OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

DE, EM, PARA

"Tudo vem do Infinito.

Tudo está no Infinito. 

Tudo volta para o Infinito.

Mas o mundo de voltar varia. Os seres infra-humanos voltam para o Infinito, donde vieram, dissolvendo-se nele e deixando de existir como indivíduos finitos; continuam a ser como Realidade Universal, mas dixam de existir como Indivíduos Realizados. O Real do seu ser coincide com o Irreal do seu existir.

Somente o homem, dentre as criaturas da terra, pode perpetuar a sua existência individual, o seu Eu existencial, quando regressa ao grande Todo Universal, donde veio e no qual está. O homem, graças à sua experiência espiritual, pode integrar-se no Infinito, em vez de dissolver o seu Finito no Infinito e deixar de existir como homem.

Tudo, quando morre, deixa de existir e continua a ser - somente o homem, quando morre, pode continuar a existir individualmente; não necessita de se diluir no oceano do Nirvana Universal.

De que depende essa perpetuação da existência individual?

Depende da experiência vital 'Eu e o Pai somos um.' Eu, o Finito, sou uma forma existencial da Essência Universal.

O que é essa experiência vital imortalizante, ninguém o sabe a não ser que a tenha vivido em toda a sua veemência e plenitude.

Saber é Ser. Quem não é aquilo que quer saber não o sabe.

sei realmente aquilo que sou.

Quando meu saber coincide com o meu ser, então eu sei realmente, e então o meu saber é uma força criadora irresistível.

Esse dinâmico ser-saber é um carisma, que não pode ser manufaturado pelo ego consciente, mas é recebido do Infitinto pelo Eu cosmosciente, suposto que o Eu seja idôeno para conceber essa prole divina. Em face do Infinito, a alma humana é essencialmente feminina, que não pode dar, antes de receber, ou conceber, o germe da Vida Divina, se permitir ao Pai Eterno que a fecunde com o poder da sua graça. 'Eis aqui a serva do Senhor - faça-se em mim segundo o teu Verbo' - somente esta atitude de humilde receptividade é que torna a alma idônea para conceber o Verbo - e então o Verbo se faz carne e habita a alma, cheio de graça e de verdade."

(Huberto Rohden - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 57/58)
www.martinclaret.com.br


SABEDORIA PARA RESOLVER PROBLEMAS E TOMAR DECISÕES NA VIDA (1ª PARTE)

"O mundo continuará tal como é, com seus altos e baixos. Onde haveremos de buscar orientação? Não será nos preconceitos criados dentro de nós pelos hábitos e pelas influências ambientais de nossas famílias, do nosso país, ou do mundo, mas sim na voz da Verdade que nos guia interiormente.

A Verdade não é uma teoria, nem um sistema filosófico especulativo, nem um descortino intelectual. A Verdade é a correspondência exata com a Realidade. Para o homem, a verdade é o inabalável conhecimento da sua natureza real, do seu Eu como alma.

No viver cotidiano, a verdade é uma consciência guiada pela sabedoria espiritual que nos impele a fazer determinadas coisas, nao porque alguém acha que deva ser assim, mas porque são certas. 

Quando você está em contato direto com o Criador do universo, está em contato direto com toda a sabedoria e todo o entendimento. 

Não é uma injeção desde o exterior que produz sabedoria; o poder e a extensão de sua receptividade interna é que determinam o quanto você pode assimilar do verdadeiro conhecimento, e quão rapidamente pode assimilá-lo. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 50/51)


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

SUICÍDIO ESPIRITUAL

"85 - Mata a si mesmo quem atende somente às necessidades do seu próprio corpo, nada fazendo de bom para os outros, constantemente evitando o seu próprio dever e não buscando a liberação da servidão causada pela ignorância.

COMENTÁRIO - O suicídio não é somente o término abrupto da vida pelas próprias mãos. Esse nasce do desespero dos que perderam a esperança de encontrar uma saída. O pior suicídio é o espiritual, quando definhamos interiormente devido a nossa própria ignorância, quando não encontramos o nosso dever, a nossa vocação. Todos os seres possuem em si, muitas vezes de forma indistinta, esse dever que nos levará até uma plenitude que existe potencialmente em tudo. Quando não permitimos que esse potencial se expresse em nossas vidas, estamos nos suicidando e cada vez mais submersos na ignorância que, por sua vez, produz mais sofrimento."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, 2011 - p. 43)

A LEI DA HARMONIA UNIVERSAL (PARTE FINAL)

"(...) Pelo fato de a harmonia ser a ordem universal, nosso progresso interior, como seres morais e espirituais, depende de readquirirmos o senso de harmonia que perdemos. Os outros filhos da natureza não têm problemas como nós, pois são inteiramente parte do todo e livres do sentido de ego. Mas nós, seres humanos, alienamo-nos da natureza, nossa mãe, e dos seus outros filhos de muitas espécies. Portanto, viver em paz é um problema para os seres humanos. Harmonia, felicidade e paz caminham juntas. Prova disso é quando nos desentendemos com alguém; sempre nos sentimos infelizes, ou pelo menos constrangidos. Assim, para seguir além na estrada que leva à felicidade, devemos recuperar a harmonia. Como diz aquele belo texto em A Voz do Silêncio: ‘Antes que a alma possa ver, a harmonia interior deve ser atingida, e os olhos da carne devem tornar-se cegos à ilusão’.

As tradições religiosas estimulam as pessoas a se tornarem inocentes como as crianças. A inocência existe quando a mente purga o sentido de ego e as imagens ilusórias. (...)

A harmonia interior se expressa  espontaneamente no viver inofensivo, na preocupação ecológica, no respeito e no senso de justiça com relação a todas as formas de vida, na ausência de exploração, na recusa em ceder à ganância, no viver simples e no sentimento profundo, evitando toda forma de desperdício e de luxo desnecessário. Obediência à lei da harmonia é a grande necessidade do mundo atual." 

(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, Ano 7, nº 28 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 13)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A FELICIDADE NÃO ME ACONTECE

"Tudo me pode acontecer, menos a felicidade, nem a infelicidade. A felicidade e seu contrário não são produtos de circunstâncias externas, mas sim criação do meu ser interno; nascem das profundezas do meu centro cósmico, divino, eterno. Queixar-se de injustiças alheias é pura cegueira e ignorância; porquanto ninguém me pode fazer mal a não ser eu mesmo, pelo abuso do meu livre-arbítrio. O meu livre-arbítrio é a chave para o céu e para o inferno, para o ser feliz e para o ser infeliz - é a onipotência divina em mim.

Eu habito num castelo inexpugnável.

As portas do meu castelo encantado não abrem pelo lado de fora - só abrem pelo lado de dentro. Se eu abrir as portas do meu baluarte e for invadido pelo inimigo - de quem é a culpa?

I am the captain of my soul...¹

Circunstâncias externas podem, sem dúvida, facilitar ou dificultar o exercício do meu livre-arbítrio - mas nunca o podem forçar nem impedir; em última análise, eu sou o autor da minha vitória ou da minha derrota. O meu livre-arbítrio é a onipotência de Deus em mim. Na zona do meu livre-arbítrio cessa a lei férrea da causalidade automática; aí impera a causalidade espontânea da 'gloriosa liberdade dos filhos de Deus'. No plano da causalidade, como bem diz a ciência, nada se cria e nada se aniquila, tudo se transforma apenas; mas nas alturas da liberdade algo se cria e algo se aniquila; aí o homem é realmente autor de algo antes inexistente, ou destruidor de algo existente."

¹ Eu sou o capitão da minha alma (N. do E.).

(Huberto Rohden - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 75/76)
www.martinclaret.com.br