OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 24 de abril de 2013

O GRANDE E O PEQUENO (PARTE FINAL)

"(...) Outra lição é que mesmo o mais humilde, em termos de aprendizado ou de posição na vida, não deve sentir qualquer inferioridade ou desânimo a respeito de sua condição, uma vez que esse sentimento surge de uma percepção estreita, e portanto errada, do quadro maior da vida. Como observou o esquilo, "tudo está bem e no lugar certo". A correta atitude é compreender com otimismo e autoconfiança. Cada um, mesmo no degrau inferior da escada, tem um papel a desempenhar. O funcionário que simplesmente recebe e despacha as cartas e que mantém o registro da correspondência também executa uma função significativa em qualquer grande organização.

Numa comunidade, a cozinheira, o carpinteiro e o varredor são tão relevantes quanto o prefeito. Numa organização digna, da mesma forma, um colaborador idoso que vem regularmente para manter os livros contábeis atualizados e em ordem nas prateleiras executa uma parte importante do trabalho - tão importante quanto, por exemplo, a de um conceituado palestrante. Quando alguém que estava tentando trilhar o caminho da santidade sentiu que seu tempo estava sendo desperdiçado em pequenos afazeres familiares, o mestre interpôs a perspectiva correta e observou: "Que causa melhor para recompensa, que melhor disciplina do que a execução diária do dever? (...) Que senda melhor para a iluminação (...) do que a conquista diária do eu?"

Não é o tamanho do trabalho nem da oferenda que importam, mas a devoção e o espírito altruísta de que se está imbuído. Como explicou Cristo: "Esta pobre viúva contribui mais do que todos aqueles que contribuíram para o tesouro: pois tudo com o que contribuíram é o que têm em excesso; mas ela, por vontade própria, contribui com tudo que possuía, até mesmo o que tinha para seu sustento." Krishna disse a mesma coisa: "Aquele que com devoção me oferece uma folha ou uma flor, um fruto, água, isso eu aceito do eu diligente, oferecido como foi com devoção."

Em última análise, o que parece ser importante quando se está trilhando o caminho para a paz é a constância do eu. Isso abrange uma diminuição do sentido de autoimportância, por um lado, e da própria insignificância, por outro - pois essas atitudes têm origem no eu. Cada qual é um deus em formação, qualquer que seja sua situação atual. 

Quando o eu em nós diminui, começamos a entender e a respeitar a relevância e o lugar de cada expressão de vida no esquema do universo. Também começamos a sentir nossa proximidade, cuidado e reverência pra com toda a vida."

(Surendra Narayan - Revista Sophia 42 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 06/07)


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