OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

VIDA E MORTE


"A vida e a morte são como dois lados de uma moeda. São fenômenos semelhantes ao nascer e o pôr do sol. O sol pode pôr-se em Madras, Índia, e ao mesmo tempo nascer em Chicago, Estados Unidos. Uma pessoa morre para este mundo, mas simultaneamente aparece em outra parte. Tanto o nascer quanta o morrer são fenômenos ilusórios, causados pela revolução da Terra ao redor do seu eixo e a inclinação do plano do nosso horizonte em relação aos raios solares, enquanto o sol permanece fixo como o centro do seu sistema. Se o sol representa Espírito ou vida em sua fonte, o Espírito, nas palavras do Gita, não nasce e não morre; embora, conforme expresso em uma das cartas dos Mahatmas, “Espírito na matéria é vida". A vida pode existir em várias formas e gradações. A retirada da vida do envolvimento na matéria, que é uma morte, reintegra-a a sua condição original, que é a ressurreição no Espírito ou liberdade. Esta retirada e um processo de eliminar o passado como é refletido no presente, e ao mesmo tempo, a recuperação da liberdade pela entidade que se permitiu, durante o período de não percepção, ser aprisionada dentro de memórias e obsessões acumuladas naquele passado. A dissolução deste acúmulo, camada por camada, é o "banho em esquecimento" que reintegra a vida individual a sua condição original de novidade e inocência. O que é eliminado naquele banho não é a sua própria natureza, a qual quando se projeta evidencia seu brilho próprio como o ouro puro do qual foi removida a escória, ou como as flores na primavera. Quando tudo que foi acumulado no processo do tempo tiver desaparecido, manifesta-se aquilo que eternamente é."


(N. Sri Ram - Em Busca da Sabedoria - Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 170)


COMO LEMBRAR-SE DO VERDADEIRO EU (1ª PARTE)

"Estamos no início do século XXI, uma época de incríveis descobertas. Nunca antes os seres humanos estiveram tão conectados uns aos outros, mas nunca pareceram tão sozinhos. Para onde quer que olhemos, vemos pessoas insatisfeitas e infelizes. Por quê? Acho que isso se deve ao sistema de valores da nossa sociedade, que se baseia em ilusões e na falsidade. Fomos ensinados a venerar a busca do dinheiro e a acreditar que riqueza é sinônimo de felicidade. Ao honrar os deuses falsos do poder e do dinheiro, a sociedade constantemente valoriza aspectos inadequados da existência.

Entregamos nosso poder aos outros e, quando eles nos frustram, nos sentimos vitimados. No momento em que nos declaramos 'vítimas', ficamos aprisionados numa vibração de revanche. Quando vivemos com medo, raiva e ressentimento, atraímos situações que criam ainda mais medo, raiva e ressentimento. Quanto mais envolvidos ficamos na consciência do mundo exterior, mais nos afastamos do caminho do espírito.

Existe uma tremenda carência espiritual no nosso mundo. É uma fome que não está sendo satisfeita. Idealmente, a religião deveria ser o portal para nossa espiritualidade, mas muitas vezes isso não acontece. É preciso mais do que ir à igreja, rezar, cantar, pregar e dar dinheiro aos pobres para desenvolver a espiritualidade. É necessário ter uma compreensão das verdades espirituais e colocá-las em ação nas nossas vidas cotidianas. Infelizmente, às vezes as verdades ensinadas pela religião são distorcidas pela interpretação pessoal, e o medo de Deus substitui o amor a Deus. Resta a cada um de nós separar a verdade do dogma, o joio do trigo. (...)"

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 79)

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A CALMA É A MELHOR CURA

"A melhor cura para o nervosismo é cultivar a calma. Quem é naturalmente sereno não perde o senso de razão, de justiça ou de humor sob nenhuma circunstância. Esta pessoa sempre pode separar o fato do sentimento ou das falsas expectativas. Não se deixa enganar pela fala açucarada de gente desonesta, que chega com projetos inviáveis para a obtenção de riquezas ilícitas. Não envenena os tecidos orgânicos, com a raiva e o temor, que afetam adversamente a circulação. Bem comprovado é o fato de que o leite da mãe encolerizada pode ter efeito prejudicial sobre o filho. Que prova mais impressionante podemos pedir de que as emoções violentas acabam por reduzir o corpo a uma vergonhosa ruína?

O equilíbrio é uma bela qualidade. Devemos modelar nossa vida segundo uma estrutura triangular: calma e doçura são os dois lados; a base é a felicidade. Todos os dias, devemos lembrar: 'Sou um príncipe da paz, sentado no trono do equilíbrio, dirigindo meu reino de atividade.' Agindo rápida ou lentamente, na solidão ou nas agitadas aglomerações humanas, devemos estar centrados na paz e no equilíbrio. Cristo nos deu o ideal. Em toda parte, demonstrou paz, superando todos os testes concebíveis sem perder o equilíbrio.

Deus está em tudo, controlando planetas e galáxias; contudo, Ele não Se perturba. Embora esteja no mundo, está acima do mundo. Devemos refletir Sua imagem e semelhança. Devemos meditar frequentemente e dar continuidade aos efeitos de paz que se seguem à meditação. Devemos emitir pensamentos de amor, boa vontade, harmonia. No templo da meditação, com a luz da intuição ardendo sobre o altar, não há inquietude, esforço ou buscas nervosas. O homem encontra-se finalmente em seu verdadeiro lar, um santuário que não foi construído com as mãos e, sim, com a paz de Deus."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 101)

A VERDADE A SERVIÇO DA VIDA (PARTE FINAL)

"(...) A verdade está no altar; na mente que vasculha os segredos da natureza para saudar e manter a vida; naquele que ensina por respeito à grandeza do outro; na lei que organiza e sustenta o movimento dos astros.

A verdade está guardada no templo do coração humano; invocada ou não, está sempre presente. Nada consegue macular sua real natureza, nem mesmo a ignorância daqueles que abrigam esse sagrado tesouro.

A verdade está a serviço da vida, a religião está a serviço da verdade. A religião carrega, em seu cerne, os argumentos para sustentar a esperança e a fé na vida; a verdade é a esperança. A religião oferece a chave para o paraíso; a verdade é o paraíso.

Quando o homem ousar penetrar na caverna do coração, encontrará a verdade como uma luz bendita que ilumina todos os cantos obscuros da existência; como um calor suave que aquece o frio da existência, ou como uma brisa fresca que refresca a sufocante angústia da solidão de ser. Então, não serão mais necessárias as religiões, os ritos e as orações, pois o homem terá visto Deus face a face, e descobrirá que diante de si existe apenas um espelho."

(Miriam Morata Novaes - A Verdade a serviço da Vida - Revista Sophia, Ano 2, nº 6 - p. 17)

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

TÊM KARMA OS AVATARES?

"Durante a palestra, Sri Daya Mata respondeu às seguintes perguntas: É o sofrimento de seres libertos o resultados de mau karma do passado? Resulta qualquer karma das ações deles nesta vida?

Os resultados cumulativos de nossas ações corretas ou incorretas são classificados como nosso karma. A lei do karma (ação) é a lei de causa e efeito: o que semeamos, colheremos. Boas ações trazem bons resultados à nossa vida, más ações trazem resultados negativos e sofrimento. Toda a humanidade está sujeita a essa lei, exceto aquelas almas raras que alcançaram o estado mais elevado ao realizar sua unidade com Deus. Almas como Jesus e Krishna sofrem de fato na Terra; mas dizer que o sofrimento deles é o resultado de quaisquer ações erradas cometidas por eles é levar a lógica a uma conclusão ridícula. Ao seguirmos esta linha de raciocínio, teríamos de admitir que o Senhor tem péssimo karma por ter criado a humanidade sofredora. E se somos centelhas individualizadas de Deus, como ensinam as escrituras, então nosso sofrimento será o resultado de Suas ações errôneas, e portanto é Ele que está sofrendo por nosso intermédio. Entretanto, é ilógico julgar que a lei do karma possa ser aplicada a Deus, ou àqueles que se unificaram com Deus, tendo assim ultrapassado o alcance de Suas leis. A serpente leva veneno em suas presas, mas ela nunca morre de sua própria peçonha. O infinito contém a lei da dualidade, o veneno de maya, dentro de Si Mesmo, mas não é afetado por ela. Quem é uno com Deus permanece, de modo similar, intocado por maya. Somente aqueles que estão sujeitos a essa lei da dualidade sofrem desse veneno. Até grandes santos podem ter alguns vestígios de karma a serem resgatados. Todavia, quando uma alma se libertou e depois retorna à Terra, está livre de imperativos cármicos. Não importa o que faça, tem controle total de si mesma e dos resultados de suas ações."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 203/204)