OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

ESPÍRITO E MATÉRIA

"A ciência moderna sabe que Espírito e matéria são interconversíveis e intermutáveis. A matéria é simplesmente Espírito em velocidade moderada que adquire visibilidade. É um erro dizer que você está condicionado pelo meio ambiente - sua casa, emprego, negócio, o lugar em que vive - pois isso é puramente sugestivo. Mas se aceitar, continuará a repetir os mesmos velhos padrões de seus antepassados e talvez leve a mesma vida, baseada em credos, dogmas e tradições. Os fatores externos não são criativos. O Poder Criativo está dentro de você. Um cientista não encara uma coisa criada como causa; é um efeito. Conhecendo a localização do Poder Criativo e da Causa Primeira, você não irá mais atribuir a qualquer pessoa, lugar ou situação o poder de criação ou geração. Seu próprio pensamento é o único poder criativo de que está consciente.

Todos os poderes do Infinito estão latentes e lhe são inerentes. Uma prece maravilhosa que se pode praticar é a seguinte: 'Deus é, e Sua Sagrada Presença flui através de mim como beleza, harmonia, amor, alegria, sabedoria, compreensão, orientação Divina e abundância. Sei que é tão fácil para Deus promover todas essas coisas quanto uma folha de relva e dou graças que assim seja.'

Repita essas verdades três ou quatro vezes, à noite e pela manhã, certificando-se de não negar posteriormente o que está afirmando. Vai descobrir que é realmente um filho do Infinito e uma criança da Eternidade. Todos os Poderes do Infinito começam a passar através de você, o que é chamado na Bíblia o Cristo em você, a esperança da glória. Procure sempre a sua herança espiritual e nunca a de seus pais ou ancestrais humanos. Você possui todo o poder sobre sua própria vida e os meios e capacidade de transformar seu mundo."

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 40/41)

O PRECONCEITO (1ª PARTE)

"Acautelamo-nos contra os primórdios da suspeita: ela distorcerá tudo. Tenho-a visto surgir entre amigos e notado que uma suspeitazinha logo se transforma em gigantesco mal-entendido. Qualquer palavra inofensiva é deformada e mal-interpretada, como se fosse a expressão de algum motivo maldoso ou impróprio, ao passo que, durante todo o tempo, a pessoa que fala não tem consciência da suspeita. Acontece o mesmo quando as opiniões diferem a respeito de livros ou de religião; uma ligeira diferença de opinião é alimentada pela insistência em tudo o que diz respeito a um lado e contra o outro, até que o resultado seja uma visão absurdamente distorcida. Tornamos a encontrá-la no preconceito de cor, se bem que os que ora usam corpos brancos já usaram corpos escuros, e vice-versa, e os hábitos de uns foram, ou serão, os hábitos do outro. Fraternidade significa, para a gente, livrar-se de preconceitos; o conhecimento do fato da reencarnação nos ajuda a superar nossas limitações e descaridade. 

Nós, estudiosos da vida superior, precisamos alçar-nos acima dos preconceitos. A tarefa é difícil, porque eles estão arraigados - preconceitos de raça, de casta, de religião; mas precisam ser todos desarraigados, porque impedem a visão clara e o julgamento verdadeiro. (...)

É sempre muito fácil atribuir algum motivo mau a outros com os quais antipatizamos e descobrir uma explicação má para os seus atos. Essa tendência representa um impedimento muito sério no caminho do progresso. Precisamos arrancar nossas próprias personalidades, pois só então seremos capazes de ver a outra pessoa tal como é. O preconceito é uma espécie de tumor que nasce no corpo mental, e, naturalmente, quando o homem procura olhar através dessa parte do corpo, não consegue ver claramente. (...)

Era ao efeito nocivo do preconceito que se referia Aryasangha quando disse, em A Voz do Silêncio, que a mente é a grande matadora do real. Com essas palavras, chamava a atenção para o fato de que não vemos nenhum objeto como ele é. Vemos tão somente as imagens que dele somos capazes de formar, e tudo, por força, é colorido para nós pelas formas de pensamento de nossa própria criação. Reparemos em como duas pessoas com ideias preconcebidas, diante do mesmo conjunto de circunstâncias, e concordes no tocante aos acontecimentos reais, referirão histórias totalmente diversas. Esse tipo de coisa se processa, o tempo todo, com todo homem comum, e nos damos conta do modo com que deformamos absurdamente as coisas. (...)"

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 98/99)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

PENSA POSITIVAMENTE

"A plantinha delicada da felicidade não medra senão nesse clima do pensamento positivo. Que diríamos de um homem que se recusasse a gozar dos benefícios da luz solar por saber que existem no globo solar enormes manchas escuras? ou que definisse o sol como grandes manchas tenebrosas rodeadas de luz?

Em linguagem evangélica se chama essa filosofia negativista 'enxergar o argueiro no olho do irmão - e não enxergar a trave no próprio olho', quer dizer, ver sobretudo no próximo as faltas, embora pequeninas, e não perceber as suas próprias faltas, por mais enormes que sejam.

Há uma terapêutica para estabelecer perfeita paz e felicidade na alma, e uma imperturbável harmonia na sociedade humana; consiste na observância do seguinte conselho: Homem, habitua-te a atribuir sempre ao próximo as virtudes que descobres em ti! - e a atribuir a ti mesmo as faltas que encontras no próximo!

O remédio é de efeito infalível - embora seja amargo como losna."

(Huberto Rodhen - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 39

A MORTE É UM INFORTÚNIO OU UMA BÊNÇÃO DISFARÇADA? (PARTE FINAL)

"(...) A matéria se forja com a mudança; e o espírito que nela habita, embora essencialmente imutável, sofre mudanças superficiais em razão da sua experiência subjetiva daquele fenômeno. Assim como a consciência subjetiva de uma mesma identidade se conserva da infância à idade avançada (exceto, talvez, nas primeiras e menos perceptivas etapas da infância e nas últimas etapas da velhice adiantada), não há razão para que essa consciência subjetiva não possa ser conservada antes do nascimento e após a morte. Com esta continuidade, a morte é verdadeiramente vista como a melhor amiga da alma, dando-lhe infinitas oportunidades de lutar contra a matéria e por fim vencê-la - mesmo depois de um milhão de derrotas. Esta amiga sincera ensina a alma a manifestar sua natureza imutável ao transcender a consciência de mudança. 

A mente humana prefere a mudança de ambientes, gostos, hábitos e posses, não porque não possa ficar só com uma coisa, mas porque está constantemente descobrindo que sua atenção foi mal direcionada e mal posicionada. O desejo que sente por algo desconhecido não se satisfaz com a aquisição de posses neste mundo de coisas mutáveis. Com novas oportunidades dadas pela morte e pela mudança de condições, a alma busca sua imutabilidade inata, e não fica satisfeita enquanto não readquire e não se restabelece no estado natural de união com o Espírito. Portanto a morte, ou a mudança de condições em que a alma reside temporariamente, é favorável ao crescimento e desenvolvimento da alma. 

O crescimento e a educação da vida significam apenas que a consciência manifestada na matéria evolui para finalmente expressar seu pleno potencial. A partir deste ponto, a consciência se desligará da matéria a fim de se conhecer e se libertar como entidade independente que possa existir sem a intermediação material. Durante o processo de aprendizado, antes que a alma empreendedora e diligente reconheça sua superioridade e sua natureza transcendente, a consciência fica muito apegada ao instrumento físico por meio de laços sensoriais e egoístas muito fortes, criados durante sua residência no corpo. Por isso, em cada nova encarnação a alma observa o novo corpo com o cuidado e a possessividade que um homem tem por seu carro novinho em folha. Em consequência, a morte que sobrevém prematuramente por doença - causada por uma vida desnatural ou pelo mau karma - ou por supostos acidentes e outros infortúnios implica dor mental e física, porque a alma manifestada fica extremamente preocupada ao ver seu veículo de expressão ser levado embora antes de expirar a validade natural."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 215/216)


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

EXPECTATIVAS

"Se você não for verdadeiro com a voz interior ou com a fonte divina do seu coração, você não será feliz. Quantas vezes dizemos ou fazemos alguma coisa que não é inteiramente verdadeira, apenas para sermos apreciados ou para nos sentirmos próximos de outra pessoa, e logo em seguida nos arrependemos? Muitos sacrificam seus sonhos individuais e seus desejos para atender às expectativas dos outros.

Eu quase fiz isto. O sonho da minha mãe era que um de seus filhos se tornasse freira ou padre. Decidi atender seu desejo e ser o padre que minha mãe sempre quis. Por quê? Porque eu pensava que com isto minha mãe sentiria orgulho de mim e me amaria ainda mais. entretanto, após um ano em um seminário, desisti, percebendo que não tinha a vocação espiritual necessária para o sacerdócio. Era o desejo da minha mãe, não o meu. Na época, eu não percebia que o amor da minha mãe estava sempre presente e sempre estaria, independentemente do rumo que eu tomasse.

Quando somos crianças, existe um padrão estabelecido: os filhos devem esforçar-se para conquistar o amor dos pais, e os pais moldam os filhos para fazer deles o que esperam que sejam. Para quem foi criado em famílias muito exigentes ou muito fechadas, o esforço para agradar pode ser interminável. À medida que as crianças crescem, os desejos dos pais permanecem em seu subconsciente e tornam-se parte de sua programação. Na idade adulta, sua autoestima pode depender da aceitação dos outros, da mesma maneira como procuravam agradar os pais para conseguir seu amor. O que acontece é que estes adultos nunca chegam realmente a viver para si mesmos. (...)"

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 51)