OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 9 de janeiro de 2024

COMO EDUCAR A MENTE PARA NÃO SER UMA MENSAGEIRA MENTIROSA?

"Primeiramente, através da observação; em seguida, através do treinamento. Estamos falando não só de meditação, mas também de um treinamento diário. Durante nossas atividades de rotina, devemos observar a mente, atentos ao que essa mensageira diz. Ela está contando 'causos' do passado, que não nos servem mais e já deveriam ter sido reciclados? Está fazendo julgamento e críticas baseados no que acreditamos ser verdade, em crenças legadas por situações passadas, pelo inconsciente coletivo ou pela mídia? Está sendo vítima de suas limitações e falta de sabedoria, como as mentes desgovernadas da maioria dos seres humanos? Devemos observar, discernir e reciclar os pensamentos, assim como reciclamos lixo. 

Durante os primeiros oito anos de vida, contando o período no útero materno, recebemos influências do meio onde vivemos; assimilamos tudo de forma hipnótica, por meio de ondas alphas e thetas. Nós vivemos repetições de situações - muitas vezes traumas carregados de medo, desconfianças, incertezas, dores físicas ou emocionais, abandono e rejeição. Eles se transforam em carência, apegos e insatisfação. Essas influências criam formas-pensamentos, geralmente ficam armazenadas em nosso subconsciente e agem como gatilhos que são disparados mais tarde, quando vivemos algo que nos remeta a uma situação semelhante vivida no passado.

Os pensamentos que são armazenados no subconsciente se transformam em crenças limitantes, que na fase adulta nos impedem de realizar nossos sonhos e desejos mais profundos, e até mesmo nosso propósito de vida e os anseios da nossa alma. Alguns exemplos desses pensamentos-formas são: não consigo; não vai dar certo; vou ficar doente; não tenho dinheiro suficiente; coitado de mim; estão me rejeitando; eles não me amam; querem me trair. 

Nossas crenças limitantes são às vezes tão sutis que nem temos consciência delas, mas nos tornamos suas vítimas; elas nos impedem de viver uma vida saudável, próspera, abundante, serena e feliz.

Para compensar essas crenças criadas pelos padrões repetitivos negativos, muitas vezes desenvolvemos o que vou chamar aqui de 'respostas para sobreviver'. Trata-se de características defensivas que nos fazem reagir de forma a nos salvaguardar do sofrimento. Alguns exemplos dessas características defensivas são irritabilidade, impaciência, intolerância, ansiedade, agressividade, ganância, fome de poder, distúrbios compulsivos (como transtorno obsessivo-compulsivo), consumismo, fome insaciável, perfeccionismo, autocrítica, julgamentos, preconceitos, exigências desproporcionais em relação a si mesmo ou a outros."

Extraído do livro "A Luz do Coração - O poder cura", de Jeanne Marie White, Ed. Teosófica, Brasília, 2021, p. 62/63.
Imagem: Pinterest.


quinta-feira, 14 de julho de 2022

COMO ENFRENTAR A DOR DOS PADRÕES DESTRUTIVOS - A MUDANÇA DA EVASÃO PARA A REALIDADE

"Porém, não acredite que essa pressão, essa frustração completa, não existia antes que você tomasse consciência dela. Ela existia, mas criou outras saídas, talvez na doença física ou em outros sintomas. À medida que você se dá conta do núcleo central, a pressão e a dor podem se tornar mais agudas, mas é assim que tem que ser o processo de cura. Você então dirige a sua consciência para a causa central, onde o problema realmente reside. Você focaliza a sua atençao sobre a raiz. Você troca a sua ênfase da evasão para a realidade. A verdadeira dor tem que ser experimentada em todos os seus tons e variedades. Você tem que se dar conta de que as suas necessidades são exatamente ambos, dar e receber. Você precisa sentir e observar a frustração de não encontrar uma válvula de escape, a pressão acumulada, o sentimento momentâneio da desesperança quanto a encontrar alívio; a tentação de fugir uma vez mais. À medida que você batalha através dessa fase e fica mais forte, você não foge mais de si mesmo e do risco aparente de viver. Oportunidades surgirão no seu caminho. Você as verá e fará uso delas. Elas lhe ensinarão a progredir no seu crescimento e na sua força até que as suas necessidades possam encontrar satisfação parcial, e então aumentá-la pouco a pouco enquanto você cresce e muda os seus padrões.

Você precisa entender que nesse período você se encontra num estado transitório. Você se conscientizou da sua necessidade de receber, que é saudável em si mesma, mas essa necessidade tornou-se exageradamente forte e, portanto, imatura, por causa da sua repressão sobre ela e da consequente frustração da satisfação sadia de receber. Se você não recebe o bastante, sua demanda fica desproporcionada, especialmente quando você está inconsciente dessa exigência estrita. 

Devido ao seu progresso e ao crescimento que ocorreu dentro de você, a necessidade madura de dar também cresceu. Você pode não ter encontrado um escape para ela por causa dos padrões destrutivos que ainda estavam atuando; talvez apenas em parte, talves de forma modificada. Você pode até ter iniciado tentativas de um acordo entre o velho e o novo caminho, este último sendo o desejado. Porém, não esqueça que resultados efetivos só podem ocorrer quando os novos padrões se tornam uma reação integrante e quase automática em você. Seus velhos padrões têm existido por anos, por décadas, e com frequência por mais tempo. Agora, enquanto você aprende e começa a mudar interiormente, a mudança externa não chega imediatamente. Nesse período, a pressão interna pode se tornar mais forte ainda. Contudo, se você se apercebe de tudo isso e tem a coragem de enfrentá-lo, necessariamente virá a ser uma pessoa mais forte, mais feliz, mais bem equipada para viver no verdadeiro sentido da palavra. Tenha cuidade para não voltar à evasão. Não acredite que esse período temporário no qual você encontra toda a pressão interna acumulada, com o desamparo, a inadequação e a confusão que a acompanham, seja o resultado final. Ele é o túnel através do qual você tem de passar. 

Depois que o fizer, o seu senso de força, de adequação e o seu tirocínio vão crescer constantemente - com ocasionais recaídas, é claro. Mas se você fizer com que cada recaída se transforme em outro ponto de apoio, em mais uma lição, os novos padrões, com o tempo, irão firmar-se no seu Ser Interior, fazendo com que você veja as possibilidades que deixou de perceber por tanto tempo. Você então vai ter a coragem de se aproveitar dessas possibilidades, em vez de rejeitá-las por medo. Assim, e só assim, a satisfação virá. 

É tão importante para você entender isso, conscientizar-se disso. Se isso acontecer, as vantagens serão suas. (...)"

(Eva Pierrakos e Donovam Thesenga - Não Temas o Mal - Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 113/115)
Imagem: Pinterest.  


quinta-feira, 7 de julho de 2022

COMO ENFRENTAR A DOR DOS PADRÕES DESTRUTIVOS - A DOR DA MUDANÇA

"Você poderia esperar, ao atravessar esse importante limiar, que os padrões novos e construtivos pudessem substituir imediatamente os antigos padrões destrutivos. Tal expectativa não é realista e não corresponde à verdade. Os padrões construtivos não podem ter uma base sólida antes que você experimente e atravesse a dor e a frustração originais e tudo aquilo do que você fugia. Essa coisa à qual você virou a face tem que ser encarada, sentida, experimentada, compreendida. Você tem que lidar com ela, tem de chegar a um acordo e assimilá-la antes que o que é doentio e não realista seja dissolvido, antes que o que é imaturo amadureça e que as forças sadias, mas reprimidas, sejam trazidas para os seus canais próprios de forma que operem de maneira construtiva para você. Quanto mais você adia esse doloroso processo, mas difícil e demorado ele será quando você finalmente estiver pronto para passar da infância para a idade adulta. A dor desse processo é uma dor saudável de crescimento e a luz estará à vista se e quando você superar a sua resistência a ele. A força, a autoconfiança e a capacidade de viver integralmente, com todos os seus padrões construtivos começando a funcionar, constituem ampla compensação por todos os anos de vida destrutiva e improdutiva, bem como pela dor de atravessar o portal para a maturidade emocional. 

Você pode imaginar-se sendo poupado da experiência da dor contra a qual você instituiu os padrões destrutivos? Você os utilizou para fugir de algo que ocorreu na sua vida, e o fato de isso ser real ou imaginário faz pouca diferença. Foi o processo fantasioso de fugir e voltar as costas algo que existe ou existiu, não encarando, portanto, a sua realidade nem lidando com ela, que causou a doença da sua alma. Por conseguinte é essa área que tem que ser tratada agora. É por isso que aqueles dentre vocês que deram os seus primeiros passos hesitantes do limiar estão confusos pela dor da experiência . Com frequência você não compreende inteiramente porque isso ocorre; você pode ter uma vaga ideia e algumas respostas parciais, mas esta palestra vai ajudá-lo a conseguir um entendimento mais profundo da razão pela qual isso acontece.

Intelectualmente todos vocês sabem que este Pathwork não é um conto de fadas no qual a pessoa descobre os seus desvios, suas concepções errôneas e evasões e, depois de ter feito isso, aguarda-o, naturalmente, nada além de uma grande felicidade. É verdade, naturalmente, que, em última análise, a libertação dos grilhões de erro e de desvio necessariamente lhe trará a felicidade, mas até que você alcance esse estágio, muitas áreas de sua alma têm que ser experimentadas até que a sua psique esteja realmente preparada para obter o melhor da vida. Mesmo depois de a dor aguda ter recebido o tratamento adequado, não estando, portanto, mais presente, existirá a expectativa irreal, embora com frequência incosciente, de que a vida a partir de então sempre irá garantir aquilo que você deseja. Não, meus amigos. Todavia, a realidade é muito melhor. Na verdade, você vai aprender a enfrentar os reveses e as dificuldades, em vez de ser arrastado por eles. Você não irá fortalecer as suas defesas destrutivas. Isso, por sua vez, vai equipá-lo com os instrumentos para tirar o melhor de cada oportunidade e para obter o máximo benefício e a maior felicidade de cada experiência da vida.

É necessário dizer que isso jamais é conseguido com os seus mecanismos de defesa destrutivos e com suas várias imagens. Deixe-me repetir aqui o que tenho dito com frequência: a princípio, os eventos negativos externos vão continuar a cruzar o seu caminho, como resultado dos seus arraigados padrões do passado, mas você vai encará-los de maneira diferente. À medida que aprende a fazê-lo, você se torna consciente de muitas oportunidades de felicidade que você ignorou no passado. Dessa maneira, você começa a modificar os seu padrões até que muito, muito gradualmente os eventos externos infelizes cessam. Mas enquanto você se encontrar no início desse estágio, não espere satisfação e felicidade imediatas em cada aspecto. Primeiro você precisa ver as suas possibilidades e oportunidades e a sua capacidade independente de escolha, em vez de ficar totalmente indefeso à espera que o destino lhe traga felicidade. 

A essa altura, você deve compreender como, em muitos aspectos, causou a sua própria infelicidade por meio de suas próprias evasões e defesas, destrutivas e divorciadas da realidade. Você perceberá agora, com um novo senso de força, como pode criar a sua própria satisfação e felicidade. Da mesma forma que antes, isso não pode ser feito por meio da compreensão intelectual. É um processos interior que cresce organicamente. Assim como você, agora, compreende em profundidade que nenhum destino ou Deus cruel o puniu ou negligenciou, da mesma maneira irá entender e saber que, na verdade, é você que pode criar toda a satisfação qua sua alma deseja como um anseio do qual você nem ao menos tinha consciência quando iniciou este Pathwork. 

Essa consciência só pode emergir depois de uma compreensão mais completa de todas as suas falsas soluções e concepções errôneas, cujas pro.fundezas o farão consciente das suas necessidades. O resultado primordial deste Pathwork é o entendimento de seu próprio sistema de causas e efeitos e o senso de força, independência, autoconfiança e justiça que essa compreensão dá a um indivíduo. Quanto tempo leva para atingir os primórdios hesitantes dessa força e para, mais tarde, aumentá-la depende dos seus esforços, da sua vontade interior e da sua superação da sempre presente resistência, a qual se desgasta apenas depois que você obtém considerável reconhecimento dos seus caminhos tortuosos." ... continua.

(Eva Pierrakos e Donovam Thesenga - Não Temas o Mal - Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 109/111)
Imagem: Pinterest.


quinta-feira, 20 de junho de 2019

POR QUE SOMOS NEGLIGENTES?

"O pensador raciocina mediante o hábito, a repetição, a cópia, produzindo ignorância e tristeza. O hábito não é uma negligência? A consciência cria ordem, mas nunca o hábito. As tendências acomodadas só produzem negligência. Por que somos negligentes? Porque pensar é doloroso, cria perturbações, oposição, pode fazer com que nossas ações sejam contrárias ao padrão estabelecido. Pensar-sentir de maneira extensiva, tornar-se conciente sem escolha, pode conduzir a profundidades desconhecidas, e a mente se rebela contra o desconhecido. Então, ela se move do conhecido para o conhecido, do hábito para o hábito, do padrão para o padrão. Tal mente jamais abandona o conhecido para descobrir o desconhecido. Entendendo a dor do pensamento, o pensador torna-se negligente mediante a cópia, ao hábito; temendo pensar, ele cria padrões de negligência. Quando o pensador está com medo, suas ações nascem do medo, e então ele encara suas ações e tenta mudá-las. O pensador tem medo de suas próprias criações, mas a ação é o agente, por isso o pensador tem medo de si mesmo. O pensador é a causa da ignorância, da tristeza. Ele pode se dividir em muitas categorias de pensamento, mas o pensamento é ainda o pensador. O pensador e seus esforços para ser, tornar-se, são a verdadeira causa do conflito e da confusão."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil, São Paulo, 2016 - p. 289)