meus pais pelo condicionamento de minha mente, mas, se eles não a tivessem condicionado alguma outra coisa teria. Não existe nada entre mim e a verdade, exceto eu mesmo.

Portanto, estou buscando perceber a verdade, mas eu mesmo estou barrando o caminho. Como sair dessa? É simples: temos que morrer para o 'eu', para o processo egoico. Explorando-o e observando-o, sem condená-lo ou justificá-lo. conseguimos ver como esse processo surge, o que ele faz às nossas vidas e aos nossos relacionamentos. Talvez, ao assim observar, a consciência perceba que eu mesmo estou criando o processo egoico, e que sou responsável por criar miséria em minha vida. Quando enxergarmos o perigo desse processo, talvez então ele termine.

O problema do ódio, ciúme, apego, desejo e frustração são como muitos ramos de uma enorme árvore, cuja raiz é o processo egoico. Quando um desses problemas se manifesta, começamos a investigar para resolvê-lo; quando é resolvido, nós paramos. Mas não paramos naquele ponto. Continuamos com a investigação, embora a dor tenha desaparecido. Se você recuar bastante para chegar até a raiz, verá que cada ramo tem o potencial de desenterrar toda a árvore.

Não faz sentido cortar apenas um ramo, porque, enquanto a raiz estiver lá, outro ramo crescerá. Krishnamurti costumava dizer: 'Continue observando; comece com qualquer coisa que esteja ocupando sua mente, mas não aceite respostas simples. Não se evada, não se satisfaça com a resolução do problema imediato. Pergunte por que ele surgiu e aprofunde-se nele.' Isso dá à pessoa a oportunidade de aprender a respeito de si própria com profundidade. (...)"

(P. Krishna - Novas maneiras de ver o mundo - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 - p. 10/11)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A IMPORTÂNCIA DA INVESTIGAÇÃO (1ª PARTE)

"Krishnamurti viajou pelo mundo dizendo: 'Investigue! Veja a importância de não continuar iludido!' Ilusão significa imaginar que algo é verdadeiro quando não é, ou dar muita importância a algo que realmente não é tão importante assim. Descobrir, por si próprio, o lugar correto de tudo na vida é descobrir a ordem. Isso é algo desconhecido; a verdade é o desconhecido. É por isso que Krishnamurti chamou a verdade de 'arte de viver'.

A arte é algo que não pode ser prescrito. Você não pode ter normas para fazer um belo quadro. Quando tudo está em proporções corretas, surge a beleza. Podemos não saber qual é a proporção correta, mas temos sempre como saber quando algo cria desordem, porque isso cria conflito interior.

Normalmente procuramos a causa externa do conflito, mas ela não é importante (embora socialmente possa ser necessário lidar com isso). O importante é descobrir a causa interna do conflito e usá-la para aprender a respeito de si próprio. Então o conflito se torna um instrumento de autoconhecimento.

Sem aprendermos a respeito de nós mesmos, não haveria base para nossa meditação e nossas práticas espirituais. Em outras palavras, seríamos seres humanos confusos escolhendo entre o que é agradável e o que é desagradável. A escolha de uma mente confusa somente aumenta a confusão. A busca da verdade e o encontro da clareza são mais importantes do que quaisquer escolhas. É a única cura, e nós somos capazes disso. (...)"

(P. Krishna - Novas maneiras de ver o mundo - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 - p. 10)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

PROCESSO EGOICO (PARTE FINAL)

 "(...) Podemos perceber o perigo do ego, como percebemos o perigo do fogo? Não apenas intelectualmente, dizendo 'eu concordo, porque é logicamente correto'. Isso não funciona. Mas se percebemos o perigo diretamente, então segue-se a ação. Não é a nossa ação. É a inteligência da natureza que age. A natureza dotou cada organismo vivo de inteligência para proteger a si próprio.

Por que nós não percebemos esse perigo, embora possamos logicamente concordar que o ego é ruim para o homem? Não nos livramos da coisa apenas porque chegamos a essa conclusão. Isso não está no nosso domínio. Nossas decisões são muito pequenas. Você pode decidir que casa comprar, que trabalho aceitar, que carro dirigir; mas não pode decidir não se preocupar, não ser feliz, não amar, até mesmo não fazer amigos ou não perceber a beleza.

As maiores coisas da vida são aquelas que não podemos decidir ter, mas que podem vir a nós. Elas são um subproduto de compreendermos a nós mesmos e à vida, de encontrarmos a sensibilidade e o correto viver.

O homem acha que, agindo a partir do próprio interesse, está defendendo seus interesses. Esta é a grande ilusão da humanidade. Isso é o que temos feito durante milhares de anos, e isso fez com que o mundo chegasse ao estado atual. Será esse realmente o nosso interesse? Estamos nos arremessando em direção a uma catástrofe."

(P. Krishna - Novas maneiras de ver o mundo - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 - p. 7/8)