OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 9 de abril de 2014

AS LEIS QUE REGEM A NATUREZA (PARTE FINAL)

"(...) Não existe qualquer penalidade arbitrária ligada à Lei da Natureza. A Natureza não pune. Na Natureza temos a afirmação das condições, a sequência de acontecimentos, e nada mais. Dada uma tal condição, haverá um resultado, que é uma sequência ou sucessão inevitável; não é uma pena nem uma punição arbitrária.

Mas o contraste entre a Lei da Natureza e a lei do homem pode ser levado ainda mais adiante. A lei do homem pode ser infringida, mas nenhuma Lei da Natureza pode sê-lo. A Natureza não conhece violação de suas Leis. A lei do homem pode ser violada por ele mesmo, mas a Lei da Natureza não. A Lei permanece a mesma, não importa o que se faça, ela permanecerá imutável e firme como uma rocha, contra a qual as ondas arrebentam, sem sacudi-la ou movê-la um fio de cabelo que seja, conseguindo apenas cair a seus pés sob a forma de espuma.

Assim é a Lei da Natureza: uma afirmação de condições, de sequências invariáveis de acontecimentos invioláveis, indestrutíveis; tal é a Lei. Por isso devemos nela pensar, quando estivermos lidando tanto com a vida superior quanto com a vida inferior."

(Annie Besant - As Leis do Caminho Espiritual – Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 18/20)

terça-feira, 8 de abril de 2014

O ERRO LEVA A ILUSÃO E AO SOFRIMENTO

"Todo homem tem três erros a corrigir: mala; vikshepa; e avarana. Mala é ajnana, ou seja, a ignorância básica, que faz o décimo (aquele que conta os outros nove enquanto desconhece que o décimo é ele mesmo) declarar que não há dez homens. Esta ajnana ou mala é o miasma que provoca a declaração (típica de) avarana¹. E vikshepa (aflição) é o efeito de tal declaração, que leva todos os dez homens a procurarem no rio o homem que consideravam perdido. Mala é consequência de ações (karma) praticadas nesta e em vidas pregressas. Mala pode ser vencido por nishkamakarma (atividade sem nenhuma vinculação ao benefício ou perda resultante). O efeito avarana vem a ser superado por cultivar sahana (tolerância, equanimidade, paciência) e anyonyatha (o sentir-se pertencendo ao outro). Se os dez homens estivessem intimamente unificados pela solidariedade mental, nenhum teria sido tomado por perdido! Assim também, vikshepa (padecimento, perturbação) pode ser vencido pela força de Prema (Amor). O Amor teria revelado cada um ao outro, e nenhum teria sido considerado perdido. A forma de você se equipar com Ananda (Bem-aventurança) é o caminho do Amor, da dedicação e do serviço. 

A Verdade é o grande purificador. 'Manas satyena sudhyatha' quer dizer 'a mente é levada pela Verdade'. A verdade não admite sujeira ou pecado, defeito ou fraude."

¹. Uma parábola conta que dez homens atravessaram perigosamente um rio caudaloso. Já na outra margem, o líder contou-os para ver se algum se afogara. Ficou aflito, pois, que, por mais que contasse, só via nove. Um se perdera. Daí sua aflição. Cada um dos outros também só conseguia contar nove. Todos, aflitos, foram vasculhar a margem. Um homem lúcido que passava acabou com o sofrimento de todos ao esclarecer que aquele que coantava os demais não se incluira na contagem, sendo ele o décimo homem. O sofrimento gerado pelo estado de ilusão cessou com a remoção do véu da ignorância (avarana). A perturbação (vikshepa) fora gerada e nutrida por avarana, isto é, pela errônea convicção de que eram somente nove homens. Mala ou impureza, é a causa de avarana; em outras palavras, a ignorância gera a afirmação equivocada, a qual, por sua vez, gera o padecimento. 

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 70)


AS LEIS QUE REGEM A NATUREZA (1ª PARTE)

"Quando falamos da lei da Terra, sabemos muito bem o que se quer dizer com isso. A lei da Terra é algo que está sempre mudando; a partir das ideias das autoridades que fazem a lei, seja a autoridade de um monarca autocrata, ou de uma Assembleia Legislativa, quer seja ela proclamada em nome da Soberania, ou da comunidade na qual a lei tem que agir e governar. A lei é sempre uma coisa que é feita, uma ordem emitida, e a autoridade que promulga a lei pode mudá-la; a autoridade que a cria pode também anulá-la. Não é somente isso que podemos observar a respeito das leis da Terra. As leis são ordens: ‘Faça isto’; ‘Não faça aquilo’; e as ordens são reforçadas pelas penalidades. Se infringirmos determinada ordem, teremos que arcar com a punição. (...)

Quando falamos das Leis da Natureza, não queremos dizer nenhuma das coisas que tomamos como característica das leis do homem. A Lei da Natureza não é uma ordem emitida por uma autoridade. É uma afirmação das condições sob as quais uma certa coisa invariavelmente acontece. Onde quer que estas condições estejam presentes, segue-se-lhes um certo evento; é a declaração de uma sequência, uma sucessão, imutável, irrevogável, porque estas leis são expressões da Natureza Divina, na qual não existe mudança, nem sombra de alteração. A Lei da Natureza não é uma ordem: ‘Faça isto”; ‘Não faça aquilo”. É uma afirmação: ‘Se tais e tais condições estiverem presentes, tais e tais resultados acontecerão’; se as condições mudarem, os resultados mudarão com elas. (...)"

(Annie Besant - As Leis do Caminho Espiritual – Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 16/18)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

KARMA: A LEI INVIOLÁVEL

"Sendo o Karma uma lei Divina e, portanto, justa e perfeita, ela é inviolável. Não pode ser burlada, como acontece com as leis humanas. É uma lei neutra, mantendo todos nivelados perante a justiça divina, em sintonia com seu estágio evolutivo.

Nenhum ser humano recebe mais, ou menos, do que merece. O que pode acontecer é o indivíduo introduzir novos fatores, intensificando, atenuando ou, até mesmo, neutralizando os efeitos da lei. Isso não quer dizer violação, mas sobretudo que, no contexto dessa lei, novas forças foram introduzidas.

Exemplo: uma pessoa rouba uma quantia ‘x’ de outra, e com o passar do tempo arrepende-se e devolve esse mesmo valor, corrigido com juros e correção monetária, desculpando-se da atitude improcedente. Isso resgatou, em grande parte, a reação que teria pela lei do Karma. Logicamente, algum malefício causou a vítima, a qual talvez precisasse mais do dinheiro na ocasião do roubo. Como um prejuízo foi causado, isso, automaticamente, representa débito Kármico, apesar da devolução já feita. Entretanto, atenuou muito o mal feito e poderá até anular o Karma programado, desde que tenha uma boa conduta. Some-se a isso a autocondenação, no tribunal da consciência, desse ladrão de outrora. Acrescente-se ainda a lição advinda para sua alma, pelo respeito ao direito alheio. Outras alternativas, hipóteses e lições, o leitor pode imaginar para o caso mencionado.

Vê-se, portanto, que é muito útil a reflexão sobre as múltiplas facetas do Karma, sobretudo se for aplicado na prática de sua vida diária.

Raciocinando em sentido contrário, caso não devolvesse o dinheiro, mais cedo ou mais tarde, nessa ou noutra encarnação, essa quantia seria subtraída de si, por qualquer mecanismo da natureza, para cumprir a lei Kármica."

(Antonio Geraldo Buck - Você Colhe o que Planta – Ed. Teosófica, Brasília, 2004 - p. 24/25)


A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS ESTÁ DENTRO DE NÓS (PARTE FINAL)

"(...) Não há sombra de dúvida quanto à identidade absoluta entre a consciência de Bem-aventurança e a consciência de Deus, porque quando temos essa consciência de Bem-aventurança sentimos que nossa estreita individualidade foi transformada e que transcendemos a dualidade do amor e do ódio mesquinhos, do prazer e da dor; alcançamos um nível a partir do qual se torna extremamente óbvio o caráter doloroso e inútil da consciência comum.

E também sentimos uma expansão interior e uma compaixão para com todas as coisas. Os tumultos do mundo extinguem-se, as agitações desaparecem e começamos a sentir a consciência de 'todos em Um e Um em todos'. Surge uma gloriosas visão de luz. Todas as imperfeições, todas as asperezas reduzem-se a nada. Somos transportados a outra esfera, à origem da perene Bem-aventurança, o ponto de partida de uma interminável continuidade. Não é, pois, a consciência de Bem-aventurança a mesma consciência de Deus, na qual aparecem os estados de percepção acima citados?

É evidente, portanto, que Deus não poderá ser mais bem concebido do que como Bem-aventurança se tentarmos trazê-Lo para o âmbito da experiência de tranquilidade de cada um. Deus não continuará sendo então uma hipótese, sujeito à formulação de teorias. Não é essa uma concepção mais nobre de Deus? Ele é percebido manifestando-Se em nossos corações, na forma de Bem-aventurança na meditação - em espírito de oração ou de reverente adoração." 

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 45/46)