OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

AJA COM ENTUSIASMO E FÉ E O SUCESSO SERÁ SEU

"O mais direto método de sucesso espiritual é nishkama-karma, ou seja ação sem qualquer atenção ou apego aos frutos decorrentes. É ação como dever; ação como devotamento; ação como adoração. No entanto, a ação e seu fruto não são duas entidades distintas; o fruto é a ação mesma em seu estágio final, em seu clímax, em sua conclusão. A flor é o fruto. O fruto é a flor. Um é o início; o outro, o legítimo termo. A flor vira fruto. A ação torna-se consequência. O dever da gente é agir. Aja bem. Aja no temor de Deus. Aja dentro dos limites traçados pela moralidade. Aja com amor. Continue agindo. As consequências naturalmente sobrevêm, como o fruto sobrevém à flor. Ninguém precisa se preocupar ou exultar. Aja com entusiasmo e fé - o sucesso será seu. Foi assim que Arjuna¹ agiu. Nunca desanimou, uma vez que a Gita lhe fora ensinada. Ele soergueu os espíritos dos outros que estavam deprimidos. Engajou-se na batalha, tomando-a como sendo um yajna². No entanto, Karna, seu grande rival, tinha como boleeiro (do carro de guerra) uma pessoa de nome Salya. Enquanto o boleeiro de Arjuna (o próprio Senhor) o plenificou da mais alta sabedoria e da paz mais profunda, Salya encheu Karna de abatimento e dúvida. Salya significa dardo ou flecha. O boleeiro de Karna tornou-se-lhe um espinho no flanco, uma letal arma contra si mesmo. Assim, que você tenha o Senhor como condutor de seu carro (de sua vida). Só assim triunfará. Nunca aceite um Salya para seu guia e preceptor."

¹. Arjuna - o príncipe que é interlocutor de Krishna na Gita.
². Yajna - sacrifício a Deus; ação como oferenda. 

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, p. 63/64)


terça-feira, 3 de setembro de 2013

A PREPARAÇÃO PARA O CAMINHO: DESÂNIMO

"Nunca, nunca devemos ficar deprimidos. No começo não compreendemos como é grande o objetivo, como é longo o caminho, como é escuro no princípio. 'Lentamente a estrada serpenteia para cima através dos anos. Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na prosperidade ou no revés, o esforço deve continuar. Ao cair a pessoa ergue-se e gradualmente adquire coragem, fé, a vontade de ter sucesso e a capacidade de amar... Inicialmente isso nos acarretará esforço, sacrifício e sofrimento, como qualquer disciplina destinada ao treinamento da mente, dos órgãos ou dos músculos. Mais tarde nos trará algo de inestimável valor, uma alegria peculiar e indefinível, que se deve sentir para compreender. Somente naqueles que lhe serviram fielmente toda a vida o espírito continua a elevar-se até o fim. (Alexis Carrel).

Santa Teresa de Lisieux tomou, por ocasião de sua primeira comunhão, uma resolução, que respeitou por toda a sua vida: 'Nunca me permitirei desanimar'. O desespero é outro lado do egoísmo, nosso inimigo no Caminho. 'Que ele erga o eu pelo Eu, e não permita que o eu seja deprimido. Na verdade o Eu é o amigo do eu, e também seu inimigo'. (O Bhagavad Gita).

O motivo certo e a cura da depressão são resumidos por um Instrutor, com estas palavras: 'Você deve viver para os outros e com eles, não para você ou com você mesmo'. (Um Adepto a W. Q. Judge).

Antes que você possa aproximar-se do primeiro portal, deve aprender a separar seu corpo de sua mente, a dissipar a sombra e viver no eterno. Para isto cumpre viver e respirar em tudo, como tudo que você percebe respira em você; cumpre sentir-se em todas as coisas e todas as coisas no Eu... Há muitos instrutores; a Alma-Mestra é uma, Alaya, a Alma Universal. Viva nesse Mestre como seu raio em você. Viva em seus semelhantes como eles vivem na Alma Universal... 'Sintonizou você seu coração e mente com a grande mente e coração de toda a humanidade? O coração daquele que entrar na corrente deve assim vibrar em respostas a todo suspiro e pensamento de todos os que vivem e respiram'. (A Voz do Silêncio)."

(Clara M. Codd - A Técnica da Vida Espiritual - Bibioteca Upasika - p. 12/13)


A SABEDORIA É PRÁTICA

"A pureza é recuperada quando a ação surge de uma consciência religiosa, na qual não há separação entre o ‘eu’ e o outro.

A sabedoria consiste nessa ação. Ela é diferente do conhecimento, em todos os aspectos. Conhecimento, no sentido usual do termo, é conhecimento de fatos. É uma acumulação de informações, e não exige que haja uma ação de acordo com os fatos ou com a informação conhecida.

A sabedoria tem características totalmente diferentes, pois não pode existir sem que se expresse na qualidade dos relacionamentos e das ações. Por isso a sabedoria é sempre prática. Onde quer que haja uma divergência entre pensamento e ação, teoria e prática, haverá ausência de sabedoria. Tais divergências são uma negação da verdade.

Como Teosofia é a Religião-Sabedoria, ela exige que haja um progresso contínuo na eliminação da distância entre o pensamento e a teoria, de um lado, e a ação e o relacionamento, de outro. O estudo teosófico só é válido se realmente eliminar essa distância.

Estudar teosofia implica que os contatos e as relações com o mundo, em todos os níveis, devem-nos aproximar ao máximo da compreensão da unidade do ser. Na Natureza a existência de inúmeras formas, ilimitadamente diferentes, tem um propósito e é parte de um plano.

Quando gera competição e luta, a diversidade aprisiona a mente humana na ilusão, no sofrimento e no mal."

(Radha Burnier - O Caminho do Autoconhecimento - Ed. Teosófica, Brasília 2000, p.33/36)


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

CARMA NÃO É PUNIÇÃO

"Carma não é punição, mas, acima de tudo, uma oportunidade para aprender. Este planeta é uma enorme escola e nossa tarefa é aprender e crescer. O carma é um conceito universal, que existe em todas as grandes religiões. Você colhe o que planta. Todo pensamento e toda ação têm inevitáveis consequências. Somos responsáveis por nossas ações.

A maneira mais segura de reencarnar numa raça ou religião em particular é manifestar preconceito contra aquele grupo. O ódio é um trem expresso, carregando você para aquele grupo. (...) 

É importante lembrar que o carma se refere à aprendizagem nunca à punição. Nossos pais e as outras pessoas com quem interagimos possuem livre-arbítrio. Elas tanto podem nos amar e ajudar quanto nos odiar e prejudicar. A escolha que elas fazem não é nosso carma, mas uma manifestação de seu livre-arbítrio. Elas também estão aprendendo. 

Às vezes uma alma escolhe uma vida especialmente difícil para acelerar seu crescimento espiritual, ou como um ato de amor, para ajudar, orientar e apoiar outras pessoas que estejam também enfrentando problemas graves em sua vida. Uma vida dura e difícil não é um castigo, mas uma oportunidade de desenvolvimento.

Trocamos de raça, de religião, de sexo, de condições econômicas, porque precisamos receber lições de todas as situações. Experimentamos tudo. O carma é a justiça suprema. Nada escapa nem é tratado superficialmente em nosso aprendizado.

A graça divina pode suplantar o carma. A graça divina é a intervenção sagrada, uma mão amorosa descendo do céu em nosso auxílio, para diminuir nossas dificuldades e sofrimentos. Uma vez que tenhamos aprendido a lição, não há mais necessidade de sofrimento, mesmo que o débito cármico não tenha sido integralmente pago. Estamos aqui para aprender, e não para sofrer."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 -  p. 52/53)


A META SUPREMA

"A humanidade está empenhada numa eterna busca daquele 'algo mais' que espera lhe trará a felicidade completa e sem fim. Para as almas individuais que procuraram e encontraram Deus, a busca terminou. Ele é esse Algo Mais.

Muitas pessoas talvez duvidem de que encontrar Deus seja a finalidade da vida, mas todos podem aceitar a ideia de que o propósito da vida seja encontrar a felicidade. Eu afirmo que Deus é a Felicidade. Ele é a Bem-aventurança. Ele é o Amor. Ele é a Alegria que nunca deixará sua alma. Então, por que você não tenta alcançar essa Felicidade? Ninguém mais pode dá-la a você. Você mesmo tem de cultivá-la, o tempo todo.

Mesmo que a vida lhe tenha dado, em certo momento, tudo o que você queria - riqueza, poder, amigos -, passado algum tempo você se torna de novo insatisfeito e necessita de algo mais. Uma coisa, porém, jamais se tornaria monótona para você: a própria alegria! A experiência interior que todos estão buscando é a felicidade que é deliciosamente variada, embora sua essência seja imutável. A alegria perene, sempre renovada, é Deus. Encontrando essa Alegria dentro de si, você A encontrará em tudo no mundo exterior. Em Deus, você terá acesso à fonte da perene, infindável bem-aventurança.

Imagine que esteja sofrendo uma punição que não lhe permita dormir numa hora em que você necessita, desesperadamente, descansar, e de repente alguém diz: 'Muito bem, agora já pode dormir'. Pense na alegria que sentiria no momento em que estivesse a ponto de cair no sono. Multiplique-a por um milhão! Nem isso descreveria a alegria sentida na comunhão com Deus. A alegria de Deus é ilimitada, incessante, sempre nova. Corpo, mente, nada poderá perturbá-lo quando estiver nesse estado de consciência - assim são a graça e a glória do Senhor. E Ele lhe explicará tudo o que você não tem sido capaz de entender, tudo o que você quer saber.

Quando você senta em silêncio na meditação profunda, a alegria borbulha internamente, sem ter sido despertada por qualquer estímulo externo. A alegria da meditação é avassaladora. Aqueles que ainda não alcançaram o silêncio da verdadeira meditação não sabem o que é a verdadeira alegria. Quando a mente e os sentimentos são interiorizados, você começa a sentir a alegria de Deus. Os prazeres dos sentidos não perduram, mas a alegria de Deus é sempiterna. É incomparável!"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship -  p. 175/177)