OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 13 de fevereiro de 2016

SOFRIMENTO - CRÉDITO (1ª PARTE)

"Muitos conhecem apenas o sofrimento débito, sofrimento por culpa própria ou alheia.

Mas há também um sofrimento - crédito.

Os livros sacros referem vários exemplos de sofrimento-crédito.

Job, o rico fazendeiro de Hus, sofreu a perda de toda a sua fortuna e de seus filhos, e, por fim, da própria saúde - e, no entanto, declara a Bíblia, que era um homem justo.

Três amigos do oriente, Elifas, Baldad e Sofar, tentam provar-lhe que ele é um pecador. Job protesta a sua inocência. Finalmente, intervém o próprio Deus e declara que Job é inocente. Ele não sofre por nenhum pecado, próprio ou alheio; o sofrimento dele têm o fim de o levar a uma espiritualidade ainda maior do que tinha.

Sofrimento-crédito.

O cego de nascença, referido pelo evangelho, segundo a declaração de Jesus, não sofria por nenhum débito, nem próprio nem alheio, mas sim 'para que nele se revelassem as obras de Deus'.

Essas 'obras de Deus' são a evolução espiritual do cego, o qual sem esse sofrimento, não teria saído da rotina horizontal do seu ego humano, para subir à verticalidade do seu Eu divino.

Sofrimento-crédito.

No domingo da ressurreição, os dois discípulos de Emaús estão perplexos, porque um homem justo como o Nazareno havia sofrido a morte de crucifixão. Ao que o próprio Jesus, que os acompanhava, desconhecido, lhes responde: 'Não devia então o Cristo sofrer tudo isto e assim entrar em sua glória?'

A entrada na glória indica o sofrimento.

Jesus não sofreu por pecado próprio, que não tinha, nem por pecados alheios, mas sim para realizar ainda mais plenamente seu Eu espiritual, que ele chama a entrada na glória. 

Por maior que fosse a realidade espiritual de Jesus, ao nascer, toda a creatura é ulteriormente realizável. A Epístola aos Hebreus afirma que o sofrimento e a morte de Jesus o levaram a uma perfeição maior. (...)"

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 29/30)


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A FORÇA DAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS

"Muitas são as avenidas pelas quais influências externas invadem a mente e montam o ambiente interior. Não permita que materiais insalubres flutuem nas águas dos pensamentos formadores de hábitos. Inspecione a qualidade dos livros que lê e analise cuidadosamente o tipo de pessoas com quem convive. Procure identificar que influências exercem sobre você a família, o lugar e os amigos. Muitas pessoas fracassam porque familiares infectaram seu subconsciente com pensamentos desalentadores e paralisantes como: 'Ah, João, tente o que quiser, mas você só fará asneiras!'

Liberte-se. Acorde! Lembre-se: ninguém pode comprometer sua felicidade a menos que você mesmo escolha ser infeliz. Se você organizou sua mente para preservar a felicidade interior sob quaisquer circunstâncias, ninguém conseguirá roubar-lhe essa felicidade.

Afirme: não importa quais sejam as condições em que me encontre, elas representam o próximo passo em minha evolução. Acolho todos os desafios, ainda os mais temíveis, pois sei que dentro de mim estão a inteligência para compreendê-los e a força para superá-los. Quero aprender a lição que cada experiência possa me ensinar, agradecendo a energia e o tirocínio adquiridos pela superação de cada desafio."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 45/46


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A CONQUISTA DA LIBERDADE PELA VONTADE (PARTE FINAL)

"(...) Para todos os efeitos, não temos livre-arbítrio - ele está apenas no processo de formação; e só estará formado quando o Ser tenha dominado completamente seus veículos e os use para seus próprios propósitos; quando cada veículo for apenas um veículo, completamente responsivo a cada impulso seu, e não um animal que se debate, indomado, com desejos próprios. Quando o Ser tiver transcendido a ignorância, subjugando hábitos que são as marcas da ignorância passada, então é livre. E assim será compreendido o significado do paradoxo, ‘em cujo serviço está a perfeita liberdade’, pois compreenderá que não existe separação, que não existe vontade desagregada, que em virtude de nossa Divindade inerente nossa vontade é parte da Vontade Divina, que foi ela que nos deu, ao longo de nossa evolução a força para seguir adiante, e que a compreensão da Vontade una é a realização da liberdade.

Foi ao longo dessas linhas de pensamento que alguns encontraram o fim da antiga controvérsia entre livre-arbítrio e determinismo. Mesmo reconhecendo a verdade pela qual lutou o determinismo, também preservaram e justificaram o sentimento inerente: ‘Eu sou livre, não escravo’. Essa ideia da energia espontânea, do poder espontâneo oriundos dos recessos internos de nosso ser, está baseada na própria essência da consciência, sobre o ‘eu’ que é o Ser - aquele Ser que, por ser divino, é livre."

(Annie Besant - Um estudo sobre a Consciência - Ed. Teosófica, Brasília - p. 234/235)


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

A CONQUISTA DA LIBERDADE PELA VONTADE (1ª PARTE)

"É inútil falar de livre-arbítrio em um homem que é escravo dos objetos à sua volta. Ele é um eterno escravo, não consegue exercer escolhas; pois embora possamos pensar que tal pessoa elege seguir o caminho ao longo do qual as atrações o arrastam, na verdade não está havendo escolha nem pensamento de escolha. Enquanto as atrações e repulsões determinarem o caminho, qualquer discurso sobre liberdade é vazio e tolo. Muito embora um homem sinta que está escolhendo o objeto desejado, o sentimento de liberdade é ilusório, pois ele é atraído pela atividade do objeto e tem dentro de si, o anseio pelo prazer. Ele tem tanta - ou tão pouca - liberdade de movimento quanto o ferro em presença de um ímã. O movimento é determinado pela força do ímã e pela resposta da natureza do ferro à sua atração. (...)

Vendo então que a vontade é determinada pelo motivo condicionado a partir dos limites da matéria que envolve o Ser separado, e pelo Ser de quem é parte o Ser exercendo a vontade - o que queremos dizer por ‘livre-arbítrio’? Certamente queremos dizer que a vontade é determinada a partir do interior; a escravidão, a partir do exterior. A vontade é livre quando o Ser, querendo agir, extrai seu motivo de volição de fontes que estão dentro dele mesmo, sem ser posto a agir por motivos atuando sobre ele a partir de fontes externas. (...)"

(Annie Besant - Um estudo sobre a Consciência - Ed. Teosófica, Brasília - p. 230/233)


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

CONTROLE DA MENTE

"D: Sendo tão difícil controlar a mente, como se pode conseguir praticar o yoga?

M: Por força da prática e do desapaixonamento, a mente pode ser controlada. O mesmo foi dito por Sri Bhagavan a Arjuna e por Vasishta a Sri Rama. Sri Krishna disse: 'Ó Filho de Kunti! Não há dúvida que a mente é instável e difícil de controlar. No entanto, por meio da prática e do desapaixonamento, ela pode ser controlada.' Vasishta disse: 'Ó Rama, embora a mente seja difícil de controlar, mesmo assim precisa ser dominada pelo desapaixonamento e pelo esforço, ainda que à custa de retorcer as mãos, cerrar os dentes e sujeitar os membros e os sentidos; isto tem de ser feito pela força de vontade.'

Portanto, é necessário um esforço intenso para conseguir o objetivo.

A abelha da mente, sempre vivendo no lótus do coração, rejeita o doce mel da incomparável Beatitude do lótus do Coração e, desejando o amargo mel do sofrimento coletado no exterior - como sons, toques, formas, sabores e odores - sempre voa para fora, pelos sentidos. Embora, pelo desapaixonamento, os sentidos são forçosamente bloqueados e a mente confinada; mesmo assim, no interior, a mente estará pensando [ocupando-se] no presente, recordando o passado ou construindo castelos no ar."

(Advaita Bodha Deepika - A Luz da Sabedoria Não Dualista - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 92)