O HOMEM SOFRE POR CAUSA DA SUA IGNORÂNCIA

“Quem pode compreender os desígnios de Deus? Quem pode conhecer seu jogo divino? Enquanto estiver preso pelo karma, o ser humano permanece sujeito à alegria e à tristeza. Isso é um fato para todo homem, seja ele sábio ou ignorante, bom ou malvado. É realmente raro aquele que alcançou a pura bem-aventurança! Somente o homem que se libertou de todos os apegos pode alcançar a felicidade eterna.

Neste mundo há mais sofrimento do que felicidade. A maioria das pessoas é infeliz. Deus, nosso Pai, é amoroso e gentil. Quem pode explicar por que Seus filhos sofrem?

O homem sofre por causa de sua ignorância. Essa ignorância é o sentimento do ego. Quando o homem se livra dele e entrega sua vida, mente e intelecto aos abençoados pés do Senhor de todas as coisas, renunciando a tudo o que pode chamar de seu, ele é realmente bem-aventurado. Ele é o único homem verdadeiramente feliz. O ser humano não pode realizar nada por si próprio. Só resta, então, uma coisa a fazer: orar a Deus incessantemente. Só assim poderemos esquecer completamente o ego e continuamente recordar que apenas Deus é real, que apenas Deus é a Verdade. Só assim conseguiremos nos livrar da ignorância.

Sri Ramakrishna costumava perguntar: “Quantos amam Deus da mesma forma que amam seus parentes e amigos? Quantos, algum dia, desejaram amá-Lo?

A mente é criada a partir dos três gunas, que também constituem o mundo exterior. Por essa razão, o prazer da mente é deter-se em pensamentos que pertencem ao mundo material. Essa é a verdadeira natureza da matéria mental. Somente pela graça divina o homem pode retirar a mente do mundo exterior e mantê-la fixa nos sagrados pés do Senhor.

Oro ao Senhor para ficar completamente livre da consciência do mundo físico. Que Ele me abençoe para que eu possa permanecer absorto nos Pés de Lótus do guru – esse é o único desejo do meu coração.”

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda- O Eterno Companheiro – Ed. Vedanta, São Paulo – p. 90/91)

QUE ORAÇÃO ATRAIRÁ MAIS RAPIDAMENTE O BEM-AMADO DIVINO?

“Presenteie Deus com aquelas gemas de preces que jazem no fundo da mina de seu próprio coração.

Quando vai encontrar-se com seu amor, a pessoa não se vale de um livro para apaixonados, mas usa a linguagem espontânea do coração. Se a pessoa usar a linguagem do amor de outrem nos pedidos que dirige a Deus, tem de fazer suas as palavras que usa, compreendendo-as plenamente, fixando-se no significado delas e aplicando a elas o máximo de concentração e de amor, para que não fiquem fora de propósito; é como quando quem ama se dirige à pessoa amada na linguagem de um grande poeta, dando vida às palavras com seu próprio amor e sentimento.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber – p. 47)

A VERDADE QUE LIBERTA

“A VERDADE QUE LIBERTA – promessa e realidade – é uma forma superior de perceber, apenas alcançada pelos poucos que transcendem os limites da mente intelectualizada e renunciam à erudição acumulada.

Libertação ou Paz é para os que deixam para trás a barreira dos aparentes e impermanentes, e conseguem chegar à fonte-essência das coisas.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 80)

ANCORE-SE NAQUELE QUE É IMUTÁVEL

“Não importa o que as pessoas dizem de nós, ou fazem conosco, se aprendemos o que devemos aprender com a experiência. Todos nós nascemos neste mundo para aprender a nos conhecer como almas. De qualquer maneira vamos conhecer verdadeiramente a nós mesmos, se não conquistarmos esse pequeno eu, este corpo e esta mente emocional, de humor variável, em constante mutação? E isso pode ser feito pela autodisciplina e pela prática da meditação profunda; pela devoção a Deus, fazendo Dele a Estrela Polar de nossa vida; fixando a mente nesse único Objetivo. A consciência do homem está sempre focalizada em alguma coisa. Pode ser sexo, dinheiro ou posses. Temos que nos fixar em alguma coisa, seja um objeto, seja uma emoção, seja a alma. Nossa escolha é simples assim. Qual será ela? Todos deveriam aprender a ancorar-se Naquele que é imutável. Essa é a sabedoria ensinada por Senhor Krishna no Bhagavad Gita. Ancore-se em Deus e verá que é muito fácil enfrentar a vida.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 67)

DEUS PLANEJOU O MUNDO PARA A NOSSA RECREAÇÃO

“Como descobrir o papel que lhe cabe? Se todos quisermos ser reis, quem serão os servos? No palco, os papéis de rei e de súditos são igualmente importantes, se forem bem representados. Você deve lembrar que é por isso que somos enviados ao mundo com diferenças, com desejo por diversas vocações. Deus planejou o mundo como uma peça teatral, um enorme espetáculo para nosso entretenimento. Mas nós esquecemos o plano do grande Diretor e queremos representar o papel como bem entendemos, não como Ele deseja.

Você fracassa no palco da vida porque tenta representar um papel diferente do que lhe foi divinamente designado. Às vezes, o bobo da corte atrai mais atenção do que o rei. Portanto, por mais obscuro que seja o seu papel, represente-o conscientemente. Sintonize-se com o Espírito e representará bem o seu papel no drama terreno.

Você não veio destinado a sofrer. Os que representam papéis trágicos devem compreender que só estão encenando. Não importa o papel que tenha que representar; procure sempre encená-lo bem, em harmonia com a orientação do Diretor, para que sua pequena atuação ilumine os demais. Perceba que, no palco do mundo, um aspecto do poder infinito do Espírito opera por seu intermédio.

O Espírito Infinito cria novo êxito. Ele não deseja que você seja um autômato. Sintonize-se com o Poder Cósmico e, esteja você trabalhando na fábrica ou se envolvendo com gente no mundo dos negócios, afirme sempre: “Dentro de mim está o Poder Criador Infinito. Não irei para o túmulo sem algumas realizações. Sou um homem-Deus, uma criatura racional. Sou o poder do Espírito, a Fonte dinâmica de minha alma. Criarei novidades no mundo dos negócios, no mundo do pensamento, no mundo da sabedoria. Eu e meu Pai somos Um. Posso criar tudo o que quiser, à semelhança de meu Pai criador.”

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 353)