OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

AS LEIS UNIVERSAIS (4ª PARTE)

"(...) 3 - A LEI DE AUTOEXPANSÃO ou Lei de Evolução - Uma observação atenta da Natureza revela-nos a existência dessa lei, também central à filosofia teosófica. A vida sempre está em busca de novas formas pelas quais expressar-se. Embora a Ciência moderna afirme que a evolução é meramente a questão da sobrevivência do mais apto, ou seja, a constante luta dos seres vivos em adaptar-se ao meio ambiente e às suas demandas, a filosofia teosófica sustenta que, por detrás das formas, dos organismos vivos, há consciência buscando expressar-se. Nas formas mais rudimentares da vida, essa consciência é dificilmente percebida, como no caso de uma pedra. Mas, nos organismos mais complexos, a consciência é claramente perceptível. A sensibilidade das plantas desde há algum tempo vem sendo discutida e comprovada, tendo o trabalho de Cleve Backster sido pioneiro nesse campo.

Os experimentos também têm evidenciado a inteligência operando em diversas espécies animais, como golfinhos, cachorros, cavalos, entre outros. No ser humano, a consciência dá mais um passo significativo, quando alcança a autoconsciência. Mesmo no estágio humano, há ainda um longo trajeto a percorrer, podendo a consciência desabrochar plena e livremente, gerando seres humanos da estatura de Buda, Jesus Cristo, flores da raça humana, cujo perfume ainda alenta a humanidade em sua árdua jornada ao encontro de si mesma. O princípio fundamental que essa Lei expõe é o de que a vida interior, presente em todas as coisas, busca expressar-se expandir-se. O que é implícito tende a tornar-se explícito.

O mundo de hoje testemunha um fato curioso e ao mesmo tempo de dimensões preocupantes: o crescente interesse de milhares de pessoas pelo 'oculto', pelos poderes psíquicos, percepções extrassensoriais e coisas relacionadas com outras dimensões da existência. Um sem número de livros oferecem técnicas de poder mental, 'viagens astrais', entre outras coisas.

A filosofia teosófica sustenta o princípio de que são inerentes à consciência inúmeras potencialidades. Mas a visão teosófica da constituição humana é ampla e profunda, afirmando, conforme as antigas tradições filosófico religiosas, que, além de uma natureza psíquica, o homem também possui uma natureza genuinamente espiritual, incorruptível, pura, fonte da verdadeira criatividade e das mais elevadas virtudes, tais como a compaixão, a sabedoria, o altruísmo e a dedicação a ideais elevados.

O terceiro objetivo da Sociedade Teosófica propõe 'investigar as leis não explicadas da Natureza e os poderes latentes no homem'. Por 'poderes latentes' não devemos entender o mero desenvolvimento da clarividência ou a capacidade de projeção no corpo astral. Há indivíduos que possuem tais dons e não são melhores por isso, chegando ao ponto de explorar inescrupulosamente seus semelhantes pelo uso de tais faculdades, promovendo shows e coisas do tipo.

A genuína investigação é um processo de descoberta daquilo que jaz oculto nas profundidades de nossa própria consciência, que é justamente a consciência pura, incondicionada, livre, capaz de revelar no campo da existência as mais elevadas qualidades, tais como a beleza, a sabedoria e o amor. Dentro de cada ser existe essa perfeição a ser manifestada e a evolução é esse processo de florescimento do rico potencial latente em todas as formas de vida. (...)"

(Ricardo Lindemann & Pedro Oliveira - A Tradição - Sabedoria - Ed. Teosófica, Brasília, 2006 - p. 138/140)


A UNIDADE DA NATUREZA

"Ao observar os modos da mente, é fácil apontar os defeitos dos outros e dizer: ‘ele é mau’ ou ‘ele é feio’. Quando se olha para si mesmo, a descrição é feita em termos opostos, sempre encontrando algo admirável, digno de respeito e reconhecimento. 

Assim o processo de divisão continua, e o problema do mal se espalha, pois todo mundo está agindo dessa maneira e somente dessa maneira. Os numerosos conflitos de classe, raça, religião, família e outros começam assim: ‘Você é isso’ e ‘eu sou aquilo’. Essa forma de pensar dos homens, sempre dividindo e separando, só vem comprovar ao indivíduo atento que a mente humana é igual em todos, pois encontramos divisão em todos os lugares. 

A própria natureza da mente, que todos compartilhamos e que pertence a todos nós, é movida por distinções. Ela cria a imagem do ‘eu’, formada pelas muitas descrições que alguém faz de si mesmo, com base em lembranças e na identificação do eu com essas lembranças em uma linha única imaginária. (...)"

(Radha Burnier - O Caminho do Autoconhecimento - Ed. Teosófica, Brasília, 2ª edição - p. 43/46)


domingo, 22 de setembro de 2013

AS LEIS UNIVERSAIS (3ª PARTE)

"(...) 2 - A LEI DE AJUSTE - Em todo o processo natural, sempre que uma perturbação ocorre, um ajuste deve ser produzido, a fim de garantir o equilíbrio do todo. A Lei de Ajuste também é conhecida como lei do karma, uma palavra sânscrita que significa ação. É considerada, na filosofia teosófica, como uma das leis universais fundamentais.

Vemos o sofrimento por toda a parte e não o compreendemos. O ensinamento fundamental desta lei está expresso numa das mais significativas passagens do pensamento teosófico:
'Cada homem é seu próprio absoluto legislador, o dispensador de glória ou trevas para si mesmo; o decretador de sua vida, sua recompensa, sua punição'.
Enquanto predomina em nós a ignorância, nossas ações tendem a trazer sofrimento a nós mesmos e aos demais. O homem, por não estar consciente do íntimo inter-relacionamento inerente aos processos da vida, manifestado na harmonia que podemos encontrar no seio da Natureza, age violando essa totalidade, destruindo o ambiente natural, maltratando os animais e estando em conflito com seus semelhantes, muitas vezes usando-os para a satisfação de suas ambições e de sua sede de gratificação. Todo esse modo de ação e conduta tem sua raiz numa visão egocêntrica da vida e de seus relacionamentos. Portanto, cada ação produzida nesse estado gera mais dor, conflito, sofrimento.

O sentido essencial da Lei de Ajuste - também chamada muito apropriadamente de Lei da Harmonia Universal - revela o princípio da responsabilidade, ou seja, precisamos tornar-nos responsáveis perante o mundo, perante a totalidade da vida. Então, cada ação torna-se significativa, cuidadosa, pois sabemos que ela afeta o mundo, as pessoas, podendo colaborar para a elevação e o crescimento espiritual de todos ou, ao contrário, degradando ainda mais a já triste condição humana. (...)

Temos de emergir do estado sufocante do egocentrismo e importância pessoal e perceber a vastidão da vida em toda sua beleza, sua liberdade ilimitada, seu profundo propósito. Assim despertamos para nossa responsabilidade para com o mundo, prontos a colaborar com todas as nossas energias para a construção de um mundo belo, justo e fraterno para todos. (...)"

(Ricardo Lindemann & Pedro Oliveira - A Tradição - Sabedoria - Ed. Teosófica, Brasília, 2006 - p. 137/138)


ABUNDÂNCIA E PROSPERIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Pense na Abundância Divina como uma poderosa chuva refrescante. Você a receberá de acordo com a vasilha que tiver nas mãos. Se tiver uma pequena xícara, receberá apenas essa quantidade. Se tiver uma tigela, ela se encherá. Com que tipo de receptáculo você está pronta para receber a Abundância Divina? Talvez sua vasilha esteja defeituosa. Se assim for, conserte-a lançando fora o medo, o ódio, a dúvida, a inveja, e depois lave-a com as águas purificadas da paz, da tranquilidade, da devoção e do amor. A Abundância Divina obedece à lei do serviço e da generosidade. Dê e receberá. Dê ao mundo o que de melhor tiver e o que houver de melhor voltará a você.

A ação de graças e o louvor abrem, em sua consciência, caminho para que o crescimento e o suprimento espirituais venham a você. O Espírito Se infunde em manifestação visível tão logo seja aberto um canal através do qual Ele possa fluir.

'Aos homens que meditam em Mim como Aquele que é verdadeiramente seu, sempre unidos a Mim pela adoração incessante, a eles Eu supro as deficiências e torno permanentes suas aquisições'¹ [Aqueles] que são fiéis ao seu Criador, percebendo-O em todas as diversas fases da vida, acabam descobrindo que Ele está tomando conta de suas vidas, mesmo nas menores minúcias, e que, com previsão divina, aplaina seus caminhos (...)

Essa estrofe do Gita nos lembra as palavras de Cristo: 'Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas'.²"

¹ Bhagavad Gita IX:22
² Mateus 6:33

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 79/80)
http://www.omnisciencia.com.br/onde-existe-luz.html


sábado, 21 de setembro de 2013

AS LEIS UNIVERSAIS (2ª PARTE)

"(...) 1 - A LEI DA PERIODICIDADE - Para cada período de atividade, há um consequente intervalo de repouso, e podemos confirmar isto na Natureza como dia e noite, o fluxo das marés, os processos de sono e vigília, nascimento e morte. Esta lei garante uma constante renovação em toda a vida, desde uma célula até as galáxias mais distantes. Ela evidencia o ritmo existente no Universo inteiro. Após um período de atividade deve necessariamente seguir-se um período de repouso, garantindo o equilíbrio do todo. Esta lei revela a existência de ciclos universais, ciclos menores e ciclos maiores, como expressões de uma contínua renovação.

Nos Upanishads, os antigos textos sagrados da Índia, existe expressa a ideia dos Manvantaras, literalmente 'períodos de atividade, seguidos dos Pralayas, 'períodos de repouso'. Para termos uma ideia da impressionante extensão de um Manvantara, ou período de atividade solar, reportamo-nos às antigas Escrituras hindus que afirmam ser a Idade de Brahmã constituída de 311.040.000.000.000 de anos, também conhecida como o Grande Dia. A Grande Noite - o Mahãpralaya - é um período de igual extensão. Dentro desses ciclos maiores existem outros menores, mas todos expressam plenamente o princípio de periodicidade que caracteriza essa lei. (...)"

(Ricardo Lindemann & Pedro Oliveira - A Tradição - Sabedoria - Ed. Teosófica, Brasília, 2006 - p. 136/137)