OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 20 de março de 2013

JNANA YOGA - A COBRA E A CORDA (7ª PARTE)

"São as percepções equivocadas que nos fazem sofrer agora e gozar a seguir, para depois voltar a sofrer. Só o descortinar da Verdade nos salva disto. Uma pessoa, ao entrar num recinto em penumbra se viu frente a frente com uma cobra ameaçadora. O pavor desencadeou a natural "reação de alarme", que, conforme os estudiosos demonstram, é avassalador tumulto psicossomático muito desagradável. O impacto alarmante, no entanto, cedeu, e a pessoa recobrou a paz. A crise demorou somente o tempo bastante para que os olhos se acomodassem permitindo ver que não era uma cobra, mas uma inofensiva corda. Da mesma maneira, o sofrimento humano cessa à medida que a percepção correta vence a ilusão. Não foi a pseudocobra que gerou o sofrimento, mas a percepção equivocada, a ilusão, a ignorância. Enquanto a onda, iludida, supuser ser algo tão limitado, frágil e efêmero, não passará de pequenez, debilidade e transitoriedade. No momento em que, afastada a ilusão, se der conta de que, em realidade, ela é o mar, assumirá imediatamente a serenidade, a vastidão, a força e a perenidade do mar. Finalmente, somos onda ou mar?  

Nosso ego pessoal é fictício e gerador de sofrimentos igualmente fictícios. É preciso "des-iludir-nos". Dores e pavores, prazeres e pesares que nos maltratam são igualmente fictícios. Esta importante constatação nos torna equânimes.

Quando sonhamos, tomamos como realidade objetos, pessoas e tudo que acontece, e reagimos com medo, raiva, apego, ciúme, ódio, inveja, desejo, paixão... Basta porém acordar e constatar a irrealidade de tudo. Nós mesmos emprestamos realidade ao irreal. Da mesmo forma, este mundo objetivo que percebemos como nossos sentidos materiais, isto é, este mundo que percebemos quando acordados, do ponto de vista da Realidade, é um sonho, também é mitya (irrealidade), igual àquela cobra. É igual a objetos, pessoas e acontecimentos que percebemos em nossos sonhos. É igual à miragem no deserto. Nossas vitórias, posses, seguranças, status, músculos jovens e belos, propriedades, poderes, tudo isto que tanto desejamos e igualmente nossas derrotas, carências, doenças, tristezas, tudo isto que tentamos evitar, tudo, tudo mesmo, é um grande embuste gerado e mantido pela ignorância, que precisamos extinguir com Jnana Yoga. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 109/110)


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