OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 29 de abril de 2025

VÍCIOS E PAIXÕES (PARTE FINAL)

"(...). Os vícios, por sua vez, são os devastadores efeitos das paixões, que se enraízam em forma de hábitos de qualidade inferior, responsáveis pelos desastres morais e emocionais que trucidam as criaturas imprevidentes que se lhes vinculam sem qualquer esforço para a sua libertação.

Apresentam-se disfarçados ou desvelados, de forma que se impregnam em a natureza humana, transformando-se em verdadeiros verdugos portadores de inclemência e perversidade.

De início, asfixiam nas suas malhas estreitas e apertadas aqueles que se lhes concedem predominância no comportamento.

Aturdem, enfermam, enfraquecem, desarticulam a vontade e terminam por infelicitar sem qualquer compaixão o seu próprio mantenedor.

Depois, espraiam-se, contaminando outros desavisados que se deixam enganar com as suas falsas promessas de alegria e de bem-estar, de euforia e de poder, que logo se convertem em decepção e fuga para novos tentames em escala ascendente e volumosa até a consumpção da sua vítima.

Concomitantemente os viciados perturbam a ordem social, por desejarem impor-se ou para manterem as suas necessidades mórbidas, tornando-se sicários de outras vidas ou sendo por si mesmos vitimados.

Com essa imperfeição moral, que resulta da falta de esforço para libertar-se dos estágios primários pelos quais transitou, o Espírito que se deixa vencer pelos vícios permanece em atraso no curso da evolução, tornando-se elemento pernicioso para a sociedade, que passa a vê-lo como inimigo do progresso, credor de penas que se lhe devem impor, a fim de serem evitados danos aos demais membros, tanto quanto a si mesmo.

Os vícios são cruéis mecanismos emocionais a que o ser se adapta, permitindo-se-lhes a vigência e soberania nas paisagens das emoções.

Infelizmente, na sociedade contemporânea, muito esclarecida em torno das conquistas tecnológicas e científicas, as paixões perniciosas e os vícios destrutivos recebem muita consideração, quando os indivíduos são açodados para conseguirem os seus propósitos, às vezes ignóbeis, ou para saírem-se bem nas reuniões de negócios ou de recreios, apelando para os alcoólicos, tabaco, o sexo e outras drogas aditivas.

Longe está o homem de ser social, somente porque se permite o uso e o abuso dos vícios em voga em cada época, ou das paixões animalizantes que os fazem sobressair, conquistando o enganoso brilho da mídia também alucinada em algumas áreas da atual comunicação de massa...

O ser humano marcha para a saúde plena, e as paixões que nele remanescem devem ser encaminhadas para os ideais de crescimento interior e de realização externa, ampliando os horizontes de felicidade do planeta.

Da mesma forma, os vícios deverão ser transformados em hábitos saudáveis ou em peregrinas belezas que deles emergem, lucilando como estrelas no zimbório da noite escura. 

Cada época da sociedade sempre se tem caracterizado pelos seus vícios e virtudes, desgraças ou grandezas que foram vivenciados.

Inegável que antes da queda de todas as civilizações do passado, que começou no apogeu da sua glória e do seu poder, quando os valores morais cederam lugar aos vícios e os ideais de engrandecimento foram substituídos pelas paixões devoradoras, fizeram-se vítimas da insânia os seus governantes e o povo em geral.

As paixões, dessa forma, podem ser alavancas direcionadas para o desenvolvimento cultural, emocional, social e espiritual da Humanidade, assim como os vícios mórbidos e devastadores deverão ser convertidos em sentimentos de autocompaixão, de amor e de caridade para com todas as demais criaturas.

Assim agindo-se, a transição do planeta para melhor será feita com mais facilidade, porque os seus habitantes terão optado por conduta mais condizente com a harmonia que vige no Cosmo e a plenitude que lhe está destinada."

Texto extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 159/161.
Imagem: Pinterest

quinta-feira, 13 de junho de 2024

CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES (1ª PARTE)

"4. As vicissitudes da vida são de duas espécies, ou se quisermos, têm duas fontes bem diferentes que importa distinguir. Uma têm sua causa na vida presente: outras fora desta vida. 

 Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e da conduta dos que os suportam.

Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder ou por não terem sabido limitar seus desejos!

Quantas uniões infelizes, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade, e nas quais o coração não tomou parte alguma! 

Quantas dissensões e disputas funestas se teriam evitado com mais moderação e menos suscetibilidade!

Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!

Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram as más tendências desde o princípio! Por fraqueza ou indiferença deixaram que neles se desenvolvessem os germes do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem com a sua falta de respeito e a sua ingratidão. 

Que todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida interroguem friamente suas consciências; que remontem passo a passo à origem dos males que os afligem e verifiquem se, na maior parte das vezes, não poderão dizer: Se eu tivesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante situação.

A que, portanto, deve o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios, mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a chance desfavorável, a má estrela, quando sua má estrela está na sua própria incúria. 

Os males dessa natureza fornecem, seguramente, um notável contingente nas vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar pelo seu aprimoramento moral, tanto quanto o faz pelo seu melhoramento intelectual."

Texto extraído do livro "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, Ed. FEB, Brasília, 2018, p. 74/75.
Imagem: Pinterest.