OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 6 de outubro de 2022

A EVOLUÇÃO DO DOMÍNIO SUBJETIVO

"O ensinamento esotérico diz que não apenas a matéria e a forma evoluem em nosso mundo, mas os estados subjetivos que incluem nossas naturezas emocional, mental e espiritual também evoluem. Através de todos os reinos, até o estágio humano, a evolução procede sem intervenção autoconsciente. O que, equivale dizer, é um processo passivo e não está sob o controle direto de plantas ou animais.

No estágio humano isso muda. A evolução física para. Não há evidência de que criaturas físicas novas, mais evoluídas, mais capazes irão aparecer sobre a Terra. A forma humana parece ser o estágio físico final em nosso mundo. A evolução do domínio subjetivo, no entanto, está longe de se completar. Uma mudança evolutiva ulterior em nossa natureza psicológica e mais recôndita só pode ser produzida por meio de um esforço consciente. A psicologia moderna reconhece que, se desejamos nos livrar do comportamento: neurótico e da dor dele resultante, devemos nos esforçar para ver o mundo sob uma luz diferente e nos transformarmos. Não é possível comprar uma pílula psicológica indicada pelo terapeuta que assegure que viveremos felizes e produtivos. Se queremos nos tornar pessoas plenas, devemos mergulhar profundamente no nosso interior, nos auto observar e buscar novos insights e maneiras de responder ao mundo.

Curiosamente, nosso desenvolvimento tende a recapitular o processo evolutivo. Como seres humanos, passamos rapidamente através de estados passivos no ventre e durante a infância. Depois começamos a obter domínio sobre cada nível de nosso ser. Primeiramente, nos identificamos com o corpo físico, precisamos de algum controle razoável sobre ele no início de cada encarnação, como o fez a raça como um todo no passado distante. Então, o processo de maturação exige que obtenhamos um controle razoável sobre nossas emoções e sobre aquela parte de nossa mente intimamente associada às nossas emoções. Desenvolvemos também nosso intelecto, algumas pessoas apenas um pouco, outras muito profundamente. A maioria para aí. 

Os mais sábios sentem, como disse Walt Whitman, que não estamos contidos entre nossos chapéus e nossas botinas. Existe um eu interior que insta o eu consciente a mudar, a se desenvolver, a revelar mais do potencial interno, a obter controle sobre todo o eu em todos os níveis de sua expressão. Esse eu interior é o cocheiro de Platão, que segura firmemente as rédeas dos cavalos, mantendo-se no controle independentemente da vontade dos animais.

O eu interior tem um proposito para cada encarnação. Encarnamos por alguma razão. Não estamos aqui apenas por causa dos processos biológicos. Numa simples vida, nosso eu interior se propõe a desenvolver qualidades e forças particulares. Ele se esforça por obter resultados positivos vencendo a resistência 

Aceitamos que para desenvolver os músculos devemos vencer a resistência do peso. O que não compreendemos é que o mesmo princípio aplica-se aos níveis emocional, mental e espiritual. Da mesma forma que nos fortalecemos fisicamente ao superar a resistência física, aumentamos o vigor psicológico e espiritual vencendo a resistência nessas dimensões."

(Edward Abdill - A senda mística para a paz interior - Revista Sophia, Ano 12, nº 48, p. 30/31)
Imagem: Pinterest.


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