OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 5 de junho de 2013

A REDENÇÃO E A PAZ INTERIOR

"Não vivemos conscientes de nossa natureza espiritual. Agimos como se fôssemos meros objetos físicos, sem alma nem espírito. De outro modo, nunca cometeríamos as insanidades que continuamos a cometer. Pesquisas revelam que mais de noventa por cento das pessoas acreditam que existe um Deus, que o paraíso existe e que vamos para um outro reino, quando morremos. Mas nosso comportamento desmente essas crenças. Tratamos os outros rudemente, com violência ou indiferença, e nos apegamos de tal forma aos bens materiais, que não hesitamos em rebaixar alguém para obtê-los. Devemos estar loucos. 

Não temos nada a temer quando manifestamos o nosso amor por outro ser humano. Estamos sempre certos. Infelizmente, o mais comum é que nossos medos bloqueiem essa manifestação de amor. Tememos ser rejeitados, ridicularizados, humilhados, que nos vejam como fracos, que sejamos rotulados ou enganados. Mas o amor é sempre o caminho.

Somos sempre amados e protegidos. Somos criatura espirituais num vasto oceano espiritual, habitado por inúmeros outros seres espirituais. Alguns estão na forma física, outros não. O amor é a água desse oceano. Amor é energia, a mais alta e pura energia. Em suas vibrações mais elevadas, o amor abrange tanto a sabedoria quanto a consciência. É a energia que interliga todos os seres. O amor é absoluto e nunca termina.

Os principais objetivos, durante nossa existência são a redenção e a paz interior. Redenção implica superar o carma por meio de ações e da graça. Há muitos caminhos para a redenção. Quando nos redimirmos, teremos reconquistado o destino de nossas almas.

A paz interior é consequência de nossos atos. Viver num mundo físico requer ações concretas: aproximarmo-nos dos outros para aliviar seu sofrimento e ajudá-los ao longo de seus caminhos, ser solidários, compassivos, ajudar a curar o planeta, seus habitantes e suas estruturas, aprendendo e ensinando.

A redenção vem do amor, não do sofrimento. Quando o coração transborda de amor e quando esse amor flui para os demais, estamos em meio ao processo de redenção. E estamos retornando para o seio de Deus, que é o amor supremo. É durante esse processo que a paz interior entra em nós, silenciosamente."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 126/127)


SOMBRA E LUZ (1ª PARTE - I)

"É agradável sentar-se à sombra de uma árvore num dia de calor. Por outro lado, como dizem as escrituras, caminhamos através do "vale da sombra da morte", e nossos dias sobre a Terra são uma sombra que desaparece. Sombra geralmente representa trevas indesejáveis e deprimentes, obscuridade ou algo que é imaterial, irreal ou transitório. Em contraste, claridade e luz do sol significam esperança, ânimo e alegria. 

A sombra representa obscuridade do real, a natureza impermanente de tudo que compõe nossa vida normal no dia a dia - as posses físicas e mentais que nos esforçamos para conquistar, e o poder que muitas vezes é obtido em função da posição social ou econômica, seja na política, no aprendizado, na arte ou na religião, e que desesperadamente tentamos reter. Se essas coisas nos escapam, como deve acontecer algum dia, nós nos sentimos "criaturas miseráveis". Apegamo-nos a pessoas - esposa, marido, filhos, amigos, inimigos - num relacionamento de atração e repulsão. Permanecemos presos a ideias, tradições e teorias, que acreditamos serem as únicas certas, e assim criamos uma diferença entre nós e os outros, que têm suas próprias convicções.

Caminhamos através do "vale da sombra" porque essas posturas são a causa de dor, medo, conflito e sofrimento. O sofrimento chega até nós não porque Deus fez deste mundo um local de trevas, mas por causa de nossas próprias atitudes. O germe da dor é implantado no momento em que começamos a pensar e sentir em termos do estreito "eu" pessoal - de nossa própria felicidade exclusiva. Não é preciso uma fé cega em Deus ou em qualquer plano divino para compreender que a dor está na atitude autocentrada, na dualidade e na busca das sombras projetadas por nosso próprios pensamentos, na identificação do observador com o que é visto. 

É por isso que tanto se enfatiza o altruísmo, para arrancar a gigantesca raiz do "eu" e reduzi-la a zero. Essa ênfase no altruísmo é às vezes compreendida como supressão das emoções e da mente. Na verdade, a ênfase não está na negação compulsória, mas na correta compreensão. (...)"

(Surendra Narayan - Revista Sophia nº 43 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 32)

  


terça-feira, 4 de junho de 2013

DEUS, A NATUREZA E O EU

"Os sábios têm assinalado três categorias que constituem o mundo cognoscível: Deus; a Natureza; e o eu. Respectivamente: Iswara; Prakrithi; e Jiva. Deus, quando visto através do espelho da Natureza, aparece como o eu. Removido o espelho, há somente Deus; a imagem mergulha no original. O homem é somente a imagem de Deus; Só Ele é Realidade. O princípio da aparência, que ilude como múltipla manifestação, é maya. Ela não é externa a Deus, mas, n'Ele inerente; exatamente como todos os poderes também o são. Quando o eu imagem é concebido como diferente, temos o dualismo ou dwaitham. Quando é reconhecido tão somente como imagem irreal, mas, ainda assim, lhe é dado alguma relevância quando relacionado ao Original, é então o chamado Monismo Qualificado ou visishtaadwaita. Quando tanto o eu imagem como o espelho são reconhecidos como ilusões, e descartados como tal, só um permanece, e este é o adwaitha darsanam, é o dar-se conta de que só existe o "Uno-sem-um-segundo". A busca pelo "Uno-sem-um-segundo", isto é, a busca do adwaitha darsanam, é a busca mais antiga da Índia. O esforço sempre tem sido para descobrir o Uno, o qual, quando conhecido, tudo mais é conhecido. O conhecimento válido é o conhecimento da Unidade (adwaitha), não da diversidade (dwaitha). Diversidade significa dúvida, dissensão e privação de espiritualidade. No dualismo (dwaitha), o que é visto é diferente daquele que vê. Este que vê, em cada um, é o mesmo. 

Jesus Cristo se proclamou primeiro mensageiro de Deus; depois se anunciou o Filho de Deus; e ainda mais tarde, declarou não haver distinção entre ele e o Pai e que ambos são Um só.*" 

* "Eu e o Pai somos Um!" - foi assim que Jesus Cristo fez sua declaração veementemente adwaitha, isto é, monista.

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 72/73)


TANTRA YOGA - O SADHANA E O MANTRA/"A LETRA MATA" (PARTE FINAL)

"Para cada tipo de sadhaka (tipo animal, heroico e áureo), o guru ensina um apropriado sadhana ou método de espiritualização, atribuindo-lhe correspondentemente um mantra adequado, levando em consideração as aptidões, temperamentos, condicionamentos e limitações dos candidatos à iniciação. Genericamente falando, para os discípulos, isto é, para aqueles da "mão direita", os sadhnas a serem recomendados, segundo o grau de dificuldade crescente, são os seguintes:

(a) puja ou adoração ostensiva, usando flores, incenso, imagens, oferendas;
(b) japa ou repetição do mantra, com ou sem ajuda de um rosário (japamala), cujas contas vão sendo passadas na medida em que o mantra é pronunciado;
(c) dhyana ou contemplação;
(d) o mais elevado e difícil, brahmasadhana que é a experiência unitiva com o eterno e infinito Brahman.

O tantra está presente na liturgia de diferentes religiões. A missa católica, os rituais de umbanda e tantas outras manifestação externas litúrgicas são pujas. Os hinos de louvor cristão das religiões evangélicas e carismáticas são tântricas. O Tantra, com seus mantras e japas, faz parte também do budismo. A adoração de imagens é um procedimento tântrico universal de quase todas as religiões. As ladainhas e jaculatórias enriquecem nas práticas devocionais de cristãos, hindus e muçulmanos.

"A letra mata" - Por que no Tantra, ao lado de belíssimas e imaculadas, sublimadas e santas práticas, se encontram recomendações a outras nitidamente permissivas e primitivas, frontalmente contraditórias? O dicionário de hinduísmo de Stutley explica:
O Tantrismo, devido a seu simbolismo esotérico e algumas de suas práticas, tem levado sua ideologia a equívocos, os quais P. C. Bagchi considera causados por alguns eruditos que não conseguiram interpretar corretamente os termos técnicos dos textos tântricos. O uso que os textos fazem do simbolismo e da terminologia técnica, tal como os Uppanishads, visa a desvelar verdades, mediante uma linguagem que só poderia ser compreendida pelos iniciados. Daí no tantrismo o uso da assim chamado "linguagem intencional (sandhya-bhasa)", que é secreta, obscura e ambígua, na qual um determinado estado de consciência é expresso por um termo erótico. Os vocabulários da mitologia e cosmologia estão carregados de significados sexuais e de Hatha Yoga. (in A Dictionary of Hinduism)   
É oportuno citar o sábio São Paulo:
A letra mata, mas o espírito vivifica. (2 Co 3:6)" 
(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 133/134)
www.record.com.br


segunda-feira, 3 de junho de 2013

A RAZÃO DÁ AO HOMEM O PODER DE BUSCAR DEUS

"Deus existe. Ao ser humano, Ele conferiu independência, poder e razão. Por ser dotado de razão, o homem pode encontrar o Senhor. Passar todo o tempo apenas brincando com a vida, sem encontrar Deus, é desperdiçar o poder interior, divinamente concedido. 

Use a chave da razão. Ela não se encontra nas pedras e nos animais. Deus concedeu o raciocínio ao homem para que ele pudesse libertar-se da ilusão da mortalidade. Se permitir à sua razão ser esmagada pelo ego e pelos maus hábitos, de que lhe valerá isso? Se as pessoas se curvarem diante da sua vontade, de que lhe valerá isso? A felicidade ainda se esquivará de você. Por isso, Jesus escolheu Deus, e não Satã, quando o demônio procurava tentá-lo. Jesus compreendeu que, embora o poder mundano tenha muitos atrativos, não dura muito. Jesus encontrara algo maior do que todas as riquezas deste universo. As coisas desejadas pela maioria dos homens são perecíveis. (...) Todos nós deveríamos escolher a vida que conduz a Deus. 

Você está castigando a alma ao mantê-la sepultada, adormecida na matéria, vida após vida, apavorada com os pesadelos de sofrimento e morte. Perceba que você é a alma! Lembre-se de que o Senhor Infinito é o Sentimento por trás de seu sentimento, a Vontade por trás da sua vontade, o Poder por trás do seu poder, a Sabedoria por trás da sua sabedoria. Una, em perfeito equilíbrio, o sentimento do coração e a razão da mente. No castelo da calma, repetidamente se desprenda da identificação com os títulos terrenos, e mergulho na meditação profunda, até atingir sua natureza divina. 

Olhe para dentro de você mesmo. Lembre-se: o Infinito está em toda parte. Mergulhando nas profundezas da superconsciência, você pode acelerar sua mente pela eternidade afora; pelo poder mental, você pode ir longe, além da mais longínqua estrela. A lanterna da mente está plenamente equipada para lançar seus raios superconscientes no mais recôndito coração da Verdade. Use-a para isso. 

Lembre-se: é você quem deve viajar para o reino dos céus; ele não virá por remessa especial. Cada homem tem de trilhar sozinho o seu caminho. A partir de hoje, no fundo de seu coração, tome a decisão de buscar Deus. (...) Quero dar mais do que a inspiração temporária das palavras; quero atirar granadas de sabedoria diretamente em sua escuridão espiritual, de modo que a explosão de luz permita a você mesmo verificar a verdade do que afirmei."

(Paramahansa Yognanda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 10/11)