OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 14 de dezembro de 2014

O PRECONCEITO (PARTE FINAL)

"(...) Às vezes, se bem que menos frequentemente, o preconceito é em favor da pessoa, como no caso da mãe que não enxerga o menor mal no que faz o filho, embora este possa prejudicar seriamente os outros. Ora, quer estejam a favor, quer estejam contra uma pessoa, as duas atitudes são igualmente preconceitos, ilusões mentais que matam o real. A melhor maneira de ver autenticamente é procurar sempre, com determinação, o bem em todo o mundo, visto que os nossos preconceitos, em geral, estão do lado oposto, e nos inclinamos tristemente a ver o mal onde ele não existe. Diferimos das outras pessoas na cor, no vestuário, nas maneiras, nos costumes e em outras formas de religião, mas essas características são apenas externas, e tudo o que concorre para formar o homem real, por trás e além de tudo isso, é praticamente o mesmo em todos nós. Afinal de contas, não é tão difícil aprender a olhar por trás das cascas exteriores que as pessoas utilizam para esconder-se. Por esse meio, elas costumam mostrar-se piores do que são, já que os principais defeitos se encontram quase sempre na superfície, e o ouro verdadeiro se esconde amiúde com êxito. Quem aspira progredir precisa superar a cegueira diante do mérito alheio, a tendência a julgar pelas características superficiais.

Lembremo-nos de que a ninguém que deseja ficar do lado do bem, ou contra o mal, pode ser recusada essa oportunidade, por mais ignorante ou fanática que seja a pessoa. Os Mestres tomam sempre o bem e usam-no onde quer que ele apareça, ainda que haja, no mesmo homem, muito mal também; e o emprego que fazem da força para o bem favorece grandemente o homem que a gerou. Usam, por exemplo, a força devocional encontrável até num fanático assassino e, dessa maneira, lhe permitem praticar alguma boa obra e, consequentemente, ser ajudado.

Imitemos também os Grandes; tentemos sempre encontrar o bem em tudo e em todos. Não procuremos, tampouco acentuemos, o mal em quem quer que seja, mas escolhamos e demos ênfase ao bem. Continuemos a fazer o nosso trabalho da melhor maneira possível, e não nos preocupemos com o trabalho alheio, nem com a maneira com que outrem o executa. Ainda que as outras pessoas ergam dificuldades em nosso caminho, passemos por cima delas e não nos inquietemos; elas são o nosso carma, e, afinal de contas, as coisas de fora, na verdade, não têm importância. Não incorramos no erro de pensar que outros estão tentando prejudicar nossos bons propósitos. Todas essas pessoas são muito parecidas conosco; pensemos, pois, no seguinte: seríamos capazes de fazer deliberadamente uma coisa má como essa?"

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 100)

sábado, 13 de dezembro de 2014

ESPIRITUALIDADE

"Ser espiritualizado significa ter mais compaixão, mais cuidado e mais bondade. Significa lidar com as pessoas com amor no coração, sem esperar nada em troca. Significa saber que há algo maior que nós mesmos, uma força que existe numa esfera que temos que perseverar para descobrir. Significa entender que há lições mais elevadas para serem aprendidas e, depois que as tivermos aprendido, haverá outras ainda mais elevadas. O potencial para a espiritualidade existe em cada um de nós e precisa ser acessado.

Já vi pessoas religiosas cometendo atos de violência e incitando outras à guerra. Matem, dizem elas, porque esses outros não compartilham de nossas crenças e, portanto, são nossos inimigos, Essas pessoas não aprenderam a lição que mostra que só existe um universo e uma única alma. Para mim, a atitude delas é totalmente antiespiritual, não impora qual seja sua religião. De fato, esta é a diferença entre religião e espiritualidade. Você não precisa ser religioso para ter espiritualidade; você pode ser ateu e de ser bom e cheio de compaixão. Você pode fazer trabalho voluntário, por exemplo, não para obedecer à vontade de Deus, mas porque se sente bem ao fazê-lo e acha que os seres humanos deviam agir assim uns com os outros. Este é um caminho de evolução para esferas mais altas.

Em minha concepção, Deus é uma energia sábia e amorosa que está em todas as células de nossos corpos. Para mim ele não é aquele velho clichê do homem barbado, sentado numa nuvem fazendo julgamentos. A questão importante em relação à espiritualidade não é 'qual é o seu Deus', mas se você é verdadeiro em relação à sua alma. Será que você está vivendo uma vida espiritual? Você é uma boa pessoa aqui na Terra? É capaz de encontrar alegria em sua existência? Não prejudica ninguém e faz bem aos outros?

Esta é a essência da vida, aquilo que é fundamental para nossa viagem de elevação, e que não é complicado. Mas muitos ainda não aprenderam essas lições espirituais. Somos egoístas, materialistas, faltam-nos empatia e compaixão. Nosso desejo de fazer o bem é subjulgado pelo desejo do conforto físico. E, enquanto a bondade e o egoísmo lutam dentro de nós, ficamos confusos e infelizes."

(Brian Weiss - Muitas Vidas, Uma Só Alma - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 163/164)

O PRECONCEITO (2ª PARTE)

"(...) O estudante teosófico tem por obrigação aprender a ver as coisas como elas são, e isso significa controle, vigilância e muito trabalho. No Ocidente, por exemplo, as pessoas estão cheias de preconceitos na área religiosa, pois, tendo nascido numa determinada religião, somos ensinados, perseverantemente, a considerar todas as outras meras superstições. Nossas ideias, por conseguinte, são desequilibradas desde o início, e até quando aprendemos a conhecer um pouco de outras religiões e a respeitá-las, fica difícil para nós figurar-nos nascidos nelas. (...)

Quanto mais ignorantes forem as pessoas, maior será a sua desconfiança daquilo a que não estão acostumados. Os camponeses, por exemplo, desconfiam instintivamente de todos os estrangeiros, e em muitos lugares no interior da Inglaterra, um francês, por exemplo, se não estiver na pobreza e necessitado de auxílio, será, por certo, olhado com desconfiança. Se estiver com fome, será alimentado e tratado com compaixão; mas se se apresentar como colega de trabalho, tudo o que fizer será criticado, metido a ridículo e objeto de suspeita. Ora, está visto que tudo isso promana da ignorância e ocorre porque os camponeses não estão acostumados a conviver com estrangeiros. (...)

Do modo como andam as coisas, nossas opiniões se alicerçam em fundamentos muito leves; encontramos uma pessoa pela primeira vez, e uma palavra sua, ou algum gesto trivial, desperta em nós uma pequena antipatia, de modo que se ergue um murozinho entre nós e ela. Isso pode parecer uma questão sem importância, mas, se não tomarmos cuidado, a antipatiazinha pela pessoa se avolumará e transformará em barreira, que nos impedirá, para sempre, de compreendê-la. Até certo ponto, poderemos vê-la através da forma de pensamento que nós mesmo fizemos, e não podemos vê-la corretamente, pois é o mesmo que olhar por um vidro torcido e colorido que tudo deforma. (...)"

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 99/100)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

ESPÍRITO E MATÉRIA

"A ciência moderna sabe que Espírito e matéria são interconversíveis e intermutáveis. A matéria é simplesmente Espírito em velocidade moderada que adquire visibilidade. É um erro dizer que você está condicionado pelo meio ambiente - sua casa, emprego, negócio, o lugar em que vive - pois isso é puramente sugestivo. Mas se aceitar, continuará a repetir os mesmos velhos padrões de seus antepassados e talvez leve a mesma vida, baseada em credos, dogmas e tradições. Os fatores externos não são criativos. O Poder Criativo está dentro de você. Um cientista não encara uma coisa criada como causa; é um efeito. Conhecendo a localização do Poder Criativo e da Causa Primeira, você não irá mais atribuir a qualquer pessoa, lugar ou situação o poder de criação ou geração. Seu próprio pensamento é o único poder criativo de que está consciente.

Todos os poderes do Infinito estão latentes e lhe são inerentes. Uma prece maravilhosa que se pode praticar é a seguinte: 'Deus é, e Sua Sagrada Presença flui através de mim como beleza, harmonia, amor, alegria, sabedoria, compreensão, orientação Divina e abundância. Sei que é tão fácil para Deus promover todas essas coisas quanto uma folha de relva e dou graças que assim seja.'

Repita essas verdades três ou quatro vezes, à noite e pela manhã, certificando-se de não negar posteriormente o que está afirmando. Vai descobrir que é realmente um filho do Infinito e uma criança da Eternidade. Todos os Poderes do Infinito começam a passar através de você, o que é chamado na Bíblia o Cristo em você, a esperança da glória. Procure sempre a sua herança espiritual e nunca a de seus pais ou ancestrais humanos. Você possui todo o poder sobre sua própria vida e os meios e capacidade de transformar seu mundo."

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 40/41)

O PRECONCEITO (1ª PARTE)

"Acautelamo-nos contra os primórdios da suspeita: ela distorcerá tudo. Tenho-a visto surgir entre amigos e notado que uma suspeitazinha logo se transforma em gigantesco mal-entendido. Qualquer palavra inofensiva é deformada e mal-interpretada, como se fosse a expressão de algum motivo maldoso ou impróprio, ao passo que, durante todo o tempo, a pessoa que fala não tem consciência da suspeita. Acontece o mesmo quando as opiniões diferem a respeito de livros ou de religião; uma ligeira diferença de opinião é alimentada pela insistência em tudo o que diz respeito a um lado e contra o outro, até que o resultado seja uma visão absurdamente distorcida. Tornamos a encontrá-la no preconceito de cor, se bem que os que ora usam corpos brancos já usaram corpos escuros, e vice-versa, e os hábitos de uns foram, ou serão, os hábitos do outro. Fraternidade significa, para a gente, livrar-se de preconceitos; o conhecimento do fato da reencarnação nos ajuda a superar nossas limitações e descaridade. 

Nós, estudiosos da vida superior, precisamos alçar-nos acima dos preconceitos. A tarefa é difícil, porque eles estão arraigados - preconceitos de raça, de casta, de religião; mas precisam ser todos desarraigados, porque impedem a visão clara e o julgamento verdadeiro. (...)

É sempre muito fácil atribuir algum motivo mau a outros com os quais antipatizamos e descobrir uma explicação má para os seus atos. Essa tendência representa um impedimento muito sério no caminho do progresso. Precisamos arrancar nossas próprias personalidades, pois só então seremos capazes de ver a outra pessoa tal como é. O preconceito é uma espécie de tumor que nasce no corpo mental, e, naturalmente, quando o homem procura olhar através dessa parte do corpo, não consegue ver claramente. (...)

Era ao efeito nocivo do preconceito que se referia Aryasangha quando disse, em A Voz do Silêncio, que a mente é a grande matadora do real. Com essas palavras, chamava a atenção para o fato de que não vemos nenhum objeto como ele é. Vemos tão somente as imagens que dele somos capazes de formar, e tudo, por força, é colorido para nós pelas formas de pensamento de nossa própria criação. Reparemos em como duas pessoas com ideias preconcebidas, diante do mesmo conjunto de circunstâncias, e concordes no tocante aos acontecimentos reais, referirão histórias totalmente diversas. Esse tipo de coisa se processa, o tempo todo, com todo homem comum, e nos damos conta do modo com que deformamos absurdamente as coisas. (...)"

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 98/99)