OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 3 de abril de 2018

AS MANIFESTAÇÕES DA PRESENÇA DE DEUS

"'Ao sair de casa, tente sentir que todas as coisas ao seu redor fazem parte da sua própria percepção desenvolvida.

'Observe as folhas balançando nas árvores e tente captar-lhes o movimento. Imagine nesse movimento que Deus está expressando Seus pensamentos e inspirações.

'Observe a grama dos prados à medida que ondula ao vento. Imagine a brisa como o hálito de Deus soprando sobre o mundo, inspirando todos os seres e dando-lhes a vida.

'Ouça os pássaros cantando. Imagine que Deus, mediante o canto dos pássaros, está tentando chegar até você por meio dessa sensação de satisfação divina.

'Esteja consciente dos raios do sol na sua pele. Penso no calor que você sente como se ele fosse a energia de Deus. Permita que ele encha o seu corpo com vitalidade e força. Imagine a energia divina dando força às criaturas em todos os cantos da terra por meio da luz solar.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 173)


segunda-feira, 2 de abril de 2018

ENTRAR EM CONTATO COM O MEDO

"Há o medo físico. Quando você vê uma cobra, um animal selvagem, instintivamente sente medo. Esse é um medo normal, saudável, natural. Além de medo, é um desejo de se proteger - e isso é normal. Mas a proteção psicológica de si mesmo - ou seja, o desejo de estar sempre seguro - gera medo. Uma mente que busca sempre estar segura é uma mente morta, porque não há contato direto com o medo, há uma resposta dos nervos e de todo o resto do corpo. Quando a mente não está mais escapando por meio de palavras ou de qualquer tipo de atividade, não há divisão entre o observador e a coisa observada como medo. Só a mente que está escapando se livra do medo. Mas quando há um contato direto com o medo, não há observador, não há entidade que diz: 'Estou com medo'. Então, no momento em que você está diretamente em contato com a vida, com qualquer coisa, não há divisão - é ela que gera a competição, a ambição, o medo.

Portanto, o importante não é como se livrar do medo. Se você busca uma maneira, um método, um sistema para se livrar do medo, estará permanentemente preso a ele. Mas se entende o medo - o que só pode ocorrer quando você entra diretamente em contato com ele, como quando está em contato com a fome ou ameaçado de perder o emprego -, então você faz algo: só então descobrirá que todo medo termina (todo medo, não apenas este ou aquele tipo)."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 106)


domingo, 1 de abril de 2018

VIVER EM DEUS, PARA DEUS, COM DEUS

"Estudar as escrituras e textos religiosos, sem que se faça esforço para os praticar, resulta em má saúde. Ser falso à sua própria profissão destrói o autorrespeito e inicia um processo que leva ao envergonhar-se de si mesmo. Assim, aprendam, mas pratiquem; comam, mas digiram. Este é o conselho que lhes dou.

Tenho-lhes recomendado usar o tempo em meditação (dhyana) ou em repetir um mantra ou na recitação do santo nome de Deus (namasmarana), pois a Paz e a Alegria não são encontrados na natureza exterior. São tesouros que jazem nos reinos internos do homem. Uma vez que estes sejam encontrados, nunca mais o homem será triste e agitado. (...) A cada inspiração e expiração pronunciem o nome de Deus. Vivam em Deus, para Deus, com Deus. 

A fim de atingirmos e compreendermos a Divindade, devemos cumprir a disciplina espiritual, o sadhana, e comportar-nos de uma forma que nos asemelhe ao Divino."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 23 e 28)


sábado, 31 de março de 2018

NOSSA NATUREZA É ILIMITADA (PARTE FINAL)

"(...) O pensamento racional e o tempo linear são apenas equipamentos de montanhismo que nos possibilitam escalar montanhas cada vez mais altas e descobrir horizontes cada vez mais distantes. São como a jangada com a qual cruzamos rios cada vez mais largos, ou o navio no qual nos aproximamos de praias desconhecidas. Mas quando compreendemos que esses horizontes estão apenas relativamente mais distantes, voltamo-nos para outra direção. Abandonamos nosso equipamento de montanhismo, nossa canoa ou navio - o pensamento e a noção de tempo linear -, e de repente estamos mesmo que apenas por um momento, no absolutamente novo.

Os horizontes apenas aparentemente novos, que estão sempre longe, mas jamais são alcançados, encontram-se no mundo do pensamento. Algo semelhante acontece com a pessoa religiosa em busca daquilo que ela chama de Deus.

O religioso pode encontrar seu Deus num objeto, uma estátua da Virgem ou um quadro de Krishna. Por que não? Com o tempo, no entanto, isso não vai mais satisfazê-lo. Ele aprende a buscar atrás ou além da imagem. Então, imagina um Deus que não é físico, mas ainda é limitado; é o seu Deus, em oposição a outros deuses de outras crenças. 

Pode ser então que ele descubra que Deus, para ser Deus, deve ser de todos os homens, adorado em todas as religiões. Essa descoberta pode levar a dificuldades. É preciso coragem para deixar o rebanho. 

Posteriormente ocorre um insight, talvez a princípio como um conceito teórico: Deus não está fora, mas dentro de sua criação, em toda parte, na terra, no céu, na natureza, em todos os seres animais e humanos, até mesmo naqueles que são capazes de cometer crimes. Não apenas está Ele neles, mas eles são Deus. Tudo é Deus, tudo é divino. 

Talvez não gostemos da palavra Deus. Essa palavra está ligada a tantas imagens que tudo que podemos fazer é rejeitá-la. Talvez seja melhor dizer que uma vida simples e sagrada está em todas as coisas e em todos os seres - ou é todas as coisas e todos os seres."

(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 28/29)


sexta-feira, 30 de março de 2018

NOSSA NATUREZA É ILIMITADA (1ª PARTE)

"Ser o novo dia significa viver sempre no presente, não no passado com suas memórias, ou no futuro, com suas expectativas e temores, que são reflexos de experiências passadas. A cada dia, a cada momento, novas praias acenam para serem descobertas. Atrás de cada horizonte outros horizontes estão ocultos.

Cada um deve descobrir isso sozinho, à sua própria maneira. Dizem que existem tantos caminhos quantos são os homens.

Um belo dia, a imagem mental que a princípio nos satisfez passa a não mais nos satisfazer. Ela nos aborrece, parece muito estreita. Precisamos desistir dela. A casinha perfeita que construímos e mobiliamos em pensamento, onde tudo tinha seu lugar, tornou-se pequena demais para nós; devemos abandoná-la. Assim, vivemos durante um certo tempo na incerteza, até que construímos uma casa maior que mais uma vez satisfaça nossa mente, até que ela também se torna pequena demais para nós.

Assim seguimos em frente, de casa em casa, de praia em praia, de horizonte em horizonte, de uma imagem de vida para outra, até que compreendemos que nenhum quadro mental, nenhum sistema, nenhuma forma consegue nos satisfazer. Somente o sem forma, que é a fonte de todas as formas possíveis, pode ser o nosso verdadeiro lar, pois o sem forma é ilimitado e nossa verdadeira natureza também é ilimitada, porque contém todas as possibilidades.

Assim, finalmente surge a aurora, mostrando não mais as velhas praias, mas lugares verdadeiramente novos, que estão sempre além - além da mente. (...)"

(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 28)