OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 9 de março de 2014

ANTES QUE A VOZ POSSA FALAR NA PRESENÇA DOS MESTRES, DEVE TER PERDIDO O PODER DE FERIR (1ª PARTE)

"A linguagem é um dos instrumentos mais poderosos na mão do homem. Ele pode curar ou ferir os outros com a arma que possui. Muito frequentemente, nossa palavra contém um aguilhão consciente ou inconsciente. Mas o aguilhão de nossa palavra não está na própria palavra, porém, sem dúvida, na mente. A palavra em si não possui o poder de curar nem de ferir. Aquilo que é transmitido através da palavra a torna agradável ou desagradável. A palavra ou a linguagem é apenas um veículo. É a mente que lhe empresta qualidade. A palavra é um meio de comunicação. Sem ela, as relações sociais se tornariam quase impossíveis. No entanto, um meio de comunicação em si não tem nenhum significado. Aquilo que é comunicado torna a palavra ou a linguagem significativa. Todos nós usamos as mesmas palavras e seguimos as mesmas formas de linguagem e, contudo, há uma nítida diferença na qualidade do que cada uma delas transmite. É muito frequente nossa linguagem falada não possuir vitalidade em si, porém às vezes a palavra se torna intensamente viva; tal como a palavra de um amigo, pode curar a ferida que nos faz sofrer, em outra ocasião, uma palavra do mesmo amigo pode nos aprofundar a ferida. Por que acontece isso? Não é a palavra o que importa, e sim, certamente, a fonte donde emana a palavra, que é de importância fundamental: A qualidade curativa ou feridora da palavra reside na fonte e não na forma ou estilo de linguagem. 

Em nossas relações diárias com os outros, a fonte de nossa linguagem está na mente, que está condicionada pela memória de experiências passadas. Em outras palavras, o lastro condicionado da mente é a fonte donde emergem todas as nossas palavras. 

'No começo era o Verbo', diz a Escritura Cristã. No Hinduísmo, há um conceito de Shabda, Brahmã, a criação surgindo do Verbo. 'Em cima como em baixo' é a velha máxima de ouro. Indica que o que é verdade no nível macrocósmico, também o é no nível microcósmico. Assim, o mundo do ser humano surge do verbo, tal como o mundo macrocósmico surgiu do Verbo de Deus. Nosso mundo gira em torno de palavras que usamos. Ser capaz de pronunciar uma palavra com referência a uma coisa, pessoa ou situação implica, com efeito, um grande poder. Havendo proferido a palavra, ao redor dela o ser humano tece o seu próprio mundo. Proferir uma palavra é certamente o ato de nomear um objeto, uma pessoa ou uma situação. O ser humano não sente ter dominado uma coisa, enquanto não a tenha nomeado. Desde que uma experiência esteja nomeada, ele se sente completamente seguro. (...)"

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília - p. 32/34)


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