OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 10 de abril de 2017

NÓS TORNAMOS O SEXO UM PROBLEMA

"Por que qualquer coisa que tocamos se transforma em um problema?... Por que o sexo se torna um problema? Por que nos submetemos a viver com problemas, por que não pomos um fim neles? Por que não morremos para os nossos problemas, em vez de carregá-los dia após dia, ano após ano? Certamente, o sexo é uma questão relevante, que eu devo responder presentemente, mas resta a questão primária: por que transformamos a vida em um problema? O trabalho, o sexo, ganhar dinheiro, pensar, sentir, experienciar, todas as atividades da vida - por que são um problema? Será, essencialmente, porque sempre pensamos de um ponto de vista particular, determinado?

Estamos pensando sempre do centro para fora, mas a parte periférica é o centro da maioria de nós, e por isso qualquer coisa que tocamos é superficial. Mas a vida não é superficial, ela demanda viver completamente, e como só estamos vivendo superficialmente, só conhecemos a reação superficial. Qualquer coisa que façamos na parte periférica deve inevitavelmente criar um problema, e essa é a nossa vida - vivemos no superificial e ali ficamos contentes em viver com todos os problemas. Portanto, os problemas existem enquanto vivemos no superficial, na periferia do 'eu' e suas sensações, que podem ser exteriorizadas ou tornadas subjetivas, ser identificadas com o universo, o país ou alguma outra coisa criada pela mente. Por isso, enquanto vivermos dentro do campo da mente, deverá haver complicações, problemas, e isso é tudo o que conhecemos."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 123)


domingo, 9 de abril de 2017

MAESTRIA DA VIDA POR UMA DIGNIDADE SILENCIOSA

"Quem de boa vontade carrega o difícil,
Supera também o menos difícil.
Quem sempre conserva a quietude,
É senhor também da inquietude.
Por isto, o sábio carrega de boa mente
O fardo da sua jornada terrestre.
Nunca se deixa iludir
Por deslumbrantes perspectivas.
Trilha com tranquila dignidade
O seu solitário caminho.
O homem profano, porém,
Que se derrama pela vida superficial,
Dissolve com sua leviandade
A solidez da sociedade;
Destrói com sua inquietude 
A quietudo do reino,
Destrói também o seu próprio Reino.

EXPLICAÇÃO: O valor não está em atos, mas na atitude; não está no dizer ou no fazer, mas no Ser. O Ser é a fonte; o fazer e o dizer são apenas canais, cujo conteúdo não existe por si, mas graças à fonte."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 80/81)

sábado, 8 de abril de 2017

ENTRANDO NO AGORA (PARTE FINAL)

"(...) Uma presença intensa se faz necessária quando certas situações provocam uma reação de grande carga emocional, como, por exemplo, no momento em que acontece uma ameaça à nossa autoimagem, um desafio na vida que nos causa medo, quando as coisas 'vão mal' ou quando um complexo emocional do passado vem à tona. Nessas situações, tendemos a nos tornar 'inconscientes'. A reação ou a emoção nos domina, 'passamos a ser' ela. Passamos a agir como ela. Arranjamos uma justificativa, erramos, agredimos, defendemos... Só que não somos nós e sim uma reação padronizada, a mente em seu modo habitual de sobrevivência.

Identificar-se com a mente dá a ela mais energia, enquanto observar a mente retira a sua energia. Identificar-se com a mente gera mais tempo, enquanto observar a mente revela a dimensão do infinito. A energia retirada da mente se transforma em presença. No momento em que conseguimos sentir o que significa estar presente, fica muito mais fácil escolher simplesmente escapar da dimensão do tempo, sempre que o tempo não se fizer necessário para fins práticos, e entrar mais profundamente no Agora.

Isso não prejudica nossa capacidade de usar o tempo - passado ou futuro - quando precisamos nos referir a ele em termos práticos. Nem prejudica nossa capacidade de usar a mente. Na verdade, estar presente aumenta nossa capacidade. Quando você usar a mente de verdade, ela estará mais alerta, mais focalizada.

O principal foco de atenção das pessoas iluminadas é sempre o Agora, embora elas tenham uma noção relativa do tempo. Em outras palavras, continuam a usar o tempo do relógio, mas estão livres do tempo psicológico."

(Eckhart Tolle - Praticando o Poder do Agora - GMT Editores Ltda., Rio de Janeiro, 2016 - p. 32/33)


sexta-feira, 7 de abril de 2017

ENTRANDO NO AGORA (1ª PARTE)

"Suprimir a dimensão do tempo faz surgir um tipo diferente de conhecimento, que não 'mata' o espírito que mora dentro de cada criatura e de cada coisa. Um conhecimento que não destrói o aspecto sagrado nem o mistério da vida e que contém um amor e uma reverência profundos por tudo o que é. Um conhecimento sobre o qual a mente nada sabe.

ROMPA COM O VELHO PADRÃO de negação e resistência ao momento presente. Torne uma prática desviar a atenção do passado e do futuro, afaste-se da dimensão do tempo na vida diária, tanto quanto possível.

Se você achar difícil entrar diretamente no Agora, comece observando como a sua mente tende a fugir do Agora. Vai notar que geralmente imaginamos o futuro como algo melhor ou pior do que o presente. Imaginar um futuro melhor nos traz esperança e uma antecipação do prazer. Imaginá-lo pior nos traz ansiedade. Ambos os casos são ilusões.

Ao observarmos a nós mesmos, um maior grau de presença surge automaticamente em nossas vidas. No momento em que percebemos que não estamos presentes, estamos presente, Sempre que formos capazes de observar nossas mentes, deixaremos de estar aprisionados. Um outro fator surgiu, algo que não pertence à mente: a presença observadora.

Esteja presente como alguém que observa a mente e examine seus pensamentos e emoções, assim como suas reações em diferentes circunstâncias. Concentre seu interesse não só nas reações, mas também na situação ou na pessoa que leva você a reagir. Perceba também com que frequência a sua atenção está no passado ou no futuro. Não julgue nem analise o que você observa. Preste atenção ao pensamento, sinta a emoção, observe a reação. Não veja nada como um problema pessoal. Sentirá então algo muito mais poderoso do que todas aquelas outras coisas que você observa, uma presença serena e observadora por trás do conteúdo da sua mente: o observador silencioso. (...)"

(Eckhart Tolle - Praticando o Poder do Agora - GMT Editores Ltda., Rio de Janeiro, 2016 - p. 31/32)


quinta-feira, 6 de abril de 2017

PORQUE NOSSAS VIDAS PASSADAS SÃO ESQUECIDAS (PARTE FINAL)

"(...)  Só quando somos capazes de ouvir a pequena voz do Espírito é que a história do passado pode desdobrar-se, porque só o Espírito pode recordar e lançar os raios da sua memória para iluminar a escuridão da efêmera natureza inferior à qual está ligado temporariamente.

Nessas condições, a memória é possível, vínculos do passado são vistos, velhos amigos são reconhecidos, antigas cenas são evocadas e uma força calma e sutil cresce, a partir da virtual experiência da imortalidade. Os transtornos presentes tornam-se leves quando vistos em suas verdadeiras proporções como acontecimentos comuns e transitórios de uma vida infinita. As alegrias presentes perdem suas cores brilhantes quando vistas como repetições de deleites passados, e ambas essas coisas são aceitas, igualmente, como experiências úteis, enriquecedoras da mente e do coração, que contribuem para o desenvolvimento da vida em expansão.

Contudo, só quando o prazer e a dor forem vistos à luz da eternidade é que o conjunto de memórias do passado poderá ser enfrentado com segurança. Quando encaradas dessa maneira, essas memórias acalmam as emoções do presente, e aquilo que de outra forma teria sido esmagador torna-se um apoio e um consolo.

Goethe regozijava-se com a ideia de que, em seu retorno à vida terrena, estaria inteiramente lavado de suas lembranças, e homens menos importantes podem ficar satisfeitos com a sabedoria que faz com que cada vida tenha início dessa maneira, enriquecida pelos resultados, mas sem carregar o peso de recordações do seu passado."

(Annie Besant - O Enigma da Vida - Ed. Pensamento