OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 9 de março de 2021

O SIGNIFICADO DA DOR

"Lance um olhar para o âmago profundo da vida. De onde vem a dor que obscurece a existência dos seres humanos? Ela está sempre no limiar, e atrás dela encontra-se o desespero. 

O que são essas duas figuras esqueléticas e por que lhes é permitido serem nossas companheiras constantes?

Somos nós que as permitimos, nós que as ordenamos, quando permitimos e ordenamos a ação dos nossos corpos; e fazemos isso inconscientemente. Mas, por meio de experimentos e investigações científicas, aprendemos muito sobre nossa vida física; e parece que podemos obter, pelo menos, igual resultado em relação à nossa vida interior, adotando métodos semelhantes.

A dor desperta, suaviza, quebra e destrói. Considerada de um ponto de vista suficientemente distante, ela surge, por sua vez, como um remédio, uma faca, uma arma, um veneno. Evidentemente, é um instrumento, uma coisa que é usada. O que desejamos descobrir é quem é o usuário; qual parte de nós que exige a presença dessa coisa tão odiosa para o restante? 

O medicamento é usado pelo médico, o bisturi pelo cirurgião; mas a arma da destruição é usada pelo inimigo, por aquele que odeia.

Será que apenas usamos meios, ou desejamos usá-los para o benefício de nossas almas, como também travamos guerra dentro de nós e combatemos no santuário interno? Aparentemente é assim, pois é certo que, se a vontade humana descontraísse em relação a essa batalha, não manteria mais a vida no estado em que a dor existe. Por que ele deseja sua própria dor?

A primeira vista, parece que ele deseja principalmente o prazer, e assim está disposto a continuar naquele campo de batalha, onde trava guerra com a dor, esperando sempre que o prazer conquiste a vitória e a leve para casa. Esse é apenas o aspecto externo do estado em que se encontra o ser humano.

Ele sabe, por si mesmo, que a dor é codirigente com o prazer e que, embora sempre se trave a guerra, ela nunca vencerá. O observador superficial conclui que o indivíduo se submete ao inevitável. Mas isso é uma falácia, indigno de discussão. Pensando um pouco mais seriamente, veremos que o indivíduo não existe, exceto pelo exercício de suas qualidades positivas; logicamente, supõe-se que ele escolhe, pelo exercício dessas mesmas qualidades, o estado em que viverá.

Admitido, então, devido ao nosso argumento, que o ser humano deseja a dor, porque ele deseja algo tão desagradável para si mesmo?" continua...

(Mabel Collins - Através dos Portais de Ouro - Ed. Teosófica, Brasília, 2019 - p. 81/84)


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