OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sexta-feira, 13 de março de 2015

QUEM É RESPONSÁVEL PELA CONDUTA DOS ADOLESCENTES? (3ª PARTE)

"(...) Existe hoje demasiada rebeldia nas crianças. É porque elas nunca souberam que uma parte da vida se destina a aprender a respeitar a autoridade e os direitos dos outro. Quantos pais, alguns anos atrás, acreditavam na idéia de que um filho é um jovem adulto que deve ter completa liberdade para se expressar. Santo Deus! Por que você acha que Deus pôs pais aqui na Terra? Se ele não pretendesse que os filhos tivessem a orientação de pai e mãe, teria feito com que os pais botassem ovos, para que, uma vez que os filhos tivessem saído da casca, os pais pudessem afastar-se, deixando-os à sua própria sorte, como fazem as tartarugas. Deus espera que os pais assumam a responsabilidade de formar sua prole. Casais que geram filho neste mundo não têm o direito de falhar com ele.
   
Acredito que uma criança deve ser estimulada a ir à escola dominical, mas nunca ser obrigada a fazer isso. É um erro procurar forçar uma criança a seguir qualquer forma particular de religião. Primeiro, ela precisa ter desejo e interesse por coisas espirituais. Essa inclinação estará ali se desde a mais tenra idade ela for encorajada a cultivar atitudes espirituais; o amor por Deus, fé em Deus, o sentimento de companheirismo com Ele. Paramahansaji ensinava que devia haver períodos regulares em que pais e filhos se reunissem para orar e meditar. Dessa maneira, a criança começa a relacionar-se com Deus, seguindo o exemplo dos pais. Entretanto, o culto em família não deve ser muito longo, porque as crianças são inquietas e sua mente não está controlada. É difícil para elas se sentarem muito tempo de cada vez. Uma prática excelente é ler ou contar às crianças histórias que desenvolvam nelas o senso de moralidade, fé, conduta correta e amor a Deus. (...)"

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship -  p. 55/56)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

AJUSTE EVOLUTIVO

"A evolução é uma lei universal. Tudo está fadado à evolução. A vida que habita uma forma, busca formas cada vez mais complexas para expressar-se.

A aprendizagem do ser dá-se com sua Essência percorrendo os vários reinos da natureza, dos mais elementares aos mais elaborados. Por milhões e milhões de anos, lenta e perfeitamente, tudo na natureza evolui. Observe o encadeamento lógico dos elementos químicos, que, partindo do hidrogênio, vai-se estruturando em outros de peso atômicos mais elevados. Examine minuciosamente as várias espécies vegetais que, das características mais rudimentares, vão adquirindo complexidades crescentes, até chegarem às plantas mais evoluídas. De modo semelhante, repare a evolução na escala zoológica, desde o mais simples protozoário até a maravilha estrutural e multifuncional do ser humano. Tudo isso é prova inconteste da natureza, demonstrando a evolução. A vida expõe evidências harmônicas crescentes nas formas e funções dos seres, trabalhadas com perfeições geométricas precisas, pelo Grande Arquiteto do Universo. Tudo é prova real da natureza expondo a evolução para os que ‘têm olhos de ver’...

Todo esse prodígio está no interior do nosso ser. Somos testemunhas cegas do fluxo evolutivo. Mister se faz tirar a venda de nossa cegueira espiritual para vislumbrarmos o longo caminho já percorrido pelo nosso ‘princípio espiritual’, bem como os longos horizontes iluminados que nos aguardam na volta ao Seio do Pai. (...)

Toda essa escolaridade feita pela semente espiritual procurando a aprendizagem e consequente evolução é patrimônio Divino incorporado em nosso espírito pelo ajuste kármico.

A lei do karma, sendo onipresente, atuou e atua em nós, procurando aparar arestas, buscando equilíbrio, ao mesmo tempo em que proporciona condições para um relacionamento harmônico com o cosmos e com nós mesmos. (...)"

(Antonio Geraldo Buck - Você Colhe o que Planta - Ed. Teosófica, Brasília, 2004 - p. 26/28)


domingo, 28 de dezembro de 2014

PLANOS PARA A TRANSFORMAÇÃO (4ª PARTE)

"Com a correta compreensão, o correto motivo e o conhecimento do novo ciclo em que estamos entrando, podemos fazer planos para o processo de transformação e nos mantermos preparados. Quando não estamos bem preparados, as mudanças geralmente se manifestam como um tipo de caos em nossa vida e se transformam em mudanças dolorosas, porque nós resistimos a elas. Nada permanece estacionário durante muito tempo, embora nossos egos muitas vezes não gostem de ver a mudança e resistam. Mas a vida sempre encontra uma maneira de assegurar o apredizado e o crescimento. será que a lagarta sempre resiste a se transformar em borboleta?

Essas mudanças não ocorrem apenas no nível psicológico; elas se estendem também ao mundo à nossa volta. Não estamos isolados dos outros seres humanos; temos um elo, uma união da qual não nos lembramos em nossa encarnação atual, porque aqui a separatividade e a autoconsciência limitada são o foco. No entanto, nós conhecemos essa união no nível espiritual. Quando alguém sofre uma transformação, afeta as pessoas em volta e a sociedade ou a cultura em que vive; essas pessoas e essa sociedade ou cultura, por sua vez, também devem passar por suas próprias mudanças.

Pessoas que passaram por transformações poderosas em suas vidas, como Mahatma Gandhi ou Madre Teresa, afetaram a sociedade em que viviam. Assim, lentamente, a onda da vida humana nesse planeta muda e evolui, porque nós, como indivíduos, mudamos e evoluímos. O mundo em que nascemos não é o mesmo que será vivenciado por nossos filhos. Ele evoluiu, deu um passo à frente, passou por seus próprios ciclos de sete anos, tal qual nós, muitas vezes aos trancos e barrancos. Consideremos as mudanças que estamos vendo acontecer pelo mundo atualmente: as pessoas estão exigindo mudanças na formas de governo, por exemplo, o que mostra que elas deram um grande passo transformador. (...)"

(John Vorstermans - Ciclos e mudanças - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 16)
 www.revistasophia.com.br


domingo, 9 de novembro de 2014

AUTOANÁLISE: CHAVE PARA DOMINAR A VIDA

"Vamos sair dos limites do ego e percorrer os vastos campos do progresso da alma. Assim como o tempo prossegue, assim também deve sua alma prosseguir em direção a uma expansão maior da vida no Espírito. A iniciativa de cumpir seu mais importante dever na vida costuma ficar enterrada sob o entulho acumulado dos hábitos humanos. Você deve livrar-se dessa influência humilhante e começar a plantar as sementes do êxito almejado. A vida vale a pena quando se realiza o trabalho mais essencial, o de descobrir o significado e os verdadeiros valores da existência.

O homem deve aprender com o filme cósmico da vida, que não está sendo exibido sem motivo. Todos os dias vemos cenas diferentes e cada dia tem uma lição a ensinar. Você deve aprender a lição, concentrando-se no propósito supremo da existência humana: conhecer Quem está por trás de sua vida."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 73)


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

CRIANDO RELACIONAMENTOS AMOROSOS

"Depois do nosso nascimento no estado físico, a fonte principal de aprendizagem são os relacionamentos. Através da alegria, da dor e da emoção dos relacionamentos, avançamos em nosso caminho espiritual, de maneira a aprendermos a respeito do amor sob todas as formas. Relacionamentos são laboratórios vivos, um verdadeiro campo de testes para determinar como estamos nos saindo, se aprendemos profundamente nossas lições, aproximando-nos do plano que predeterminamos para a nossa vida. Nos relacionamentos, nossos botões são acionados e nós reagimos. Já aprendemos a negociar, dialogar e perdoar, ou usamos a violência, o autoritarismo e a vingança? Somos capazes de nos aproximar dos outros com compreensão, amor e compaixão, ou reagimos com medo, egoísmo e rejeição? Sem relacionamentos, nunca poderíamos saber essas coisas, nem testar nosso progresso.

É mais fácil aprender do outro lado, no estado espiritual, quando o relacionamento com outras almas é harmonioso e cheio de energia amorosa. Mas a Terra é um lugar difícil, onde aprendemos por meio das emoções e da dor, e mostramos por meio das ações se de fato aprendemos nossas lições.

Quanto mais obstáculos houver, mais aportunidades teremos para aprender. Uma vida com relacionamentos difíceis, repleta de desafios e perdas oferece maiores oportunidades para o crescimento da alma. Se é isso o que acontece, pode ser que você tenha escolhido uma vida mais difícil, de modo a acelerar o seu progresso espiritual.

Às vezes, um acontecimento negativo, tal como a perda de um emprego, pode ser a mão que abre uma porta para outra oportunidade melhor. Tenha paciência, pois o destino pode necessitar de um pouco mais de tempo para tecer sua tapeçaria intrincada. Mas, apesar de todos os problemas, há também amor, alegria e êxtase nesta vida, onde participamos de uma comunidade em que todos estão aprendendo as mesmas lições.

O amor não é um processo intelectual, mas acima de tudo uma energia dinâmica que flui para dentro e através de cada um de nós, permanentemente, quer estejamos ou não conscientes disso. Devemos aprender tanto a dar amor quanto a recebê-lo. Só em comunidade, envolvidos em relacionamentos e servindo ao próximo, é que seremos capazes de verdadeiramente compreender toda a amplitude da energia do amor."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 56/57)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

O MUNDO IDEAL

"As Escrituras hindus ensinam que o homem é atraído para este planeta específico a fim de aprender, e aprender melhor em cada vida sucessiva, os infinitos modos em que o espírito pode, não só expressar-Se através das condições materiais, mas também dominá-las. O Oriente e o Ocidente estão aprendendo esta grande verdade de maneiras diferentes e deveriam compartilhar de bom grado suas descobertas. Acima de qualquer dúvida, agrada ao Senhor que Seus filhos terrenos se esforcem para que o mundo chegue a uma civilização livre de pobreza, doença e ignorância da alma. O esquecimento, pelo homem, de seus recursos divinos (resultado do mau uso de seu livre-arbítrio) é causa primeira de todas as outras formas de sofrimento.

Os males atribuídos a uma abstração antropomórfica chamada 'sociedade' podem ser imputados, mais realisticamente, a cada homem. A Utopia deve brotar em cada peito humano, antes que possa florescer em virtude cívica, pois as reformas internas conduzem naturalmente às externas. Um homem que reformou a si mesmo reformará milhares.(...)"

(Paramahansa Yogananda - Autobiografia de um Yogue - Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro, 2001 - p. 524)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/autobiografia-de-um-iogue.html


segunda-feira, 9 de junho de 2014

TODO MUNDO É SEU MESTRE

"Na escola da vida, tudo o que lhe acontece traz algum ensinamento, e todo mundo é o seu mestre. Considere as suas experiências como mensagens codificadas, cujo significado diz: ‘Há sempre alguma coisa que você precisa aprender a fim de crescer e se expandir.'

A doença pode ser um excelente exemplo. Quando você pega uma gripe ou resfriado, é como se o universo estivesse querendo dizer: ‘Calma! Vá devagar; entre para dentro de si por alguns instantes – você precisa descansar e olhar para seu mundo interior.’ Se prestar atenção a essas mensagens, o universo apenas o cutucará quando quiser chamar sua atenção; mas, se ignorar essas pequenas sugestões, será forçado a encarar de frente a vida na forma de uma crise.

As lições de vida mais significativas vêm através de outras pessoas – particularmente daquelas que estão mais perto de você – pais, filhos, cônjuges, amigos e colegas. Por meio desses relacionamentos próximos você aprende as mais valiosas lições – o amor, a paciência, o sacrifício, a generosidade e o perdão.

Muitas vezes, os ensinamentos mais importantes surgem daqueles indivíduos e situações mais críticas. Dê uma olhada na sua vida. Quem ou o quê está lhe trazendo mais problemas? Como é que está reagindo a esse desafio? Em vez de ficar irritado ou frustrado, dê graças à situação ou à pessoa que o causou. Peça à sabedoria suprema que lhe revele o significado da experiência e o ajude a encontrar a solução.

Toda experiência na vida lhe oferece um presente especial. Peça e ele lhe será dado."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam – Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 56)


sábado, 26 de abril de 2014

O CICLO DA VIDA

"Nossas vidas não resultam de acontecimentos e ações aleatórias. O período de cada vida é cuidadosa e sabiamente planejado para nos dar uma oportunidade de aprendizagem e evolução.

Escolhemos nossos pais, que são geralmente almas com que interagimos em nossas vidas anteriores. Aprendemos na infância, na juventude e na idade adulta, evoluindo espiritualmente em paralelo com nossa evolução física. Depois que nossa alma deixa o corpo, no momento da morte física, a aprendizagem continua em planos mais elevados de consciência. Revemos a vida que acabamos de deixar, aprendemos nossa lições, planejamos nossa próxima vida. A aprendizagem é permanente e não termina com a morte do corpo.

Passamos por vários níveis de consciência quando nossa alma deixa o corpo físico no momento da morte. Um dos níveis importantes é o da aprendizagem, onde revemos nossa vida. Revivemos cada encontro, cada relacionamente. Sentimos as emoções das pessoas que ajudamos e das que ferimos, das que amamos ou odiamos, das que atingimos positiva ou negativamente. Sentimos suas emoções muito profundamente, porque este é um meio poderoso de aprendizagem, uma espécie de retorno instantâneo de tudo o que fizemos enquanto estávamos em nosso corpo físico. Aprendemos sobretudo através dos relacionamentos.

O conceito de reencarnação explica e esclarece os relacionamentos na vida presente. Constantemente, o que aconteceu no passado distante continua influenciando os relacionamentos de hoje. Tomar consciência das causas dos problemas, enraizadas em vidas anteriores, pode curar o relacionamento presente. Essa tomada de consciência e um aprofundamento da compreensão das coisas são poderosas forças de cura."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p.22/23)
www.esextante.com.br


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

DOIS SAPOS

"Vivia um sapo – no fundo dum poço.

Lá nascera, lá vivera, de lá nunca saíra – e lá esperava morrer.

O seu horizonte era de um metro e meio de largura – o diâmetro do poço.

A profundidade de sua vida era de três palmos – como as águas do poço.

Para além da borda do poço – nada mais existia para ele...

Certo dia, tombou no fundo do poço – um sapo de outras regiões...

Vinha de longe, de muito longe – das praias do mar...

Com secreto rancor, viu o primeiro invadido pelo segundo o seu espaço vital.

Mas, como o segundo era mais forte, resolveu o primeiro não o guerrear – e limitar-se à defesa passiva...

Depois de três dias de silêncio recíproco, travou-se entre os dois batráquios o diálogo seguinte:

- Donde vens tu, estranho invasor?

- Das praias do mar, ignoto ermitão.

- Que coisa é o mar?

- O mar?... O mar é uma grande planície d’água.

- Tão grande como esta pedra em que pousam minhas pernas gentis?

- Muito maior.

- Tão grande como esta água que reflete o meu corpo esbelto?

- Maior, muitíssimo maior.

- Tão grande como este poço, minha casa?

- Mil vezes maior. Milhares de poços destes caberiam no mar que eu vi. O mar é tão grande que sempre começa lá onde acaba. É tão grande que todo o céu cabe nele, e ainda sobra mar. Todos os sapos do mundo, pulando a vida inteira, não chegariam ao outro lado – tão grande é o mar à cuja margem nasci e vivi.

- Safa-te daqui, mentiroso! – exclamou o batráquio do poço. – Coisa maior que este poço não pode haver! Mais água que esta água é mentira!...

*   *   *

Desde então viviam os dois em pé de guerra, no fundo do poço.

Não diz a história se algum deles, supersapo, venceu nessa luta feroz...

Nem diz se um deles, batráquio genial, convenceu o outro da verdade das suas ideias...

Consta apenas que, desde esse tempo, vivem no mundo seres que só creem em si mesmos...

Seres que sabem tudo o que os outros ignoram...

Seres que tacham de loucos os que afirmam o que eles não compreendem...

Seres de tão vasto saber que consideram desdouro aprender...

Não fales, meu amigo, em mares – a quem mares não viu!

Deixa viver no poço – quem no poço nasceu!

Horizonte de metro e meio, água de três palmos de fundo, pedra de meio palmo – que mais quer o batráquio dum poço?

Deixa ao ignorante a sua feliz ignorância!

Não fales em mares a quem para um poço nasceu!

Cada qual com seu igual...”

(Huberto Rohden – De Alma para Alma – Ed. Martin Claret, São Paulo, 2005 – p. 127/128)


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

CARMA NÃO É PUNIÇÃO

"Carma não é punição, mas, acima de tudo, uma oportunidade para aprender. Este planeta é uma enorme escola e nossa tarefa é aprender e crescer. O carma é um conceito universal, que existe em todas as grandes religiões. Você colhe o que planta. Todo pensamento e toda ação têm inevitáveis consequências. Somos responsáveis por nossas ações.

A maneira mais segura de reencarnar numa raça ou religião em particular é manifestar preconceito contra aquele grupo. O ódio é um trem expresso, carregando você para aquele grupo. (...) 

É importante lembrar que o carma se refere à aprendizagem nunca à punição. Nossos pais e as outras pessoas com quem interagimos possuem livre-arbítrio. Elas tanto podem nos amar e ajudar quanto nos odiar e prejudicar. A escolha que elas fazem não é nosso carma, mas uma manifestação de seu livre-arbítrio. Elas também estão aprendendo. 

Às vezes uma alma escolhe uma vida especialmente difícil para acelerar seu crescimento espiritual, ou como um ato de amor, para ajudar, orientar e apoiar outras pessoas que estejam também enfrentando problemas graves em sua vida. Uma vida dura e difícil não é um castigo, mas uma oportunidade de desenvolvimento.

Trocamos de raça, de religião, de sexo, de condições econômicas, porque precisamos receber lições de todas as situações. Experimentamos tudo. O carma é a justiça suprema. Nada escapa nem é tratado superficialmente em nosso aprendizado.

A graça divina pode suplantar o carma. A graça divina é a intervenção sagrada, uma mão amorosa descendo do céu em nosso auxílio, para diminuir nossas dificuldades e sofrimentos. Uma vez que tenhamos aprendido a lição, não há mais necessidade de sofrimento, mesmo que o débito cármico não tenha sido integralmente pago. Estamos aqui para aprender, e não para sofrer."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 -  p. 52/53)


sábado, 11 de maio de 2013

DESEJO, SOFRIMENTO E SABEDORIA (PARTE FINAL)

" (...) A maioria das ilusões não sobrevive a uma bateria de perguntas e respostas sinceras. Outras podem acabar revelando necessidades não preenchidas. Ilusão não enche barriga e se não preenchemos nossas necessidades de modo verdadeiro, o mecanismo de desejo e frustração só aumenta. Precisamos ter vida real, trabalhar, nos relacionar com os outros, comer, vestir, dormir, de forma equilibrada e harmônica. Precisamos conhecer a vida e nos tornar gente. Esse é o pasto verdejante disponível para alimentar o cavalo, mas ele não vê, pois está iludido com o desejo. Assim fica mais claro entender por que Krishnamurti disse que o desejo é a raiz da ignorância. Quem fica entretido com desejos perde a riqueza da vida que acontece e ensina a cada dia.

A frustração é uma grande professora, que nos ensina a despertar. Hoje, com 40 anos, sinto sincera gratidão pelos pseudoinsucessos da minha vida. Felizmente os romances da minha adolescência fracassaram - teriam sido casamento catastróficos. Sou muito grata pelos empregos que não consegui, viagens que não fiz, dinheiro que não ganhei, coisas que não comprei, prêmios que não recebi e mais uma infinidade de quinquilharias inúteis que desejei e hoje nem mesmo lembro, tamanha a sua insignificância. 

Não deixei de ter projetos e muito menos de me esforçar para executá-los, mas não vivo em função de expectativas. Hoje prefiro as coisas simples, as amizades poucas e sinceras, as pequenas obras, os amores possíveis, o anonimato, a vida modesta, o dia atual, o inusitado, e toda a riqueza que posso ver com a diminuição dos desejos na vida cotidiana, na família, nos amigos, nas pessoas conhecidas e desconhecidas, na natureza, no cosmo, nas artes, na filosofia, na ciência, nesse vasto mundo de causas e efeitos, cheio de mistérios, sobre o qual eu tenho tudo a aprender.

Dizem que a vida começa aos 40. Acho que o número é o de menos, mas tenho certeza de que a vida começa com um pouquinho de sabedoria, que se planta com a boa vontade de querer distinguir o que é falso do que é ilusório. Penso que a melhor idade é aquela em que descobrimos que conhecer a realidade é bem melhor que alimentar fantasias. Deve ser verdade, pois Hugo de São Vitor já escreveu sobre isso no século XII: "A velhice daqueles que construíram a sua adolescência em atos honestos com a idade se torna mais douta, com a prática mais calejada, com o andar do tempo mais sábia, e recolhe os frutos dulcíssimos dos estudos anteriores. Por isso, conta-se que aquele homem sábio da Grécia, Temístocles, percebendo que estava morrendo após ter completado 107 anos, ficou triste em ter que sair da vida quando começava a conhecer as coisas."

(Cristiane Szynwelski - Revista Sophia nº 40 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 14/15)


DESEJO, SOFRIMENTO E SABEDORIA (2ª PARTE)

" (...) Como um cavalo faminto que se recusa a comer o pasto verdejante à sua volta, pois está muito ocupado perseguindo a cenoura dos seus sonhos, assim o escravo dos desejos se recusa a conhecer e a fruir da vida, pois está envolvido demais na busca de suas ilusões sempre cambiantes. Muitos se tornam vítimas fatais de suas miragens, como o caso de certas "celebridades" que, voluntária ou involuntariamente, acabaram se suicidando depois de já terem supostamente conseguido "tudo", e de tão insatisfeitas, buscaram a morte. O fato é que a ilusão não satisfaz, assim como a cenoura de sonhos não é capaz de saciar a fome do cavalo.

O que faz alguém começar a escapar da armadilha das ilusões é o processo de aprendizado e amadurecimento espiritual. Isso implica deixar de ser uma ovelha que cegamente acompanha o rebanho e passar a questionar para onde está indo e qual é o motivo de cada passo. Assim como o filósofo Sócrates perguntava aos alunos o porquê de cada coisa, deveríamos perguntar a nós mesmos os porquês das crenças que estão na raiz de nossa ansiedade e frustração. Mas para isso é preciso querer aprender e ser perspicaz. 

Lembro-me bem de certa vez, quando era garota, em que sutilmente demonstrei interesse por um certo rapaz que, claramente, demonstrou que não tinha nenhum interesse por mim. Ao contrário de outros momentos em que fiquei automaticamente triste, eu simplesmente observei os meus pensamento e as emoções que se seguiram àquele "fora". Algo em mim queria mascarar a situação, mas como eu estava observando, percebi bem o desgosto por não ter sido correspondida. Imediatamente, uma vez em mim perguntou: e daí? Então percebi que eu tinha a crença de que, para ser feliz, precisava ser sempre correspondida, apreciada etc. Nada mais falso. Imediatamente me libertei desse preconceito.

Um dos maiores sofrimentos da juventude vem da ilusão de que a pessoa X é o nosso parceiro ideal, e de que ela deveria achar o mesmo de nós. Os exemplos da juventude parecem engraçados, mas o fato é que o mecanismo é sempre o mesmo em todas as idades. O funcionário acha que o chefe deve promovê-lo. O chefe acha que o funcionário tem que fazer todas as suas vontades. A vovó acha que a netinha não deveria ter faltado ao almoço no domingo. A mulher acha que precisa de uma bolsa nova. A moça acha que precisa colocar silicone no busto. O rapaz acha que precisa de mais dois centímetros de bíceps. 

O fato é que nós nos livraríamos de uma infinidade de aborrecimentos simplesmente perguntando por quê. Por que eu teria que ser promovido? Por que eu preciso de uma roupa nova? Por que alguém não pode faltar ao meu almoço? Por que eu preciso de um busto maior? Vai chamar mais atenção? Por que eu preciso de mais atenção? Está na moda? Por que eu precisa estar na moda? O que é a moda? Por que a moda existe? (...)"

(Cristiane Szynwelski - Revista Sophia nº 40 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 14/15)


quarta-feira, 24 de abril de 2013

O GRANDE E O PEQUENO (PARTE FINAL)

"(...) Outra lição é que mesmo o mais humilde, em termos de aprendizado ou de posição na vida, não deve sentir qualquer inferioridade ou desânimo a respeito de sua condição, uma vez que esse sentimento surge de uma percepção estreita, e portanto errada, do quadro maior da vida. Como observou o esquilo, "tudo está bem e no lugar certo". A correta atitude é compreender com otimismo e autoconfiança. Cada um, mesmo no degrau inferior da escada, tem um papel a desempenhar. O funcionário que simplesmente recebe e despacha as cartas e que mantém o registro da correspondência também executa uma função significativa em qualquer grande organização.

Numa comunidade, a cozinheira, o carpinteiro e o varredor são tão relevantes quanto o prefeito. Numa organização digna, da mesma forma, um colaborador idoso que vem regularmente para manter os livros contábeis atualizados e em ordem nas prateleiras executa uma parte importante do trabalho - tão importante quanto, por exemplo, a de um conceituado palestrante. Quando alguém que estava tentando trilhar o caminho da santidade sentiu que seu tempo estava sendo desperdiçado em pequenos afazeres familiares, o mestre interpôs a perspectiva correta e observou: "Que causa melhor para recompensa, que melhor disciplina do que a execução diária do dever? (...) Que senda melhor para a iluminação (...) do que a conquista diária do eu?"

Não é o tamanho do trabalho nem da oferenda que importam, mas a devoção e o espírito altruísta de que se está imbuído. Como explicou Cristo: "Esta pobre viúva contribui mais do que todos aqueles que contribuíram para o tesouro: pois tudo com o que contribuíram é o que têm em excesso; mas ela, por vontade própria, contribui com tudo que possuía, até mesmo o que tinha para seu sustento." Krishna disse a mesma coisa: "Aquele que com devoção me oferece uma folha ou uma flor, um fruto, água, isso eu aceito do eu diligente, oferecido como foi com devoção."

Em última análise, o que parece ser importante quando se está trilhando o caminho para a paz é a constância do eu. Isso abrange uma diminuição do sentido de autoimportância, por um lado, e da própria insignificância, por outro - pois essas atitudes têm origem no eu. Cada qual é um deus em formação, qualquer que seja sua situação atual. 

Quando o eu em nós diminui, começamos a entender e a respeitar a relevância e o lugar de cada expressão de vida no esquema do universo. Também começamos a sentir nossa proximidade, cuidado e reverência pra com toda a vida."

(Surendra Narayan - Revista Sophia 42 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 06/07)


quarta-feira, 17 de abril de 2013

A AVENTURA DE UMA ALMA EM ESTADO INICIAL DE EVOLUÇÃO

"Deus nos enviou a este mundo para encenarmos um drama divino. Como imagens individualizadas do Senhor, nossas vidas têm uma finalidade única: aprender; e, por meio do aprendizado, crescer; e através do crescimento constante, expressar finalmente a nossa verdadeira natureza e retornar ao nosso estado original de união com Deus.

Ao começar nossa aventura terrestre como almas em estado inicial de evolução, primeiro adquirimos conhecimentos através de tentativas e erros. Executamos uma ação, e se ela traz bons resultados, nós a repetimos. Mas quando um ato específico nos causa dor, procuramos evitá-lo, daí por diante. Em seguida, aprendemos a nos beneficiar com o exemplo alheio. Observamos o comportamento da nossa família, dos amigos, e dos membros da nossa comunidade, beneficiando-nos com a análise de nossos erros e êxitos. 

Nossas experiências nos levam sempre adiante, à procura de uma compreensão mais profunda de nossa existência terrestre até que chega, para cada um de nós, o momento em que começamos a buscar seriamente a Verdade. O homem cuja consciência evoluiu até esse ponto se pergunta: "O que é a vida?", "Quem sou eu?", "De onde vim?" E o Senhor responde àquele que busca, conduzindo-o a um professor ou a livros filosóficos e religiosos que satisfaçam esta sede inicial de compreensão. A medida que ele absorve os conhecimentos de outras pessoas, seu entendimento se desenvolve e o crescimento espiritual se acelera. Ele se aproxima um pouco mais da Verdade, ou seja de Deus.

Finalmente, até mesmo esse conhecimento se torna insatisfatório e ele almeja por uma realização pessoal de Verdade. A sua própria alma o induz a pensar: "Com certeza, este mundo não é meu lar! Com certeza, eu não sou apenas este corpo físico; ele só pode ser uma prisão temporária. Deve haver algo mais em relação à vida que os meus sentidos não podem agora perceber, algo que subsista além dos portais da morte. Li a respeito da Verdade; ouvi a respeito da Verdade. Agora preciso conhecê-la!".

Em resposta ao angustiado apelo de Seu filho, o Senhor, em sua compaixão, envia-lhe um mestre iluminado, um verdadeiro guru que, tendo alcançado a realização do Ser, sabe que este Ser é Espírito. A vida de semelhante mestre é uma expressão plena da Divindade."

(Mrinalini Mata - O Relacionamento Guru-Discípulo - Self-Realization Fellowship - p. 07/09)


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

VONTADE DE APRENDER


“Pela janela, eu ia vendo a paisagem mudando, as coisas ficando para trás. Numa encosta nua, num pé de milho. Nele, uma lição.

A haste falou-me da verticalidade elegante, mas efêmera.

As raízes, ocultas aos olhos, em trabalho fecundo e anônimo, disseram-me sobre servir com humildade.

As folhas, tangidas pelo vento, eram eloquentes em demonstração de volubilidade.

As espigas, doação generosa.

Cada grão prometia uma safra.

Há uma lição em cada pé de milho.

É preciso que haja em cada um de nós a vontade de aprender.”

(Hermógenes – Mergulho na Paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 161) 


sábado, 17 de novembro de 2012

APRENDIZAGEM



“Vive e aproveita cada segundo de tua vida pois, onde estiveres, poderá aprender muito. A Sabedoria não se limita a lugar físico nenhum – ela está em todos os lugares, ela está em todos. É preciso ter olhos para ver e ouvidos para ouvir. A evolução não dá saltos, mas sim passos. Sê mais paciente, principalmente, contigo mesma. É na rotina do dia-a-dia que ao ser humano vem as oportunidades de aprendizagem e crescimento. O tempo é sábio e coloca tudo em seus devidos lugares. Ele é o teu aliado e não inimigo, como muitos julgam.”

(Stella Lecocq – Mensagens dos Mestres – de Coração a Coração – p. 354/355)