OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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segunda-feira, 10 de março de 2014

ANTES QUE A VOZ POSSA FALAR NA PRESENÇA DOS MESTRES, DEVE TER PERDIDO O PODER DE FERIR (PARTE FINAL)

"(...) Uma experiência representa um desafio, enquanto o ser humano não a tiver definido. Um objeto ou uma experiência inanimados requerem sua apurada e constante atenção. É por um desejo de segurança que o ser humano se mostra sequioso por definir um objeto ou uma situação. É bem verdade, que sem um nome a vida social se torna impossível. (...) Nos nomes, acumulam-se todas as nossas lembranças ou associações psicológicas. Assim, à diferenciação verbal, adicionamos este fator de associação psicológica. Destarte, quando uma palavra é proferida ou um nome é pronunciado, existe todo o lastro de associações passadas ou lembranças presentes. É este lastro que se torna a fonte de nossa linguagem. Em outras palavras, nossa linguagem surge da mente condicionada por associações e memórias passadas.

Raramente dizemos uma palavra pura ou pronunciamos um nome puro. Nossas palavras e nomes são contaminados pelo toque do passado. É esta contaminação que dá a força de ferir às nossas palavras. Mesmo as palavras polidas e agradáveis, se emergirem desta mente contaminada, produzem uma sensação dissonante nos que as ouvem. Não é, portanto, a forma da linguagem o que importa, e sim, a sua origem. Tudo que brota de uma fonte pura e não contaminada, tem de ser fresco e vital e não pode causar nenhum dano. Mas a mente não contaminada está totalmente solitária, porque um contato ou apego a qualquer coisa produz contaminação. A mente  deve tornar-se incorruptível, antes de ser uma fonte de linguagem pura e não contaminada. Assim, antes que tua voz possa falar na presença do Mestre, o corruptível deve revestir-se de incorruptibilidade; a mente contaminada deve tornar-se pura e imaculada. E a mente que é pura permanece absolutamente solitária. A voz que emerge desta solidão, pode, sem dúvida, não ter nenhuma possibilidade de ferir."

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 34/36)

domingo, 9 de março de 2014

ANTES QUE A VOZ POSSA FALAR NA PRESENÇA DOS MESTRES, DEVE TER PERDIDO O PODER DE FERIR (1ª PARTE)

"A linguagem é um dos instrumentos mais poderosos na mão do homem. Ele pode curar ou ferir os outros com a arma que possui. Muito frequentemente, nossa palavra contém um aguilhão consciente ou inconsciente. Mas o aguilhão de nossa palavra não está na própria palavra, porém, sem dúvida, na mente. A palavra em si não possui o poder de curar nem de ferir. Aquilo que é transmitido através da palavra a torna agradável ou desagradável. A palavra ou a linguagem é apenas um veículo. É a mente que lhe empresta qualidade. A palavra é um meio de comunicação. Sem ela, as relações sociais se tornariam quase impossíveis. No entanto, um meio de comunicação em si não tem nenhum significado. Aquilo que é comunicado torna a palavra ou a linguagem significativa. Todos nós usamos as mesmas palavras e seguimos as mesmas formas de linguagem e, contudo, há uma nítida diferença na qualidade do que cada uma delas transmite. É muito frequente nossa linguagem falada não possuir vitalidade em si, porém às vezes a palavra se torna intensamente viva; tal como a palavra de um amigo, pode curar a ferida que nos faz sofrer, em outra ocasião, uma palavra do mesmo amigo pode nos aprofundar a ferida. Por que acontece isso? Não é a palavra o que importa, e sim, certamente, a fonte donde emana a palavra, que é de importância fundamental: A qualidade curativa ou feridora da palavra reside na fonte e não na forma ou estilo de linguagem. 

Em nossas relações diárias com os outros, a fonte de nossa linguagem está na mente, que está condicionada pela memória de experiências passadas. Em outras palavras, o lastro condicionado da mente é a fonte donde emergem todas as nossas palavras. 

'No começo era o Verbo', diz a Escritura Cristã. No Hinduísmo, há um conceito de Shabda, Brahmã, a criação surgindo do Verbo. 'Em cima como em baixo' é a velha máxima de ouro. Indica que o que é verdade no nível macrocósmico, também o é no nível microcósmico. Assim, o mundo do ser humano surge do verbo, tal como o mundo macrocósmico surgiu do Verbo de Deus. Nosso mundo gira em torno de palavras que usamos. Ser capaz de pronunciar uma palavra com referência a uma coisa, pessoa ou situação implica, com efeito, um grande poder. Havendo proferido a palavra, ao redor dela o ser humano tece o seu próprio mundo. Proferir uma palavra é certamente o ato de nomear um objeto, uma pessoa ou uma situação. O ser humano não sente ter dominado uma coisa, enquanto não a tenha nomeado. Desde que uma experiência esteja nomeada, ele se sente completamente seguro. (...)"

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 32/34)


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A SUA PALAVRA É A SUA ORAÇÃO PODEROSA

"A sua palavra é a sua oração. Todo poderosa. 

A palavra é o próprio Deus se manifestando em você.

Talvez, como diz o início do evangelho de João, possamos afirmar que a palavra é o próprio Deus, por ser a manifestação de Deus.

Escreveu o evangelista João, no início do seu evangelho: 'No princípio, era a Palavra e a Palavra era Deus. E tudo o que foi feito foi feito pela Palavra."

A sua palavra também tem o poder de Deus.

Use, então, só palavras positivas. 

Só fale positivamente.

Nas suas conversas, só fale o bem, só diga o bem, só pense o bem, só veja o bem, e a sua palavra produzirá esta realidade.

Se você fala o mal, colherá o mal.

Se você fala o bem, colherá o bem.

O próprio Jesus ensinou que todo o bem que se fala, que se pensa e que se deseja a alguém, retorna multiplicado.

Esta é a lei infalível do retorno. Note bem: infalível. Infalível.

Se você deseja recolher as vantagens e os benefícios desta lei, só fale o bem, só pense o bem, só deseje o bem e só faça o bem.

O bem, criado em sua mente, acontece em você."

(In: O Poder Infinito da Oração, Lauro Trevisan, Editora da Mente, 1990 - A Essência da Felicidade - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 58/59)


domingo, 13 de outubro de 2013

AUTOCONFIANÇA

"Aqueles que são considerados buscadores espirituais tentam normalmente encontrar soluções através de deuses, gurus e mestres, de escrituras, das palavras, de outras pessoas, de mantras e de cerimônias, de pseudossalvadores e todo o tipo de disfarces. Essas esperanças, crenças e dúvidas tornam impossível encontrar a energia necessária para entender o eu. 

Portanto, é essencial pensar de forma lógica as questões básicas e os fatos da vida e obter uma profunda convicção de que toda a nossa energia foi chamada na literatura antiga, de virya, ‘a energia destemida que abre seu caminho pelo lamaçal das mentiras do mundo em busca da verdade celestial’¹. Quando essa energia surge da ausência de dúvidas sobre o trabalho a ser feito, então é possível encarar sem distrações os movimentos. Essa forma de olhar sem distrações, desculpas ou tentativa de fuga, é, também, um aspecto de dharana. Ser capaz de meditar sobre o que há dentro de nós, sem distrações, faz parte do aprendizado necessário para não nos transformarmos no que não somos, pois esse tornar-se algo é a busca do mundo exterior."

 ¹ HPB, em A Voz do Silêncio  

(Radha Burnier - O Caminho do Autoconhecimento - Ed. Teosófica, Brasília - p. 82/84)


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ANTES QUE A VOZ POSSA FALAR NA PRESENÇA DOS MESTRES, DEVE TER PERDIDO O PODER DE FERIR¹

"A linguagem é um dos instrumentos mais poderosos nas mãos do homem. Ele pode curar ou ferir os outros com a arma que possui. Muito frequentemente, nossa palavra contém um aguilhão consciente ou inconsciente. Mas o aguilhão de nossa palavra não está na própria palavra, porém, sem dúvida, na mente. A palavra em si não possui o poder de curar nem de ferir. Aquilo que é transmitido através da palavra a torna agradável ou desagradável. A palavra ou a linguagem é apenas um veículo. É a mente que lhe empresta qualidade. A palavra é um meio de comunicação. Sem ela, as relações sociais se tornariam quase impossíveis. No entanto, um meio de comunicação em si não tem nenhum significado. Aquilo que é comunicado torna a palavra ou a linguagem significativa. Todos nós usamos as mesmas palavras e seguimos as mesmas formas de linguagem e, contudo, há uma nítida diferença na qualidade do que cada uma delas transmite. É muito frequente nossa linguagem falada não possuir vitalidade em si, porém às vezes a palavra se torna intensamente viva; tal como a palavra de um amigo, pode curar a ferida que nos faz sofrer, em outra ocasião, uma palavra do mesmo amigo pode nos aprofundar a ferida. Por que acontece isso? Não é a palavra que importa, e sim, certamente, a fonte donde emana a palavra, que é de importância fundamental: A qualidade curativa ou feridora da palavra reside na fonte e não na forma ou estilo de linguagem." 

¹ Luz no Caminho, Ed. Teosófica.

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 32/33)


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

MEDITAÇÃO E PENSAMENTO CORRETO

"A meditação é a habilidade de retirar a mente de cada objeto de distração e colocá-la apenas em Deus. Há muitos tipos diferentes de meditação. Há a meditação praticada pelo místico cristão. Há a meditação praticada pelo místico hindu, o iogue. Há a meditação praticada nas outras grandes religiões do mundo. Todos os caminhos levam a Deus. Isso é o que ensinamos, e nisso acreditamos. Sem alguma forma de meditação, não se pode conhecer Deus. Entretanto, só a meditação não é suficiente. Junto com a meditação, a pessoa precisa começar a guiar os pensamentos. Quando é tentada a ter maus pensamentos sobre os outros, quando tem o desejo de revidar a alguém que a magoou, quando tem o desejo de ofender alguém com suas palavras, nesse momento ela se disciplina: 'Não vou fazer isso!' Por uma razão muito simples ela não o fará: ela vê que, ao permitir que maus pensamentos penetrem em sua consciência, nesse instante a luz divina sairá, e a escuridão descerá sobre ela. (...) 

Esse tipo de filosofia traz um doce relacionamento com Deus. Estabelece um sentimento muito íntimo e devocional por Deus. Faz você perceber que Ele é, realmente, o mais próximo dos próximos. Com quem mais iria eu falar de todas as minhas dificuldades, senão com Deus? Quem mais tem sabedoria para orientar corretamente, senão meu Deus? Ele é também o mais querido dos queridos. Quem mais me ama sem qualquer condição, senão Deus? Quem mais vai me compreender, mesmo que eu não consiga me compreender, senão Deus? Quem está mais perto de mim do que meu Deus? Pois, mesmo aqueles a quem trato com carinho e amo tanto, um dia preciso deixá-los. Vejo, porém, que existe uma continuidade ininterrupta em minha percepção desse Ser Amado, e mantenho-me fiel a essa percepção, a esse pensamento em meu Amado; em todas as mudanças pelas quais esta vida vai passar. Quando você começa a pensar nesses termos, descobre uma relação muito doce com Deus. Descobre que Ele está sempre com você; que não há separação. Quando vem esse estado, você nunca mais quer perdê-lo, por nenhum motivo. Descobre que está entusiasmado para espalhar Sua mensagem divina por todo o mundo."  

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 145/146)


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

BUSCANDO A VERDADE (2ª PARTE)

"(...) Blavatsky, tal como outros sábios instrutores, insistia em que a Verdade não podia ser ensinada em palavras. 'O instrutor pode apenas apontar o caminho', diz A Voz do Silêncio (Fragmento III). Mais do que isso não podem fazer as palavras. Podemos expressar nossas crenças e teorias em palavras, mas não podemos fazer com que os outros experienciem uma verdade simplesmente falando sobre ela. 

Ademais, só crença e teoria são não apenas insuficientes, pois, quando se cristalizam num sistema de crença, podem na verdade bloquear nossa compreensão e nosso desenvolvimento espiritual. Isso pode ser ilustrado por um exemplo simples. Se alguns amigos descrevem um fruto tropical delicioso, mas raro, que jamais vimos ou experimentamos, a descrição que fazem pode ser totalmente acurada. É doce, dizem-nos eles. Tem gosto algo parecido com uma mistura de manga, pêssego e abacaxi. Tendo ouvido essa acurada descrição, sabemos que gosto tem a fruta? Certamente que não; devemos experimentar por nós mesmos para podermos saber e, quando o fizermos, inevitavelmente o gosto será diferente do que imaginávamos.  

Do mesmo modo, quando ouvimos ou lemos um ensinamento ou uma doutrina, formamos uma ideia a partir de nossa própria experiência do que aquilo possa se referir. Mas se nós mesmos não tivemos a experiência a que o ensinamento se refere, as ideias que formamos a respeito são inevitavelmente falsas. 

Dizer que a Verdade não pode ser transmitida por palavras não significa que devamos abandonar as teorias ou as suposições razoáveis a respeito da realidade. As teorias podem ser bastante acuradas, os ensinamentos precisos. Contudo, a não ser que os verifiquemos tanto dentro quanto fora de nós, cairemos em erro. O que nos pedem para fazer é compreender que todas as teorias são mapas, e não os locais que os mapas representam. (...)"

(Ed Abdill - Revista TheoSophia Abril/Maio/Junho de 2010 - Pub. Sociedade Teosófica no Brasil - p. 49/50)


sábado, 8 de junho de 2013

QUANDO DEUS DOMINA A SUA MENTE O DESEJO PERDE O SEU LUGAR

"Analisem suas palavras, atos e pensamentos, e rechacem os que sejam maus e que causem danos a outrem. Depois, cultivem em troca vigor (sahana), firme paz (santhi), veracidade (sathya) etc. Agora, a mente gira em torno de e se inclina sobre tudo, sobre todo mundo, sobre todos os objetos do Universo. Recusa-se a ficar somente sobre uma ideia - Deus. Igual à mosca, que pousa no belo e no feio mas se nega ao "gosto" de sentar-se sobre um borralho quente, assim também a mente foge de todo pensamento de Deus. A mosca será destruída se sentar-se sobre o fogo. A mente também vem a ser destruída quando se demora em Deus, porque por ser ela apenas uma configuração de desejos, com urdidura e textura do mesmo material. Quando Rama (Deus) entra na mente, karma (o desejo) perde seu lugar. O desejo cessa quando Deus da mente se apossa. Realmente, desde que o desejo é o próprio tecido do qual a mente é feita, torna-se ela então inexistente, e você alcança a libertação. Este é o estágio chamado mano-nigraha (morte da mente) ou mano-laya (a fusão da mente no Ser) ou mani-naasana (extinção da mente) etc."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 167)


sexta-feira, 31 de maio de 2013

A NATUREZA QUE NOS ENVOLVE E ESTÁ EM NÓS É A VESTE DE DEUS

"O atributo pelo qual o akaasa pode ser conhecido é Sabda (som), ou o Verbo! No princípio era o Verbo. O Verbo se fez objeto, encarnou-se, se tornou concreto. Esta é a razão por que damos a todo objeto a denominação de pada-artha. Pada significa palavra; artha quer dizer propósito ou significação. O "objeto" é o propósito para o qual a palavra (verbo) foi pronunciada, para o significado, que a torna válida. A palavra Deus é indício também de que existe o pada-artha (objeto), Deus; é a indicação de que há Deus. Se não houvesse Deus, a palavra Deus não se teria originado e alcançado tão grande circulação. Você pode ver ou pode não ver Deus, mas a palavra é prova de que há Deus.

Este Deus tem de ser visualizado por meio de disciplina espiritual constante. Não se deixe envolver em dúvidas e hesitações. Se cumprir a disciplina e purificar sua consciência, chegará a poder ver Deus instalado em seu coração. No copo existe água e também açúcar, mas a água está insípida porque você ainda não a mexeu bastante. Sadhana é um processo de "mexer". Sature com Deus cada momento da vida, e ela será adoçada.

Se você diz que Deus está em parte alguma, está fazendo noite em seu coração e predispondo-o para negros projetos e delinquência. Para ver Deus como uma entidade concreta, você terá de seguir esforçada e estritamente em processo prescrito. Então, ao fim de tudo, poderá experienciar Sua Graça e Sua Glória. 

A Natureza, que nos envolve e está em nós, é a veste de Deus. Em torno de nós, na atmosfera, temos músicas que emanam de todas as estações de rádio do mundo. Não as escutamos, no entanto. Você não capta qualquer delas. Mas, se dispuser de um receptor, e se o sintonizar em uma dada frequência, poderá escutar a música de uma particular estação. Assim também, o Divino está sobre, sob, em torno, aos lados, tanto perto quanto longe. Para chegar a conhecê-Lo, não recorra a um yantra (máquina), mas a um mantra (fórmula verbal, potente com subtom psicológico). A concentração ou dhyana equivale à fixação exata do local da estação no dial. O Amor é a sintonia correta com a "frequência" da Realidade, e a Bem-aventurança que ela propicia é o delicioso e claro escutar."

Akaasa - é o "elemento" mais sutil. Os cinco "elementos" que constituem o universo material são: akaasa (éter); vayu (ar); agni (fogo); apa (água); prithivi (terra).

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - 85/86)


quinta-feira, 21 de março de 2013

FORMAS GERADAS PELA LINGUAGEM (2ª PARTE)

"Cada palavra proferida gera uma pequena forma na matéria etérica, tal qual o faz um pensamento na matéria mental. Algumas destas formas são condenáveis. A palavra "ódio", por exemplo, gera uma forma horrível, tanto assim que, tendo visto sua forma, eu jamais uso essa palavra. Podemos dizer que não gostamos de uma coisa, ou que não nos interessa, mas nunca devemos empregar a palavra "ódio", pois o ver simplesmente a forma que ela produz gera um sentimento de agudo mal-estar. Por outro lado, há palavras que geram formas belas, palavras essas que faz bem recitá-las. (...) 

Tais "formas de palavras" não são determinadas pelo pensamento que acompanha a palavras; o pensamento constrói sua própria forma num tipo superior de matéria. Por exemplo a palavra "ódio" é frequentemente empregada de maneira todo casual, sem conter em si nada do ódio real, quando se fala, talvez, de um produto alimentar. Esse é um emprego perfeitamente desnecessário de tal palavra, e obviamente não comunica nenhuma grave emoção, e por isso a forma ódio astral não é produzida; mas a forma sonoro etérica feia aparece exatamente como se o locutor realmente quisesse significar isso. Assim, evidentemente, a palavra em si não é boa. 

Fato idêntico se dá com os juramentes e palavras obscenas empregados tão frequentemente entre pessoas incultas e não educadas; as formas geradas por algumas dessas são de natureza peculiarmente horrível quando vistas clarividentemente. Mas é inconcebível que alguém, aspirando a ser um discípulo, quisesse poluir seus lábios com elas. (...)

A mesma regra se aplica em relação ao hábito de exagerar. Não raro as pessoas falam de maneira mais extravagante. Se algo está distante uma centena de metros, falam em "milhas de distância". Se acontece estar um dia mais quente do que o habitual, dizem "escaldante". Nosso domínio do vernáculo é pobre se não podemos encontrar palavras que expressem diferentes gradações de pensamento sem recorrer a estes superlativos agrestes e sem sentido. Pior que tudo, se desejam comunicar a ideia de algo especialmente bom, o descrevem como "terrivelmente" bom, o que não é apenas contradição de termos, e, portanto, uma expressão sumamente ridícula e sem sentido, mas também um chocante mau emprego de uma palavra que tem sua conotação própria, que torna grotescamente inadequada sua aplicação num tal sentido. Todas essas abominações devem ser estritamente evitadas por quem aspire a tornar-se um estudante de ocultismo. (...)"

(C. W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 96/97)


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

DISCERNIMENTO - PARTE III

"(§12) Procura verificar o que vale a pena ser feito; e lembra-te que não deves julgar as coisas por sua grandeza aparente. Uma pequena coisa, que seja diretamente útil à obra do Mestre, vale muito mais a pena ser feita do que uma grande coisa que o mundo considere boa. Precisas distinguir não somente o útil do inútil, mas ainda o mais útil do menos útil. Alimentar os pobres é uma obra boa, nobre e útil; porém alimentar suas almas é ainda mais nobre e mais útil do que alimentar seus corpos. Qualquer homem rico pode alimentar o corpo, mas somente aqueles que sabem podem alimentar a alma. Se tu sabes, é teu dever auxiliar outros a saber.

(§13) Por mais sábio que já sejas, nesta Senda ainda terás muito que aprender; tanto que aqui também deve haver discernimento, e tu deves pensar cuidadosamente o que vale a pena ser aprendido. Todo conhecimento é útil, e um dia terás todo o conhecimento; enquanto, porém, tu tiveres somente parte dele, toma cuidado para que essa seja a parte mais útil. Deus tanto é Sabedoria como Amor; e quanto mais sabedoria tiveres mais Ele poderá se manifestar por teu intermédio. Estuda, então, mas estuda em primeiro lugar aquilo que mais te habilite a auxiliar os outros. Trabalha pacientemente em teus estudos, não para que os homens te considerem sábio, nem mesmo para que possas ter a felicidade de ser sábio, mas porque somente os homens sábios podem ser sabiamente úteis. Por muito que desejes auxiliar, enquanto fores ignorante poderás fazer mais mal do que bem.

(§14) Precisas distinguir entre a verdade e a falsidade; tens de aprender a ser verdadeiro em tudo, em pensamento, palavra e ação.

(§15) Primeiro em pensamento; e isto não é fácil, pois há no mundo muitos pensamentos falsos, muitas superstições insensatas, e ninguém que estiver escravizado por eles poderá fazer progresso. Portanto, não deves acolher um pensamento simplesmente porque muitas outras pessoas o acolhem, nem porque se tenha acreditado nele por séculos, nem porque esteja escrito em algum livro que os homens julguem ser sagrado; tu tens de pensar sobre a questão por ti mesmo, e julgar por ti mesmo se ela é razoável. Lembra-te que, embora um milhar de homens concorde sobre um assunto, se eles não souberem nada sobre aquele assunto a sua opinião não tem valor. Aquele que quiser trilhar a Senda tem de aprender a pensar por si mesmo, porque a superstição é um dos maiores males do mundo, um dos grilhões dos quais, por ti próprio, deves te libertar completamente.

(§16) O teu pensamento a respeito dos outros deve ser verdadeiro: não penses a respeito deles aquilo que não saibas. Não suponhas que os outros estejam sempre pensando em ti. Se um homem fizer alguma coisa que imaginas poder prejudicar-te, ou disser alguma coisa que imaginas aplicar-se a ti, não penses imediatamente: "Ele deseja ofender-me." É mais provável que nunca tenha pensado em ti, pois cada alma tem as suas próprias preocupações e seus pensamentos giram principalmente em torno de si mesma. Se um homem te falar iradamente, não penses: "Ele me odeia, ele quer ferir-me." Provavelmente alguém ou alguma outra coisa o deixou irado, e acontecendo encontrar-te, voltou sua ira sobre ti. Ele está agindo insensatamente, pois toda a ira é insensata, mas nem por isso deves pensar sobre ele de modo não verdadeiro. (...)"

(Krishnamurt – Aos Pés do Mestre – Ed. Teosófica, Brasília)


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O PODER DO PENSAMENTO E DA PALAVRA


“Deves aprender mais sobre o poder do pensamento e da palavra. Teus pensamentos emitem vibrações que podem ser sutis ou densas. O mesmo ocorre com a palavra. O conjunto dessas vibrações cria à tua volta um campo vibratório que atrairá energias semelhantes. Portanto, é necessário que todos aprendam a vigiar e a controlar pensamentos e palavras, pois estes geram reações equivalentes. Muitos seres humanos sofrem muito os efeitos de seus próprios pensamentos e, por mais que não queiram admitir, eles próprios atraem as situações de sofrimento, solidão, doenças, etc... Mantém o pensamento dirigido para o Alto, mede bem tuas palavras e o conjunto de pensamentos e palavras positivas influenciarão tua vida e ambiente. É uma questão de prática e persistência até que se torne um hábito pensar e falar positivamente. Cultiva o hábito de ficar em silêncio, principalmente quando sentires solidão.”

(M. Stella Lecocq – Mensagens dos Mestres – de Coração a Coração – p. 88/89)


sábado, 17 de novembro de 2012

A FORÇA DO PENSAMENTO


“Procura emitir pensamentos de amor, paz e harmonia pois pensamento é energia e, como tal, ela externaliza-se e fixa-se em tua aura, além de também vagar pelo éter, mundo afora... Se emitires bons pensamentos em tua vida diária, formar-se-ão um campo energético à sua volta que além de proteger-te, atrairá energias semelhantes que, somadas às tuas próprias, formarão um escudo de Luz e Força ao redor de ti. A palavra falada é a mesma coisa. Evita alterar-te, ou criticar, porque se o fizeres estarás fazendo mal a ti mesma.”

(Stella Lecocq – Mensagens dos Mestres – de Coração a Coração – 216/217)