OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 24 de abril de 2016

O EVANGELHO - SUTRA 4

"A estrutura da criação é Anu ou os Átomos. Na matéria, eles são chamados Maya, ou o poder ilusor  do Senhor; cada Anu individual é chamado Avidya, Ignorância. 

Átomos, o trono do Espírito Criador. Esses Átomos, que representam, interna e externamente, as quatro ideias mencionadas acima, são o trono do Espírito Criador que, neles resplandecendo, cria este universo. Em sua totalidade, são denominados Maya, as Trevas, pois mantêm a Luz Espiritual fora do alcance da compreensão; e cada um deles separadamente é chamado Avidya, a Ignorância, já que torna o homem ignorante até mesmo do seu próprio Eu. Por isso, as quatro ideias supracitadas, que dão origem a todas essas confusões, são mencionadas na Bíblia como os quatro seres viventes. O homem, enquanto se identifica com seu corpo material denso, mantém uma posição bem inferior à do quádruplo Átomo primordial e, necessariamente, não consegue compreendê-lo. Quando, porém, ele se eleva ao nível desse Átomo, não só o compreende, tanto por dentro quanto por fora, como também à criação inteira, tanto não manifestada quanto manifestada (quer dizer, 'por diante e por detrás'). Ver Apocalipse 4:6.
'E ao redor do trono, um ao meio de cada lado, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás.'
(Swami Sri Yukteswar - A Ciência Sagrada - Self-Realization Fellowship - p. 24/25)


sábado, 23 de abril de 2016

EVOLUÇÃO A PARTIR DE CIMA (PARTE FINAL)

"(...) Nosso desenvolvimento jaz, em parte, no aumento das sombras de nossos sentimentos, em parte em nossa habilidade para construir novos tipos de formas com nossas mentes, e de aprender a importância de forma, som e cor que, nos meios particulares, são as transformações de sentimento e pensamento.

Esse pensamento infinito é comparativamente mais fácil de entender. Toda a Natureza em suas partes tangível e intangível é uma expressão do pensamento divino, é arquitetura que é música congelada. Compreender o significado e a música de cada frase nos livros da Natureza é um estudo sem fim. Porém, para a arquitetura e a música, existe não apenas uma abordagem intelectual, mas também uma abordagem emocional e uma abordagem espiritual.

Todas as coisas vibram, e todas as formas são formas de efeito vibratório. Cada uma tem sua mensagem para dar; cada ondulação amorosa, no ilimitado oceano de vida, tem sua própria história para contar. Quando cada vibração de matéria ou força for transformada, transmutada em pensamento e sentimento, em sensações subjetivas e estranhas das quais não é possível qualquer descrição, então o divino penetra o homem, o infinito penetra aquela expressão finita que é a verdadeira individualidade de cada homem."

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 102)

sexta-feira, 22 de abril de 2016

EVOLUÇÃO A PARTIR DE CIMA (2ª PARTE)

"(...) O verdadeiro, o bom e o belo são sempre um estudo apropriado para nós. O problema do mal e do sofrimento é muito mais difícil de solucionar.

Vejamos primeiramente aquelas sendas simples e diretas para o céu das ideias divinas que são os reflexos aqui embaixo daquelas ideias que percebemos ser totalmente belas e sagradas em sua natureza. Comecemos, por exemplo, a partir de fragrâncias puras como a rosa, o jasmim, o sândalo. Elas têm suas correspondências celestes. Conseguiremos reproduzir a irradiação espiritual, da qual uma bela fragrância física seja a correspondência ou contraparte? Por meio da imaginação poderíamos tentar pelo menos sentir sua natureza a partir do estímulo ou influência que a fragrância particular produz em nós.

Cada Adepto, que por sua própria definição vivificou sua natureza material com a espiritual, tem sua própria fragrância particular, não porque ele a seleciona como uma mulher elegante poderia selecionar uma para seus propósitos, mas porque é uma manifestação de sua influência, como apreendida por um de nossos órgãos dos sentidos, que é afetado talvez mais prontamente de que os outros.

Cada um de nós possui certos órgãos dos sentidos que transformam os efeitos de estímulos particulares ou efeitos vibratórios, no que chamamos de sensações. Não é inconcebível - e é muito provável - que o alcance de nossa resposta - mesmo a resposta física - será grandemente ampliado no tempo devido, mas existem potencialidades de impressões sensoriais diferentes daquelas que conhecemos, através de órgãos que não existem atualmente; em outras palavras, de novas pontes entre os mundos objetivo e subjetivo com as quais sequer sonhamos atualmente. (...)"

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 101)


quinta-feira, 21 de abril de 2016

EVOLUÇÃO A PARTIR DE CIMA (1ª PARTE)

"Tudo aqui embaixo tem sua contraparte nos planos de cima. É um aspecto da Realidade, embora pesadamente velado, e até certo ponto distorcido e deformado pelos véus. Imaginemos a raiz de toda manifestação como o ponto básico de um lótus, embora não perfeitamente formado. Toda a manifestação pode ser concebida como correntes de força circulando através desse ponto, trançando-se e destrançando-se de inúmeras maneiras. Assim, um padrão, uma ordem, um cosmos é criado. A opinião de que a base de toda manifestação, de toda matéria como a conhecemos, é força, é admissível mesmo segundo a ciência moderna. Todos os fenômenos são a atuação da energia de vida fluindo em um número infinito de ritmos e vibrações. Um átomo é apenas um sistema de forças; todas as formas são criadas pelo incessante alento de Deus. O que quer que surja é apenas a criação das forças que descem em correntes entrelaçantes, por meio de seus mútuos ajuste e desajuste temporários. 

Consequentemente, tal como é, o mundo é uma mistura daquilo que é como deveria ser - como será no padrão final - e muito precisará ser desfeito, reordenado ou remodelado. Em meio aos imaturos, ilegítimos e deformados,  vemos as intimações celestes do próprio pensamento perfeito de Deus. Onde vemos algo totalmente belo, algo que nos arrebata, seja em cor, som ou forma, ou em suas correspondências em matéria, sentimentos, imaginação, pensamento mais sutil, temos a ideia de Deus refletida como em um símbolo - algo que aponta para a Realidade em uma de suas miríades de aspectos.

Aqui e ali podemos ver não a obra perfeita, mas, por assim dizer, o esboço, o ensaio perfeito, de uma realização que ainda vai ocorrer. Vemos também coisas que repelem e que, até onde podemos julgar, são combinações erradas, emprego errado, matéria fora de seu local apropriado, força impropriamente aplicada. (...)"

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 100/101)


quarta-feira, 20 de abril de 2016

A TRAIÇÃO ESCURECE NOSSA ÉPOCA

"A maior perda na Segunda Guerra Mundial tem sido descrita como o declínio da lealdade. Um atributo da natureza humana, a deslealdade, tem-se manifestado num grau incomum nos últimos tempos. Na verdade, um termo especial de más conotações vem sendo usado para designá-la. Este termo é 'quinta coluna', significando a traição como uma escolha política. Quando, em 1936, o General Emilio Mola anunciou que capturaria Madri porque tinha quatro colunas fora da cidade e uma quinta coluna de simpatizantes dentro, o mundo agarrou-se à frase com a voracidade de um homem que busca encontrar uma senha importante. A frase era, de fato, um alarme de calamidade, como a subversão que se seguiu demonstra. O que o General Mola fez foi indicar a dimensão da traição no nosso tempo. Outras épocas tiveram seus traidores individuais - homens que, por pusilanimidade ou por avidez, traíram suas causas - mas no século vinte, pela primeira vez na história, os homens reuniram-se aos milhões, em movimentos como o nazismo, o fascismo e o comunismo totalitário, dedicados ao propósito de trair as instituições sob as quais viviam. A traição tornou-se uma vocação, cuja forma moderna é especificamente a traição de ideias. Isso é, na verdade, parte da escuridão desses anos. 

A falta de fé encontra expressão no baixo padrão moral na vida pública, marcada como está pela corrupção. Isso é particularmente evidente na esfera dos políticos, nacionais e internacionais. Em palestra proferida durante o mês de setembro de 1951, Herbert Hoover, ex-Presidente dos Estados Unidos, disse: '(...) Temos um crescimento canceroso de desonestidade intelectual na vida pública que está principalmente por trás da lei. A discussão hoje é a decência na vida pública versus a indecência. (...) Nosso maior risco não é a invasão de exércitos estrangeiros. Nosso perigo é o de podermos cometer suicídio internamente por complacência com o mal ou por aceitação pública de comportamentos escandalosos."

Embora seja verdade que a própria natureza humana esteja inclinada a esses males que, admite-se, não se confinam apenas à cristandade, é também verdade que uma função do ensinamento e da prática religiosa é reduzi-los a um mínimo, inspirando os homens a elevarem-se acima deles. Se, entretanto, exemplos de prevalência desses males estão registrados na Bíblia e, numa interpretação literal, a Deidade ou Seus representantes encontram-se aí encorajando alguns deles, os que inculcam uma interpretação letra morta dessas e de outras passagens não podem se eximir de alguma responsabilidade por ações similares praticadas por pessoas cuja religião está fundada na Bíblia. Não obstante, o autor reitera aqui a opinião de que muitas instituições cristãs propõem  uma moralidade elevada, embora ela não seja suficientemente seguida. A cristandade, de fato, produziu um número formidável de homens e mulheres magníficos, muitos dos quais se tornaram grandes servidores da humanidade. Pode-se seguramente afirmar que muitas igrejas e seus pastores, escolas dominicais e seus instrutores, trabalhadores cristãos, pais e professores ensinam a restrição moral e, em particular, tendem a encorajar, entre os jovens, a conduta e um padrão moral elevado, semelhante ao de Cristo."

(Geoffrey Hodson - A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada - Ed. Teosófica, Brasília, 2007 - p. 24/25)