OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

VEMOS TAO COMO NÓS SOMOS, E NÃO COMO ELE É

"O Universo não tem preferências,
Todas as coisas lhe são iguais.
Assim, o sábio não conhece preferências,
Como os homens as conhecem.
O Universo é como o fole de uma forja,
Que, embora vazio, fornece força,
E tanto mais alimenta a chama quanto mais o acionamos.
Quanto mais falamos no Universo,
Menos o compreendemos.
O melhor é auscultá-lo em silêncio.

EXPLICAÇÃO: O Infinito do Uno não tem atributo algum; mas o Verso do nosso Finito lhe atribui os nossos próprios atributos. Quanto mais o homem se universifica, tanto mais se impersonaliza. O ar que enche um fole não é visível, assim como invisível é a Realidade do sábio. O nosso muito falar nos afasta de Deus, o nosso dinâmico calar atrai Deus a nós. Só quem se integra em Deus sabe o que é Deus."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 34/35)


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A VONTADE E O DESEJO

"A vontade é uma posse exclusiva do ser humano neste nosso plano de existência. Ela o distingue do animal, no qual só o desejo instintivo está desperto. 

O Desejo, no seu significado mais amplo, é a força criativa única do Universo. Neste sentido, não há diferença entre ele e a Vontade; mas nós, seres humanos, nunca conhecemos esta forma de Desejo enquanto somos apenas humanos. Portanto, a Vontade e o Desejo são considerados aqui como conceitos opostos. 

Assim, a Vontade é fruto do que é Divino, do Deus no ser humano; o Desejo é a  força  que movimenta a vida animal. 

A maior parte dos humanos vive no desejo e através do desejo, confundindo-o com a vontade. Mas aquele que quiser vencer deve separar a vontade do desejo, e fazer com que sua vontade predomine; porque o desejo é instável e muda o tempo todo, enquanto a vontade é firme e constante. 

Tanto a vontade como o desejo são absolutamente criadores, e formam o ser humano e também o ambiente ao seu redor.  Mas a vontade cria de modo inteligente, e o desejo cria de modo cego e inconsciente. O homem, portanto,  faz a si mesmo à imagem dos seus desejos,  a menos que ele crie a si mesmo segundo o modelo do que é Divino, através da sua vontade, que é um produto da luz. 

A tarefa do ser humano é dupla: despertar a vontade, para fortalecê-la pelo uso e pela vitória, torná-la capaz de governar com poder absoluto em seu corpo; e, ao mesmo tempo, purificar o desejo. 

O conhecimento e a vontade são os instrumentos para obter esta purificação." 

Helena P. Blavatsky

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

ESCALA EVOLUTIVA HUMANA (2ª PARTE)

"(...) O homem perfeito, em sintonia com seu verdadeiro 'Eu', com sua consciência superior, tem percepção integral de natureza divina e não precisa reencarnar-se.

Esses homens que terminaram a evolução, partem ou para um descanso especial, ou para outros planetas, ou para outras regiões do Universo e alguns permanecem entre nós, a fim de ajudar a humanidade e mesmo para realizar certas ligações profundas e ocultas dos mundos ou planos superiores com os inferiores.

São os Mestres, ou Mahatmas, ou Adeptos, que vivem, em geral, em lugares pouco acessíveis.

Dos 63 Adeptos que atuam em relação com a espécie humana, uma pequena minoria tem se manifestado nestes últimos anos, física ou astralmente, e há certo número de individuos que conhecem sua existência, independentemente de qualquer escola ocultista.

Excepcionalmente comunicam isto a outros, porque não há vantagem: não seriam acreditados e se tornariam alvo de zombaria.

Quando deliberadamente divulgam algo do que viram, é para chamar a atenção daqueles que estão no caminho do conhecimento dos Adeptos.

Alice Bailey diz que não é permitido dar sobre os Mestres senão informações gerais, porém, pelo trabalho, pelo estudo, pela pureza, pela ação altruísta, o ocultista poderá verificar pessoalmente a existência de algum ou de alguns desses super-homens. (...)"

(Alberto Lira - O ensino dos mahatmas - IBRASA, São Paulo, 1977 - p. 185/186

domingo, 7 de agosto de 2016

O QUE É A REALIDADE? (PARTE FINAL)

"(...) O que é o mundo real? Esta é uma pergunta que ocorre a estudantes e pensadores. O mundo natural - montanhas, rios, estrelas, árvores e pássaros - é real? Provavelmente é, sendo parte da vida una fora da qual nada existe. Por outro lado, uma vez que o mundo natural é apenas uma parte da realidade total, ele pode ser real de maneira relativa, e não de maneira absoluta. Nos textos hindus sugere-se que os rios, montanhas e toda a natureza são apenas parte do divino esplendor que o Supremo revela, pois os nossos olhos são incapazes de ver além. Apenas um fragmento da realidade é manifestado como universo, sendo o não manifesto a parte maior.

Portanto, o mundo natural não é irreal porque é parte de uma suprema existência, mas é apenas parte, não o todo. É um meio através do qual algo muito mais vasto pode ser vislumbrado. No entanto, que tipo de mente e coração consegue ver o esplendor além das formas externas? Não a consciência destituída de inocência. A criança que sofre ao ouvir uma história em que um animal morre provavelmente está muito mais próxima da verdade da vida do que o adulto que sabe tudo a respeito da sobrevivência, do conforto e de vantagens pessoais.

Os seres humanos são parte do mundo natural, são criação da natureza, mas nós nos tornamos estranhos. Ao perder a inocência, nós nos exilamos do paraíso e escolhemos viver num falso mundo de ambição, paixões e guerras. Esse mundo, produto do pensamento humano, é irreal, porque está baseado em percepções distorcidas e em falsos valores. A ilusão não está nas árvores, nos animais e na terra, mas no olho do homem que vê tudo como objeto para possuir e explorar. Aqueles que viam o rio e a montanha como presenças divinas viam a mesma água e a mesma montanha que nós vemos hoje, mas nós os reduzimos a nada mais que matéria inerte.

O endurecimento da mente deve terminar. Devemos prestar atenção à qualidade de nossas respostas ao desenvolvimento da sensibilidade - e isso não é sentimentalismo. Os grandes videntes não cediam ao emocionalismo; eles viam a realidade."

(Radha Burnier - O que é a realidade? - Revista Sophia, Ano 10, nº 39 - p.20)

segunda-feira, 4 de julho de 2016

O ABSTRATO E O CONCRETO

"A Sociedade é uma grande corporação de homens e mulheres, composta de elementos os mais heterogêneos. A Teosofia em sua significação abstrata é a Sabedoria Divina, ou a síntese da ciência e sabedoria que sustém o universo - a homogeneidade do eterno bem; e em seu sentido concreto, é somente a soma total do mesmo, concedida ao homem pela natureza nesta Terra. Alguns membros se esforçam sinceramente em viver verdadeiramente a Teosofia, objetivando-a; enquanto que outros desejam apenas saber, sem praticar; e há ainda os que entraram na Sociedade unicamente por curiosidade ou por interesse passageiro, ou talvez porque algum amigo fazia parte dela. Como se pode, portanto, julgar o sistema com o critério dos que querem ostentar o nome sem nenhum direito a ele? Devemos julgar a poesia apenas pelos que pretendem ser poetas mas só nos ferem os ouvidos? Somente em seus objetivos e motivos abstratos, a Sociedade pode ser julgada como representação exterior da Teosofia; jamais poderá pretender ser seu veículo concreto, enquanto todas as debilidades e imperfeições humanas se encontrem nela; de outro modo a Sociedade não faria mais do que repetir o grande erro e os sacrilégios das chamadas Igrejas de Cristo. Se nos for permitida uma comparação oriental, diremos que a Teosofia é o oceano infinito da verdade universal, do amor e sabedoria que se reflete na Terra, enquanto que a Sociedade Teosófica é tão só uma bolha visível desse reflexo. A Teosofia é a natureza divina, visível e invisível, e a Sociedade que leva seu nome, a natureza humana esforçando-se em se elevar até à primeira. A Teosofia, enfim, é o sol fixo e eterno, e a Sociedade o cometa que trata de entrar em sua órbita para converter-se em planeta, girando eternamente sob a atração do sol da verdade. Foi formada para ajudar a demonstrar aos homens que existe uma coisa chamada Teosofia, dando meios de alcançá-la, elevando-se até ela pelo estudo e assimilação de suas verdades eternas."

(Blavatsky - A Chave da Teosofia - Ed. Três, Rio de Janeiro, 1973 - p. 70/71)
http://www.editora3.com.br/


sexta-feira, 1 de julho de 2016

AS DIFERENTES FACES DO SABER (PARTE FINAL)

"(...) A fonte interna de conhecimento deve ser descoberta pelo homem em sua própria consciência, ao se aliar à vasta mente da natureza. Os aborígines australianos indicaram aos primeiros exploradores sedentos onde cavar no deserto para achar água. Eles tinham essa habilidade porque não eram alienados da natureza como os aventureiros ocidentais.

Krishnamurti escreveu, em uma nota para si mesmo: 'Se pudéssemos estabelecer uma profunda relação duradoura com a natureza, nunca causaríamos dano, não utilizaríamos a prática da vivissecção em macacos, cachorros ou cobaias em pesquisas. Acharíamos outras maneiras de curar nossas feridas e nossos corpos.

Dizem que um verdadeiro Mestre da Sabedoria vive na fonte da verdade. Um deles escreveu: 'Para obter mais conhecimento [o sábio] tem apenas que efetuar um minuciosos e vagaroso processo de investigação e comparação de vários objetos, e lhe é concedido um insight em cada verdade fundamental.' Ele explica que significados latentes e propósitos profundos formam a base de todos os fenômenos do universo; somente a sabedoria supersensível fornece a chave para revelá-los ao intelecto.

O homem moderno realizou feitos brilhantes com o uso da razão, mas é incapaz de atingir o nível da sabedoria supersensível, em parte porque está deslumbrado por suas conquistas. Mas há outras maneiras de saber que não envolvem esse lento processo de investigação e comparação, e que são mais seguros.

Quando a natureza psíquica do homem se combina à grande mente do universo, o conhecimento se manifesta como inspiração que abre as portas da mente. Para que isso aconteça, os homens sensíveis devem limpar a mente da vaidade, ambição e impulsos egoístas. O conhecimento infinito não pode chegar à mente finita; é preciso que a mente não pense em si mesma."

(Radha Burnier - As diferentes faces do saber - Revista Sophia, Ano 10, nº 38 - p. 28/29)

quarta-feira, 25 de maio de 2016

SINTONIA E SABEDORIA (PARTE FINAL)

"(...) No Velho Testamento, em Isaías 55:12, o profeta revela o que acontece quando estamos em sintonia com a natureza: 'As montanhas e as colinas irromperão perante vós cantando, e todas as árvores do campo baterão palmas.' Por meio da meditação profunda alcançamos a alegria e a bem-aventurança, e, em paz, somos naturalmente conduzidos ao campo onde podemos viver a unidade com a natureza. Então montanhas, colinas, rios, lagos, árvores, plantas e flores, todos ganham vida e sua maravilhosa mensagem é percebida.

Rupert Sheldrake, famoso cientista, afirma a existência de um campo mórfico (ou uma ressonância mórfica) entre os animais, e que pode existir também entre os seres humanos e os animais. Podemos perceber a ressonância se nos harmonizarmos uns com os outros, tornando-nos transmissores e receptores, sentindo que somos parte um do outro.

Somos parte de uma família. Quanto mais nos sentirmos assim, em sintonia entre nós e com o universo, mais nos tornaremos exemplos de um novo modo de vida. É importante enfatizar isso ativamente, se quisermos que a humanidade e as outras formas de vida ainda existam sobre a Terra por mais alguns milhões de anos."

(Tom Davis - Sintonia e sabedoria - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 15)


terça-feira, 24 de maio de 2016

SINTONIA E SABEDORIA (2ª PARTE)

"(...) O ego e a mente não nos permitem experienciar a unidade universal. Não compreendemos que a parte sagrada de todos nós já está em sintonia com o universo. É a ideia de estarmos separados uns dos outros e a nossa própria tagarelice mental que nos afastam da possibilidade de viver a mente universal.

Para nos elevarmos até a luz e vermos claramente, precisamos compreender que nossas barreiras protetoras e nossos problemas emocionais também criam bloqueios. Esses bloqueios devem ser dissolvidos ao se resolverem os traumas do passado. O processo chamado pelos budistas de 'domar o tigre' ou 'montar o touro' pode realizar isso.

O Vipassana, ou método intuitivo de meditação, também pode ser um grande auxílio, porque eleva os sentidos interiores e exteriores. Mover essa consciência para o centro do coração permite que tenhamos compaixão por todas as formas de vida, deixando-as ser o que são. O movimento da consciência para os quatro centros de energia permite-nos curar a nós mesmos e aos outros, em sintonia com nosso eu superior.

Há algum tempo li o livro Hidden Teachings of Tibet (Ensinamentos Ocultos do Tibete), de Tulku Thondop Rinpoche. Da primeira à última página procurei os ensinamentos ocultos, apenas para descobrir que 'os segredos estão ocultos no céu, nas montanhas, nas colinas, nos rios, nos lagos e nas árvores, e o esconderijo é conhecido somente pelos seres iluminados'. Na época pensei que o livro estava mal escrito, porque não conseguia ver a verdade que continha. Tempos depois, após longos retiros de meditação, experienciei alguns ensinamentos ocultos nesses locais sagrados. Comecei a compreender que os segredos estão trancados nas colinas, nas árvores, nos rios e em cada um de nós. Se meditarmos silenciosamente, sem comentários mentais sobre o ambiente natural e sobre as outras pessoas, poderemos ver que os segredos do universo se revelam a nós, quando estamos receptivos. (...)"

(Tom Davis - Sintonia e sabedoria - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 15)


segunda-feira, 23 de maio de 2016

SINTONIA E SABEDORIA (1ª PARTE)

"Estamos numa espaçonave chamada Terra, que se desloca a uma enorme velocidade. Jamais atravessaremos esse mesmo espaço novamente, pelo menos nesta vida. A Terra gira em torno do Sol e o Sol se desloca pelo espaço, com todos os seus planetas e luas, a uma velocidade ainda maior.

Quando pensamos em termos do vasto universo, somos uma partícula sobre a Terra; a Terra é uma partícula na galáxia, e a galáxia uma partícula em meio a milhares de outras galáxias. Isso nos ajuda a compreender que não somos assim tão importantes.

Se a humanidade deseja continuar habitando este planeta por mais alguns milhões de anos, deve cuidar de si mesma. Quando olhamos para os efeitos devastadores do nosso modo atual de vida, percebemos que a humanidade cresce como um câncer sobre a Terra. Para mudar isso, há certas coisas a serem observadas. Primeiramente, temos que estar em sintonia com nós mesmos e com os outros, como condição para estar em sintonia com o universo. Se nos enxergarmos como indivíduos separados dos outros, não poderemos estar em sintonia.

O universo é imenso e complexo. Nós também estamos nos tornando cada vez mais complexos. Temos que ser mais simples no nosso modo de vida, se desejamos entender a complexidade do universo.

No Ocidente, o desenvolvimento religioso dos últimos dois mil anos levou a acreditar que Deus está em algum lugar lá fora, separado de nós, que somos pecadores à Sua vista e que seremos punidos. Esse conceito errôneo nos afastou do contato com nossos verdadeiros eus e da unidade com o universo. (...)"

(Tom Davis - Sintonia e sabedoria - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 15)


domingo, 24 de abril de 2016

O EVANGELHO - SUTRA 4

"A estrutura da criação é Anu ou os Átomos. Na matéria, eles são chamados Maya, ou o poder ilusor  do Senhor; cada Anu individual é chamado Avidya, Ignorância. 

Átomos, o trono do Espírito Criador. Esses Átomos, que representam, interna e externamente, as quatro ideias mencionadas acima, são o trono do Espírito Criador que, neles resplandecendo, cria este universo. Em sua totalidade, são denominados Maya, as Trevas, pois mantêm a Luz Espiritual fora do alcance da compreensão; e cada um deles separadamente é chamado Avidya, a Ignorância, já que torna o homem ignorante até mesmo do seu próprio Eu. Por isso, as quatro ideias supracitadas, que dão origem a todas essas confusões, são mencionadas na Bíblia como os quatro seres viventes. O homem, enquanto se identifica com seu corpo material denso, mantém uma posição bem inferior à do quádruplo Átomo primordial e, necessariamente, não consegue compreendê-lo. Quando, porém, ele se eleva ao nível desse Átomo, não só o compreende, tanto por dentro quanto por fora, como também à criação inteira, tanto não manifestada quanto manifestada (quer dizer, 'por diante e por detrás'). Ver Apocalipse 4:6.
'E ao redor do trono, um ao meio de cada lado, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás.'
(Swami Sri Yukteswar - A Ciência Sagrada - Self-Realization Fellowship - p. 24/25)


quinta-feira, 21 de abril de 2016

EVOLUÇÃO A PARTIR DE CIMA (1ª PARTE)

"Tudo aqui embaixo tem sua contraparte nos planos de cima. É um aspecto da Realidade, embora pesadamente velado, e até certo ponto distorcido e deformado pelos véus. Imaginemos a raiz de toda manifestação como o ponto básico de um lótus, embora não perfeitamente formado. Toda a manifestação pode ser concebida como correntes de força circulando através desse ponto, trançando-se e destrançando-se de inúmeras maneiras. Assim, um padrão, uma ordem, um cosmos é criado. A opinião de que a base de toda manifestação, de toda matéria como a conhecemos, é força, é admissível mesmo segundo a ciência moderna. Todos os fenômenos são a atuação da energia de vida fluindo em um número infinito de ritmos e vibrações. Um átomo é apenas um sistema de forças; todas as formas são criadas pelo incessante alento de Deus. O que quer que surja é apenas a criação das forças que descem em correntes entrelaçantes, por meio de seus mútuos ajuste e desajuste temporários. 

Consequentemente, tal como é, o mundo é uma mistura daquilo que é como deveria ser - como será no padrão final - e muito precisará ser desfeito, reordenado ou remodelado. Em meio aos imaturos, ilegítimos e deformados,  vemos as intimações celestes do próprio pensamento perfeito de Deus. Onde vemos algo totalmente belo, algo que nos arrebata, seja em cor, som ou forma, ou em suas correspondências em matéria, sentimentos, imaginação, pensamento mais sutil, temos a ideia de Deus refletida como em um símbolo - algo que aponta para a Realidade em uma de suas miríades de aspectos.

Aqui e ali podemos ver não a obra perfeita, mas, por assim dizer, o esboço, o ensaio perfeito, de uma realização que ainda vai ocorrer. Vemos também coisas que repelem e que, até onde podemos julgar, são combinações erradas, emprego errado, matéria fora de seu local apropriado, força impropriamente aplicada. (...)"

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 100/101)


quarta-feira, 16 de março de 2016

O PROPÓSITO DA EXISTÊNCIA HUMANA (PARTE FINAL)

"(...) A sabedoria Eterna afirma que a realização dessa culminação do desenvolvimento humano é absolutamente certa para todo homem. A ordem: 'Portanto, sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste' (Mt 5:48), será literalmente obedecida pelo eu espiritual de todos os seres humanos. Uma Alma Espiritual perdida é uma impossibilidade na natureza, pois o verdadeiro Eu do homem é imortal, eterno e indestrutível. Na verdade, nada há a ser salvo, nem pode ser perdido, pois Deus, como a vida que envolve e habita o universo, é onipresente. O homem necessita apenas estar em guarda contra os defeitos de seu próprio caráter e as transgressões a que eles conduzem, pois todos os seus sofrimentos surgem (carmicamente)¹ - educativamente, ademais - de tais transgressões.

O processo evolucionário é perpétuo, não tendo começo concebível ou fim imaginável. Além da perfeição humana há uma realização ainda superior, alcançada durante a passagem pelos reinos da natureza super-humana, seguida por uma ascensão geral rumo à estatura espiritual do Logos de um universo. Além disso o progresso continua outra vez na direção do maior grau possível de desenvolvimento alcançável até o fim do período cósmico de manifestação maior. Mesmo depois, no ressurgimento do cosmo que sucede ao caos, da atividade a partir da quietude, o desenvolvimento continuará do ponto alcançado previamente e prosseguirá a alturas ainda maiores. A perfeição não é assim provavelmente a melhor palavra, pois que sugere finalidade. De fato, ela é atingível apenas num sentido relativo, pois deve dar lugar a mais perfeição, segundo um padrão superior de excelência no período seguinte de atividade - da mesma forma como uma flor perfeita deve deixar de ser uma flor perfeita e morrer, a fim de transformar-se num fruto perfeito, se for permitida tal forma de expressão.² O homem é um ser espiritual em evolução e, um dia, tornar-se-á como Deus é agora. O homem é um Deus em formação, um deus peregrino."

¹ Carma (sansc.) - a lei de causa e efeito.
² 'A Doutrina Secreta', Ed. Adyar, Vol. 1, p. 115.

(Geoffrey Hodson - A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada, Ed. Teosófica, Brasília, 2007 - p. 56)


sábado, 5 de março de 2016

O PODER DA VIDA SILENCIOSA

"Tao é o seio materno do Universo.
Quem conhece sua mãe, sente-se filho seu.
Quem se conhece como filho, vive a vida de sua mãe,
Nem vê detrimento na morte.
Quem refreia os seus sentidos
E conserva as suas forças,
Não se esgota.
Mas quem se desgasta,
Quem se dissipa e dispersa,
Esse vive em vão.
Quem tem a consciência de ser apenas uma centelha,
Esse é iluminado.
Quem, em seu dever,
Permanece maleável e flexível,
Esse é forte.
Permanece maleável e flexível,
Quem segue à luz interna,
Esse não sucumbe à morte,
É imortal.
Quem vive na essência
Não se prende a nenhuma aparência.

EXPLICAÇÃO: O profano, sendo apenas um canal, vive na ilusão de ser a Fonte de tudo que acontece - mas o iniciado sabe que nenhum finito é Fonte. O canal cumpre a sua tarefa quando se liga à Fonte e permite que as águas dela fluam livremente através do seu condutor. 

Esta receptividade dos canais é a verdade - a pretensa datividade é pura ilusão.

Quem julga ter atingido a meta, nem iniciou ainda a jornada. A felicidade não é uma chegada, mas uma jornada. Todo o finito, em demanda do Infinito, está sempre a uma distância infinita. A felicidade está na consciência de estar no caminho certo e poder continuar sempre e sempre nesse caminho certo - isto é vida eterna."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 136/137)


quarta-feira, 2 de março de 2016

A LEI DA COMPENSAÇÃO INTERIOR

"O que é imperfeito será perfeito;
O que é curvo será reto;
O que é vazio será cheio;
Onde há falta haverá abundância;
Onde há plenitude haverá vacuidade.
Quando algo se dissolve, algo nasce.
Assim, o sábio,
Encerrando em si a alma do Uno,
Se torna modelo do Universo.
Não dá importância a si mesmo,
E será considerado importante.
Não se interessa por si mesmo,
E será venerado por todos.
Nada quer para si,
E prospera em tudo.
Não pensa em si,
E é superior a tudo.
E, por não ter desejos,
É invulnerável.
Por isto, há muita verdade
No velho ditado:
Quem se amolda é forte.
É esta a meta suprema
Da vida humana.

EXPLICAÇÃO: Estas palavras são quase um paráfrase da sabedoria de Paulo de Tarso: 'A fraqueza de Deus é mais forte que a força dos homens; a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria dos homens... quando sou fraco, então sou forte... Eu morro todos os dias, e é por isto que eu vivo'.

Corresponde também às palavras do Nazareno: 'Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida, por minha causa, ganha-la-á'.

É o princípio da homeopatia cósmica: quanto menor é a quantidade, tanto maior é a qualidade.

É a alma da Cosmoterapia."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 72/73)

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

MAGIA BRANCA E MAGIA NEGRA

"Magia é o uso da vontade para guiar os poderes da natureza externa, e é verdadeiramente, como implica o nome, a grande ciência. A vontade humana, sendo o poder do divino no homem, pode subjugar e controlar as energias inferiores produzindo assim os resultados desejados. A diferença entre magia branca e magia negra jaz no motivo que determina a vontade; quando essa vontade é empregada para beneficiar os outros, para ajudar e abençoar todos que entram em seu escopo, então o homem é um mago branco, e os resultados que produz pelo exercício de sua vontade habilitada são benéficos e auxiliam o andamento da evolução humana. Ele está sempre se expandindo por meio de tal exercício, tornando-se cada vez menos separado dos outros, e é um centro de ajuda de longo alcance. Mas quando a vontade é exercida para a vantagem do eu inferior, quando é empregada para fins e objetivos pessoais, então o homem é um mago negro, um perigo para a Raça, e seus resultados obstruem e retardam a evolução humana. Ele está continuamente se estreitando com o exercício da magia negra, tornando-se cada vez mais separado dos outros, fechando-se no interior de uma concha que o isola, e que se torna cada vez mais compacta e densa com o exercício de seus treinados poderes.

A vontade do mago é sempre forte, mas a vontade do mago branco tem a força da vida - flexível ou rígida quando necessário, sempre se equiparando à grande Vontade, a lei do universo. A vontade do mago negro tem a força do ferro, apontando sempre para o fim pessoal; chocando-se contra a grande Vontade, mais cedo ou mais tarde deve despedaçar-se contra ela."

(Annie Besant - Um estudo sobre a Consciência - Ed. Teosófica, Brasília - p. 243/244)


domingo, 21 de fevereiro de 2016

POR QUE TANTA LUTA? (PARTE FINAL)

"(...) Estudado sob esse ponto de vista, a imaginação não consegue encontrar um caminho por meio do qual esses Seres autopreparados, autodeterminados, conseguem atingir aquele perfeito equilíbrio e firme infalibilidade de sabedoria que os capacita a ser a ‘Natureza’ de um sistema, a não ser aquela senda de luta e experiência na qual nos esforçamos hoje. Pois se houvesse um Deus extracósmico com natureza diferente da natureza daquele Ser que vemos desabrochar ao nosso redor em harmoniosa certeza de sequência encadeada - um Deus com índole irregular e vacilante, mutável e arbitrário, volúvel -, então poderia ser que desse caos pudesse surgir um ser chamado ‘perfeito’, mas certamente muito imperfeito, uma vez que por demais limitado, e que, não tendo experiência atrás de si, e portanto carecendo de raciocínio e julgamentos, pudesse, tal qual uma máquina, agir ‘corretamente’, ou seja, de acordo com um dado esquema de coisas e, tal qual uma máquina, produzir a sequência de movimentos preparada para ela. Mas um ser assim se encaixaria apenas no seu esquema, e fora dele seria inútil, incompetente. Também não haveria vida, que é a mutável autoadaptação a condições mutáveis, sem a perda, a desintegração, de seu centro. Pela agitada senda ao longo da qual seguimos, estamos sendo preparados para todas as emergências com que tivermos de nos defrontar no universo futuro, e essa é um resultado que bem vale as provações a que estamos expostos.

Também não devemos esquecer que estamos aqui porque quisemos desabrochar nossos poderes através das experiências da vida nos planos inferiores; que nosso fado é autoescolhido, não imposto; que estamos no mundo como resultado da nossa própria ‘vontade de viver’; que, se essa vontade mudasse - embora ela verdadeiramente não seja mutável -, deixaríamos de viver aqui e retornaríamos à Paz, sem colhermos os frutos para os quais viemos. ‘Ninguém mais nos obriga.’"

(Annie Besant - Um estudo sobre a Consciência - Ed. Teosófica, Brasília - p. 237/238)

sábado, 20 de fevereiro de 2016

POR QUE TANTA LUTA? ( 1ª PARTE)

"Ao responder a pergunta ‘Por que tem de haver todos esses erros e quedas ao se trilhar a senda da evolução?’, devemos considerar o universo como algo existente, como um fato através do qual dar início; e devemos estudá-lo para descobrir o fim, ou pelo menos um dos fins ao qual está tendendo. Por que ele deve tender para aquela meta é, como foi dito, uma nova questão, e do mais profundo interesse; mas é pelo fim descoberto que devemos julgar os meios empregados para chegar até ele.

Mesmo um estudo superficial da parte do universo na qual nos encontramos mostra-nos que pelo menos um de seus fins - se não seu único fim - é produzir seres vivos altamente inteligentes e de vontade forte, capazes de tomar parte ativa em continuar e orientar as atividades da Natureza e de cooperar no esquema geral da evolução.

O estudo ulterior, empreendido pelo desabrochar das qualidades internas e endossado pelas escrituras antigas, nos mostra que este mundo não está só, mas forma um de uma série, que tem sido ajudado na evolução de sua humanidade por homens mais velhos, e deve produzir homens de sua própria lavra para o auxílio de mundos mais jovens em eras ainda por vir. Ademais, mostra também uma vasta hierarquia de Seres supra-humanos, direcionando e guiando a evolução, e como centro do universo o tríplice Logos, Soberano e Senhor de Seu sistema. E esse estudo nos informa que os frutos de um sistema não são apenas uma grande hierarquia de inteligências poderosas com gradações de esplendor cada vez menor à medida que descendem, mas também esta suprema perfeição de um Logos como a coroação de tudo. Desvenda panorama após panorama de crescente esplendor, universos onde cada sistema é apenas um mundo, em extensão sempre crescente de gloriosa e ilimitável plenitude de vida infinita. Então surge a pergunta: ‘Por que meios serão desenvolvidos esses Seres poderosos, que se elevam da poeira às estrelas, e dessas estrelas que são a poeira de sistemas mais vastos até estrelas que são para elas como o lodo para o Sol?’ (...)"

(Annie Besant - Um estudo sobre a Consciência - Ed. Teosófica, Brasília - p. 236/237) 
www.editorateosófica.com.br


terça-feira, 29 de dezembro de 2015

LÓGICA DA REENCARNAÇÃO

"Meditemos. As pessoas são apenas formas passageiras, utilizadas pela alma imortal, e tudo nos parecerá bom e natural. O Homem não é um corpo servido por uma alma, e sim uma alma que se serve de corpos sucessivos.

Uma hecatombe como a última guerra é apenas a desaparição de formas, de personalidades, que reaparecerão mais perfeitas e depuradas pelo sofrimento.

Os materialistas poderão repelir estas teorias e dizer que tudo se faz por acaso, que não existe Deus e sim a Natureza cruel e caprichosa; o homem nasce e morre, goza e sofre pelas leis do acaso, mas procura iludir-se com brilhantes teorias.

Seria vontade de se iludir, se os fatos parapsicológicos não viessem demonstrar que existe algo mais do que o corpo físico e de que há sobrevivência da personalidade após a morte física. 

Como diz muito bem Carlos du Prel: 'Os espíritas têm razão para ficarem admirados, porque seus adversários só contrapõem argumentos a fatos cem vezes provados e verificados e argumentos sem fundo nem razão.'

E o estudo e a contemplação do Universo mostram ao homem que obra tão perfeita não poderia ter surgido por acaso ou como resultado de forças, cegas e inconscientes."

(Alberto Lira - O ensino dos mahatmas - IBRASA, São Paulo, 1977 - p. 189/190)


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O VÉU DO TEMPO

"A Estrela Mística é aquela fonte de luz e vida cujos raios constituem todo o universo. Como sabemos, cada estrela física é em realidade um sol, e a Estrela Mística é o sol espiritual central do universo. Ela aparece como uma estrela por causa da distância; essa distância não é em espaço (como no universo astronômico), mas no tempo ou manifestação.

Cada um de nós é, na verdade, um orbe espiritual de luz e beleza. Mas quando tentamos olhar para nossa própria natureza espiritual sentimos apenas uma imprecisão distante, comparável a uma nebulosa. Existem milhões de pessoas que não conseguem sentir nem mesmo isso. Pois sua natureza está tão desorganizada e envolta em densidade que a luz não consegue penetrar a partir de um objeto tão sagrado. Mas, aqui e ali, há alguém que consegue sentir que existe uma natureza espiritual em si próprio e em cada homem e mulher, um Eu espiritual esperando para ser realizado. 

À medida que crescemos espiritualmente - o que podemos pensar é uma questão de tempo, embora o espírito transcenda o tempo - essa nebulosa torna-se um esplêndido sistema estelar ou uma constelação. Isto é, no decorrer do tempo, a realidade espiritual torna-se o Logos de um sistema solar ou até mesmo o Logos Cósmico que inclui dentro de si inúmeros centros ou logoi. (...)

O astrônomo depara-se com certas nuvens que lhe parecem uma nebulosa. Mas, quando ele visualiza a nebulosa com uma lente mais potente, descobre que não é uma coisa amorfa, mas uma galáxia. Se pudermos expandir nossa visão como faz o astrônomo e olharmos para aquela coisa vaga que é nossa natureza espiritual, veremos que ela é na realidade um esplêndido sistema de luzes. Apenas parece uma nuvem amorfa por causa da distância no tempo que separa o futuro do presente.

Se o tempo é uma ilusão. O futuro existe agora, simultaneamente com o presente e o passado. A pessoa divina em nós existe mesmo agora, fora dos limites do tempo, em toda sua glória e esplendor futuros. É o véu do tempo que separa o futuro do presente. 

Remova o véu e observe: cada indivíduo é uma estrela numa multidão de estrelas que inflamam a esfera celestial, todas girando em torno de uma estrela polar que é a Estrela Mística." 

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 96/97)


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O EVANGELHO - SUTRA 1

"Parambrahma (o Espírito ou Deus) é eterno, completo, sem princípio nem fim. Ele é o Ser único e indivisível.¹

O Pai Eterno, Deus, Swami Parambrahma, é a única Substância Real (Sat) e é tudo em todo o universo. 

Por que Deus não é compreensível. O homem tem fé eterna e crê intuitivamente na existência de uma Substância, da qual os objetos dos sentidos - audição, tato, visão, paladar e olfato, as partes componente deste mundo visível - são apenas propriedades. Porque o homem se identifica com seu corpo material, composto das propriedades acima citadas, ele é capaz de compreender, por meio desses órgãos imperfeitos, apenas essas propriedades e não a Substância à qual pertence. O Pai Eterno, Deus, a única Substância do universo, não pode assim ser compreendido pelo homem deste mundo material, a não ser que ele se torne divino, levantando seu eu acima desta criação das Trevas ou Maya. Ver Hebreus 11:1 e João 8:28.
'Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem.'
'Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o filho do homem, então conhecereis quem eu sou.'"
¹. Swami Sri Yukteswar compôs esses sutras (preceitos) apenas em sânscrito, conforme está mostrado. A tradução foi providenciada pela Self-Realization Fellowship. (Nota da editora)

(Swami Sri Yukteswar - A Ciência Sagrada - Self-Realization Fellowship - p. 21/22)