OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


Mostrando postagens com marcador cura. Mostrar todas as postagens
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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

A MENTE CONDICIONADA

"A mente costuma mentir, é de sua natureza. Mas existe uma mente superior que procura corrigir os erros da mente inferior, disciplinando-a para o pensar correto.

O que é o condicionamento? É, basicamente, a repetição de padrões.

Se observarmos bem, com a mente livre e o coração aberto, podemos descobrir de onde vêm nossas ideias. Geralmente são apenas repetições do que vimos e ouvimos desde a infância para não falar daquilo que já trouxemos em nossa bagagem existencial. Enfrentar a necessidade de mudança não é fácil, requer energia, pois logo surge uma série de cobranças evidentes ou veladas. Então costumamos recuar para não ver o novo que existe em nós. Tememos macular a tradição com alguma inovação. Tememos ser diferentes e não corresponder às expectativas que jogam em nossos ombros, sem nosso consentimento. Temos medo de ser criativos e originais e acabamos cedendo à imitação.

Entretanto o universo prima pela própria abundância e prosperidade. O Criador é infinito e habita nosso Ser.

Temos possibilidades inimagináveis morando dentro desse corpo, esperando expressão. Como uma semente. Se bem cuidada e jogada em solo fértil, ela frutifica. Seu dharma é brotar e fazer vicejar sua essência, seu DNA particular. Nosso potencial é enorme, mas precisamos acreditar nele. Ele é fonte de cura e superação.

Quando acreditamos e agimos, as coisas acontecem, as respostas surgem, o auxílio aparece. Não se esqueça: o universo é farto, abundante. O Criador é bom e quer o melhor para suas criaturas. Você pode, você merece. A propósito, termino com uma desconcertante pergunta de um sábio para você:

- Você tem cuidado bem do filho de seus pais?"

Fernando Mansur, Escrita Divina, Edição do Autor, 2017, p. 134.
Imagem: Pinterest 


terça-feira, 5 de novembro de 2024

FORÇA

"Observo a situação de muitas pessoas e constato como somos fortes. Só que desperdiçamos muita energia para a cura de nossas feridas. Que feridas são essas? As feridas da alma. Instituições e pessoas no mundo inteiro trabalham para ajudar a humanidade a se curar.

Os ferimentos atingem nosso corpo físico, mas não somos o corpo físico. Somos um espírito imortal morando em corpos mortais: físico, emocional e mental. Possuímos também corpos mais sutis, por onde flui a Força Divina, manifestada como Vontade, Amor e Sabedoria.

Nascemos todos iguais. O que nos diferencia é o quanto desses princípios superiores nós conseguimos manifestar nos corpos inferiores.

Corpos são cascas, envoltórios, roupagens. Dentro deles mora um Anjo de Luz, ajudando-nos a limpar as paredes de nossa pele terrena, para que o Real se manifeste.

Jesus disse: "Meu Reino não é deste mundo... Não vos esqueçais: vós sois deuses!... e o Reino de Deus está dentro de vós."

Se nos lembrarmos disso, vai sobrar força e tempo para ajudarmos na construção de um mundo melhor. E o mundo começa em nossa casa, ou seja, dentro de nós."

Fernando Mansur, Escrita Divina, A comunicação da alegria, Edição do Autor, 2017, p. 97.
Imagem: Pinterest.

 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

SINTONIA COM DEUS: A MELHOR CURA PARA O NERVOSISMO

"Lembre-se de que a cura máxima do nervosismo ocorre quando sintonizamos nossa vida com Deus. Os mandamentos supremos dados ao ser humano são: amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de toda a mente e de todas as forças; em segundo lugar, amar ao próximo como a si mesmo.¹³  Se você cumprir esses mandamentos, tudo será como deve ser. Não é suficiente se tornar um moralista rígido - as pedras e as cabras não infringem as lei morais, apesar disso, elas não conhecem Deus. Mas quando você ama a Deus profundamente, mesmo que seja o maior dos pecadores, será transformado e redimido. Disse a grande santa Mirabai:¹⁴ 'Para encontrar o Ser Divino é indispensável somente o amor'. Essa verdade me tocou profundamente.

Todos os profetas observam esses dois mandamentos principais. Amar a Deus de todo o coração significa amá-Lo com o amor que você sente pela pessoa que lhe é mais querida - com o amor da mãe ou do pai pelo filho, ou do amante pela amada. Ofereça a Deus esse tipo de amor incondicional. Amar a Deus de toda a alma significa que você pode realmente amá-Lo quando, por meio da meditação profunda, você se conhece como alma, como filho de Deus, feito à Sua imagem. Amar a Deus de toda a mente significa que, quando você está orando, toda a sua atenção se volta para Ele, sem se distrair com pensamentos inquietos. Na meditação pense somente em Deus; não permita que a mente divague em outras coisas além Dele,. Por isso a yoga é importante, pois o capacita a se concentrar. Quando pela yoga você retira a inquieta força vital dos nervos sensórios e se interioriza para pensar em Deus, então você amando-O com todas as forças - o seu ser inteiro está concentrado Nele." 

¹³ Marcos 12:28-31
¹⁴ Princesa medieval de Rajput que renunciou à realeza e se tornou uma renomada devota de Deus. Ela compôs muitas canções devocionais que são consideradas um tesouro espiritual da Índia.

Paramahansa Yogananda, Jornada para a Autorrealização, Self-Realization Fellowship, p. 96.
Imagem: Pinterest.

terça-feira, 30 de abril de 2024

A FÉ - PERCEPÇÃO DIRETA DA VERDADE - É SEMPRE SEGURA

"Além de produzir resultados na cura e em outras coisas, a fé também é o poder que revela o funcionamento das leis espirituais subjacentes a todos os assim chamados milagres.

'A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem.'¹ 'Impossibilidades' esperadas se realizam pelo poder desse tipo de fé - que acredita sem ver, que acredita apesar de todas as evidências em contrário.

A fé é a própria realização. Diferentemente da crença, ela não abriga nenhum elemento destrutivo. A crença pode ser abalada ou destruída por dúvidas e evidências em contrário; mas a fé é sempre segura, pois é a percepção direta da verdade. Houve tempo em que se acreditava que o mundo fosse plano, mas com o progresso da ciência descobriu-se que era redondo, de modo que era apenas uma crença que teve de ser abandonada. Mas a fé não pode sofrer contradição, pois é a expressão desenvolvida da infalível intuição interior, que nos coloca diante da realidade até então invisíveis. Então podemos falar acertadamente de crença cega, mas não de fé cega. 

A realização da verdade da alma se expressa a nós pela intuição, e o saber daí resultante é a fé. A intuição é o ponto em que uma convicção se transforma em percepção direta da verdade dessa crença. Não é preciso intermediários, nenhuma prova a partir do testemunho dos sentidos ou da razão. 

Por exemplo: como você sabe que existe? Sabe porque sabe. Não existe dúvida. Nada no mundo o fará achar que não existe. Mesmo que estivesse paralisado e não pudesse se ver, ainda assim você sentiria ou vivenciaria sua existência através da percepção da alma.

A fé é o beabá da intuição. É o profundo sentimento de saber instalado no seu íntimo. A maioria das pessoas já teve algum tipo de pressentimento que se realizou. É a manifestação da intuição ainda sem controle, em desenvolvimento. A inteligência direcionada ao mundo externo interpreta os fenômenos; a fé direcionada ao interior interpreta, pelo contato com o númeno, as intuições da alma. Tudo pode ser trazido à luz pelo poder da fé." ... continua.

¹  Hebreus 11:1.

Paramahansa Yogananda, Jornada para a Autorrealização, Self-Realization Fellowship, p. 310/311.
Imagem: Pinterest. 

terça-feira, 13 de setembro de 2022

CURATIVOS DA ALMA

"Algumas dores podem ajudar a curar feridas da alma Os véus físicos não impedem que o invisível, de alguma forma, se manifeste. 

Sábios sugerem: cure sua mente e seu corpo ficará curado. Sua alma se sentirá mais livre para atuar e servir através do veículo físico. 

Tudo no universo é regido por leis eternas e imutáveis. Mesmo que não as conheçamos, elas atuam. Conhecer é o primeiro passo para a libertação. 

Dizem-nos para ter paciência e que 'o tempo de lá (no mundo 'espiritual) é diferente do tempo daqui.' Estamos imersos no Eterno e a mão divina nos acolhe sem restrições. 

O medo é inimigo do real. 

Pode surgir a pergunta: Depois de tanto tempo convivendo com você mesmo, o que de mais importante você aprendeu a seu respeito? Podemos tentar responder, sem crítica, sem controle, sem julgamento.

Por que existem tantas cercas à nossa volta? Qual o motivo e o sentido de tanta separatividade? As vezes é preciso aparecer um palhaço ou uma criança para revelar que o rei está nu. 

Vejam essa surpreendente e reveladora história que me contaram: uma criança chega ao Rio e, depois de caminhar por algumas ruas, pergunta: 

- Vovó, por que existem tantas prisões? 

- Como assim!? Reagiu a avó.

- Eh, vovó! Por que todas essas grades na frente das casas e dos edifícios.

A avó tomou um susto, respirou fundo, apertou a mãozinha do neto e o convidou a tomar um sorvete ali perto, protegidos pelo olhar vigilante do segurança da rua.

Existem as grades internas e as externas. Como retirar o cadeado das portas de nossa alma? Parte da cura pode depender desse nosso gesto.

Podemos.

Vamos!"

(Fernando Mansur - O Catador de Histórias - Ed. Teosófica, Brasília, 2018 - p. 91)
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quinta-feira, 14 de julho de 2022

COMO ENFRENTAR A DOR DOS PADRÕES DESTRUTIVOS - A MUDANÇA DA EVASÃO PARA A REALIDADE

"Porém, não acredite que essa pressão, essa frustração completa, não existia antes que você tomasse consciência dela. Ela existia, mas criou outras saídas, talvez na doença física ou em outros sintomas. À medida que você se dá conta do núcleo central, a pressão e a dor podem se tornar mais agudas, mas é assim que tem que ser o processo de cura. Você então dirige a sua consciência para a causa central, onde o problema realmente reside. Você focaliza a sua atençao sobre a raiz. Você troca a sua ênfase da evasão para a realidade. A verdadeira dor tem que ser experimentada em todos os seus tons e variedades. Você tem que se dar conta de que as suas necessidades são exatamente ambos, dar e receber. Você precisa sentir e observar a frustração de não encontrar uma válvula de escape, a pressão acumulada, o sentimento momentâneio da desesperança quanto a encontrar alívio; a tentação de fugir uma vez mais. À medida que você batalha através dessa fase e fica mais forte, você não foge mais de si mesmo e do risco aparente de viver. Oportunidades surgirão no seu caminho. Você as verá e fará uso delas. Elas lhe ensinarão a progredir no seu crescimento e na sua força até que as suas necessidades possam encontrar satisfação parcial, e então aumentá-la pouco a pouco enquanto você cresce e muda os seus padrões.

Você precisa entender que nesse período você se encontra num estado transitório. Você se conscientizou da sua necessidade de receber, que é saudável em si mesma, mas essa necessidade tornou-se exageradamente forte e, portanto, imatura, por causa da sua repressão sobre ela e da consequente frustração da satisfação sadia de receber. Se você não recebe o bastante, sua demanda fica desproporcionada, especialmente quando você está inconsciente dessa exigência estrita. 

Devido ao seu progresso e ao crescimento que ocorreu dentro de você, a necessidade madura de dar também cresceu. Você pode não ter encontrado um escape para ela por causa dos padrões destrutivos que ainda estavam atuando; talvez apenas em parte, talves de forma modificada. Você pode até ter iniciado tentativas de um acordo entre o velho e o novo caminho, este último sendo o desejado. Porém, não esqueça que resultados efetivos só podem ocorrer quando os novos padrões se tornam uma reação integrante e quase automática em você. Seus velhos padrões têm existido por anos, por décadas, e com frequência por mais tempo. Agora, enquanto você aprende e começa a mudar interiormente, a mudança externa não chega imediatamente. Nesse período, a pressão interna pode se tornar mais forte ainda. Contudo, se você se apercebe de tudo isso e tem a coragem de enfrentá-lo, necessariamente virá a ser uma pessoa mais forte, mais feliz, mais bem equipada para viver no verdadeiro sentido da palavra. Tenha cuidade para não voltar à evasão. Não acredite que esse período temporário no qual você encontra toda a pressão interna acumulada, com o desamparo, a inadequação e a confusão que a acompanham, seja o resultado final. Ele é o túnel através do qual você tem de passar. 

Depois que o fizer, o seu senso de força, de adequação e o seu tirocínio vão crescer constantemente - com ocasionais recaídas, é claro. Mas se você fizer com que cada recaída se transforme em outro ponto de apoio, em mais uma lição, os novos padrões, com o tempo, irão firmar-se no seu Ser Interior, fazendo com que você veja as possibilidades que deixou de perceber por tanto tempo. Você então vai ter a coragem de se aproveitar dessas possibilidades, em vez de rejeitá-las por medo. Assim, e só assim, a satisfação virá. 

É tão importante para você entender isso, conscientizar-se disso. Se isso acontecer, as vantagens serão suas. (...)"

(Eva Pierrakos e Donovam Thesenga - Não Temas o Mal - Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 113/115)
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terça-feira, 14 de junho de 2022

HO'OPONOPONO

"Ė perdoando, que se é perdoado; E é morrendo que se vive para a vida eterna.

Ho'oponopono é mais do que uma prece ou um mantra. É uma poderosa e comprovada prática de cura. Sua origem remonta a prática de cura tradicionais da polinésia. Tornou-se conhecida no ocidente pelo trabalho de um psicólogo terapeuta havaiano, Ihaleaka Hew Len, discípulo de uma famosa curadora havaiana, Morrnah Simeona, que usava o método tradicional de ho'oponopono.

A prática atualmente usada é baseada na ideia de Len de que não existem limites (Zero Limits) para que nossos estados mentais venham afetar a mente dos outros. Por isso, se assumirmos inteiramente a responsabilidade por nossa vida, todas nossas percepções e tudo que experimentamos de alguma forma vai afetar as outras pessoas (a VIDA UNA). Os problemas que vivenciamos não são resultado de uma realidade exterior, mas uma expressão de nossa própria realidade interior. Portanto, para Len, tudo existe como uma projeção do interior do ser humano.

O que muitos acrecitavam não passar de uma bonita teoria foi comprovado na prática pelo próprio Len, em circunstâncias desafiadoras. Ele aceitou assumir uma função em que seus antecessores só aguentavam ficar uns poucos meses. Essa função indesejável era de trabalhar como psicólogo do pavilhão de criminosos em doenças mentais numa prisão do Havaí. Sua exigência foi de 'tratar' os internos inicialmente por meio do estudo minucioso dos registros disponíveis da vida desses doentes, incluindo até mesmo detalhes de sua vida familiar. Com essas informações, Len procurava entrar em sintonia com o estado emocional do paciente e fazia, com um sentimento de profunda compaixão, a prática de cura de ho'oponopono indicada a seguir.  

Por meio da análise das fichas de cada paciente, o terapeuta aplicava as palavras-chave do ho'oponopono, e a repetição da técnica mudava seu próprio estado de espírito. Consequentemente,  a atividade mental dos detentos também se alterava. 

Por inacreditável que a história possa parecer, Len conseguiu curar quase todos os criminosos do pavilhão de doentes mentais, sem sequer conversar ou interagir com nenhum deles. 

De forma resumida, pode´se afirmar que Len conseguiu curar os presos conforme ia mudando sua mente e curando a si mesmo. 

O principal objetivo do ho'oponopono é buscar a cura dos problemas psicológicos ou mesmo de distúrbios mentais por meio do perdão. Como a prática de ho'oponopono é baseada na Unidade, é possível curar os outros a partir da nossa própria cura, por meio do perdão.

O segredo da cura é repetirmos várias vezes ao longo do dia seus elementos operacionais mentalizando a pessoa a ser curada: (Sinto muito; me perdoe; eu te amo; sou grato)"

(Raul Branco - A Essência da Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 2018 - p. 203/204)
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terça-feira, 21 de setembro de 2021

UMA CURA PARA O PLANETA

"Segundo a tradição budista, o universo se manifesta por meio da força kármica coletiva e individual de todos os seres sencientes. A força kármica favorável gera formas que estão em sintonia com o processo vital, e o universo vivo cria um universo não vivo em sintonia com ele. Essa força positiva tem o poder de converter formas que não estejam em sintonia com o universo em formas que estejam sintonizadas. 

Durante o surgimento, o crescimento e a vida madura de um planeta existe coesão entre suas formas vivas e sua própria natureza. Isso é chamado de Era de Ouro, ou Satya Yuga. Mas, após um período de tempo específico, essa força kármica positiva gradualmente retrocede e uma forma kármica negativa ganha força. Isso cria conflitos e contradições entre os seres vivos e não vivos, e faz com que esses seres e o próprio planeta fiquem fora de sintonia com o universo, levando a uma total deterioração e aniquilação. Isso é chamado de Kali Yuga, ou Era de Decadência. 

Hoje em dia, nosso pequeno planeta está sofrendo de falta de coesão, o que resulta em conflitos. Os seres sencientes estão sujeitos a medo e a incontáveis misérias. Isso se deve basicamente à forma kármica coletiva dos seres vivos, que não é fácil de ser corrigida. Porém, não podemos esperar pela transformação dessa força coletiva para resolver nossos problemas. Precisamos de uma abordagem individual para regenerar a nós mesmos e ao mundo. 

'Sair da corrente' é a única solução possível para o mundo atual. Um nadador pode não ser capaz de reverter o fluxo de uma corrente marítima, mas pode ter a liberdade e a habilidade de sair da corrente e nadar em direção à praia. Logo que tiver feito isso, poderá ajudar a socorrer muitos outros. Cada um de nós, individualmente deve cair fora da corrente da civilização moderna e compreender sua responsabilidade universal. Dessa maneira, cada indivíduo pode se sintonizar o o universo.

Gandhi disse que nossos problemas são resultado direto da ganância e do materialismo da civilização moderna. Uma ideia semelhante foi expressa pelo cacique norte-americano Seattle, há mais de 150 anos. Hoje, o mundo se depara com cinco grandes desafios:
  • Aumento incontrolável da população, particularmente nos chamados países do Terceiro mundo.
  • Disparidade econômica crescente entre ricos e pobres.
  • Violência, guerras, terrorismo e o medo de armas de destruição em massa.
  • Degradação ambiental, como aquecimento global, os danos à comada de ozônio, a destruição das florestas e a escassez de água.
  • Intolerância cultural e religiosa; a religião, que deveria ser uma fonte de felicidade, passou a causar conflitos e divisão.
Sabemos desses problemas porque os experienciamos todos os dias. Cada um deles é uma ameaça para a paz, a felicidade e o bem-estar dos seres vivos, e pode terminar com a total aniquilação da Terra. Cada desafio tem facetas diversas e inter-relacionadas. A causa última desses problemas podem ser as forças kármicas negativas, coletivas e individuais, mas a condição imediata que facilita seus efeitos negativos é a civilização moderna, ou, mais acuradamente, a descivilização baseada na ciência e na tecnologia. 

A ciência e a tecnologia modernas beneficiaram uma pequena parcela da humanidade com produção de mercadorias supérfluas, ou seja, sem relação com as reais necessidades das pessoas; e monopólio dessa produção sob a forma de capital, ou do chamado know-how tecnológico.

Esses dois fatores permitem que poucos acumulem riqueza e explorem a natureza e os seres vivos de maneira indiscriminada e constante. Gradualmente os povos se tornaram dependentes. A produção industrializada exige consumidores, e a promoção de mercado é sua consequência lógica. Os fabricantes exploram as emoções negativas da humanidade a seu favor, emoções como o desejo de conforto e a miragem do lazer.

A base para infinita multiplicação de apegos e desejos como esses são a educação e a estrutura social de competição, que desde a infância gera ódio de várias formas. Competir significa, na melhor das hipóteses, ser um adversário de outros competidores, e, na pior, ser inimigo de todos. Nas escolas, os estudantes são estimulados a serem os melhores e a derrotar os restantes. E isso é chamado de 'competição saudável'... Na verdade, competição significa 'vitória do eu sobre os outros'; isso é nada mais que egoísmo e falta de consideração. Na perspectiva budista, a competição é uma coisa imoral, um dos piores comportamentos humanos possíveis.

A exploração do desejo, do apego e do ódio é muito fácil porque estamos sob a influência da ignorância. Aqueles que produzem bens de consumo não apenas exploram nossas emoções negativas, como o desejo e o ódio, mas também nos privam completamente da sabedoria e de discernimento. As pessoas perderam o poder de discernir quais são suas reais necessidades, o que é bom e o que é ruim. Aquilo que supostamente é bom para nós é determinado pelo mercado. Assim, um homem pode facilmente ser levado a acreditar que precisa de doze pares de sapatos e de dezesseis ternos para transitar na sociedade moderna e manter o status social."

(Samdhong Rinpoche - Uma cura para o planeta - Revista Sophia, Ano 13, nº 54 - p. 33/34)


quinta-feira, 16 de julho de 2020

MESMERISMO (PARTE FINAL)

Magnetismo Espiritual | Energia Espiritual"(...) Convém também ter presente que a relação entre o operador e o paciente estabelece um laço magnético que pode prejudicar a este último, a menos que o operador seja um homem de pensamentos puros e limpos, bem como emoções livres de qualquer estado mórbido. Uma enfermidade do operador pode contagiar o paciente ou vice-versa, a menos que o operador saiba resguardar-se deste contágio. Os apetites maus, as paixões perversas, os desejos baixos, as emoções sinistras e os maus pensamentos, podem ser transmitidos ao paciente por esta telegrafia sem fios. Ademais, é possível dominar até certo ponto a vontade da pessoa, que umas vezes notará o domínio que sobre si é exercido e outras o suportará inconscientemente. Um operador sincero romperá desde logo o laço magnético, uma vez realizada a sua obra; porém, infelizmente aparecem com demasiada frequência nos jornais, anúncios que prometem ensinar a prática do mesmerismo a fim de obter bastarda influência nas pessoas, para se aproveitarem delas em assuntos especulativos e em questões de interesses egoístas.

Exemplo disso temos com uma jovem, faz vinte anos, que veio visitar-me ao sair do hospital de onde lhe haviam despedido por sofrer de uma enfermidade incurável na vista: a atrofia do nervo ótico. Da cura, caso fosse possível, dependia o ganho da vida com o seu trabalho e a realização de projetado matrimônio. Observei que algumas células do nervo ótico estavam parcialmente encolhidas, com muito pouca vitalidade, e era possível a cura se as vitalizassem. Expliquei-lhe as condições em que tentaria a prova e consentindo, curei-a.

Decorrido algum tempo, tive de sair de Londres, e como não recebesse sua visita que era frequente e não soubesse o seu endereço, enviei-lhe uma mensagem mental para que não fosse à minha casa durante a minha ausência. Na sua próxima visita disse-me que havia saído com o fim de me visitar, mas que ao chegar à rua sentiu um irresistível desejo de voltar, como realmente o fez. Este 'irresistível desejo' pode ser usado com fins maldosos.

Outro perigo notei nesta suprassensível mocinha. No primeiro dia íamos no trem, e, embora eu tivesse procedido com prudência, empreguei demasiada força na operação. A jovem percebeu que podia ler um jornal que o passageiro imediato levava na mão, e algumas horas mais tarde os seus braços caíam ligeiramente flácidos ao longo do corpo. Compreendi o que havia ocorrido e me apressei a restabelecer a normalidade. Menciono isto como advertência, para que os ignorantes não joguem com sua potência magnética, porque todo aquele que se vale do mesmerismo com propósitos terapêuticos tem necessidade de conhecer anatomia, fisiologia e também psicologia, pois o empírico uso da força magnética pode resultar em graves prejuízos físicos. ²⁸"

²⁸. Assim mesmo advirto que tenho estado praticando durante muitos anos a cura mesmérica com imenso trabalho, e não posso contestar nenhuma carta nem responder a nenhuma pergunta que se me dirija sobre este ponto. A correspondência será inútil. (N. do T.)

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 82/84)

terça-feira, 14 de julho de 2020

MESMERISMO (1ª PARTE)

A diferença dos passes magnéticos no Mesmerismo, Reiki e ..."Dá-se a este procedimento o nome de seu inventor, o médico alemão Frederico Antônio Mesmer, residente em Paris em 1778, que descobriu o modo de consumir em sono a uma pessoa submetida à sua influência pessoal, exercida com tal propósito e auxiliada por artifícios excitadores da imaginação. Seu procedimento foi condenado por uma comissão de eminentes médicos franceses encarregada de examiná-lo, e o mesmerismo caiu no anátema da ciência ortodoxa. Não obstante, continuou sua prática que foi tida por charlatanismo apesar dos notáveis resultados com ela obtidos na cura de algumas enfermidades e na anestesia local durante as operações cirúrgicas, sem que o paciente perdesse o conhecimento.

O mesmerismo consiste em relacionar a vontade da pessoa com a do operador, a fim de provocar o sono. O operador fixa sua atenção nos olhos do paciente, que por sua vez olha fixamente o operador, e então este 'faz passes' sobre a fronte do paciente ordenando-lhe que durma, como de fato dorme e se transporta ao estado de êxtase. Isto no que se refere ao aspecto visível do procedimento.

Quanto à sua característica invisível, sucede que o operador emite de si uma força parecida com o magnetismo, uma energia vital regulada pelo pensamento que a acompanha ao atuar no cérebro físico, pois, por meio de um galvanômetro se demonstra que o processo mental vai unido nesse caso a correntes magnéticas com o éter que interpenetra a massa cerebral. O operador emite estas correntes na direção que lhe apraz, e no caso em apreço, envia-as por intermédio do éter circundante ao éter do cérebro da pessoa, cuja matéria densa fica afetada pelas ondas vibratórias que provocam o sono. A causa desta ação é indispensável que o pensamento da pessoa se harmonize com o do operador, pois se for discordante, as ondas vibratórias seriam opostas e se entrechocariam com o cérebro do paciente, produzindo perturbações físicas, dores de cabeça e outras doenças, sobretudo se tanto o operador como a pessoa têm vontade forte. Neste última circunstância, se ambas as vontades se harmonizam, os resultados do êxtase podem ser mui favoráveis; porém, se estão em desacordo, será o mesmerismo muito prejudicial à saúde física do paciente. (...)"

Annie Besant - A Vida do Homem em Três Mundos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 80/82)