OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

SEGURANÇA NUM MUNDO INCERTO (1ª PARTE)

"Os cataclismos que subitamente ocorrem na natureza, provocando destruição e danos em massa, não são 'obras de Deus'. Essas catástrofes resultam dos pensamentos e das ações do homem. Onde quer que o equilíbrio vibratório do mundo entre o bem e o mal seja perturbado por um acúmulo de vibrações nocivas, resultantes de pensamentos e ações errôneas do homem, veremos destruições. As guerras ocorrem não por uma ação divina fatal, mas pela disseminação do egoísmo material. Elimine-se o egoísmo - individual, industrial, político e nacional - e não haverá mais guerras.

As caóticas condições modernas existentes no mundo resultam do padrão de vida afastado dos ideais divinos. Indivíduos e nações podem ser protegidos contra a destruiçao total, se viverem segundo os ideais celestiais de fraternidade, cooperação industrial e intercâmbio internacional de experiências e bens materiais. Acredito que virá uma época em que, por força de uma compreensão superior, não teremos mais fronteiras. Chamaremos a Terra de nossa pátria. E, graças a meios jurídicos e à integração internacional, distribuiremos altruisticamente os bens do mundo segundo as necessidades das pessoas. A igualdade, porém, não pode ser implantada à força; ela tem de vir do coração. (...) Temos de começar agora, com nós mesmos. Deveríamos tentar ser como os entes divinos que vêm e tornam a vir à Terra para nos mostrar o caminho. Amando-nos uns aos outros e mantendo claro o nosso discernimento, tal como eles exemplificaram e ensinaram, a paz chegará.

Você pode pensar que não há esperança de conquistar o ódio e inspirar a humanidade a seguir os caminhos crísticos do amor, mas jamais a necessidade foi tão grande quanto agora. Ideologias ateias estão lutando para expulsar a religião. O mundo está marchando rumo a um grande drama existencial. Tentando aplacar as violentas tempestades, parecemos nada mais do que minúsculas formigas nadando no oceano. Mas não subestime o poder que você tem.(...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 42/43)

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

TRANSFORMANDO A ESSÊNCIA DA ALMA HUMANA (PARTE FINAL)

"(...) Temos superabundância de alimentos, mas milhões de crianças e de adultos morrem de fome todos os anos. Será que não há um grupo de líderes políticos que é capaz de estabelecer critérios para se produzir um imposto mundial no comércio exterior que subsidie a oferta de alimentos para os miseráveis de nossa espécie?

Somos brancos, negros, americanos, alemães, franceses, brasileiros, chineses, mas perdemos o sentido de espécie. Não parece que pertencemos à mesma espécie, não somos apaixonados uns pelos outros. Quantos de nós temos prazer de entrar no mundo das crianças, dos colegas de trabalho e das pessoas íntimas que nos circundam? Uma das maiores gratificações que tenho como psicoterapeuta é descobrir o mundo interessante de pessoas que me procuram. Cada ser humano, ainda que viva no anonimato, possui uma história espetacular, mas nós não nos damos conta disso. Temos o privilégio de ser uma espécie pensante, mas nem sempre honramos nossa inteligência.

O Mestre dos mestres da escola da existência deixou claro em seus pensamentos, parábolas, reações e nas críticas dirigidas aos fariseus que a essência da alma humana estava adoecida. Estava convicto de que o homem era líder do mundo exterior, mas não do interior. Percebia que a insatisfação e a ansiedade aumentava pouco a pouco à medida que passavam os anos. Por isso convidava as pessoas a beber do prazer que dele emanava, da sabedoria que dele fluía, do amor que dele jorrava, da mansidão que dele borbulhava.

Almejando mudar a essência da alma humana. Planejou que o homem conquistasse uma vida lúcida, serena, sábia, alegre, tranquila e saturada de paixão pela existência. Enxergava longe, queria mudar os paradigmas humanos e fazer a humanidade alcançar o sucesso de dentro para fora. Objetivava alcançar metas nunca alcançadas pela filosofia e ciências sociais. Os mais excelentes capitalistas e os mais notáveis socialistas ficariam perturbados se compreendessem os detalhes do plano do carpinteiro da vida. Ele veio com a maior de todas as incumbências, com a missão de produzir um novo homem: feliz e imortal."

(Augusto Cury - O Mestre da Vida -  Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2001 - p. 206/207)
www.academiadeinteligencia.com.br


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

CONTROLANDO A MENTE

"Você deve manobrar sua mente com firmeza e lentamente tazê-la sob controle. Nunca deve estar com pressa e jamais usar força para a controlar. Se há uma vaca dentro de nossa casa desejando sair para comer capim, o que fazer para a trazer de volta, para dentro? Tentamos descobrir a espécie de alimento que ela prefere e a alimentamos com o melhor que tivermos em casa. Gradualmente, daí por diante, a vaca abandonará a tendência de sair de casa. Da mesma forma, nossa mente vagueia e se exterioriza em busca de muitas coisas. Deseja ir, e curtir vários pensamentos. A fim de a controlar, ela que busca o preenchimento dos anseios mundanos e sensório, devemos substituir tais desejos normais pela ideia de Deus, que é mais nobre.

Fazemos que ela pense em Deus e assim, gradualmente, afastamo-la dos desejos vulgares. Hoje o homem esforça-se para desligar a mente de tais desejos, mas não está conseguindo. Está sendo vencido e humilhado. Em verdade, tais desejos e apegos, que a mente está fomentando, são característicos dos dias presentes. Até mesmo nossa inteligência se vê incapaz para exercer suficiente controle sobre a mente. Em circunstâncias tais, devemos tentar e cultivar o hábito da solidão ou juntar-nos a alguma companhia sagrada e, assim, fazendo a mente pensar boas coisas, salvá-la. Uma destas coisas tem de ser feita, se desejamos controlar a mente."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 143)

A PRESENÇA DO ETERNO (PARTE FINAL)

"(...) Percebendo a importância da ação individual, podemos nós criar um mundo de paz e harmonia? Se não formos, nós próprios, a paz e a harmonia que queremos ver no mundo, a transformação desejada será utópica e, talvez, uma mera tentativa de fuga das condições caóticas em que vivemos. A busca da paz que parte apenas do desejo de não ser incomodado é tão somente uma forma sutilizada de egoísmo e de isolamento, que gera dor e sofrimento.

Se há uma paz que ultrapassa o entendimento, ela precisa ser encontrada no que há de mais profundo no nosso ser, que toca a dimensão do sagrado. Através da meditação - que não é apenas o ato de cruzar as pernas e fechar os olhos, mas essencialmente de observar atenta e cuidadosamente tudo o que se passa, a cada momento, dentro e fora de nós mesmos - podemos aprender a morrer psicologicamente para o nosso apego a tudo o que é transitório e de importância relativa para, naturalmente, encontrar, na mais íntima e profunda subjetividade, a presença do eterno.

Esta não é uma tarefa fácil, porque estamos sendo constantemente bombardeados com influências desarmônicas que surgem de dentro e de fora. Mas se empregarmos toda a nossa energia e encontrar a fonte primordial da vida, que é interna, de onde tudo provém, e nela estabelecermos a nossa consciência, a paz e a harmonia fluirão naturalmente, independentemente das condições externas. (...)"

(Marcos Luís Borges de Resende - A presença do eterno - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 04)

terça-feira, 7 de outubro de 2014

A PRESENÇA DO ETERNO (1ª PARTE)

"(...) É muito fácil colocar a culpa nos outros achando que não temos nada a ver com a condição deplorável em que a humanidade se encontra, com a competição brutal que existe nas chamadas relações empresariais, com a miséria, a doença e a fome que estão presentes em tantas partes do mundo e também aqui mesmo, ao nosso lado. Nós somos responsáveis pelo mundo, que apenas reflete tudo o que existe em nossa subjetividade: medo, arrogância, desejo de se sobressair, enfim, o 'eu' com sua permanente busca pelo sucesso, gerando insensibilidade, ganância e consequentemente, violência.

Portanto, a transformação do mundo passa necessariamente pela mudança em nós mesmos, pelo aprendizado com tudo o que ocorre em nossa vida, com nossos desejos e motivações secretas e com as relações que estabelecemos na família, no trabalho, na vida social, comercial, etc. Devemos honestamente nos perguntar se nossa vida é harmônica. Se constatamos a presença de problemas, com relações conflituosas, ânsias e frustrações não compreendidas, cabe-nos observar a nós mesmos cuidando-se e pacientemente até descobrirmos, em cada momento, a origem da desarmonia, que não está nos outros, como estamos acostumados a pensar, mas sempre dentro de nós, em um recanto não percebido do nossos próprio ser. Em nossa inconsciência e inconsequência, criamos uma vida de busca de prazer e fuga à dor e, atabalhoadamente, geramos conflito dentro de nós e nas relações com os outros. Os problemas e as dificuldades que vemos nos outros deixam de existir quando nos relacionamos corretamente, respeitando a liberdade essencial inerente a cada ser humano. (...)"

(Marcos Luís Borges de Resende - A presença do eterno - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 04)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A VIDA É UM SONHO QUE NÃO VALE NOSSAS LÁGRIMAS

"Quanto  mais vejo a vida, mais percebo que é um sonho. Encontrei segurança superior na filosofia que agora lhes transmito. Compreendam que vocês vivem única e exclusivamente pela graça de Deus. Se Ele retirasse Seu pensamento, a manifestação física deixaria de existir. Este mundo é um lugar de sonhos, e aqui estamos todos sonhando. A vida não é real; rimos e choramos na maior das ilusões, e não vale a pena derramar lágrimas por isso. Dar realidade às experiências terrenas é fazer um convite ao sofrimento indizível. Identificando nossa consciência com o mundo, só veremos um lugar de padecimento. O que nos livrará disso? Dinheiro? Não, nada material. O único caminho para a libertação é conhecer Deus e perceber que Ele e nós somos uma só coisa, para sempre. Lembre-se disso. Deus seria realmente muito cruel se este mundo fosse real. Mas Ele sabe que, quando tivermos passado um número suficiente de vezes pela fornalha do sofrimento e da morte, despertaremos e venceremos a ilusão: perceberemos a Terra como um sonho divino, e não reencarnaremos mais. No Bhagavad Gita, Deus fala por intermédio de Krishna, prometendo: 'Meus nobres devotos, tendo chegado a Mim (o Espírito), alcançaram o êxito supremo; eles já não estão sujeitos a outros renascimentos nesta moradia do sofrimento e da transitoriedade'.

Suponhamos que um homem seja atingido por uma bomba, morrendo instantaneamente. No campo de batalha, ele estava paralisado pelo medo mas, após a morte, percebe alegremente que está livre do medo e do túmulo corporal. Mas não é necessário sofrer provações para chegar a esse conhecimento. É melhor obter sabedoria pelo esforço espiritual consciente. E, se temos de suportar testes. que seja com a atitude correta. Vejam o exemplo de Jesus: foi pregado na cruz e teve de suportar aquele sonho de sofrimento. Mesmo assim, antes de ser crucificado, disse: 'Derrubai este  templo, e em três dias o levantarei'. Ele sabia que o corpo, os pregos com que seria pregado na cruz e até o processo da morte eram apenas sonhos. Por compreender isso, sabia que podia recriar a vida em seu corpo-sonho. Não é um modo maravilhoso de encarar a ilusão de vida e morte? É o único modo. Krishna iniciou sua revelação a Arjuna, no Bhagavad Gita, exortando-o a lembrar a natureza transitória da matéria e a natureza eterna Daquele que nela habita."

(Paramahansa Yogananda - O Romance Com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 24/25)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

TUDO É BRAHMAN (PARTE FINAL)

"(...) Ninguém conhece o mistério que é a corrente elétrica; não se sabe por que se comporta dessa forma; não se conhece a exata natureza de sua origem e de seu fluxo. Não obstante tudo isso, ela é manipulada para milhares de usos, e se manifesta através de milhares de aplicações e instrumentos. Assim também, Deus É presente em toda parte, mas podemos compreender somente aquela parte d'Ele que se manifesta diante de nossa percepção. Pessoas comuns jurarão que a terra absolutamente não se move; ela é tida como símbolo de estabilidade. No entanto, tem dois movimentos, ambos incrivelmente rápidos! Gira em torno de seu eixo numa velocidade que excede 1.500 km horários, e enquanto gira sobre si mesma, move-se em redor do Sol numa velocidade estonteante! Mas tomamos conhecimento do que se passa? Deus também é uma realidade sempre presente dentro de nós e de cada ser, mas O perdemos de vista como perdemos de vista o mover-se da terra. Temos de O inferir através das provas e da evidência de Sua Providência, de Sua Graça, de Sua Majestade e de Sua Glória, exatamente como inferimos os movimentos do planeta, da lua, das estrelas pela observação sobre o céu, sobre as estações e o suceder de dias e noites. Impossível é descrever Deus usando o vocabulário que aprendemos do mundo. Temos de experienciar a Bem-aventurança ou realizá-la como sendo o íntimo de nosso ser. Um verdadeiro devoto será firme na fé, e ora ao Senhor não por padhartham (coisas, objetos materiais ou pela satisfação de desejos mundanos), mas por para-artham (a felicidade que transcende o mundo). Ao manifestar Prema (Amor), você somente está expressando Deus, o morador de seu coração.

'Aquele que conhece o mais vasto o mais vasto se torna' ('Brahmavid Brahmaiva Bhavathi'), dizem os sábios (rishis). A afirmação védica de que 'tudo é Brahman' (sarvam Brahama mayam) é a chave da compreensão do Princípio Eterno e Universal. Brahman é a Realidade do buscador, isto é, do cosmonauta, da pessoa que afirma sua existência, tanto quanto a existência daquela outra que dela duvida ou a nega. Dizer que o Divino é uma fantasia da imaginação de alguém é ser falso para sua própria genuína verdade. O Divino é o que integra e une todas as diversidades em uma única essência. Há que modelar o intelecto e alegrar a imaginação para tornar-se capaz de fazer uma ideia de Brahman, que é mais sutil que o mais sutil, mais vasto que o mais vasto. Brahman é o impulso verdadeiro atrás de toda aspiração e realização, mesmo da aspiração de O conhecer. Ele é a atividade em cada átomo e célula, bem como em cada estrela ou galáxia."

(Sathia Sai Baba -Sadhana O Caminho Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1993 - p. 76/77)

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

CONVITE A NÃO-VIOLÊNCIA

"O mundo e cada pessoa estão carentes de compreensão, cordialidade, ternura, caridade, amparo, compaixão, amor...

Sem que nos dediquemos a oferecer tais coisas aos demais, não adiantarão as passeatas, os slogans, as campanhas contra a violência.

A violência, que é ódio, só será suprimida com a doação de amor.

Violência é brutalidade. Temos que cultivar a sabedoria.

Violência é fruto do egoísmo. Devemos promover o altruísmo.

Violência é insanidade. Se queremos a não-violência, melhoremos o nosso estado de saúde.

Violência é obscurantismo. Cultivemos e cultuemos a Luz.

Violência é paixão. Sejamos compassivos.

Melhor do que, firme e veementemente, lutarmos contra a violência, é aceitarmos um gentil convite à simpatia,à lucidez, à bondade, à complacência, à cordialidade, ao amor..."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 185)


terça-feira, 2 de setembro de 2014

CONTRABANDO

"Meu amigo, por que viajas com tanta bagagem, rumo à fronteira do Além?

Terrenos e casas, dinheiro em papel e moeda, apólices e títulos – para que tanta bagagem?

Não sabes que tudo isso vai ser apreendido como contrabando, lá na fronteira do outro mundo?

Aprende a possui o necessário – sem seres possuído pelo supérfluo.

Riquezas, honras e prazeres – tudo será confiscado, nem um só átomo passará para além...

O que é material fica para o mundo do espírito.

Pobre de ti milionário da matéria – e mendigo do espírito!

Veres-te subitamente de mãos vazias – tu, que andavas sempre de mãos repletas!

Não poderes salvar dos teus capitais um centavo sequer!

Por que não queres compreender, pobre analfabeto do espírito, a filosofia da eternidade?

Por que não procuras valores que possas levar para além da fronteira deste mundo?

Valores que não se desvalorizem naquele mundo espiritual?

Valores que circulem como moeda corrente no país em vais imigrar?

Se tivesses de emigrar daqui e imigrar para o Japão ou a China, não te interessarias pelos valores que nesses países circulam?

E porque não pensas em cambiar em valor espiritual os teus títulos materiais?

Se a isto não te levar a religião e a fé – levem-te a isto a filosofia e o bom senso.

Que aproveita ao homem possuir mil valores materiais – se lhe faltar o único valor espiritual? (...)

Aprende a possuir o que merece ser possuído – e despossuir-te do que não merece a tua posse.

Liberta-te da cobiça material com espontânea liberdade – antes que da matéria te despoje compulsoriamente morte cruel!

Ser despojado é sorte de escravo – libertar-se é virtude de herói...

Abre o Evangelho de Jesus Cristo e aprende a filosofia da vida – porque é a filosofia da vida eterna...

A sabedoria da eterna felicidade..."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Fundação Alvorada, 8ª edição - p. 185/186)

quinta-feira, 31 de julho de 2014

UM PRESENTE DA ALMA (PARTE FINAL)

"(...) Ao estabelecer corretas relações dentro de nós e com aqueles que estão mais próximos, ajudamos a estabelecer corretas relações em nosso mundo e em nossa comunidade. E à medida que cada vez mais pessoas vibrarem em sintonia com suas almas e aprenderem a estabelecer corretas relações, podemos ter esperanças a respeito de um tempo em que teremos corretas relações entre diferentes etnias e diferentes nações. Isso brilha como uma visão de paz na Terra para a humanidade.

O maior serviço que se pode prestar à humanidade é voltar-se para o interior e começar a perguntar: 'Estou sendo verdadeiro para com o meu eu? Dou ouvidos à minha orientação interior?'

Seguindo a orientação 'Conhece-te a ti mesmo', leve a correta intenção, o correto pensamento e a correta ação para o seu mundo. Esse é o retorno da consciência crítica aos corações dos homens. Esse é o modo como transformamos o mundo, transformando nosso próprio mundo interior. Nas palavras da grande invocação, 'é o brilho da luz da mente de Deus para as mentes dos homens, e o amor no coração de Deus para os corações dos homens'."

(Teresa McDermott - O Segredo dos relacionamentos corretos - Revista Sophia, Ano 10, nº 40 - p. 29)

terça-feira, 15 de julho de 2014

A VIDA ESPIRITUAL (PARTE FINAL)

"A busca do espiritual também pode ser um ‘seguro’ contra possíveis desgostos no outro mundo, e nesse caso ela é uma expressão de medo latente. Assim, pode ser uma forma de investimento, uma precaução do homem contra tempos difíceis; quanto mais ele peca e torna-se indulgente consigo mesmo, mais necessidade sente de preparar um caminho seguro no outro mundo.

Portanto, cada pessoa que deseja viver a vida espiritual deve testar a si mesma e examinar seus motivos, que em geral são dissimulados para que não sejam trazidos à luz. Mas se o aspirante se permite ser iludido, não encontrará a iluminação. Ele deve examinar a si mesmo para ver se realmente deseja seguir o que é espiritual ou se está apenas buscando uma válvula de escape, uma confortável conformidade ou uma segurança futura. Quando a busca do espiritual é irreal, somente uma parte da vida da pessoa é dedicada a ela. Essa parte está apenas na superfície; então, a pessoa age no nível superficial e se preocupa somente com atividades externas que gosta de chamar de espirituais. Ou pode ainda devotar um pequeno compartimento em sua vida a certas práticas, enquanto o restante do ser se entrega totalmente a diferentes ocupações. Dessa forma, ela pode ir à igreja, ao templo, envolver-se em orações rotineiras e tentar uns poucos momentos de meditação, mas a maior parte de sua vida permanece desvinculada dessas ocupações e não é por elas influenciada.

A busca pelo espiritual não deve ser compartimentada; ao contrário, deve ser feita com todo o coração, não com um interesse pessoal, mas como uma busca pessoal e, contudo, ávida."

(Radha Burnier - A Vida Espiritual - Revista Sophia, Nº 9, Ano 35 - p.27/29)


terça-feira, 8 de julho de 2014

NOSSO DESTINO É DEUS

"O desejo por Deus não vem por si; precisa ser cultivado. E sem esse desejo, a vida não tem significado. Quando você dorme, diz 'até logo' a este mundo, à sua família, a seu nome, a tudo. Esquece até do corpo. Você não sabe quando vai ter que dizer o adeus definitivo ao mundo. Você está numa jornada e parou aqui por um breve período de tempo. A vida é como uma grande caravana que passa. Seu primeiro interesse deveria ser aprender o objetivo e o destino da jornada. O destino é Deus; não poderia ser outra coisa.

O Senhor vem ao devoto que vive para Ele e que morre Nele. Ele toca essa alma e diz: 'Meu filho, desperta. Você está apenas sonhando, pois a morte não chegou a tocá-lo.' Assim, o devoto sabe que todas as suas experiências terrenas não tinham o objetivo de torturá-lo, e sim de demonstrar-lhe sua verdadeira natureza como alma. A alma não pode ser queimada, nem afogada, nem esfaqueada, nem despedaçada.³ O devoto experimenta: 'Eu não sou o corpo. Não tenho forma. Sou a própria alegria.' Recorde esta verdade todas as manhãs ao acordar: 'Acabo de sair da percepção interna de meu verdadeiro Eu. Não sou o corpo. Sou invisível. Sou Alegria, Luz, Sabedoria e Amor. Habito no corpo onírico, através do qual estou sonhando esta vida terrena, mas sou sempre o Espírito eterno.'"

³ 'As armas não podem ferir a alma; o fogo não pode queimá-la; a água não pode molhá-la; nem pode o vento ressecá-la. (...) A alma é imutável, tudo permeia, está perenemente tranquila e inamovível - a mesma, eternamente.' (Bhagavad Gita II:23-24).

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 423/424)


terça-feira, 24 de junho de 2014

AS AMARRAS DA IGNORÂNCIA

"Não se deixe desencaminhar pelo que você vê. O que seus olhos não veem é mais significativo. O homem tem em si toda Bem-aventurança, como também o necessário equipamento para a manifestar, mas está preso por terrível ignorância quanto a suas próprias fontes internas. Boa parte do desejo sensual deve ser descartada antes que a fonte interior de paz e alegria possa livremente fluir. Nenhuma tentativa pode se fazer para isso, e, assim, não há nem paz, nem amor, nem verdade no lar, na comunidade, na nação, no mundo. Mesmo os gêmeos tomam caminhos diferentes por viverem num mundo hostil, dominado por paixões e emoções. Só quando Deus é tomado como objetivo e guia, é que pode haver paz, amor e verdade. A constante evocação do Nome de Deus é um sintoma de autorrendição. Smarana (repetida evocação) é bastante. A ininterrupta evocação de soham, da Unidade Eu-Ele, é chamada akhanda-hamsa-japa, isto é, o incessante japa do mantra hamsa ou soham. Ele assegura libertação da ansiedade, do medo e da aflição. Quando a mente cessa, também cessam moha (desejo e o apego falhos), e kshaya ou declínio de moha já é libertação (moksha)."

(Sathya Sai Baba - Sadhana - O Caminho Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1993 - p. 231)
www.record.com.br


domingo, 1 de junho de 2014

QUANDO UMA PORTA SE FECHA OUTRA SE ABRE

"Quando uma porta se fecha, outra se abre. Tenha paciência, persistência, constância.

Chega um momento, ao longo da jornada espiritual, em que algo que estimamos deve acabar. Talvez uma relação significativa tenha terminado. Talvez uma oportunidade que procuramos obter se torne de repente inalcançável. Sejam quais forem as circunstâncias, sentimo-nos privados de um bem a que aspiramos.

Quando isso acontecer, não se desespere, pois o Infinito não se esqueceu de você. Você está sofrendo privação por uma única razão – para que possa receber um bem ainda maior.

A natureza abomina o vácuo. Esse princípio do mundo físico tem seu paralelo no mundo espiritual. Não se pode renunciar a alguma coisa sem ganhar alguma outra coisa em troca. O universo está sempre pronto para preencher o seu vazio, substituindo a tristeza pela alegria, a perda pelo ganho, a morte pelo renascimento.

O que então deve fazer quando uma porta se fecha para você? Primeiro, renuncie o seu apego àquilo que era, ou àquilo que gostaria de ser. A Força Suprema tem preparado para você uma dádiva ainda maior. Depois, afirme para si mesmo: ‘Quando uma porta se fecha, outra se abre. Espero confiante e com alegria o bem que me está reservado.’

Seja paciente, pois ele logo, logo há de vir."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam – Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 44)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

OS CAMINHOS DO AUTOCONHECIMENTO ( 1ª PARTE)

"Os problemas do mundo são tão colossais e complexos que, para compreendê-los e resolvê-los, temos de estudá-los de maneira muito simples e direta: e a simplicidade não depende de circunstâncias exteriores nem de nossos preconceitos e caprichos. A solução não se encontra em conferências ou projetos, nem na substituição de velhos por novos líderes. Ela se encontra, evidentemente, no criador do problema, na origem dos malefícios, do ódio e da enorme incompreensão entre os seres humanos. A origem é o indivíduo, você e eu, não o mundo, tal como o concebemos. O mundo é uma expressão de nossas relações com os outros, não é algo separado de você e de mim. O mundo é construído pelas relações que estabelecemos entre nós.

Você e eu, portanto, somos o problema, e não o mundo, porque o mundo é a projeção de nós mesmos. Para compreendê-lo, precisamos nos compreender. Nós somos o mundo, e nossos problemas são os problemas do mundo. Nunca é demais repetir isso. Porque temos uma mentalidade indolente, pensamos que os problemas do mundo não nos dizem respeito e têm de ser resolvidos pelas Nações Unidas, ou pela substituição dos velhos líderes. Mostramos uma mentalidade muito elementar ao pensar dessa maneira, porque nós somos os responsáveis pela aterradora miséria e pelo constante perigo de guerra no mundo.

A transformação precisa começar por nós mesmos. O mais relevante é a intenção de compreendermos a nós mesmos, e não esperar que os outros se transformem. Essa obrigação é nossa. Porque, por mais insignificante que seja a vida que vivemos, se pudermos nos transformar, introduzir na existência diária um ponto de vista radicalmente diferente, então talvez venhamos a influir no mundo como um todo, porque ele é fruto das nossas relações com os outros, em escala ampliada.

A compreensão de nós mesmos não é um processo isolado. Não implica se retirar do mundo, porque não se pode viver em isolamento. 'Ser' é estar em relação. É a falta de relações corretas que gera conflitos, angústias e lutas. Por menor que seja o nosso mundo, se pudermos transformar nossas relações, essa transformação, da mesma forma que uma onda sonora, se propagará constantemente no mundo exterior. Se pudermos operar uma transformação aqui, não uma transformação superficial, porém radical, começaremos a transformar o mundo. O autoconhecimento é o começo da sabedoria e, portanto, o começo da transformação e da regeneração de valores. (...)"

(J. Krishnamurti - Os Caminhos do Autoconhecimento - Revista Sophia, Ano 12, nº 49 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 05/06)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

ESCOLHO O MUNDO EM QUE VIVO

"Dentre todos os dons que lhe foram dados, sua capacidade de escolha é o mais precioso. Por meio do seu livre-arbítrio, você é convidado a partilhar com o Infinito do ato da criação, é convidado a co-operar com Deus.

A condição de criador lhe dá oportunidade de experimentar as consequências de suas escolhas e é essa a forma básica de crescimento e de evolução no sentido de uma consciência elevada. Quando você faz escolhas que estão em consonância com o seu bem maior e com as de outra pessoa, colhe resultados prazerosos. Se, no entanto, elas forem de encontro à sua natureza Divina, acarretarão consequências dolorosas. Por meio desse processo de tentativa e erro, você vai aprendendo gradualmente a fazer somente escolhas acertadas.

Repare nas condições do seu mundo (da sua saúde, das finanças, dos seus relacionamentos, do seu emprego) e vai perceber que são resultados das escolhas que fez. Se está descontente com essas condições, cabe a você a decisão de transformá-las. Ninguém mais poderá assumir essa responsabilidade por você.

O aspecto mais importante do processo de escolha consiste na sua capacidade de decidir livremente como responder a uma determinada situação. Talvez você esteja vivendo uma situação de fracasso pessoal, sofrendo por causa de uma doença súbita ou de algum outro revés aparente. Escolha agora dar graças à situação e vê-la como uma contribuição para um desígnio maior. Procure entender seu significado e descobrirá que ela contém um ensinamento espiritual que irá mais do que compensar o seu sofrimento atual.

‘Eu escolho o mundo em que vivo.’ Que alegria e que responsabilidade! Aceite seu legado divino e use o seu livre-arbítrio para criar o céu na terra."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam - Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 44)


terça-feira, 6 de maio de 2014

REVELANDO A SUA DIVINDADE

"Podemos produzir mudanças na estrutura celular do cacto, milho, arroz e frutos, como os cientistas estão fazendo diariamente. A fim de produzir um homem ou mulher mais semelhante a Deus, no entanto, não se depende do corpo ou da estrutura do cérebro; depende-se inteiramente de avivar o invisível, os poderes intangíveis de Deus dentro de cada um. Não se podem misturar numa massa qualidades como honestidade, integridade, justiça, alegria, coragem, fé, confiança, inspiração, amor e boa vontade. Não se podem incorporar sonhos, visões e iluminação em alguma mistura e dizer:

- Agora teremos um novo homem.

A fim de se elevar, o homem precisará de paz. A paz interior lhe permitirá estar em paz com o mundo. Ele precisará de amor e boa vontade para superar a ira, provações e atribulações do mundo. Precisará de coragem, fé e confiança nas leis criativas de sua mente, levando-o a servir ao resto da humanidade de forma mais maravilhosa e promovendo a paz neste mundo em transformação. Paz, harmonia, alegria, amor, sabedoria e compreensão emanam de Deus. Não se podem acrescentar a um homem ou mulher, pois sempre lá estiveram, esperando apenas o momento de serem liberados pelo indivíduo.

Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus, que há em ti ... (II Timóteo, 1:6)." 

(Joseph Murphy - Sua Forma Interior -Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 34/35)
www.record.com.br


terça-feira, 29 de abril de 2014

O QUE PODEMOS FAZER? (PARTE FINAL)

"(...) Platão disse certa vez que ‘os pensamentos governam o mundo’. Se pensarmos profundamente a respeito disso, essa afirmação parece quase autoevidente. Tudo a nossa volta – do nosso sistema de governo e de nossas instituições sociais até as paredes à nossa volta e a cadeira na qual estamos sentados – começaram com pensamentos. Se isso for verdadeiro, então, o mundo a nossa volta é o reflexo do mundo no interior da mente coletiva da humanidade. Se vivemos num mundo confuso e desordenado é porque os pensamentos da humanidade como um todo são confusos e desordenados. Se a humanidade parece estar sendo levada para o caos é porque falta aos indivíduos propósito e objetivo em suas vidas pessoais.

Inerente a essa noção de que ‘os pensamentos governam o mundo’ está o potencial para a mudança numa escala mundial. Todos nós sabemos ser possível mudar nossas mentes. Fazemos isso todo dia. Se aceitarmos as consequências lógicas da afirmação de Platão, então teremos de concluir que a mudança social começa nas mentes de homens como você e eu. Se não gostamos do mundo a nossa volta, podemos mudá-lo alterando aqueles padrões de pensamento que o trouxeram à existência. Podemos pensar de maneira diferente e agir de maneira diferente. Podemos pensar a respeito da criação em vez da destruição; da beleza em vez da feiura; da ordem em vez do caos. Nada nos consegue parar senão hábitos que construímos para nós mesmos pela repetição de velhos equívocos. (...)

Acordemos e lembremos quem somos, esforçando-nos para tornar a nossa natureza humana um sacrário digno da Presença residente, e o mundo a nossa volta um local de beleza e ordem – um cosmos em vez de um caos. Podemos começar perguntando a nós mesmos: ‘Que tipos de pensamentos estão governando o meu mundo?’ Se não gostarmos da resposta a essa pergunta, então podemos começar aqui e agora a transformar os nossos padrões de pensamento e ação. Podemos perguntar-nos o que podemos fazer em nosso ambiente imediato para criar beleza e inspirar e elevar os outros. Tendo recebido uma resposta do interior – e receberemos uma resposta se perguntarmos com o espírito apropriado – podemos começar a agir sobre nossa inspiração. Identificando-nos com causas e movimentos que buscam elevar a humanidade, podemos juntar nosso apoio ao trabalho que estão fazendo, e falar-lhes a respeito do poder criativo do pensamento construtivo. Isso são boas novas, na verdade, um evangelho que vale a pena ser pregado.

Mudando a nós mesmos, podemos mudar o mundo. Isso não é um clichê batido, mas uma afirmação da lei cósmica tão crucial para o futuro da humanidade que é impossível superenfatizar sua importância, como escreveu H. P. Blavatsky, na Convenção Americana de 1891, ‘Em vossas mãos, Irmãos, é colocada a esperança e o bem-estar do século vindouro.’"

(W. D. Mcdavid - Revista Theosophia – Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - Anos 103, Jan/Fev/Março de 2014 - p. 38/39)

segunda-feira, 28 de abril de 2014

VIVENDO NO MUNDO FÍSICO

"À medida que as lembranças do mundo celestial de luz e alegria lentamente se desvanecem e são substituídas por uma sensação de peso e frio, a alma recém-chegada sente-se um pouco confusa ao entrar no mundo físico mais uma vez. Ela acabou de se afastar de um mundo organizado e acolhedor para ingressar em um lugar de insegurança e solidão. O espiríto não está mais flutuando em um mundo de cor, luz, sentimentos e deslumbramento. Ele já não viaja mais à velocidade do pensamento. Ninguém lê mais sua mente. O espírito está de novo aprisionado em um mundo onde a energia é densa, as cores fracas e insípidas, e a única luz natural emana de um sol.

Embora o espiríto que reencarna já seja muito 'velho', de certo modo é também novo em folha. É verdade que traz consigo um pacote de lições cármicas, mas também tem seus corpos mental, emocional e físico recém-formados para vivenciá-las. Em parte, o espírito conta com seus instintos inferiores para satisfazer suas necessidades físicas. Mas e as partes emocionais e mentais deste ser? Como se desenvolverão e se aperfeiçoarão? Equipado com seu plano de vida espiritual, o espírito deve entrar no mundo da carne para cumprir seu destino. Deve aprender a amar, a ser magoado e a crescer. O resto de sua vida na Terra será moldado por suas relações, sua religião, e pela sociedade em que vive. A vida completou seus ciclo, e a viagem do espírito avança mais uma vez através do tempo."

(James Van Praagh - Em busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro,2008 -  p. 49/50)
www.esextante.com.br


O QUE PODEMOS FAZER? (1ª PARTE)

"Nestes dias de dificuldades econômicas e de tensões internacionais, é fácil tornar-se pessimista a respeito do futuro de nosso mundo. Os filmes contemporâneos e os programas de televisão, ao descreverem o colapso econômico ou o holocausto nuclear, refletem a crescente incerteza e apreensão com as quais muitas pessoas veem os anos vindouros. O que torna essas visões das coisas futuras tão assustadoras é que, em nossa época, elas não mais parecem cenários impossíveis e sim coisas que poderiam muito bem ocorrer se algumas das tendências seguissem seu andamento lógico.

Então, o que devemos fazer? Iremos como faz o avestruz, ignorar os sinais dos tempos, continuando ‘com os negócios como de costume’, esperando que todas essas condições ameaçadoras desapareçam se as ignorarmos? Começaremos, em vez disso, a imediatamente construir um abrigo antibombas, ou a estocar alimento e armas para nos defendermos de nossos vizinhos gananciosos?

Pessoalmente, nada faz acreditar que qualquer dessas coisas seja um desdobramento satisfatório. Ambas são maneiras de evitar a responsabilidade e de recusar a enfrentar o fato de que nós mesmos é que somos a fonte da maioria dos nossos problemas. Recusamo-nos a agir como adultos com plena responsabilidade por nossas ações. Agimos impulsiva e estouvadamente, sem preocupação com as consequências futuras. Como resultado, criamos um mundo que, em muitos aspectos, não é apropriado par se viver. Não é culpa de ninguém senão de nós mesmos, e a nós compete reparar a situação. Cada um de nós contribuiu para o problema e cada um de nós tem a responsabilidade para consigo mesmo e para com os outros de ajudar na solução. (...)"

(W. D. Mcdavid - Revista Theosophia – Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - Anos 103, Jan/Fev/Março de 2014 - p. 38)