OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sexta-feira, 3 de junho de 2016

SEGREDO PARA UM AMBIENTE FELIZ

"Se você deseja ser amado, comece por amar a quem necessita de seu amor. Se quer que os outros simpatizem com você, demonstre simpatia por aqueles que o cercam. Se lhe agrada o respeito de seus semelhantes, aprenda a respeitá-los a todos, jovens e idosos. Não se esqueça: o que quer que espere dos outros, faça-o antes a você - e eles responderão do modo como espera.

É fácil pretender que as pessoas se comportem para conosco de maneira perfeita e é igualmente fácil surpreender-lhes as faltas. Difícil, porém, é nos conduzirmos da maneira adequada, reconhecendo os próprios erros. Se você se lembrar sempre de agir corretamente, os outros procurarão seguir o seu exemplo. Se conseguir reconhecer suas deficiências sem alimentar nenhum complexo de inferioridade, empenhando-se em corrigi-las, usará seu tempo de maneira mais proveitosa do que se tentasse melhorar os outros. O bom exemplo é mais eficaz que a boa intenção, a cólera sagrada ou as palavras.

Quanto mais você evoluir, mais edificará aqueles que o cercam. Quanto mais feliz se tornar, mais felizes eles se sentirão."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p.36/37)


sábado, 20 de fevereiro de 2016

POR QUE TANTA LUTA? ( 1ª PARTE)

"Ao responder a pergunta ‘Por que tem de haver todos esses erros e quedas ao se trilhar a senda da evolução?’, devemos considerar o universo como algo existente, como um fato através do qual dar início; e devemos estudá-lo para descobrir o fim, ou pelo menos um dos fins ao qual está tendendo. Por que ele deve tender para aquela meta é, como foi dito, uma nova questão, e do mais profundo interesse; mas é pelo fim descoberto que devemos julgar os meios empregados para chegar até ele.

Mesmo um estudo superficial da parte do universo na qual nos encontramos mostra-nos que pelo menos um de seus fins - se não seu único fim - é produzir seres vivos altamente inteligentes e de vontade forte, capazes de tomar parte ativa em continuar e orientar as atividades da Natureza e de cooperar no esquema geral da evolução.

O estudo ulterior, empreendido pelo desabrochar das qualidades internas e endossado pelas escrituras antigas, nos mostra que este mundo não está só, mas forma um de uma série, que tem sido ajudado na evolução de sua humanidade por homens mais velhos, e deve produzir homens de sua própria lavra para o auxílio de mundos mais jovens em eras ainda por vir. Ademais, mostra também uma vasta hierarquia de Seres supra-humanos, direcionando e guiando a evolução, e como centro do universo o tríplice Logos, Soberano e Senhor de Seu sistema. E esse estudo nos informa que os frutos de um sistema não são apenas uma grande hierarquia de inteligências poderosas com gradações de esplendor cada vez menor à medida que descendem, mas também esta suprema perfeição de um Logos como a coroação de tudo. Desvenda panorama após panorama de crescente esplendor, universos onde cada sistema é apenas um mundo, em extensão sempre crescente de gloriosa e ilimitável plenitude de vida infinita. Então surge a pergunta: ‘Por que meios serão desenvolvidos esses Seres poderosos, que se elevam da poeira às estrelas, e dessas estrelas que são a poeira de sistemas mais vastos até estrelas que são para elas como o lodo para o Sol?’ (...)"

(Annie Besant - Um estudo sobre a Consciência - Ed. Teosófica, Brasília - p. 236/237) 
www.editorateosófica.com.br


sábado, 9 de janeiro de 2016

CONSELHO DO MESTRE

"(...) Alguns dos obstáculos que te instruíram para vencer podem parecer-te sem importância, mas em realidade não o são, porque são as indicações superficiais de uma condição interior que deve ser alterada. Isso significa uma transformação radical, que não te será fácil realizar, mas o esforço compensa o tempo empregado. As regras que desejo que cumpras são as seguintes:

1 - Esquece-te de ti e dos desejos de tua personalidade, e lembra-te apenas do serviço aos outros, dedicando totalmente a isso tua energia, teu pensamento e teu entusiasmo.

2 - Não ofereças uma opinião sobre qualquer assunto, a não ser que diretamente solicitada.

3 - Antes de falar, considera sempre quanto o que vais dizer afetará outros.

4 - Nunca divulgues, nem comentes, a fraqueza de um irmão.

5 - Lembra-te que tens ainda muito que aprender, e portanto, podes frequentemente errar; fala, pois, com conveniente modéstia.

6 - Quando chamado, movimenta-te rápido, não esperando concluir o que estiveres lendo ou fazendo; se estiveres executando uma obrigação importante, explica muito gentilmente o que é. (...)"

(C.W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2004 - p. 88)


quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

OPORTUNIDADE ESPIRITUAL NO ANO NOVO

"Guruji ensinava que o nascimento de um novo ano é uma época auspiciosa para virar a maré dos acontecimentos. É portanto bom, na véspera do Ano Novo, fazer uma introspecção, analisar a si mesmo e promover um inventario espiritual. Devemos considerar onde fizemos progresso no caminho espiritual e onde estamos retrocedendo, e depois meditar sobre as qualidades que esperamos tornar parte de nós nos dias vindouros.

Temos predisposição para raiva, a cobiça ou a inveja? Somos distraídos por desejos que afastam nossa atenção de Deus - a única Realidade? Não devemos ficar desanimados com nossos erros, mesmo que sejam muitos. Deus nos ama apesar deles, e nos ajuda e encoraja, não importa quais sejam nossas fraquezas, conquanto estejamos tentando melhorar. Quando o devoto estende uma mão para Deus, procurando Sua ajuda, o Amado Divino estende para baixo ambas as mãos, para levantar esse devoto. Portanto, mantenhamos, sempre, pelo menos uma das mãos estendida para o Divino, orando por Sua orientação. E tomemos a resolução de fazer um esforço maior neste ano novo para afastar tudo o que nos iria desviar de Deus."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 88/89)


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

CUMPRINDO OS DEVERES PARA COM DEUS E COM O HOMEM

"Até uma pessoa materialista que ocupa o tempo de modo construtivo é melhor do que uma pessoa 'espiritual' ociosa. Ser preguiçoso e não prestar nenhum serviço na Terra é ser abandonado por Deus e pelos homens. Entretanto, os que cumprem os deveres para com o ser humano mas não com Deus são como a mula que carrega um saco de ouro no lombo tendo consciência apenas do peso, e não do valor do ouro. Ações sem o pensamento em Deus são pesadas e restritivas; ações feitas com a consciência em Deus são libertadoras. Está certo renunciar a deveres materiais para servir apenas a Ele, porque em primeiro lugar é a Deus que devemos lealdade. Nada poderia ser feito sem o poder que Ele nos empresta. Aos que deixam tudo por Ele,¹ o Senhor perdoa qualquer provável pecado derivado de não cumprir deveres menores. Renunciar significa colocar Deus em primeiro lugar, seja seguindo os caminhos do mundo ou o caminho monástico. 

Meu irmão me dizia: 'O dinheiro em primeiro lugar; Deus vem depois'. Ele morreu antes de ter a oportunidade de encontrar Deus ou de usar seu dinheiro. Lembre-se das palavras de Cristo: 'Buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas'.² Quando encontrar Deus, tudo virá a você. Quando Ele o sustenta, você jamais poderá cair. Seus erros serão consertados e transformados em sabedoria. É o que descobri."

¹ 'Abandonando todos os outros dharmas (deveres), lembra-te só de Mim; Eu te libertarei de todos os pecados (decorrentes de não serem cumpridos esses deveres menores). Não te aflijas!' Bhagavad Gita XVIII:66.
² Mateus 6:33.

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 259)


domingo, 6 de dezembro de 2015

MUDANÇA

"Você também acha que está tudo ruim, que o mundo já não tem mais jeito?

Será que não tem jeito mesmo?


Então, é o desespero total?!!!

Não admitamos uma coisa tão ruim.

O mundo tem jeito, sim.
 

Até agora as coisa têm se deteriorado porque cada um que pensa que a situação deve mudar trata de esperar que alguém mude alguma coisa. A mudança, a melhora... que os outros a realizem!

Você é assim?

Não viu ainda que se você não mudar, nada vai mudar? Não se vê que a melhora deve ser iniciativa sua?

Você é desses que só sabem reclamar contra o governo, contra tudo e contra todos? Só vê nos outros erros e pecados, e nada em você?

Você ainda está aí de braços cruzados, somente reclamando?! Continua esperando iniciativa somente dos demais?!

Que a paz e concórdia comecem por mim."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 40)

ww.record.com.br

terça-feira, 11 de agosto de 2015

CALMA E DESAPEGO

"O iogue sábio procura uma indiferença interior aos acontecimento e às mudanças transitórias, assim como o capitão de um navio minimiza os desvios da verdadeira rota que, na ausência de sua atenção, poderiam ser causados pelo tempo, vento e pelas ondas. Existe uma clara distinção entre a atenção apropriada às pessoas e aos movimentos, e nosso relacionamento com ambos, bem como o reconhecimento interior da falta de importância relativa que têm para o desenvolvimento do Ego, exceto como orientações para a conduta futura.

A calma do lago tranquilo entre as montanhas num dia sem vento representa a condição ideal da natureza mental e emocional do iogue que deve ser submetido a crises sucessivas, nas quais deve viver, pois são inseparáveis da existência física fora do santuário. Quando possível, antes de ir dormir, restabeleça a natureza psíquica a este estado tranquilo, após ter observado devidamente e notado sem envolvimento passional os eventos do dia. A recitação da Palavra Sagrada antes de dormir é uma prática útil que beneficia todo o quaternário inferior.

Brisas suaves podem soprar sobre o lago tranquilo causando ondulações em sua superfície, que retorna imediatamente à tranquilidade após a sua passagem. Talvez com uma só exceção, as experiências de qualquer dia da vida terrena são comparáveis a estas brisas suaves. A exceção seria o erro pessoal, quer seja inadvertido ou deliberado. No primeiro caso, a completa calma deveria ser instantaneamente reassumida após cada experiência e toda a natureza pacificada antes de ir dormir. O erro deve ser corrigido e também reparado quando há outros envolvidos. Deve haver a determinação para não repetir o erro, e em seguida a restauração da calma - se necessário, entoando a Palavra Sagrada e elevando a consciência inteiramente acima do pessoal. Isso vai assegurar a entrada nos estudos e trabalhos noturnos, aparecimento diante dos Mestres e irmãos Iniciados, discípulos e aspirantes, e a percepção e recepção de decisões e ordens com uma mente calma e uma aura pacífica, livre de distorções e manchas.

O costume oriental de deixar atrás os calçados ao entrar num templo é um símbolo útil para deixarmos para trás as considerações mundanas antes de irmos dormir. É bem verdade que esta é uma orientação sutil para os aspirantes que são forçados a se submeter às condições de vida terrena entre pessoas de tipos diferentes e em vários graus de desenvolvimento. A ioga torna a pessoa cada vez mais sensível às condições externas e internas, apesar de conceder também mais calma e autocontrole. Este último deveria ser aumentado como um parte essencial da ioga. Calma mental imperturbável mesmo quando as emoções tiverem sido perturbadas - por outra pessoa, ou uma percepção intuitiva de um erro ou de uma desarmonia atual ou premente - este é o ideal."

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Ioga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001 - p. 94/95)


quinta-feira, 16 de julho de 2015

O KARMA NÃO É PUNIÇÃO (1ª PARTE)

"'Quantas formas o karma é capaz de assumir?', perguntou um fiel, pensando, talvez, nas sentenças fixadas em simples julgamentos nos tribunais.

'Você está confundindo karma com punição', replicou o Mestre. Depois, sorrindo, acrescentou: 'Muitos cometem esse erro. Mas karma significa apenas ação.

'A ação pode ser de muitos tipos, e pode ser intrinsecamente boa, má ou neutra; a ação neutra por vezes serve como uma transição entre a boa e a má ação. O próprio Universo, de acordo com as Escrituras hindus, é um misto de de três qualidades, ou gunas, como são chamadas: o princípio bom, o princípio ativo e o princípio mau.

'A qualidade boa, chamada de sattwa guna, eleva a consciência até a sua fonte em Deus. A qualidade capaz de ativar, chamada de rajas ou raja guna, e só isso: ela estimula as pessoas a agirem em benefício do ego, embora não necessariamente em termos de uma ação ruim. 

'O guna ruim é chamado de tamas. Ele é ruim porque obscurece a compreensão das coisas.

'A maior parte dos seres humanos é materialista. Age visando o lucro pessoal. Poucos procedem dessa forma com vontade de prejudicar os outros; poucas pessoas são verdadeiramente más.

'As consequências da ação são tão variadas quanto os próprios atos. (...)"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 79)
www.editorapensamento.com.br


segunda-feira, 6 de julho de 2015

O BOM PLANTIO

"Exatamente no começo tome precaução bastante para assegurar-se de que a semente é boa e isenta de defeitos. Não inicie qualquer trabalho com o mau propósito de pompa, autopromoção, competição ou desafio. Não transfira a Deus as frustrações decorrentes de seus próprios deslizes e erros. Ore, antes, durante e depois, para que o câncer do egoísmo não possa estragar o esforço. O búfalo tem chifres, o elefante tem presas... Mas, que diferença! As presas são muito mais valiosas. O homem que tem fé e o que não tem, ambos são homens. Mas, que diferença! Com fé ele é muito mais eficiente, corajoso e sábio.

Hoje em dia você pode subornar seu método para obter sucesso em todas as esferas. Deus, no entanto, não pode ser alcançado por truques ou através de atalhos. Somente pelo método difícil da luta, do desapego e da rígida disciplina, podemos alcançá-lo. Anseie desesperadamente (sic) por Ele. Sature sua mente com Sua forma, Sua majestade, Sua glória e Sua graça. O homem é divino por nascimento. Isso chega automaticamente à sua consciência. A cortina de maya¹ entretanto impede esse vibrante contato, essa revelação iluminadora. Maya é também um divino artifício; é o veículo ou upadhi do Senhor."

¹ Maya - é o seu véu que vela a contemplação da Realidade.

(Sathya Sai Baba - Sadhana: O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 215/216)


quarta-feira, 8 de abril de 2015

CRÍTICA DESTRUTIVA

"Há dois tipos de crítica: a construtiva e a destrutiva. Quando feita a pessoas que não gostam de ser censuradas, é destrutiva. A crítica construtiva limita-se a dar conselhos para o despertar da alma de amigos que querem e pediram sua ajuda. A crítica construtiva deve ser feita em tom amigável. 

Não será fácil para você criticar os outros de maneira correta e gentil antes de criticar-se a si mesmo com severidade. Se conseguir visualizar claramente as faltas alheias com simpatia, como se fossem as suas, então estará tomando uma atitude correta. A crítica tácita é pior que a crítica em palavras. Nada mais tolo do que censurar os outros no íntimo, em silêncio. Elimine da mente toda crítica adversa a seus semelhantes.

Critique os outros amavelmente com um olhar ou com uma ligeira sugestão, usando um mínimo de palavras quando a pessoa houver solicitado seu parecer. Não faça a mesma crítica mais de duas vezes. Lance suas observações amáveis como sementes que irão germinar no solo das almas receptivas. Se essas almas quiserem cultivá-las, tanto melhor para elas. Você não pode forçar ninguém a fazer o que não quer. Com a crítica certa na hora certa, ajudará em muito as pessoas. 

Quando as escamas da ignorância caírem de seus olhos interiores, você conseguirá avaliar exatamente os pontos fortes e fracos dos outros. Aprenderá não apenas a ser tolerante, mas também a reverenciar somente o que é bom e a ignorar o que é psicologicamente nocivo.

Nós nos perdoamos em toda e qualquer circunstância. Por que então não perdoar os outros em toda e qualquer circunstância? Quando estamos errados, não gostamos de alardear nossos erros; mas, quando os outros erram, apressamo-nos a desmascará-los imediatamente. Possuídos pelo amor de Deus, tornamo-nos críticos divinos. Um crítico divino é um curador que tem a coragem de assumir a desagradável responsabilidade de corrigir seus próprios filhos com um único objetivo em mente: melhorá-los."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 28/29)
www.editorapensamento.com.br


sábado, 4 de abril de 2015

O AMOR E O PERDÃO (PARTE FINAL)

"(...) Todos nós gostamos de criticar, julgar e condenar as pessoas que nos cercam e até aquelas que estão longe do nosso convívio. Cristo tinha todos os motivos para julgar, mas não o fazia, nem condenava; ele acolhia, incluía, valorizava, consolava e encorajava.

Pedro dissera que, ainda que todos negassem Cristo, ele não o negaria e, se necessário, até morreria com ele. Foi muito grave o erro de Pedro ao negar, ainda que por momentos, Cristo e a história que viveu com ele. Além disso, para negá-lo, foi infiel à própria consciência. Contudo, Cristo não o condenou, não o questionou, não o criticou, não o reprovou, apenas o acolheu. Cristo o conhecia mais do que o próprio Pedro. Ele previu seu comportamento. Sua previsão não era uma condenação, mas um acolhimento, um sinal de que não desistiria de Pedro em qualquer situação, um indício de que o amor que sentia por ele estava acima do retorno que poderia receber, acima dos seus gestos e atitudes.

Certa vez, Cristo disse que toda pessoa que viesse até ele não seria lançada fora, não importavam a sua história nem seus erros (João 6:37). Ele via os erros não como objeto de punição, mas como uma possibilidade de transformação interior.

A prática do perdão de Cristo era fruto de sua capacidade incontida de amar. Com essa prática, todos tinham contínuas oportunidades de revisar a sua história e crescer diante dos seus erros. O amor de Cristo é singular, ninguém jamais pode explicá-lo..." 

(Augusto Cury - O Mestre dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2012 - p. 144/145)


sábado, 14 de março de 2015

QUEM É RESPONSÁVEL PELA CONDUTA DOS ADOLESCENTES? (4ª PARTE)

"(...) Nunca se deve passar às crianças a impressão de que, se cometerem um erro, Deus irá castigá-las. Elas precisam aprender a amar a Deus, não a temê-Lo; a agir certo porque O amam. Devem aprender um pouco sobre a lei do karma: 'O que plantarem neste mundo, meus queridos, vocês também colherão. Se mentirem, os outros serão falsos e não confiarão em vocês. Se roubarem ou tomarem dos outros à força, os outros também tirarão de vocês. Contudo, se forem altruístas, os outros serão generosos com vocês. Se forem amorosos, os outros gostarão de vocês.' 

 É dever dos pais abrir bem a mente e o coração dos filhos e orientá-los a cultivar a atitude correta em relação à vida, em relação aos problemas emocionais e em relação ao sexo, quando tiverem idade suficiente. Enquanto estiverem aprendendo, devem sempre sentir que, independentemente do que façam, seus pais sempre terão um coração aberto e uma mente compreensiva. A criança não deve sentir que precisa procurar alguma outra pessoa para conseguir a compreensão que não teve dos pais.

Pais sensatos nunca agirão embaraçados, dominados, desanimados ou chocados com qualquer coisa que o filho lhes diga. Sempre se deve fazer que o filho sinta: 'Posso recorrer a minha mãe e a meu pai com qualquer coisa que esteja me perturbando, porque sei que deles sempre receberei compreensão.' (...)"

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship -  p. 56)

segunda-feira, 2 de março de 2015

COMPAIXÃO E VOTOS DE BUDA

"3.  Buda educou-se, primeiro, em ser amável para com toda a vida animada e em evitar o erro de matar qualquer criatura, e depois então desejou que todos os homens pudessem conhecer a ventura da longa vida. 

Buda educou-se em evitar o erro do furto, para que, assim os homens pudessem ter tudo aquilo que desejassem.

Buda educou-se em evitar o adultério, e, com essa virtude, desejou que todos os homens pudessem conhecer a ventura de uma mente pura para que não sofressem com os desejos insatisfeitos.

Buda, quando buscava seu ideal, educou-se em evitar a mentira, e então, com esta virtude, desejou que os homens pudessem conhecer a tranquilidade da mente que advém com o cultivo da verdade.

Educou-se em evitar toda a falsidade, e desejou então que os homens pudessem desfrutar da alegria do coleguismo entre aqueles que seguiam o seu ensinamento.

Educou-se em evitar a ofensa a outrem, e então desejou que todos pudessem ter a mente serena que advém do viver em paz com os outros.

Evitou as vãs conversas, e então desejou que todos conhecessem a ventura da mútua e harmoniosa compreensão.

Buda, na busca de seu ideal, evitou a avareza, e então, com esta virtude, desejou que todos conhecessem a tranquilidade que advém de uma mente livre de toda a cobiça.

Evitou a ira, e então desejou que todos se amassem uns aos outros.

Educou-se em evitar a ignorância, e então desejou que todos pudessem entender e não nigligenciassem a lei da causalidade.

Assim, Buda, com sua misericórdia a todos envolvente, não almejava senão a felicidade dos homens. Ele ama a todos, assim como os pais amam seus filhos e a eles deseja a mais alta ventura, isto é, que eles possam transpor este oceano da vida e da morte."

(A Doutrina de Buda - Bukkyo Dendo Kyokai (Fundação para propagação do Budismo), 3ª edição revista, 1982 - p. 33/35)


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

AUTOCONHECIMENTO

"26. Jesus Disse: tu vês o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu próprio olho. Se tirares a trave do teu próprio olho, verás claramente como tirar o argueiro do olho do teu irmão.

Comentário: Estas mesmas palavras se encontram em Mateus e Lucas. O sentido é por demais conhecido e não necessita de ulterior elucidação. Todo o homem sem autoconhecimento enxerga facilmente os erros pequenos em seu semelhante, mas não percebe os erros grandes dele mesmo. Para os erros pequenos dos outros, o egoísta usa uma lente de aumento; para os erros próprios ele inverte a lente, de maneira que ela diminui, em vez de aumentar, os seus próprios defeitos.

Tudo isso é consequência da falta de autoconhecimento. Quem se conhece realmente a si mesmo percebe com facilidade até os menores deslizes em si mesmo e presta pouca atenção às faltas do próximo; e, no caso que as perceba, não é para censurar, mas para ver se pode ajudar a corrigi-las.

Esta última parte vem expressa com palavras cautelosas: não diz o Mestre que o homem vai tirar do olho do próximo o argueiro dos pequenos erros; mas diz que o homem de autoconhecimento se torna tão vidente, tão clarividente, para descobrir um modo como tirar, ou para mostrar ao outro como ele mesmo pode corrigir os seus defeitos. Na realidade, ninguém pode fazer o outro bom, só lhe pode fazer bem, mostrando-lhe o caminho de ele mesmo se fazer bom. Cada um deve fazer-se bom por si mesmo. O que o homem bom pode fazer é crear em torno de seu semelhante um ambiente tão favorável que ele resolva tornar-se bom. Esse ambiente favorável não consiste primariamente em atos e bons conselhos, nem no bom exemplo, mas sim numa permanente atitude de ser bom. Ser bom quer dizer ter a consciência humana sintonizada com a consciência divina e viver de acordo com essa atitude permanente. O maior impacto benéfico que um homem pode exercer sobre outro homem é ser bom, crear e manter uma permanente sintonia entre si e o Infinito."

(O Quinto Evangelho, A Mensagem do Cristo, Apóstolo Tomé - Tradução e comentários: Huberto Rohden - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 49)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

VENÇA O DESEJO E O APEGO PELO DESENVOLVIMENTO DA SABEDORIA

"Descarte o desejo pelos prazeres sensoriais, os quais, como o prazer obtido enquanto se coça um eczema sarnoso, somente torna a doença mais grave. Você não a pode sarar enquanto ceder à tentação de coçar. Quanto mais você coça, mais é tentado a continuar, até sobrevir o sangramento. Desista, portanto, desta vã pretensão¹ e se concentre sobre assuntos espirituais, ou, no mínimo, mova-se no mundo com a sempre presente convicção de que ele é um marasmo, uma rede, uma armadilha na qual o desejo e o apego precipitarão você. 

Raiva e ira podem ser usadas para proteger o sadhaka (asceta) contra o mal que o acoça. Enraiveça-se, mas somente contra as coisas que o estorvam.² Ire-se, mas somente contra os que fazem de você um bruto. Cultive jnana (sabedoria) e visualize o Senhor nas coisas e nas atividades. Isso torna cada vez mais eficaz seu nascimento humano. Não vasculhe os erros dos outros, porque os outros são manifestações do Senhor, o qual você está buscando realizar. O que vê nos outros são os seus próprio erros.

Da mesma forma como a cauda de um girino, o ego se desprende, à medida que se cresce em sabedoria. Deve simplesmente cair, pois, se for cortada, o pobre girino morrerá. Assim, não se aborreça quanto a seu ego. Desenvolva sabedoria, cultive discernimento, conheça a natureza fugaz de todas as coisas objetivas e, então, a 'cauda' não sobreviverá."

¹ A vã pretensão de saciar a fome de prazer (kama) através da permissiva gratificação.
² Raiva e ira são aqui força de expressão para acentuar o quanto precisamos evitar as coisas e atividades que estorvam nosso caminho de retorna à 'casa do pai'.

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 99/100)


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O PECADO EQUIVALE À IGNORÂNCIA (1ª PARTE)

"'O que é o pecado?', perguntou um discípulo.

'O pecado equivale ao erro; ele é consequência da ignorância', replicou o Mestre.

'O que é a ignorância? E o erro?'

'A ignorância é a falta de percepção das realidades do espírito, e a substituição da ilusão em que se vive por essas realidades. O erro é toda ação que se baseie nesse conceito equívoco.'

'O pecado não significa, pois, violar os Dez Mandamentos de Deus?', indagou o discípulo.

'Exatamente', respondeu Yogananda. 'Mas faça a você mesmo a seguinte pergunta: Por que Deus deu esses mandamentos à humanidade? Esse fato não foi algo arbitrário. E certamente não se destinava a nos impedir de encontrar a felicidade. Em vez disso, visava nos advertir de que certos tipos de comportamento haverão de intensificar o império da ilusão sobre a nossa mente, e nos haverão de privar da verdadeira felicidade. 

'Se alguém pensa no pecado como o desrespeito aos mandamentos de Deus, vem à luz a ideia da cólera de Deus e do julgamento implacável; mas o Senhor é quem nos governa! Nós somos os Seus filhos. Por que deveria Ele nos julgar? Somos nós, em vez disso, que julgamos a nós mesmos ao imaginar que tudo o que fazemos não merece perdão; no entanto, se entendermos o pecado como erro, perceberemos que nossos erros são passíveis de correção.'

Paramhansa Yogananda prosseguiu, referindo-se ao seu próprio guru: 'Sri Yukteswar costumava dizer, conforme escrevi em Autobiografia de um Yogue, 'Esqueça o passado. Na vida de muitos homens, o passado está manchado por muitos atos vergonhosos. A conduta humana é sempre falível quando o homem não está ancorado no Divino. No futuro, todas as coisas haverão de melhorar se você no momento estiver se esforçando, em termos de espiritualidade, para tanto'. 'Eu sempre gosto de lembrar às pessoas esta simples verdade: Um santo é um pecador que não desistiu de fazer progressos!' (...)"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 60/61)


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

SEM AUTOANÁLISE O HOMEM VIVE COMO UM ROBÔ

"Milhões de pessoas nunca analisam a si próprias. Mentalmente, são produtos mecânicos da fábrica do ambiente em que vivem, preocupadas com o café da manhã, almoço e jantar, trabalhando, dormindo, indo daqui para ali para se divertirem. Elas não sabem o que, nem por que estão procurando, e tampouco compreendem por que jamais encontram felicidade perfeita ou satisfação duradoura. Esquivando-se da autoanálise, permanecem como robôs, condicionadas pelo seu meio. A verdadeira autoanálise é a melhor arte do progresso.

Todos deveriam aprender a se analisar imparcialmente. Anote diariamente seus pensamentos e aspirações. Descubra o que você é - não o que imagina ser! - porque quer fazer de você aquilo que deveria ser. A maioria das pessoas não muda porque não vê seus próprios erros.

Cada um é produto da hereditariedade e do ambiente. Se você nascer nos Estados Unidos, apresentará características americanas inconfundíveis. Se nascer na China ou na Inglaterra, provavelmente refletirá as influências dessas nacionalidades. Seu ambiente é o resultado de sua verdadeira hereditariedade - traços e desejos adquiridos em vidas passadas. Essa herança de encarnações anteriores levou-o a nascer exatamente na família e no ambiente em que agora se encontra.

Quando lemos sobre famílias de pessoas importantes, notamos frequentemente que os filhos de grandes homens não são, necessariamente, da mesma fibra mental que os pais. Esta falha na hereditariedade biológica do homem suscita uma grande dúvida em nossa mente: por que não encontramos, na vida humana, os mesmos resultados que observamos nos reinos vegetal e animal, onde bons ancestrais costumam produzir bons descendentes? Temos de investigar a vida interior do homem para obter a resposta." 

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 73/74)

domingo, 26 de outubro de 2014

O MENDIGO E O ABASTADO (2ª PARTE)

"(...) Se você tem cometido o erro de reconhecer-se vazio de muitas coisas e, no sentido de preenchê-las, vive a solicitar do mundo e dos outros que lhe concedam favores, que lhe atendam os rogos, você dificilmente será feliz. Primeiro, porque o mundo e as pessoas não gostam de atender aos vazios, aos indigentes, aos dependentes, aos que se reconhecem fracos, incompletos, carentes de respeito, desamados, incompreendidos, necessitados, deserdados... Em segundo lugar, porque você se está enterrando na infelicidade ainda mais, pelo fato de reconhecer-se carente, decaído, necessitado, fraco, incapaz, miserável; por estar criando um autorretrato negativo e mórbido.

Você já sabe o que é o subconsciente como um 'servo-mecanismo'? Ou melhor, você sabe o que é um 'servo-mecanismo'? Se já sabe, desculpe. Preciso no entanto explicar a quem não sabe. "Servo-mecanismo' é uma máquina cibernética (no estilo do computador eletrônico), que funciona de forma que, ao receber uma nítida missão a cumprir, exata e fielmente a cumpre. Assim são os torpedos, as bombas dos terroristas e os foguetes autodirigidos, que em hipótese alguma erram o alvo. Pois bem, o 'servo-mecanismo' de seu subconsciente, a toda hora, recebe a missão que você lhe dá, através da imagem que fez de si mesmo (autorretrato). Cega e fatalmente cumpre a missão, isto é, com seu tremendo poder, faz de você o que você tem imaginado ser. Se você se vê como um desgraçado despojado de paz, força, saúde, amor, compreensão, respeito... finalmente de tudo que você ainda anda mendigando, então a toda hora, a máquina cibernética de seu subconsciente está fazendo do desgraçado que você imagina, um desgraçado real.

Quando, em vez de pedir ajuda, você passa a dar, você está, pelas mesmas razões e segundo as mesmas leis, aumentando sua capacidade de ajudar. Se em vez de pedir que lhe amem, você ama sem se ressentir com a não reciprocidade; se você ama incondicionalmente, se 'ama por amor ao amor', então, recebe, amor. Não por pedir. Mas em virtude da lei universal. Se você aprende a dar de si, verá aumentar a fortuna daquilo que aos outros tem dado. Se você é positivo, emitindo, distribuindo, ofertando, ajudando, compreendendo, estimulando, criando, irradiando, se fez de você um autorretrato positivo, será cada vez maior sua riqueza, maior a expansão de si mesmo, maiores os transbordamentos sobre os limites precários do ser humano 'normal'. Se você, esquecido das incompreensões de que tem sido vítima, gosta de dar compreensão a todos, virá a vencer também nesse aspecto da vida.

Quem pede está vazio. Quem oferta tem para dar. Quem se lamenta atrai maiores razões para mais se lamentar. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 202/204)

sábado, 20 de setembro de 2014

NÃO SE CULPE PELOS ENGANOS NA ESCOLHA DO CAMINHO ESPIRITUAL

"(2:66) Aqueles cuja consciência não se enraizou carecem de discernimento. Quem não medita não tem paz. E, se não tem paz, como será feliz?
(2:67) Assim como um barco pode ser desviado da rota por um vento repentino, assim o discernimento pode desgarrar-se pelas fantasias da influência sensorial.

Aquele que busca as coisas espirituais pode às vezes ver-se desviado de seu curso ascendente por tentações exteriores - não apenas os prazeres sensoriais, mas também o desejo de conquistas intangíveis acenadas por maya a fim de alimentar a consciência de seu ego: nome, fama, poder, importância e todo um bando de outras ilusões lisonjeiras. Longe de esfalfar-se com sentimentos de culpa e de autorrecriminações (que só aguçarão sua suscetibilidade à ilusão), deve ele regressar calmamente ao curso antigo.

Enganos no caminho são sempre possíveis. O devoto precisa identificá-los (ao menos no foro íntimo) honesta e francamente para depois esquecê-los sem cometer mais o erro de irritar-se consigo mesmo. Tem de manter a mente firmemente voltada para a estrela-guia de seu objetivo autêntico: a união com Deus. Porquanto o ego é uma ilusão, tudo o que o induzir a afirmar a sua própria realidade isolada será uma ilusão também. Dá-se o mesmo com o desengano que a pessoa sente por ter sucumbido às tentações ilusórias.

Quando se atira um seixo a um lago, surgem ondulações. De igual modo, quando ocorre na vida algo que provoca reação emocional, ondas de sentimentos afloram. As ondas levantadas pelo seixo vogam para a margem e retornam, só aos poucos serenando novamente. Assim também as reações da pessoa a pressões externas vão e vêm, dando forma ao engano suscitado pela reação original.

Com efeito, devemos transformar em prática o ato de separar-nos, na mente, da identificação com seja lá o que for - mesmo em se tratando de identidade de pensamento - e voltar à assertiva 'Deus é o Único que Faz'. Graças a essa dissociação dos erros que o ego possa cometer, nossa tendência a falhar irá diminuindo aos poucos, os ventos pararão de soprar e a mente se centrará calmamente e se fixará, outra vez, no objetivo divino.  

De outro modo, se errarmos espiritualmente, poderá suceder, graças à identificação do ego com o erro, que vagueemos à cata de reencarnações, enveredemos por outros becos sem saída e lutaremos o tempo todo para encontrar o caminho de volta ao curso verdadeiro que outrora tomamos."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramahansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 127/128)
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sábado, 19 de julho de 2014

JAMAIS ACEITE O FRACASSO

"Você vive num mundo competitivo. A competição não o sufocará se você for determinado; ela o deixará mais forte. Você tem que dar o melhor de si todos os dias, em qualquer circunstância - e então poderá ter êxito. Mas a maioria das pessoas não se empenha, ou então está sempre pensando que tudo dá errado com elas - que sempre têm azar. E por que as coisas deveriam dar certo? Essas pessoas não reservam tempo para cultivar as sementes do sucesso em seu cérebro, ficam ocupadas demais com coisas inúteis. Talvez você nem ache que possua qualquer sementinha de sucesso em seu íntimo, mas tem. Você pode ter sucesso, pode conseguir. Todavia, se pensar 'estou acabado', certamente estará, pois já se autodecretou um fracassado. Mas se continuar sendo positivo e pensar 'tudo bem, eu vou conseguir', e continuar tentando, você conseguirá.

Não fique remoendo os fracassos do passado. As pessoas que fazem isso dizem que tudo o que tocam acaba em fracasso. E por que falham? Porque a mente delas se convenceu de que fracassará. Já fiquei completamente sem dinheiro, mais de uma vez, tentando manter esta obra, mas sempre recuperei os recursos necessários. É preciso coragem, porque a mente diz: 'Depois de tantos anos, você vai ter que começar tudo de novo'. Mas eu retruco: 'Fique quieta. Vou fazê-la trabalhar. Vamos ver quem manda.' Você tem que trabalhar, precisa se esforçar para conseguir. Cada insucesso lhe dá o privilégio de aprender algo novo: você apende a evitar a repetição dos erros. Só quando a mente fica fraca é que o corpo enfraquece e você se recusa a continuar se esforçando; nesse momento você está acabado - está morto. Portanto, nunca desista.

A vida é um grande jogo, faça um esforço para ganhar. Milhares de pessoas sofrem - algumas não têm mãos, outras não têm pernas. Como é que você, que dispõe de todas as faculdades, vai admitir o fracasso? Não faça isso. Quando você anda para trás, seu panorama mental fica tão sombrio que você acha que o mundo inteiro está retrocedendo. Mas você sempre progredirá se estiver realizando alguma coisa. Desenvolva o poder mental e deixe que o mundo inteiro se coloque à sua disposição."

(Paramanhansa Yogananda - O Romance Com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 103/104)