OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 1 de julho de 2013

CARMA - CONSTRUÇÃO DO FUTURO INDIVIDUAL (1ª PARTE)

"Segundo o Carma: O que pensarmos seremos. O que desejarmos obteremos. O que semearmos colheremos. As aspirações em uma vida transformar-se-ão em ideais na outra; as críticas, em importunações; os ressentimentos, em desgostos; os malefícios, em sofrimentos; os auxílios, em conforto; as simpatias, em alegrias.

No Ocidente, liga-se muito pouca importância aos pensamentos. Entretanto, na Bíblia, onde estão todos os ensinamentos que o homem precisa, é sublinhado o valor dos pensamentos: "Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." (Mateus. V. 28).

Se os atos têm importância, os pensamento têm-na ainda mais. O ato é uma coisa que já passou, é a materialização, a cristalização do pensamento, enquanto este é uma coisa dinâmica, uma força em ação. Mesmo atos ditos impulsivos, ações impensadas, são resultantes de pensamentos, quer de vidas passadas, quer da atual. 

Se alguém mata, rouba ou adultera, é porque nesta vida, ou em vidas anteriores, andou pensando em matar, roubar ou adulterar, não o tendo feito por falta de oportunidade. Se agora não o pensa, esteve alimentando tais pensamentos em vidas precedentes e criou, para a atual, a situação que o levou a materializá-los. No ato material existem três fatores: o mental (pensamento, intenção), o astral (emoção, sentimento) e o ato físico. 

A cada fator corresponde um efeito cármico. Assim, um homem pode matar com a intenção de matar e com ódio; pode fazê-lo com a intenção de matar, porém sem ódio, por dever, como o soldado na guerra; ou sem intenção e sem emoção alguma, por acidente. Ele foi levado a cada ato por motivos cármicos e provocará, por sua vez, consequências cármicas diferentes, conforme o motivo que o conduziu ao assassínio. 

Da mesma forma o ato caritativo feito por ostentação ou por real amor ao próximo, produzirão frutos cármicos diversos. O ato material bom produzirá fruto bom, em ambos os casos. Se proporcionou, por exemplo, conforto aos seus semelhantes, receberá condições materiais boas em outra encarnação. Mas, como o fez por egoísmo, no primeiro caso, terá em troca sofrimento. Será o indivíduo rico e doente. Terá riqueza, mas não auferirá os prazeres que a riqueza poderia lhe conceder. No segundo caso, a satisfação será completa. (...)" 

(Alberto Lyra - O Ensino dos Mahatmas - IBRASA, São Paulo - p. 214/215)


domingo, 30 de junho de 2013

LIDAR CONSTRUTIVAMENTE COM O FRACASSO

"A época do fracasso é o melhor tempo para plantar as sementes do êxito. O golpe das circunstâncias pode contundi-lo, mas mantenha a cabeça erguida. Tente sempre uma vez mais, não importa quantas vezes tenha falhado. Lute quando achar que não pode mais lutar, ou quando achar que já fez o melhor possível, ou até que seus esforços sejam coroados de êxito. 

Aprenda a usar a psicologia da vitória. Algumas pessoas aconselham: "Não fale de fracasso, de modo algum". Mas só isso não resolve. Primeiro, analise seu fracasso e suas causas, aproveite a experiência e não pense mais nisso. Embora fracasse muitas vezes, o homem que continua se empenhando, que não se deixa derrotar interiormente, é uma pessoa verdadeiramente vitoriosa. 

A vida pode ser sombria, as dificuldades podem vir, as oportunidades podem transcorrer sem serem utilizadas, mas nunca pense: "Estou liquidado. Deus me abandonou." Quem poderia fazer algo por esse tipo de pessoa? Sua família pode abandoná-lo. A boa sorte pode parecer deixá-lo. Todas as forças humanas e da natureza podem se mobilizar contra você. Mas, pela qualidade da iniciativa divina no seu interior, você pode derrotar todas as investidas do destino, criadas por suas próprias ações errôneas do passado, e, em marcha vitoriosa, entrar no paraíso. 

Se você é guiado pela Consciência Divina, então, mesmo quando o futuro parece absolutamente negro, tudo, no fim, acabará bem. Quando Deus o guia, você não pode fracassar. Você precisa banir o pensamento de que o Senhor, com Seu poder maravilhoso, está muito longe, lá no céu, e que você é um vermezinho desamparado, sepulto em dificuldades aqui na terra. Lembre-se de que por trás de sua vontade está a grande Vontade Divina.

Tropeçar e cair no mau caminho é apenas uma fraqueza temporária. Não pense que está completamente perdido. O próprio solo em que você caiu pode ser usado como apoio para que se levante novamente, se você aprender com suas experiências. Se você reconhece um erro e resolutamente se determina a não repeti-lo, mesmo que caia, essa queda será muito menor do que se nunca tivesse tentado. 

Não deveríamos esperar ser bem-sucedidos em todos os empreendimentos. Alguns podem falhar, mas outros terão êxito. O êxito e o fracasso estão inter-relacionados; um não pode existir sem o outro. (...) Portanto, não deveríamos tornar-nos egoístas e cheios de orgulho quando alcançamos abundante êxito, tampouco, nos desanimar e perder a coragem se nos deparamos com o fracasso. 

Não importa quantas vezes fracasse, continue tentando. Aconteça o que acontecer, se decidiu inabalavelmente: "A Terra pode se despedaçar, mas continuarei fazendo o melhor possível", você está usando a vontade dinâmica, e terá êxito. Essa vontade dinâmica é que faz um homem rico, um outro, forte e um outro, santo."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 65/67)


sábado, 29 de junho de 2013

A AÇÃO CUIDA DE SI PRÓPRIA

"E quanto à ação? Como agir num mundo que está constantemente mudando, constantemente revigorado e novo? Será possível agir antes de avaliar, decidir, conceber, escolher?

Antes de mais nada, é impossível não agir. Tudo que se faz, diz, pensa ou decide é ação. Escolher não agir também é uma ação. O mundo está mudando o tempo todo. Mesmo que você fique parado na corrente, está interagindo com as coisas que fluem em volta. Cada um de nós tem uma escolha. Podemos agir a partir da confusão, dos desejos, das respostas automáticas às circunstâncias, da ganância, da ira, da ilusão - ou podemos apenas agir. Podemos apenas agir ao simplesmente ver o mundo como ele é na realidade, e não como gostaríamos, imaginaríamos, ou conceberíamos que fosse. 

Gandhi, ao pegar um trem, viu uma de suas sandálias escapulir do pé e cair próxima aos trilhos. O trem começou a se mover e não lhe deu tempo de a recuperar. Ele imediatamente tirou a outra sandália e a jogou junto da primeira. Quando um passageiro perguntou por que, Gandhi respondeu: "Agora, quem as encontrar terá um par." 

Essa história ilustra o que é a ação antes da decisão e da escolha. É a ação que nasce da liberação, da total liberdade da mente. É a ação em conformidade com o mundo, à medida em que as coisas acontecem. Devemos viver com a visão, não com o pensamento. Devemos viver e agir a partir do todo, não da parte. Devemos deixar o mundo vir a nós, não nos lançarmos sobre ele. A questão é simplesmente estar desperto. É aí que o foco deve estar. Com isso você pratica a "reta ação". Qualquer coisa menos que isso e você está agindo a partir de uma ideia - um conceito. Você está desafiando a realidade, como se o mundo estivesse morto. Uma vida assim é dolorosa. 

Basta agir baseado simplesmente no que vemos. Quando prestarmos atenção às reais percepções, em vez de aos conceitos - esperanças, temores, metas, desejos e histórias individuais e culturais - não é preciso de nenhuma receita, nenhum conjunto de mandamentos. A ação que cresce a partir do ver é naturalmente apropriada à situação, qualquer que ela seja. Isto quer dizer que você não está se aferrando mais às suas crenças e opiniões preferidas. Você está pronto para se livrar delas quando notar que não funcionam e que são fonte de dor e ansiedade. O foco sempre retorna a simplesmente estar desperto. É desse modo que vamos nos salvar e salvar o mundo.

Quando agimos baseados no que é, não no que esperamos, ou pretendemos, não mais precisamos seguir um conjunto de diretrizes, porque temos uma visão clara da realidade e do universo. Temos a evidência verdadeira de nossos próprios olhos e de nossa própria experiência para nos guiar. Uma vez que reconheçamos a verdade que está (e que sempre esteve) perante nós, podemos agir num relacionamento direto com tudo o que é, a partir de tudo que é. Logo que você olhar para a situação, agirá da maneira apropriada. A ação cuidará de si própria."

(Steven Hagen - Revista Sophia nº 30 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 31)

A IOGA CONVERTE A TEOLOGIA EM EXPERIÊNCIA PRÁTICA

"A Ioga capacita o homem a perceber a verdade em todas as religiões. Os Dez Mandamentos são pregados, com palavras diferentes, nas várias religiões. Os dois maiores mandamentos, porem, são aqueles que Jesus enfatizou: "Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente." e "amarás a teu próximo como a ti mesmo."

Amar a Deus "com toda a tua mente" significa retirar dos sentidos a atenção e colocá-la em Deus; dar a Ele concentração total durante a meditação. Todo buscador de Deus deve aprender a concentrar-se. Uma prece pronunciada enquanto se pensa em outras coisas no fundo da mente não é uma prece sincera e não é atendida por Deus. A Ioga ensina que, para encontrar o Pai, é necessário primeiro, buscá-Lo com toda a mente, com concentração focalizada.

Há quem diga que os hindus adaptam-se melhor à prática da Ioga e que esta não serve para os ocidentais. Não é verdade. Muitos ocidentais estão hoje em melhor situação para praticar Ioga do que muitos hindus, porque o progresso científico deu mais tempo livre aos primeiros. A Índia deveria utilizar cada vez mais os métodos materiais progressistas do Ocidente para facilitar a vida e torná-la mais livre, e o Ocidente deveria receber da Índia os métodos metafísicos práticos da Ioga, pelos quais todo homem pode achar o caminho para Deus. Ioga não é uma seita, mas uma ciência universalmente aplicável, por cujo intermédio podemos encontrar nosso Pai. 

A Ioga é para todos, ocidentais e orientais. Ninguém diria que o telefone não serve para o Oriente só porque foi inventado no Ocidente. Também os métodos da Ioga, embora desenvolvidos no Oriente, não são exclusividade deste, e sim úteis a toda a humanidade.

Nasça um homem na Índia ou na América, um dia terá que morrer. Por que não aprender a "morrer diariamente" em Deus, como São Paulo? A Ioga ensina o método. O homem vive no corpo como um prisioneiro: esgotado seu prazo, sofre a indignidade de ser despejado. Amar o corpo é, portanto, a mesma coisa que amar a prisão. Há muito tempo acostumados a viver no corpo, esquecemos o que significa a verdadeira liberdade. É vital para todo homem a descoberta de sua alma e o conhecimento de sua natureza imortal. A Ioga mostra o caminho."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 16/17)


A "FORMA' E O "SEM FORMA"

"O corpo não é a verdade que lhe atribuímos. Um exemplo: por 30 anos um homem adora a mãe que lhe deu à luz. Ele massageia os seus pés, se prostra na frente dela, olha seus olhos com amor, ouve sua voz, sentindo-se aquecido e feliz com seu olhar afetuoso e amoroso. Aos 60 anos, a mãe falece. Imediatamente o filho grita: "Mamãe, mamãe, porque me deixaste?" Por que o homem gritou? O corpo que ele adorava aí estava; os pés que massageava diariamente também estavam ali; mas ele grita que sua mãe não está lá, que ela o deixou. Temos que concluir que ainda que o homem tenha, nos últimos 30 anos, visto o corpo e a mãe como um e o mesmo, quando a mãe faleceu ele instantaneamente soube que a mãe não era o corpo e que essa mãe havia partido, mesmo que o corpo permanecesse. Assim, que valor tem o corpo que nunca foi esta mãe, ainda que por um tempo ele tenha sido visto como "mãe"? Contemplando este mistério é visível que, se não fosse pelo corpo, a mãe não poderia ter sido conhecida. Foi somente por meio do corpo que o homem foi capaz de ter a experiência e, assim, conhecer a terna, amorosa, sublime qualidade do estado "mãe", que resultou em amor em seu coração. A sem forna e eterna qualidade da "mãe" pode ser conhecida e obtida somente através da forma impermanente."

(J. S. Hislop - Conversações com Sathya Sai Baba - Fundação Bhagavan Sri Satya Sai Baba do Brasil - p. 81)