OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 26 de junho de 2025

DESAFIOS DA LUTA (PARTE FINAL)

“(...). Todo o esforço que possa alguém direcionar em favor do crescimento íntimo, deve ser utilizado com urgência, não receando dificuldades, dores, porquanto essas, por mais se deseje evitar, sempre alcançam o espírito humano.

A atração da plenitude é fenômeno natural do processo da evolução. Contribuir para torná-lo mais fácil e atraente constitui impositivo da inteligência e da razão, que não se satisfazem com a permanência nesse estágio inferior.

Todo crescimento propõe novas adaptações e essas se fazem mediante emoções novas, nem sempre agradáveis, até que sejam instalados os mecanismos psicológicos de harmonização.

Nunca receies sofrer, se anelas pela felicidade de qualquer espécie.

Rompendo a casca grotesca, a plântula alça-se no rumo das alturas.

Despedaçando-se sob os golpes do buril, o bloco de pedra se transforma em beleza.

Diluindo-se nas altas temperaturas, os metais se amoldam a novas formas e utilidades.

As conquistas morais igualmente são forjadas nos fornos das transformações interiores sob a ardência das provas e dos sofrimentos delas decorrentes.

Alegra-te quando incompreendido, por estares na defesa dos ideais de enobrecimento e nas realizações que contribuem para o progresso da sociedade.

Não aguardes compreensão antes do tempo, nem apoio por parte daqueles que permanecem em faixa emocional diferente da tua.

És candidato decidido a conseguir o triunfo dos teus projetos. Eles te pertencem, e não aos demais, portanto não dês demasiado valor às conspirações das pessoas que te antagonizam. Elas desconhecem os teus propósitos e apenas veem o que possuem interiormente, projetando os seus conflitos nos teus planos audaciosos.

Quem se detém a contemplar dificuldades não sai do lugar. Mas, se confiante, avança, superando cada desafio quando se apresenta, cedo ou mais tarde alcançará com luta e alegria a meta pela qual anela.”

Texto extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 166/167.
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terça-feira, 24 de junho de 2025

DESAFIOS DA LUTA (2ª PARTE)

“(...). A vida é dádiva de Deus, que deve ser conquistada com esforço em todas as suas expressões e, para tanto, a luta se torna irrecusável. Como consequência, a dor se expressa e deve ser absorvida com naturalidade.

Consciente dessa condição, mais fáceis se tornam quaisquer enfrentamentos, ante a segurança dos resultados que propiciam ventura e paz.

Ninguém se deve dificultar a ascensão, por comodismo ou receio, quando convidado à conquista do infinito. Deter-se no pequeno espaço mental e físico em que se encontra constitui atraso moral, que deverá ser superado.

A execução de qualquer tarefa propicia desgaste de energia, aplicação de esforço, contribuição pessoal. Naquela que se refere à transformação do ser e da sociedade, é compreensível que se torne mais dispendiosa, porque trata de alterar o já conseguido, modificando as estruturas vigentes e ampliando os horizontes para o enriquecimento geral.

Para impedi-lo, muitas forças se conjugam, como efeito dos interesses que se encontram em jogo.

A comodidade se refestela na inutilidade e na exploração do trabalho das pessoas diligentes, sempre disposta a combater qualquer alteração na ordem dominante.

O autoritarismo explora a simplicidade e a ignorância daqueles que lhe sofrem o jugo, colocando-se contra qualquer movimento que lhe ameace a estabilidade.

A perversidade instalada nos sentimentos primários, confia na própria força e arma-se para impedir o avanço da fraternidade e dos ideais libertadores.

A frustração e o vazio existencial reúnem-se para investir contra as propostas de enriquecimento interior.

O orgulho e o egoísmo dão-se as mãos e disputam a primazia que se creditam, não admitindo a perda da pequenez moral em que se comprazem.

A inveja e o despautério abrem abismos pelo caminho, dificultando o avanço dos que contribuem para a harmonia e o bem-estar geral.

A intriga insensata faz-se calúnia atroz e conspira com virulência, dificultando o entendimento dos propósitos enriquecedores.

O medo e a inveja preferem a situação infeliz em que se alastram, negando-se a ocasião de segurança emocional.

São as características negativas que resultam dos instintos primários, em predomínio em a natureza humana, que se comprazem na situação que lhes diz respeito, negando-se à conquista dos valores éticos e espirituais. (...).”

Texto extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 164/166.
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quinta-feira, 19 de junho de 2025

DESAFIOS DA LUTA (1ª PARTE)

909. Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações?

"Sim, e, frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é à vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!"

 

A inevitável proposta da evolução moral e espiritual conduz o ser humano a enfrentar desafios incessantes, que o aprimoram, a pouco e pouco, sem cuja realização a conquista de valores dignificantes se faria muito mais difícil.

Quem se recusa ao convite do sacrifício pessoal transformador candidata-se à paralisia espiritual. E mesmo que deseje impedir-se à luta, que se negue a experimentar os sofrimentos que decorrem dos impositivos de crescimento interior, é compelido pelas sábias Leis da Vida a enfrentá-los e enfrentar-se, quando, mais tarde, sem o desejar, desperte nas expiações santificadoras.

Não raro, muitos indivíduos forrados de intenções superiores e desejando servir à Humanidade, porque se encontram tomados de sentimentos nobres, pensam em desistir ou recuar nos seus propósitos, em razão dos enfrentamentos perturbadores, das lutas que se tornam imperiosas e que lhes exigem sacrifícios e renúncias desde o momento em que se candidatam a realizá-los. Não obstante desagradáveis, são esses os mecanismos de aferição dos valores elevados para todos os seres.

Desejar-se uma existência cômoda, sem tropeços nem problemas, não passa de utopia, mesmo que a criatura seja possuidora de recursos econômicos sólidos e desfrute de excelente situação social.

A luta, na Terra, é resultante de fenômenos biológicos, emocionais, psíquicos, sociais e outros, desde que ninguém se encontra reencarnado desfrutando de perfeição, mas necessitando de aprender a crescer e a desenvolver os grandiosos milagres que lhe dormem latentes, aguardando as ocorrências propícias ao seu desenvolvimento.

O automatismo fisiológico dá-se sem qualquer esforço, entretanto, para que os sentimentos desabrochem e alcancem a finalidade para a qual se destinam, a contribuição consciente de cada pessoa se torna indispensável.

Evidentemente, logo que tomada a decisão, estabelece-se a batalha para a vitória dos ideais. (...).”

Texto extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 163/164.
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terça-feira, 17 de junho de 2025

RIGIDEZ

"O excesso influenciará de rigidez e severidade faz com que criemos um padrão mental que influenciará os outros para que nos tratem da mesma forma como os tratamos.

Teimosia é uma forma de rigidez da personalidade. É um apego obstinado às próprias ideias e gostos, nunca admitindo insuficiências e erros.

Conviver com criaturas que estão sempre com a razão, que acreditam que nasceram para ensinar ou salvar todo mundo e que jamais transgridem a nada, é viver relacionamentos desgastantes e insatisfatórios.

Quase sempre, fugimos desses indivíduos dogmáticos, incapazes de aceitar e considerar um ponto de vista diferente do seu. Nesses relacionamentos, ficamos confinados à representação de papéis instrutor-aprendiz, orientador-orientado, mentor-pupilo. Somente escutamos, nunca podemos expressar nossa opinião sobre os eventos e as experiências que compartilhamos.

As pessoas teimosas vão ao excesso do desrespeito, por não darem o devido espaço para as diferenças pessoais que existem nos amigos e familiares.

"... pelos vossos excessos, chegais à saciedade e vos punis a vós mesmos." ¹

Os limites traçados pela natureza nos ensinam onde e quando devemos parar, bem como por onde e quando devemos seguir. A natureza respeita nossos dons próprios, ou seja, nossa individualidade. Assim, devemos também aceitar e respeitar nosso jeito exclusivo de ser, bem como a de todos aqueles com quem compartilhamos a existência terrena.

O excesso de rigidez e severidade faz com que criemos um padrão mental que influenciará os outros para que nos tratem da mesma forma como os tratamos. Poderemos ainda, no futuro, provocar em nós um sentimento de autopunição, pois estaremos usando para conosco o mesmo tratamento de austeridade e dureza. O arrependimento se associa à culpa, nascendo daí uma vontade de nos redimir pelos excessos cometidos, o que acarreta uma necessidade de expiação - o indivíduo se compraz com o próprio sofrimento.

Nossos limites se expressam de maneira específica e ninguém pode exigir igualdade de pensamento e ação de outro ser humano. Respeitando nossa singularidade, aprenderemos a respeitar a singularidade dos outros e sempre cairemos no excesso, quando não aceitarmos nosso ritmo de crescimento, bem como o do próximo.

Segundo Alfred Adler, a 'compensação' é um dos métodos de defesa do ego e consiste num fenômeno psicológico que busca contrabalançar e dissimular nossas tendências inconscientes por nós consideradas reprováveis e que tentam vir à nossa consciência.

Os excessos de todo gênero funcionam, na maioria das vezes, como disfarce psicológico para compensar nossas tendências interiores. Exageramos posturas e inclinações na tentativa de simular um caráter oposto.

Atitudes exageradas de um indivíduo significam, quase sempre, o contrário do que ele declara.

Excesso de pudor - compensação de desejos sexuais normais reprimidos.

Excesso de afabilidade - compensação de agressividade mal elaborada.

Excesso de alimentação - compensação de insegurança ou necessidade de proteção.

Excesso de religião - compensação de dúvidas desmoralizadoras existentes na inconsciência.

Excesso de dominação - compensação de fragilidade e desamparo interior.

Atrás de todo excesso ou rigidez se encontra a não aceitação da naturalidade da vida, fora e dentro de nós mesmos."

¹ Questão 713 - Traçou a Natureza limites aos gozos? 'Traçou, para vos indicar o limite necessário. Mas, pelos vossos excessos, chegais à saciedade e vos punis a vós mesmos."

Extraído do livro "As dores da alma", de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova Editora, 1998, p. 137/139.                                                                                                                    Imagem: Pinterest. 


quinta-feira, 12 de junho de 2025

AUTOCURA

"É importante saber que, graças as novas pesquisas científicas, realizadas final do século XX, alguns neurocientistas desafiaram o paradigma de imutabilidade do cérebro, que esteve em vigor por muito tempo Eles declararam que os neurônios têm um impressionante poder de neuroplasticidade, e que seus circuitos podem ser alterados a cada dia

Essas descobertas levaram à compreensão científica do que afirmavam, há séculos, as filosofias espirituais: nossos pensamentos, afirmações e ações podem, literalmente, expandir ou contrair diferentes regiões do cérebro; mudar nosso DNA; mudar nossa forma de interagir com o mundo; modificar o mundo físico; e curar desequilíbrios físicos emocionais e mentais.

O livro Super cérebro (uma colaboração entre o médico endocrinologista e líder espiritual Deepak Chopra e o neurocientista e pesquisador de genética Rudolph Tanzi, da Universidade de Harvard) discorre sobre a plasticidade do cérebro, em contraponto à antiga crença de que o cérebro atinge seu ponto máximo de desenvolvimento na idade adulta. Essa crença tem sido desmistificada por pesquisas cientificas recentes, como explicam Chopra e Tanzi:

1. Os danos ao cérebro são reversíveis. O cérebro tem um poder de cura surpreendente.

2. A interação entre a estrutura física e a programação do cérebro e constante, e nossa capacidade de criar novos circuitos cerebrais permanece intacta do nascimento até a morte.

3. O cérebro pode se manter jovem e preservar a acuidade mental, pois suas células se renovam a cada dia e essa renovação pode ser estimulada por exercícios de memória e meditação, entre outros.

4. O cérebro contém células tronco que são capazes de desenvolver novas células cerebrais ao longo da vida.

As memórias genéticas que herdamos dos antepassados são armazenadas no cérebro reptiliano (irracional), e continuam gerando impulsos primitivos que nos causam mal, como o medo e a raiva. Mas, como o cérebro evolui constantemente, podemos dominar esses instintos através da liberdade de escolha, para promover reações positivas e felicidade, como nos mostra a psicologia positiva, um novo campo da ciência.

Assim, a minha cura, a sua cura, a cura da humanidade está em nossa intenção de mudar o nosso cérebro, em conexão com a luz do coração."

Jeanne Marie White, A Luz do Coração, O poder da cura, Ed. Teosófica, Brasília, DF, 2021, p. 108/109.
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