OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sábado, 7 de março de 2015

CANÇÃO UNIVERSAL

"Cantar a Canção Universal exige muito, o que o ser vulgar não decide nem tem tido força para fazer.

Palavras como equanimidade soam bem, mas nada ou pouco significam para o homem incapaz de reduzir o ritmo com que procura adquirir as coisas do mundo.

Ecumenismo é também muito sonoro. Mas, quais os que realmente transcendem os fossos a separar credos, doutrinas, partidos, times, pigmentação, ideologias, paróquias, cercas, muros...?

Desapego, para você e para mim, para a imensa maioria é árduo, parecendo mesmo impraticável.

Renúncia, quem a ela está disposto?

Devoção a Deus, no serviço a nosso irmão, é outra coisa praticamente estranha, inexistente.

Como estamos desafinados para a Canção Universal."

(Hermógenes – Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 24/25)


sexta-feira, 6 de março de 2015

QUANDO ESTIVER ORANDO, NÃO PENSE EM QUALQUER COISA QUE NÃO O ESPÍRITO

"Quando orarmos, devemos tentar ao máximo concentrar toda nossa atenção em Deus, em vez de dizer “Deus, Deus, Deus” e deixar que a mente se demore em outra coisa. Tive uma tia que costumava dizer suas orações com o auxílio de um rosário. Quase sempre se podia vê-la com os dedos ocupados no rosário. Um dia, porém ela chegou-se a mim e confessou que embora tivesse feito isso por quarenta anos Deus jamais respondera às orações dela. Não admira! As 'orações' dela mal ultrapassavam um hábito físico nervoso. Quando estiver orando, não pense em qualquer coisa que não o Espírito.

A repetição cega de demandas ou afirmações sem, ao mesmo tempo, devoção ou amor espontâneo torna a pessoa uma simples 'vitrola de rezar' que não sabe o que significam suas orações. Resmungar orações de modo mecânico enquanto pensa interiormente em outra coisa não produz a resposta de Deus. Uma repetição cega, tomando o nome de Deus em vão, é estéril! Repetir uma demanda ou prece de maneira reiterada, em voz alta ou mentalmente com atenção e devoção que se aprofundam cada vez mais, espiritualiza a oração e transforma a repetição consciente e cheia de fé em uma experiência superconsciente."

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship - p. 45/46)


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A RESPONSABILIDADE DA MENTE NAS ENFERMIDADES CRÔNICAS

"Ao procurar curar-se, a pessoa costuma se concentrar mais no poder escravizador da moléstia, assim, que a doença se torne tanto um hábito mental quanto físico. Isso é especialmente verdadeiro na maior parte dos casos de nervosismo. Cada pensamento de depressão ou felicidade, de irritabilidade ou tranquilidade, abre sulcos sutis nas células cerebrais e fortalece as tendências para a enfermidade ou para o bem-estar.

A ideia-hábito subconsciente de doença, ou de saúde, exerce uma forte influência. As doenças rebeldes, quer mentais, quer físicas, sempre têm uma raiz profunda na subconsciência. A enfermidade pode ser curada extirpando-se suas raízes ocultas. Eis porque todas as afirmações da mente consciente devem causar impressão suficiente para permearem a subconsciência, a qual, por sua vez, influenciará, de maneira automática, a mente consciente. Portanto, as afirmações conscientes, vigorosas, repercutem na mente e no corpo por intermédio da subconsciência. Afirmações ainda mais fortes alcançam não apenas a mente subconsciente, mas também a mente superconsciente – o depósito mágico de poderes miraculosos.

Declarações da Verdade devem ser praticadas de boa vontade e espontaneamente, com inteligência e devoção. Não devemos permitir que a atenção divague. A atenção dispersiva, como criança travessa, deve ser trazida de volta várias vezes e educada, repetida e pacientemente, para cumprir a tarefa que lhe foi designada."

(Paramahansa Yogananda - Afirmações Científicas de Cura - Self-Realization Fellowship - p.25/26)


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O UNO É O MÚLTIPLO

"Devoção desabrocha em sabedoria; bhakthi produz jnana. Bhakthi é tão necessário e inevitável como a infância. A devoção promove as virtudes mais altas. Os anos de vida desperdiçados sem a luz do Amor são anos ruinosos, de pó e enfermidade. Seria como estar morto ou para sempre decadente. Prema ou o mais alto Amor transcende o ego. É puro, doce, sagrado e santificante. O Amor para Deus, que brota de seu coração, deve fluir para todos, porque todos são encarnações do mesmo Divino Ser. O mal, em você, se manifestará como obstáculo em seu caminho para a paz; ele foi posto lá por seus próprios sentimentos e impulsos (egocêntricos).

O Uno está cintilando em e através da multiplicidade. O Uno é o múltiplo. 'o Uno decidiu ser múltiplo' (Ekoham bahusyam) para gozar sua própria multiplicidade. O Uno surge como toda esta diversidade. Esta é a Verdade. A insistência sobre a unidade fundamental de toda criação é a característica especial do pensamento hindu. Não se dê por satisfeito com míseros fragmentos de informações. Por trás de todo processo do conhecer, busque Aquele que conhece. Esta é a vitória real."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 77/78)

domingo, 23 de novembro de 2014

AS TRÊS PORTAS

"Existe um poema que diz:
Há três portas para o Templo:
Saber, trabalhar, orar;
E aqueles que esperam no portão externo
Podem entrar por qualquer delas.
Há sempre os três caminhos; o homem pode chegar aos pés do Mestre pelos estudos profundos, porque nesse caminho ele chega a saber e a sentir; e certamente se pode alcançar o Mestre por profunda, perseverante e longa devoção, pela constante elevação da alma até Ele. E há também o método de lançar-se a alguma atividade definida por Ele. Mas há de ser algo definidamente feito para Ele com este pensamento em mente: 'Se há crédito ou glória nesta obra, não os quero; faço-a em nome de meu Mestre; a Ele toda glória e louvor.' O poema acima citado também diz: 'Existe o que não ora nem estuda, e todavia pode trablhar muito bem.' E isto é exato. Existem alguns que muito pouco podem meditar, e quando procuram estudar, acham-no muito difícil. Esses devem continuar ambas estas coisas, porque nos cabe desenvolver todos os aspectos de nossa natureza, mas a maioria de todos eles deve-se lançar na obra, e fazer algo por seus semelhantes.

Tal é o mais seguro de todos os apelos: fazer as coisas em seu nome, praticar bons atos pensando n'Ele, recordando-se de que Ele é muito mais sensível ao pensamento do que as pessoas comuns. Se um homem pensa num amigo distante, seu pensamento se dirige para esse amigo e o influencia, de modo que o amigo pensa no emissor  do pensamento a não ser que sua mente no momento esteja muito ocupada com outra coisa. Mas por muito ocupado que um Mestre possa estar, um pensamento dirigido a Ele produz uma certa impressão, e ainda que no momento, talvez, não possa tomar qualquer conhecimento, contudo o toque ali está, e Ele o saberá e emitirá o Seu amor e Sua energia em resposta ao pensamento."

(C.W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2004 - p. 64/65)


sábado, 1 de novembro de 2014

O EMPREGO DA VONTADE, DO SENTIMENTO E DA RAZÃO

"A atitude mental da pessoa deve mudar de acordo com as diferentes afirmações que ela emprega – por exemplo, afirmações relacionadas com a vontade devem vir acompanhadas de uma forte determinação; afirmações relacionadas com o sentimento devem ser acompanhadas de devoção; afirmações relacionadas com a razão devem vir acompanhadas de uma clara compreensão. Ao curar os outros, escolha uma afirmação que se adapte ao temperamento de seu paciente, seja este dinâmico, imaginativo, emotivo ou reflexivo. Em todas as afirmações, o primeiro fator é a intensidade da atenção; porém, a continuidade e a repetição também representam muito. Sature suas afirmações de devoção, vontade e fé, repetindo-as com intensidade e sendo indiferente aos resultados, que virão naturalmente como fruto do esforço.

Durante o processo de cura física, a atenção do indivíduo deve estar nos poderes infinitos da mente e não na enfermidade, para que sua fé não se enfraqueça. Quando se trata de superar o medo, a ira, os maus hábitos etc., a concentração deve estar na qualidade oposta – quer dizer: a cura do temor está na consciência da coragem; a cura da ira, na consciência da paz; a cura da fraqueza, na consciência da força; a cura da doença, na consciência da saúde."

(Paramahansa Yogananda - Afirmações Científicas de Cura - Self-Realization Fellowship - p.23/24)


terça-feira, 30 de setembro de 2014

O PODER DOS PENSAMENTOS (PARTE FINAL)

"(...) Pensamentos puros formam um escudo; como os pensamentos são entidades ativas, eles também estimulam o bem nos outros. Em algumas culturas antigas havia uma forte crença de que uma pessoa verdadeiramente espiritualizada não pode ser ferida internamente - e nem mesmo externamente. Aqueles que tentam ferir um ser sagrado apenas ferem a si mesmos, como o homem que tenta cuspir em outro que está acima e vê o cuspe cair sobre sua cabeça. 

Conta-se que, quando um criminoso violento se aproximou de Buda, a presença divina foi tão poderosa que suavizou e converteu o criminoso sem qualquer ação externa. O contrário também é verdade. Quando os pensamentos, os sentimentos, as fantasias e os desejos estão centrados em coisas negativas, e quando paixões como o orgulho, a inveja e o egoismo dominam a vida da pessoa, ela se abre a influências indesejáveis.

Como estamos continuamente povoando o ambiente com nossos pensamentos, e portanto afetando o mundo em que vivemos, temos uma grande responsabilidade. Quando fazemos parte de um grupo maior, como é o caso da Sociedade Teosófica, também temos a oportunidade de criar um núcleo de forte energia espiritual para auxiliar a humanidade a seguir em frente, rumo à virtude e à sabedoria. Uma parte importante do nosso trabalho é construir um depósito de força positiva que os grandes guardiões espirituais da humanidade possam usar para seus propósitos evolucionários. Ninguém é impotente para servir nos níveis mental e moral. 

Helena Petrovna Blavatsky assinala, em A Chave para a Teosofia (Ed. Teosófica), que a verdadeira oração é um mistério, um processo oculto através do qual pensamentos e desejos continuados sofrem uma transformação espiritual. A aspiração ao divino auxilia a refinar a mente e a elevá-la. A devoção pura, juntamente com a autoentrega, vertidas como oferecimento a uma imagem sagrada, harmoniza e purifica, mesmo quando essa imagem é criada pela mente. Poucas pessoas podem contemplar a deidade não manifesta em nosso atual estágio de evolução. As outras precisam começar a purificar e a refinar o conteúdo de suas mentes. A oração, a devoção pura e a meditação sobre o que quer que seja sublime e sagrado ajudam a transformar a consciência individual e, através dela, a consciência maior do mundo." 

(Radha Burnier - O poder dos pensamentos - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 05/06)


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

DEUS É NOSSO ETERNO COMPANHEIRO

"O devoto deve sentir que o Senhor é seu companheiro pessoal - que tudo que faz, está fazendo com Deus. É preciso que cada um de nós saiba que não estamos sozinhos, que nunca estivemos e nunca estaremos sozinhos. Desde o início dos tempos, Deus esteve conosco, e por toda eternidade Ele estará conosco. Desenvolva um relacionamento mais pessoal com Deus vendo a si mesmo como Seu filho, Seu amigo ou Seu devoto. Deveríamos aproveitar a vida conscientes de que estamos compartilhando nossas experiências com esse Alguém que é supremamente bondoso, compreensivo e amoroso. Só o Ser Divino conhece nossos pensamentos antes mesmo de pensarmos, e Ele nunca Se afasta de nós, mesmo quando estamos errados, bastando apenas que O procuremos. Esse tipo de amor, esse tipo de compreensão toda alma humana está procurando. Mas temos que fazer a nossa parte. Nosso amado gurudeva, Paramahansa Yogananda, disse:

'Deus somente é encontrado por meio de incessante devoção. Quando Ele lhe tiver dado todos os presentes materiais e você no entanto se recusar a ficar satisfeito sem Ele; quando você quiser insistentemente apenas o Doador, e não Seus presentes, então Ele se revelará a você. (...) Caminhamos pelos apinhados becos da vida e ocasionalmente vemos alguns rostos conhecidos; contudo um a um eles vão embora. Assim é a vida. Você e eu estamos vendo um ao outro agora, mas algum dia nos perderemos de vista. Este é um mundo trágico, onde todas as almas são testadas, às vezes consumidas, nas chamas da ilusão. Entretanto, aqueles que vencem e dizem: 'Só quero conhecer a Ti, meu Senhor', esses encontram Deus e a liberdade.'"

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 236/237)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

UM CEGO NÃO PODE GUIAR OUTRO CEGO (PARTE FINAL)

"(...) O Ocidente deu ênfase a grandes templos de culto, mas são poucos os que mostram como Deus pode ser encontrado. No Oriente, deu-se ênfase ao desenvolvimento de homens de realização divina, mas eles são, em muitos casos, inacessíveis aos buscadores espirituais, permanecendo reclusos, em retiros longínquos e solitários. Centros espirituais onde as pessoas possam comungar com Deus e instrutores que possam mostrar-lhes como fazê-lo são igualmente necessários.

Como pode alguém receber o conhecimento de Deus de um instrutor que não o conhece? Meu guru incutiu em mim a necessidade de conhecer o Pai Celestial antes de tentar falar aos outros sobre Ele. Como sou agradecido por esse treinamento! Ele realmente comungava com Deus.

O Senhor deve ser percebido, primeiro, no próprio templo corporal. Todo buscador deve, diariamente, disciplinar seus pensamentos e depositar sobre o altar da alma as flores silvestres da devoção. Quem encontrar Deus dentro de si mesmo será capaz de sentir a presença divina em toda igreja ou templo em que entrar."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 15/16)

sexta-feira, 11 de julho de 2014

AGRADAR A DEUS DEVE SER NOSSA MOTIVAÇÃO NA VIDA

"Palavras de devoção a Deus têm pouquíssimo significado no sentido último. A única maneira de expressarmos realmente o que sentimos por Deus é pelas nossas ações. Talvez isso explique por que a Bíblia diz que você conhecerá um homem por sua obra. Pouco importa se ninguém demonstrar apreço pelo que fazemos. Jamais devemos ficar descontentes, mesmo que, depois de um grande esforço para ser bom e fazer o bem, ninguém pareça se importar ou ficar agradecido. Estamos na Terra para trabalhar não para o homem, mas para Deus. Cada ato deve ser realizado como uma oferenda de devoção a ser depositada com reverência a Seus pés. É com Deus que temos a ver, a cada momento de nossa vida e em tudo que fazemos. Ele é a Força Viva que nos guia e sustenta. Só Ele está sempre conosco e consciente de cada pensamento nosso. Eis por que é importante que nossos pensamentos sejam sempre os mais sublimes e nobres. Nossa motivação deve ser para agradar-Lhe. Ao agradar a Deus, podemos esperar que nossa vida e nosso serviço também possam estar agradando a Seus filhos.

A incompreensão e a dor que dela decorre não se manifestam naqueles cujos corações são puros. O coração estará bem apenas se não perdermos de vista o Objetivo: Deus. O devoto não poderá se extraviar se ele se lembrar de seguir os passos que conduzem à Meta: constante anseio por Deus, que surge da prática de Sua presença e da conversa com Ele; meditação diárias, mesmo quando não há o desejo de meditar; e doação a Deus de sua vida e serviço, de todo o coração e com espírito de dedicação.

Deus não necessita de nós, mas nós necessitamos desesperadamente Dele. Necessitamos da Verdade. Precisamos nos apoderar da Realidade neste grande mar de irrealidade, agarrando-nos a essa balsa da Realidade até que alcancemos, com segurança, as praias da infinita e eterna percepção de Deus."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 112/113)
http://www.omnisciencia.com.br/so-o-amor.html


sexta-feira, 23 de maio de 2014

MANTENHAM SUAS MENTES EM DEUS

"Permaneçam em constante comunhão com Deus; com isso, todos os maus pensamentos irão desaparecer. Reservem um aposento ou um lugar especial no qual possam se recolher para as práticas diárias. Retirem-se para lá todas as manhãs e ao entardecer. Pratiquem japa, meditação e orem regularmente pelo máximo de tempo que puderem. Quanto mais se dedicarem à contemplação de Deus, mais produtivas se tornarão sua vidas. Quanto mais ligados às vaidades do mundo, mais inquietas serão suas mentes. Rezo a Deus todo poderoso para que, por Sua infinita graça, vocês sejam conduzidos pelo caminho certo!

Saibam que, sem adorar Deus, vocês jamais alcançarão a paz mental. Reservem algum tempo todos os dias para isso, seja praticando japa, meditando ou cantando as glórias de Deus. Devoção, fé e conhecimento verdadeiros são resultados de persistência e de longos anos de práticas espirituais. Depois de uma tentativa morna nas práticas das disciplinas espirituais por algum tempo e sem conseguir realizar Deus ou alcançar a bem-aventurança divina, muitas pessoas tornam-se agnósticas. A razão disso não é difícil de se encontrar. Sem afeto sincero por Deus, essa gente acha difícil perseverar nas práticas espirituais. Consideram as disciplinas demasiadamente árduas e pesadas para elas.

Sem devoção e amor por Deus a mente torna-se árida e inquieta. Quanto mais sofrerem em nome de Deus, mais paz sentirão no final. Sri Ramakrishna costumava dizer: 'Persistam em seus esforços com alegria e conseguirão vencer todos os osbtáculos.' Por isso, mergulhem de cabeça nas disciplinas espirituais, perseverem e jamais deixem de praticá-las (...)'."

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo, 2011 - p. 276/277)
www.vedanta.org.br


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O SIGNIFICADO DOS FESTIVAIS HINDUS - DIPAVALI

"Dipavali é o Festival da Luz. O conhecimento é considerado como Luz, mas, comumente, não passa de nevoeiro que obscurece. Somente o Amor propicia Luz. Expansão é vida, e expansão é a essência do Amor. Amor é Deus. Viva em Amor. A partir de uma única lamparina, você pode acender milhões, mesmo assim, a primeira nada perde. Assim também é o Amor. Dipavali destina-se a ensinar esta lição da Luz e do Amor. Sem uma lamparina acesa nenhuma cerimônia auspiciosa é iniciada. Onde a lamparina do Amor estiver brilhando, Deus se manifesta. Conserve-a acesa e pura. 

Deus primeiro; o mundo depois; o eu por último. Você tem de tornar-se um sadhaka (ascetas, aquele que pratica a disciplina) agora ou depois, tanto que possa se libertar dos nascimentos e mortes! Agora todas as coisas estão as avessas, e Deus não é encontrado. Você pode apegar-se a Ele seguindo os três caminhos (margas), que são: jnana (da sabedoria); bhakti (da devoção); e karma (da ação). Você pode viajar em primeira, segunda ou terceira classe no trem, mas o destino é o mesmo. Ative efetivamente os caminhos; eles são apenas partes de um único raio. 

O progresso e a Bem-aventurança espirituais dependem de esforço disciplinado. Ele pode vir somente mediante uma labuta austera e árdua, e não através de caminhos fáceis e agradáveis.¹ A vida torna-se um empreendimento melhor somente quando se tem hábitos disciplinados, concentração mental, renúncia aos prazeres sensuais e fé no Ser (Atma). Ninguém que desconheça o caminho pode atingir a meta. Ninguém que desconheça a meta pode optar por um caminho correto, e muito menos nele avançar. Antes de decidir sobre a jornada, você deve ter uma concepção apropriada do caminho bem como do destino a atingir."

¹ "Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela", advertiu Nosso Senhor Jesus Cristo (Mateus 7:13). Desconfiemos de Gurus (?!) que vendem 'facilitários".

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 236/237)


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O CAMINHO DA DEVOÇÃO

"No caminho da devoção, o reto conhecimento não pode ser ignorado. O reto conhecimento é necessário para que se possa servir bem ao mundo. O reto conhecimento é necessário porque a união precisa ser o objetivo, embora uma união algo diferente da que é conquistada pelo conhecimento comum. Se o reto conhecimento estiver ausente, então, até mesmo o amor poderá perder-se em seu desejo de servir e poderá ferir onde poderia ajudar. Não devemos ter a devoção separada do conhecimento, pois ele é necessário ao serviço perfeito, e este serviço perfeito constitui a essência da vida do devoto. (...)

Os verdadeiros devotos têm o seu rosto voltado para cima, na direção dos que lhe são superiores, para ganharem força e energia espiritual. E isto não é para eles próprios serem libertados, pois não desejam libertação alguma até que todos compartilhem da liberdade. Não é com a finalidade de conquistar, porque eles não desejam qualquer conquista, exceto com a finalidade de doar. Não é para que eles possam reter algo para si, mas para serem canais de bênçãos aos outros. No caminho da devoção, a alma sempre está voltada para a Luz que está acima, não para ser iluminada, não para que possa brilhar, mas para que possa servir como foco e canal daquela Luz, canalizando-a em direção daqueles que estão na escuridão. Anseia pela Luz acima apenas com o objetivo de transmiti-la àqueles que estão abaixo.

Esta, então, é a primeira e suprema característica daqueles que desejam seguir o caminho da devoção. Terão de começar no amor e nele terminarão. (...)"

(Annie Besant - A Vida Espiritual – Ed. Teosófica, Brasília, 1992 - p. 59/60)


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

SABEDORIA

"O estudo dá cultura. A meditação dá sabedoria. A cultura enriquece o espírito. A sabedoria o eleva.

O enriquecimento do espírito o incha. Sua elevação o faz crescer, engrandecendo-o.

A inchação do espírito é vaidade, que se julga grande e vê tudo minguado em sua volta. O crescimento do espírito faz-lhe ver as coisas do alto, com discernimento.

A primeira produz distorção. A segunda acerta a perspectiva.

A cultura é acúmulo que vem de fora por justaposição. A sabedoria vem de dentro por crescimento próprio.

A cultura é adquirida nos livros pela inteligência. A sabedoria é haurida pelo coração, na natureza.

A cultura pode ser apanágio de um ignorante, tanto quanto a sabedoria pode ser coroamento de um iletrado.

Harvey foi taxado de louco quando expôs sua teoria da circulação do sangue na Academia de Medicina, Pasteur foi combatido pelos médicos por não ser médico; a Academia de Ciências de Paris classificou de chantagem a impostura o gramofone de Edison, e não tomou conhecimento do aparelho que tocava diante deles, sob a alegação de que a nobreza da voz humana jamais poderia ser reproduzida senão pelo homem. De quanto ridículo se revestem hoje essas apreciações dos doutores da ciência oficial.

Mas o homem não se emenda e teima em trilhar as mesmas estradas: dá muito valor à parte intelectual e quase nenhum ao coração.

Lamentavelmente confunde cultura com sabedoria, chamando sábios aos que apenas acumulam grossas bibliotecas em seus neurônios, sem, no entanto, assimilar em seus corações um grama de conhecimento da verdade divina, que é o amor a Deus através de seu representante visível: nosso próximo.

Precisamos ser sábios, mesmo que não possamos ter grande cultura." 

(C. Torres Pastorino - A Essência da Sabedoria - Ed. Martin Claret, São Paulo, 1998 - p. 49/50)
www.martinclaret.com.br


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

DEVOÇÃO

"Ainda que haja muitas religiões no mundo, cada qual servindo como um guia de conduta para seus seguidores, é necessário lembrar a natureza essencial e o propósito da religião na vida humana, que é tornar claro os meios de encontrar Deus. As concepções de Deus podem variar, os caminhos e as disciplinas podem variar, mas esse propósito essencial constitui a base comum a todas as religiões. Sem esse propósito a religião não é religião, é qualquer outra coisa. Os códigos de conduta e toda a parafernália da vida religiosa constituem um meio, e não um fim em si. O fato acima deve ser reiteradamente enfatizado, não só para tornar a vida religiosa mais significativa e determinada, mas também para capacitar os aspirantes a separarem o essencial do não essencial e a concentrarem-se no essencial.

A religião está relacionada mais estreitamente com o misticismo do que com o Ocultismo, e é a própria essência da vida mística. O verdadeiro místico não dá muita atenção a outras questões ligadas à vida humana, nem mesmo à natureza do universo em que ele se encontra. Seu único objetivo de conhecimento e devoção é Deus, e ele persegue este objeto de maneira sincera e atenção concentrada, excluindo tudo o mais." 

(I.K. Taimni - Autorrealização pelo Amor - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 11/12)
www.editorateosofica.com.br/loja


sábado, 18 de janeiro de 2014

O CERIMONIAL

"A linha do cerimonial é uma linha ao longo da qual chegam muitas pessoas, mas é preciso compreender, naturalmente, que nenhum cerimonial religioso, seja ele qual for, é, na verdade, essencial, e o homem que deseja ingressar no Caminho da Santidade precisa compreendê-lo em sua plenitude e lançar de si a crença na necessidade das cerimônias, como um dos grilhões que o retêm afastado do nirvana. Isso não quer dizer que as cerimônias não sejam, às vezes, eficazes para produzir os resultados que se pretendem, senão que nunca são realmente necessárias a nenhum deles, e que o candidato a um progresso mais elevado precisa aprender a dispensá-las. A linha do cerimonial é uma estrada fácil para determinado tipo de pessoas, para as quais se revela efetivamente útil e inspiradora; há, contudo, outro tipo de homens para os quais o cerimonial é sempre um obstáculo entre eles e as divindades que desejam alcançar. 

No Cristianismo, a linha do cerimonial é a designada pelo seu fundador, através da qual deve operar a sua magia. A consagração da hóstia, por exemplo, é um meio graças ao qual a força espiritual se derrama sobre as pessoas. Existe, frequentemente, vasta quantidade de sentimento devoto no momento da consagração, e a operação da magia é ajudade por ele, muito embora não dependa dele. Os devotos recebem indiscutivelmente mais porque trazem consigo mesmos uma faculdade adicional de recepção. Por outro lado, existe sempre a probabilidade de que a devoção ignorante degenere em superstição. (...) Devemos lembrar-nos também de que, na História, costumamos ouvir muitas alusões aos piores efeitos do entusiasmo religioso, ao mesmo tempo que o bom e firme progresso de muitos milhares de pessoas sob a sua influência causa escassa impressão."

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 79/80)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

OS MAIS SÁBIOS ACIMA DE NÓS

"Se fizermos o nosso melhor trabalho e o mais sábio, se em nome do amor oferecermos os nossos melhores pensamentos e esforços em prol do serviço à humanidade, então, no momento em que a ação for realizada, não teremos qualquer desejo quanto ao resultado, exceto que esteja de acordo com a vontade e orientação dos mais sábios acima de nós. Separamo-nos totalmente da ação; realizamos a nossa parte, deixando para eles um campo livre e desobstruído, onde todas as grandes energias espirituais podem desabrochar de forma irrestrita e não afetada por nossa cegueira e fraqueza. Não nos interessamos mais pelo resultado. Assim, deixamos a cargo Deles tornar perfeita a nossa fraqueza com a Sua força, corrigindo as nossas falhas com a sua sabedoria, os nossos erros com a Sua retidão. As falhas que cometemos perdem grande parte do seu potencial negativo; embora recebamos a dor pelos erros, a ação terá sido correta porque o desejo foi o de servir. Se com ele não misturamos a nossa própria personalidade, então, até mesmo do erro surgirá o sucesso; o fracasso, sendo apenas do intelecto, cederá caminho às forças mais poderosas do Espírito que é movido pelo amor. (...)

Ao realizarmos o melhor de nós, abandonando os resultados, verificamos que aquilo que chamamos de devoção é, de fato, uma atitude da alma. É a atitude do amor, o atingimento da paz. A alma, tendo a sua face sempre voltada para a Luz Daqueles que residem internamente, está sempre pronta para o serviço. Pela sua luz encontra novas oportunidades de serviço todos os dias."

(Annie Besant - A Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 1992 - p. 62/63)


domingo, 10 de novembro de 2013

FIRMEZA NA FÉ E NA DEVOÇÃO

"Naturalmente, você pode dominar a doença e retardar a morte, como também evitar agitação e ansiedade, mediante tomar os remédios receitados e observar o regime aconselhado. Cante a glória do Senhor¹ quando aflito por sofrimento ou perturbação, pois é quando mais necessitado d'Ele você está. É quando estamos com febre que temos que ingerir os tabletes em intervalos menores ou em doses maiores. Os Pandavas² conheciam este segredo para o sucesso. Clamavam ao Senhor quando as circunstâncias conspiravam contra eles. Comumente os mortais começam se lamentando: 'Oh! Todo puja (adoração) foi inútil; todo culto que sinceramente ofereci, com todo empenho de meu coração, foi perdido.' Outros riem cinicamente diante do infortúnio dos devotos, e os arrastam para o deserto da descrença. Não dê ouvidos a tais homens maus. Firme suas raízes na fé. Nutra-as com arrependimento e oração. Somente aqueles que estão engajados no culto e na adoração, tendo somente a intenção de impressionar os outros, os abandonarão na hora em que a sorte mudar. Os demais aceitarão, com a equanimidade dos santos, o que quer que lhes venha. Para estes, a fortuna e o infortúnio, o bem e o mal não são mais que o verso e o reverso da medalha da Divina Graça.

A verdadeira marca de um Sai bhakta (devoto de Baba) é esta firmeza. Ele não se desvia deste caminho, seja por cinismo seja pela sedução da pompa luxuriosa. Ele põe em prática os ensinamentos espirituais e conhece o imensurável ganho que eles propiciam."

¹ Usando salmos, jaculatórias, dando-Lhe louvores.
² Pandavas - na epopéia, Mahabharata, os membros de uma mesma família travam uma guerra: os Kurus ou Kauravas constituíam as hostes do mal, da perversidade, da injustiça, do abominável; os Pandavas, seus primos, defendiam a Verdade e a Retidão. A batalha decisiva foi em Kurukshetra, na qual os Pandavas, sob a chefia de Arjuna, derrotaram os diabólicos Kurus.O príncipe Arjuna foi instruído por Krishna no campo de batalha. O diálogo deles - Krishna e Arjuna - é a Canção do Divino (Bhagavad Gita). (Ver VI:73; VIII:20; X:18.) 

(Sathya Sai Baba - O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 209)


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A VIAGEM DE VOLTA

"48 - As Escrituras¹ demonstram diretamente que shraddhã (fé), bhakti (devoção), dhyãna (meditação) e yoga (união) são as causas que trazem a emancipação da servidão da existência encarnada [a liberação das ligaduras do corpo, que são obra da magia de avidyã].

COMENTÁRIO - Observem a ordem mencionada. Em primeiro lugar está a fé. Entende-se por fé o percebimento de 'algo', a sensação de uma 'presença'. Não é a fé supersticiosa de algo que é aceito porque está contido em um livro considerado sagrado ou que foi escrito por alguém que, segundo a tradição, deve ser respeitado. Quando esse primeiro ponto de contato é estabelecido, segue-se a devoção, um sentimento interior que nos impele para a raiz das coisas. Então, estão lançadas as bases para o estabelecimento do processo da meditação que levará a um gradual aprofundamento em direção às raízes do Ser, nascendo a condição para que o próximo estágio, o yoga (união), se manifeste. A viagem de volta terá assim terminado, encerrando-se definitivamente o ciclo de vir-a-ser."

¹ Referência ao Kaivalya Upanishad, I, 2. (N. E.)

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, 2011 - p. 31)


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

QUATRO MÉTODOS RELIGIOSOS FUNDAMENTAIS: O MÉTODO DA DEVOÇÃO

"Este método consiste na tentativa de fixar nossa atenção em um objeto de pensamento, em vez de fixá-la em diferentes séries de pensamentos ou em vários objetos (como no método do intelecto). No método da devoção estão incluídas todas as formas de culto, como por exemplo a oração (em cuja prática devemos eliminar todos os pensamentos relacionados com objetos mundanos). O Eu espiritual deve fixar a atenção de maneira profunda e reverente naquilo que escolheu como foco de sua concentração - seja a ideia de um Deus pessoal, seja a de uma Onipresença impessoal. O ponto-chave é que o devoto se concentre, com suficiente sinceridade, em um único pensamento devocional.

Por este processo o Eu espiritual torna-se gradualmente liberto do tumulto de numerosos pensamentos - a segunda série de perturbações - e consegue tempo e oportunidade para pensar em si mesmo. Quando oramos fervorosamente, esquecemos todas as sensações corporais e expulsamos todos os pensamentos intrusos que tentam ocupar nossa atenção.

Quanto mais profunda é nossa oração, mais intensa é a satisfação que sentimos, e essa satisfação torna-se o critério com que medimos até que ponto nos aproximamos da Bem-aventurança ou Deus. À medida que as sensações do corpo são deixadas para trás e os pensamentos errantes são controlados, a superioridade do método da devoção sobre o intelectual se evidencia.

No entanto, o método da devoção apresenta certos defeitos e dificuldades. Devido ao arraigado hábito que leva o Eu espiritual a manter-se apegado e escravizado ao corpo, ele se esforça em vão para desviar a atenção da esfera das sensações corporais e mentais. Todavia, por mais que a pessoa deseje orar ou unir-se de todo o coração a qualquer forma de culto, a atenção é invadida impiedosamente pelo ataque de sensações corporais e pensamentos velozes trazidos pela memória. Frequentemente, quando oramos, ficamos completamente absorvidos em dar atenção às circunstâncias que são favoráveis à oração, ou sucumbimos facilmente à tentação de buscar alívio ao menos desconforto físico que apareça durante ela. 

Apesar de todos os nossos esforços conscientes, nosso mau hábito de inquietude - que já se tornou para nós uma segunda natureza - predomina sobre os desejos do Eu. A despeito do desejo de nos concentrarmos, a mente se torna inquieta e, parafraseando, poderíamos dizer: 'Onde estiver a nossa mente, ali estará também o nosso coração'. Dizem-nos para orar a Deus de todo o coração. Em vez disso, geralmente nossas mentes e corações são distraídos por impressões sensoriais e pensamentos errantes durante a oração. (...)"

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 64/66)