OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sábado, 11 de outubro de 2014

HÁBITOS DESTRUTIVOS (PARTE FINAL)

"(...) Precisamos parar para compreender como funcionamos. Uma pequena ação praticada no correto estado mental faz muito mais bem do que grandes ações frutos da luta egocêntrica. No oceano, quando sopra um vento forte, de início ocorrem pequenas ondulações tornam-se mais fortes e maiores, e se transformam em enormes ondas.

Todos nós lutamos nossas pequenas lutas por causa de ambições sem importância e necessidades imaginárias. No reino psicológico, como no oceano, existe um processo cumulativo, como acontece com uma perturbação numa multidão. Algumas pessoas ficam assustadas, depois todo mundo entra em pânico, resultando em debandada. O mundo inteiro é assim. Nossas pequenas lutas se acumulam e se tornam guerras. Pessoas como Krishnamurti e o Dalai Lama dizem que somos responsáveis por todo o mundo. Quando não vivemos na serenidade e na paz, criamos guerras.

Os Budas nascem no mundo quando há degeneração, mas não deixam de ser Budas. Jamais são do mundo, são livres, sem karma, já que são a corporificação da paz. O karma não é apenas ação física, ele engloba o tipo de energia que colocamos em nossa ação. A energia dos Budas é amor e paz, enquanto que a energia que as pessoas comuns geram é egoísta num grau maior ou menor, sendo, portanto, causa de violência. Para que a paz chegue ao mundo, não deve haver dentro de nós luta, ambição nem ilusões da insegurança. Quando nossas ilusões terminarem, seremos precursores da harmonia."

(Radha Burnier - Estar no mundo e viver em paz -  Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p. 29/31)


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

HÁBITOS DESTRUTIVOS (2ª PARTE)

"(...) Para que lutamos? Por que o estresse surge das profundezas do nosso ser? A luta do nosso passado animal ainda estará ativa no cérebro? Por que as pessoas que desfrutam das benesses da vida sentem-se pobres? As crianças são preparadas para assumir posições cada vez melhores, adquirir mais habilidades, realizar sempre mais. Além disso, existe a luta para ser amado. Quanto mais as pessoas anseiam por amor, admiração e reconhecimento, mais estressadas se tornam. Desejando e exigindo – em vez de estarem elas mesmas amando e sendo úteis -, passam suas vidas lutando.

A luta é um hábito psicológico destrutivo para provar o próprio mérito, para parecer esperto, obter vantagens, progredir rapidamente e assim por diante. Mas por que devemos parecer espertos? Por que devemos parecer alguma coisa? Por que todo esse esforço? Será possível agir e viver, fazer o que vale a pena, o que é útil e bom, sem precisar psicologicamente lutar para isso?

Como lutar é um hábito do ego, quando as pessoas decidem não fazer parte do mundo e viver a vida espiritual, a mente continua ansiosa por obter a atenção do guru, para se iluminar rapidamente ou para encontrar o melhor método de vencer os defeitos. Assim, ela não é pacífica. É fácil ser mundano enquanto se imagina ser espiritual. Por outro lado, ao perceber que o eu egoísta se alimenta da confrontação com os outros, com as ideias, as circunstâncias e os seus próprios defeitos, a pessoa se livra da tensão, e sobrevém a calma.

Viver uma vida saudável, ser natural e feliz como as crianças significa não lutar, mas permanecer quieto e calmo com o que quer que seja. O Taoísmo ensina a não resistência, o que implica profundo contentamento interior, em harmonia com o céu e a terra. Não será isso o que quer dizer o Bhagavad Gita ao aconselhar a pessoa a agir ‘estabelecida no yoga’? Yoga é realizar plenamente a harmonia do céu e da terra dos quais somos parte. Quando não há sentimento de luta, ocorre uma mudança nos nossos relacionamentos e em nosso próprio ser. (...)"

(Radha Burnier - Estar no mundo e viver em paz -  Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p. 29/31)


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A PRESENÇA DO ETERNO (PARTE FINAL)

"(...) Percebendo a importância da ação individual, podemos nós criar um mundo de paz e harmonia? Se não formos, nós próprios, a paz e a harmonia que queremos ver no mundo, a transformação desejada será utópica e, talvez, uma mera tentativa de fuga das condições caóticas em que vivemos. A busca da paz que parte apenas do desejo de não ser incomodado é tão somente uma forma sutilizada de egoísmo e de isolamento, que gera dor e sofrimento.

Se há uma paz que ultrapassa o entendimento, ela precisa ser encontrada no que há de mais profundo no nosso ser, que toca a dimensão do sagrado. Através da meditação - que não é apenas o ato de cruzar as pernas e fechar os olhos, mas essencialmente de observar atenta e cuidadosamente tudo o que se passa, a cada momento, dentro e fora de nós mesmos - podemos aprender a morrer psicologicamente para o nosso apego a tudo o que é transitório e de importância relativa para, naturalmente, encontrar, na mais íntima e profunda subjetividade, a presença do eterno.

Esta não é uma tarefa fácil, porque estamos sendo constantemente bombardeados com influências desarmônicas que surgem de dentro e de fora. Mas se empregarmos toda a nossa energia e encontrar a fonte primordial da vida, que é interna, de onde tudo provém, e nela estabelecermos a nossa consciência, a paz e a harmonia fluirão naturalmente, independentemente das condições externas. (...)"

(Marcos Luís Borges de Resende - A presença do eterno - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 04)

terça-feira, 7 de outubro de 2014

A PRESENÇA DO ETERNO (1ª PARTE)

"(...) É muito fácil colocar a culpa nos outros achando que não temos nada a ver com a condição deplorável em que a humanidade se encontra, com a competição brutal que existe nas chamadas relações empresariais, com a miséria, a doença e a fome que estão presentes em tantas partes do mundo e também aqui mesmo, ao nosso lado. Nós somos responsáveis pelo mundo, que apenas reflete tudo o que existe em nossa subjetividade: medo, arrogância, desejo de se sobressair, enfim, o 'eu' com sua permanente busca pelo sucesso, gerando insensibilidade, ganância e consequentemente, violência.

Portanto, a transformação do mundo passa necessariamente pela mudança em nós mesmos, pelo aprendizado com tudo o que ocorre em nossa vida, com nossos desejos e motivações secretas e com as relações que estabelecemos na família, no trabalho, na vida social, comercial, etc. Devemos honestamente nos perguntar se nossa vida é harmônica. Se constatamos a presença de problemas, com relações conflituosas, ânsias e frustrações não compreendidas, cabe-nos observar a nós mesmos cuidando-se e pacientemente até descobrirmos, em cada momento, a origem da desarmonia, que não está nos outros, como estamos acostumados a pensar, mas sempre dentro de nós, em um recanto não percebido do nossos próprio ser. Em nossa inconsciência e inconsequência, criamos uma vida de busca de prazer e fuga à dor e, atabalhoadamente, geramos conflito dentro de nós e nas relações com os outros. Os problemas e as dificuldades que vemos nos outros deixam de existir quando nos relacionamos corretamente, respeitando a liberdade essencial inerente a cada ser humano. (...)"

(Marcos Luís Borges de Resende - A presença do eterno - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 04)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

DESENVOLVER O DISCERNIMENTO PARA JULGAR (2ª PARTE)

"(...) O bom julgamento é uma expressão natural de sabedoria, mas depende diretamente da harmonia interna, que é o equilíbrio mental. Quando lhe falta harmonia, a mente não tem paz, e, sem paz, não há nela discernimento nem sabedoria. A vida é cheia de trancos e solavancos. Nas horas difíceis, que demandam o mais agudo discernimento, se preservar seu equilíbrio mental, você alcançará a vitória. A harmonia interna é o seu melhor apoio para suportar a carga da vida.

A inquietude - que agita e distrai a mente - tolda a visão e causa mal-entendidos. A emoção tolda sua visão. As variações do humor toldam sua visão. A maioria das pessoas age não em função do entendimento, mas segundo seus estados de ânimo. A compreensão é a visão de seu interior, a contemplação de sua alma, o telescópio de seu coração. A compreensão é um equilíbrio entre inteligência calma e pureza de coração. (...) A emoção é um sentimento distorcido que o levará a agir mal. (...) Você tem de ter uma compreensão equilibrada. Se a sua compreensão for governada tanto pelo coração quanto pela cabeça, aí, então, você terá uma visão clara para enxergar a si mesmo e aos outros.

Você deve analisar os inúmeros preconceitos a que seu entendimento está sujeito. Sempre que estiver tomando uma decisão ou agindo, pergunte a si mesmo se está sendo movido pelo entendimento, pela emoção ou por alguma outra influência preconceituosa em sua mente. Enquanto estiver sujeito à ira ou à ambição, enquanto estiver influenciado pelo pensamento equivocado a respeito dos outros, enquanto isso ocorrer, o seu próprio entendimento não terá clareza.

A razão humana pode sempre achar 'prós e contras' tanto para as boas quanto para as más ações. Ela é intrinsecamente desleal. O discernimento reconhece, como sua estrela polar, apenas um critério: a alma. Imaginem dois homens. À direita deles está o vale da vida e à esquerda, o vale da morte. São ambos racionais, mas um vai à direita e o outro à esquerda. Por quê? Porque um deles usou corretamente seu poder de discernir, enquanto o outro usou mal esse poder, entregando-se com indulgência às falsas racionalizações. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 54/56)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE

Investigações complementares

"A busca espiritual e a científica são investigações complementares rumo à realidade. Qualquer sentimento de antagonismo é produto de uma visão mesquinha. A ciência lida com o mensurável; a religião com o imensurável. Um cientista não é inteligente se nega a existência do imensurável. Nada há que seja anti-ciência, mas há muita coisa que está além da ciência. As duas buscas têm de andar de mãos dadas.

Precisamos entender as leis que governam os fenômenos do mundo, como também precisamos descobrir ordem e harmonia em nossa consciência. A compreensão humana está incompleta se não abarca ambos os aspectos da realidade: matéria e consciência.

Na verdade, a divisão é uma criação da mente. A realidade é indivisível, é tanto matéria quanto consciência. São os pensamentos que separam o mundo externo do interno, quase da mesma forma como a mente separa tempo e espaço, embora sejam, ambos, dois aspectos de um mesmo continuum.

Tanto o cientista quanto o religioso precisam estar muito atentos às limitações da mente para transcendê-las, se aspiram a uma percepção holística da realidade. A educação precisa estimular uma mente inquiridora, que seja tanto científica quanto religiosa, para enfrentar a crise da civilização moderna. Descartar toda investigação espiritual e todas as crenças religiosas em nome do secularismo é como atirar fora o bebê junto com a água do banho."

(Padmanabhan Krishna - Ciência e espiritualidade - Revista Sophia, Ano 2, Nº 5 - p. 19)


sábado, 23 de agosto de 2014

DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES ESPIRITUAIS

"A sabedoria que reside na alma é a melhor e mais nobre música, porque nela há uma qualidade de harmonia presente apenas no melhor tipo de música. Ela tem também o poder de produzir harmonia em todas as nossas expressões e ações. A verdadeira sabedoria, enquanto distinta da assim chamada sabedoria de vários tipos, é algo raro. (...) A pessoa pode reconhecer o fato de não ter aptidão para a música, não ter inclinação para a matemática, que é incapaz em muitos sentidos e que falhou de várias formas após ter sido testada, mas, mesmo assim, acredita que tem a necessária sabedoria para avaliar todos os assuntos inerentes à vida, e as suas opiniões são tão boas quanto as de outro. Esta é uma forma de cegueira muito comum e que nos conduz para toda a espécie de erro e de loucura.. É muito difícil escapar deste conhecimento imaginário quando não sabemos como fazê-lo. Tudo isto aplica-se a todos nós e não apenas a determinadas pessoas especiais que estão procurando algo remoto em suas vidas. (...)

É importante a forma como nos examinamos. Existe uma maneira de examinar que conduz à sabedoria, mas ela reside no desapego, na tranquila aceitação da própria pessoa em seu estado de tranquilidade. H. P. Blavatsky fala de examinar o eu inferior à luz do Eu Superior. Quando usamos as palavras ‘o Eu Superior’, não sabemos o que vem a ser; a frase para nós tem um significado muito reduzido na prática, mas isso não deveria ser assim. Evidentemente ‘a Luz do Eu Superior’ significa objetivamente com serenidade, sem qualquer tipo de condenação ou justificação próprias, uma tentativa desapaixonada e objetiva de ver as coisas como são.

Todos nós que somos teosofistas deveríamos estar constantemente examinando nossas próprias atitudes, motivos, a maneira como falamos e agimos e todo o tipo de reações internas que se processam até mesmo sem nosso conhecimento. É apenas desta maneira que podemos atingir a verdade ou obter aquela transformação que é denominada a senda. Trilhar a senda significa produzir uma mudança total, e isto pode ser realizado apenas através da própria inteligência livre, do ser objetivo com relação a si mesmo, e de nenhuma outra maneira. Para ser objetivo, torna-se necessário estar consciente de tudo que se realiza interiormente. Se estivermos tão preocupados com  nossas próprias ideias, vivendo de forma sempre igual ou em um meio-sonho, naquele estado de ignorância que se diz ser a felicidade perfeita, então nos separamos da corrente principal da vida e estaremos fora de contato com a sua realidade. A senda é penosa de ser trilhada, mas ela nos muda completamente, tornando a nossa vida diária uma experiência totalmente diferente daquilo que costuma ser."

(N. Sri Ram - Em Busca da Sabedoria - Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 19/21)


sexta-feira, 8 de agosto de 2014

OS ILUMINADOS (4ª PARTE)

O Iluminado em discernimento

"Vivekananda foi um líder religioso, fundador da Missão Ramakrishna. Nasceu em 12 de janeiro de 1863, em Calcutá. Ele se tornou um discípulo de Ramakrishna, porque este preencheu suas exigências de um mestre que, apesar de suas experiências diretas com Deus, desse ensinamentos que não contradissessem a razão. (...)

Em 1893, Vivekananda representou o hinduísmo no Parlamento Mundial das Religiões, em Chicago, onde ele pregou a unidade da existência, a divindade da alma, a não-dualidade do supremo e a harmonia das religiões.

Vivekananda inaugurou o movimento Vedanta nos Estados Unidos e visitou a Europa.(...)

Ele morreu a 4 de janeiro de 1902, aos 39 anos.

O Grande Iniciado

Abhedananda foi um outro fiel discípulo de Ramakrishna, amigo pessoal de Vivekananda. Além de ter conseguido a perfeição em ioga, deixou obras sobre esse assunto, expressando exclusivamente seus conhecimentos e experiências pessoais. Escreveu sobre a essência a verdadeira compreensão da ioga, tornando os ensinamentos dessa ciência milenar claros e compreensíveis.


O Poeta Iluminado

Rabindranath Tagore foi um escritor bengali, nascido em Calcutá, em 1861. Descendente de família rica e aristocrática que desempenhou papel importante, muito ativo, no reflorescimento védico no início do século XIX, educado no clima de fermentação espiritual e social que caracterizava a Índia de então. Rabindranath descobriu o mundo ocidental ao ir estudar Direito na Inglaterra em 1879. Em 1880 teve início sua verdadeira iniciação literária, profundamente mística. Sua principal preocupação já nessa época era encontrar um traço de união entre a cultura do Oriente e a do Ocidente e em seu espírito se forjava um novo humanismo que resultaria na fundação, em 1921, da Universidade Viçva Pharati, para o ensino da música, dança, belas-artes e artes decorativas (...).

Ele morreu em 1941."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)

quarta-feira, 30 de julho de 2014

UM PRESENTE DA ALMA (2ª PARTE)

"(...) Recolher-se, entrar no silêncio, refletir como a lua, ser, é feminino. Lançar-se no mundo, criar e expressar quem somos, brilhar como o sol, fazer, é masculino. Precisamos do equilíbrio desses dois. Quando a inspiração e a orientação interiores estão equilibradas pelo atendimento às necessidades do mundo, encontramos equilíbrio e harmonia.

Receber é feminino, doar é masculino. Precisamos receber para sermos capazes de doar. Para receber precisamos abrir nossos corações, sermos vulneráveis. Permita que sua taça transborde com os tesouros do céu e da terra, e enquanto você continuar passando esses tesouros adiante, sua taça estará constantemente cheia. Para todo amor que se dá, recebe-se amor.

Em nossas mentes refletimos a luz consciente do masculino sobre o inconsciente feminino, trazendo-o à luz do dia. Vemos aquilo que precisa ser curado. Os relacionamentos com os outros nos mostram nossas crenças limitantes, nosso condicionamento e nossa antiga maneira de ser. É no relacionamento com os outros que verdadeiramente chegamos ao correto relacionamento com nosso eu. Ao unir masculino e feminino, yin e yang dentro de nós, somos capazes de atrair parceiros às nossas vidas que nos auxiliam a nos pôr em equilíbrio.

Como mulheres encontramos o homem com quem podemos entrar em contato, permitindo que o divino feminino, a energia da alma, flua para o mundo, nutrindo e alimentando. Ele nos fixa no mundo físico, e nos sentimos conectadas. Como homens, encontramos a mulher que nos permite ser tudo que somos, permite-nos criar poderosamente através da conexão com nossas almas, com o espírito, e servir ao mundo provendo exatamente aquilo que é necessário, aquilo que estamos aqui para fazer.

Assim, aprendemos como manter corretas relações no nível profundo com outro ser humano. Encontramos equilíbrio e harmonia através do dar e receber, ao verdadeiramente ouvir e falar nossa verdade a partir de nosso coração, sendo verdadeiros com aquilo que somos e dando vez para que uma outra pessoa conecte-se com tudo que somos. (...)"

(Teresa McDermott - O Segredo dos relacionamentos corretos - Revista Sophia, Ano 10, nº 40 - p.28/29)

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O CÉU NA TERRA

"Às vezes você talvez se pergunte: ‘O que posso fazer para trazer paz e harmonia ao mundo?’ E a resposta é clara – traga o céu à terra.

Criar o céu na terra significa fazer brilhar a luz no seu mundo, transformando as coisas mundanas em sagradas. O caminho espiritual lhe proporciona uma série de princípios pelos quais deve pautar sua vida cotidiana. Já está na hora, porém, de se tornar um exemplo vivo desses princípios, de modo que cada aspecto de sua vida seja uma expressão do amor Divino.

Em épocas passadas, os que desejavam trabalhar no seu desenvolvimento espiritual afastavam-se do mundo, entrando para mosteiros ou vivendo em clausura. Mas hoje em dia estamos sendo chamados a mergulhar totalmente no mundo a fim de transformar e purificar o nosso planeta. Estamos sendo chamados a estar no mundo, não a ser do mundo.

Quando você canaliza os dons do espírito para a sua vida cotidiana, atrai para si outras pessoas que estão fazendo o mesmo. E pouco a pouco irá perceber que esse processo está formando uma reação em cadeia, de tal modo que, de alma em alma, o globo inteiro passa por um renascimento espiritual.

Alegre-se, pois o momento de despertar se aproxima."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam - Ed. Cultrix, São Paulo, 1993 - p. 58)


terça-feira, 8 de julho de 2014

O CAMINHO DA ESPIRITUALIDADE (2ª PARTE)

"(...) Tolerância é a próxima qualidade, decorrente das anteriores. Como não possuímos o hábito da autocrítica e auto-observação, o caminho mais fácil é culparmos os outros pelas nossas falhas e fracassos. Tolerância significa aceitarmos os outros como eles são e procurarmos viver sempre em harmonia com nossos semelhantes. Mais uma vez a atenção é aqui de grande importância.

A outra qualidade é o Contentamento, que implica total aceitação do que vem a nós, sem rancor nem reserva mental de nenhuma espécie. Uma vez que o homem comum não se dá o trabalho de compreender a vida e sua existência, ele tende sempre a reagir ao que lhe ocorre. Contentamento significa que sabemos que a Lei é sábia e que os problemas que enfrentamos são apenas um retorno de ações passadas praticadas por nós mesmos. Uma atitude de Contentamento tranquiliza a mente e torna o viver mais fácil.

Também necessitamos de Unidirecionalidade ou perseverança, uma forte disposição interior que nos auxilia a suportar as agruras do Caminho. Se percebemos que trilhar o Caminho é supremamente importante, esta percepção deverá instalar em nós uma firme resolução de trilhá-la até o fim.

Por fim vem a Confiança, confiança na Lei e em sua sabedoria e confiança no Instrutor que está sempre pronto a auxiliar o aspirante que se tornou digno de ser auxiliado. Nos períodos de extremas dificuldades e provas, a luz da confiança na Lei e no Mestre é como um bálsamo que alivia os tormentos do aspirante, renovando-lhes as forças para prosseguir no Caminho, na Senda que vale a pena ser trilhada. (...)"

(Ricardo Lindemann & Pedro Oliveira - A Tradição-Sabedoria, uma introdução à filosofia esotérica - Ed. Teosófica, Brasília, 3ª edição - p. 146/148)


segunda-feira, 5 de maio de 2014

AS LEIS CÁRMICAS

"É uma doutrina muito antiga, conhecida de todas as religiões e filosofias e, desde o renascimento do estudo científico no Ocidente, tem-se tornado um dos postulados fundamentais do conhecimento coordenado moderno. Se alguém joga uma pedrinha numa poça, ela causa ondas na água; essas ondas se espalham e finalmente batem nas margens que rodeiam a poça; e, diz a ciência moderna, as ondas são traduzidas em vibrações, que são levadas para fora para o infinito. Mas, a cada passo desse processo natural, há uma reação correspondente a cada uma e a todas as miríades de partículas atômicas afetadas pela energia que se espalha.

O Carma não tem, de modo algum, o sentido da palavra ‘Fatalismo”, por um lado, nem do que é popularmente conhecido como ‘Acaso', por outro. É essencialmente uma doutrina de Livre-Arbítrio, pois naturalmente a entidade que inicia o movimento ou ação – espiritual, mental, psicológico, físico ou qualquer outro – é responsável, daí em diante, em forma de consequências e efeitos que daí resultam, e mais cedo ou mais tarde alcançam o agente.

Já que tudo está entrelaçado, interligado e integrado a tudo mais, e nada e ninguém pode viver sozinho, outras entidades são necessariamente afetadas, em maior ou menor grau, pelas causas de movimentos iniciados por qualquer entidade individual; porém tais efeitos ou consequências em entidades outras que não o agente são apenas indiretamente uma força moralmente coerciva, no sentido verdadeiro da palavra ‘moral’.

A doutrina é extremamente consoladora para as mentes humanas, pois o homem pode traçar seu próprio destino, e na verdade tem que fazer isso. Ele pode formá-lo ou deformá-lo, à vontade; e, agindo com as próprias energias poderosas e ocultas da Natureza, ele se coloca em uníssono ou harmonia, e portanto se torna um cooperador da Natureza, como são os deuses."

(Dr. Douglas Backer - Leis Cármicas – Ed. Record, Rio de Janeiro, 1982 - p. 14/15)


quinta-feira, 13 de março de 2014

EM TODA PARTE HÁ EVIDÊNCIA DE ORDEM E HARMONIA

"Percebendo que todo ser humano compõe-se de matéria e mente, os primeiros pensadores ocidentais acreditavam existir duas forças independentes: natureza e mente. Mais tarde, começaram a perguntar-se: 'Por que cada coisa na natureza tem uma distribuição peculiar? Por que o homem não tem um braço mais comprido que o outro? Por que as estrelas e os planetas não colidem? Em todo o universo encontramos evidência de ordem e harmonia.' Concluiram que mente e matéria não poderiam ser separadas e soberanas; uma Inteligência única devia governar tudo. Esta conclusão naturalmente levou à ideia de que só existe um Deus, simultaneamente a Causa da matéria e a Inteligência dentro e por trás dela. Quem atinge a sabedoria suprema percebe que tudo é Espírito - em essência, embora oculto pela manifestação. Se tivesse essa percepção, você veria Deus em tudo. Portanto, a questão é: como O encontraram pela primeira vez que O buscaram?

Como passo inicial, fecharam os olhos para interromper o contato imediato com o mundo e a matéria, de modo a poderem concentrar-se mais plenamente em descobrir a Inteligência subjacente a ela. Pelo uso da razão, compreenderam que não poderiam contemplar a presença de Deus no seio da natureza por meio das percepções ordinárias dos cinco sentidos. Assim, começaram a tentar senti-Lo dentro de si mesmos, por meio da concentração cada vez mais profunda. Acabaram descobrindo como desligar os cinco sentidos, desse modo afastando por completo, temporariamente, a consciência da matéria. O mundo interior do Espírito começou a abrir-se.¹ Deus finalmente revelou-Se a esses seres magníficos da Índia antiga que persistiram firmemente nessas investigações internas."

¹ ' (...) pois, em verdade, o reino de Deus está dentro de vós' (Lucas 17:21).

(Paramahansa Yogananda, A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 05/06)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/eterna-busca-do-homem.html


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

AÇÃO SEM AÇÃO

"Karma Yoga é o yoga da ação impessoal. A pessoa torna-se mais decidida, mais rápida na ação, mais sábia no julgamento. É a personalidade que obnubila a visão da pessoa e retarda a ação. São os nossos gostos e aversões que nos confundem. A realidade é muito maior do que nossas preferências pessoais.

Os chineses chamam isso de wei wu wei: ação sem ação. É um princípio fundamental do Taoísmo. Equivale a estar em harmonia com a realidade maior. O indivíduo é apenas parte dessa realidade total, uma realidade que estava lá antes de nascermos, e que lá estará muito depois de termos morrido.

Em Luz no Caminho podemos ler sobre a canção da vida com a qual precisamos estar harmonizados: ‘Ouve a canção da vida./ Guarda em tua memória a melodia que ouvires./ Aprende dela a lição de harmonia’.

A maioria das pessoas não ouve essa melodia. Ouve apenas a melodia da sociedade, das outras pessoas, da televisão, dos jornais. Esses ruídos sociais formam uma cacofonia que resulta em infelicidade, conflito guerras, pobreza e a lenta destruição da Terra.

Precisamos aprender a ouvir a canção da vida. No começo é uma melodia débil, que às vezes ouvimos, às vezes não. Porém, quando a ouvimos com mais frequência, descobrimos ser mais fácil reconhecer sua melodia, separada da melodia da sociedade. Então tem início um reajustamento na vida. Nós que fomos criados dançando segundo a música da sociedade, devemos agora começar a aprender um outro conjunto de passos. Pode ser doloroso. Pode significar mudança de carreira, de círculo de amizades. Mas essa harmonização precisa ser feita. (...)"

(Vicente Hao Chin Jr. - Espiritualidade no dia a dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 22)


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

CULTIVANDO UMA MENTE PACÍFICA

"A paz no ambiente onde se vive surge não pela submissão do mundo exterior, mas pela submissão da própria mente. A contribuição maior que um indivíduo pode fazer à causa da paz e da harmonia começa em casa. Se eu me tornar mais pacífico e amoroso, essas qualidades imediatamente se espalharão ao meu redor. O resultado é uma reação em cadeia que se expande sempre. 

Se, ao contrário, eu não cultivar uma natureza amorosa e compassiva, não poderei realmente contribuir para a paz na sociedade. Não importa o que eu diga em público ou quais sejam as minhas ações; nada do que eu faça em nome da paz terá qualquer significado enquanto o meu interior permanecer violento ou intolerante. 

Técnicas para desenvolver uma mente pacífica e amorosa foram preservadas e desenvolvidas em várias tradições budistas. Um escritor importante sobre o tema, na Índia clássica, foi Shantideva, cuja obra do século XVI, A Guide to the Bodhisattvas Way, ou Bodhisattva charya-avatara, é tão popular entre os instrutores budistas atuais quanto na época em que foi escrita há doze séculos. 

Shantideva afirma: ‘É impossível colocar o mundo em harmonia destruindo todos os seres maléficos que existem; mas, cobrindo a própria mente com a gentileza da paciência amorosa, o mundo inteiro torna-se harmonioso.’ (...) 

A importância da mente e da atitude mental é constantemente enfatizada na tradição budista. Shantideva indagou: ‘O que é a generosidade? Não é a ação de doar nem de afastar a pobreza. A perfeição da generosidade está na mente generosa, que deseja partilhar com os outros e vê-los livres de necessidades." 

(Glenn H. Mullin - A paz na visão budista - Revista Sophia, nº 26 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 39

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

HARMONIA NA DIVERSIDADE

“Meu amigo, deixa a cada ave o seu voo!

Deixa a cada planta a sua forma!

Deixa a cada flor o seu colorido!

Deixa a cada essência o seu perfume!

Deixa a cada homem o seu gênio!

Deixa a cada alma o seu caminho às alturas!

Não penses que só o teu trilho seja bom!

Muitos são os caminhos que levam a Deus...

Onde quer que exista uma reta vontade – existe uma ponte para o Infinito...

Procura preservar de falsos caminhos os homens – mas não tenhas por falsos todos os caminhos fora do teu!

Deus é Deus da Plenitude – e não do vácuo...

Deus é o Deus da variedade – e não da monotonia...

Deus é amigo da evolução – e não da estagnação...

Quão tedioso seria o cenário da flora se todas as flores fossem rosas, lírios ou cravos! (...)

Quão monótono seria o mundo mineral se todas as pedras preciosas fossem safiras, rubis, esmeraldas, diamantes ou topázios? (...)

Quão desgracioso seria o firmamento noturno se todas as estrelas tivessem o mesmo tamanho e fossem dispostas simetricamente como um tabuleiro de xadrez?

Não queiras, ó homem, corrigir as obras de Deus...

Sabes tu por que vivem no mundo homens de todas as índoles? Caracteres múltiplos, gênios versicolores? (...)

Deixa a cada um o caráter que Deus lhe deu – e o caminho que Deus lhe traçou!

Respeita nos outros a liberdade que reclamas para ti mesmo!

Estima o que é teu – tolera o que é dos outros!

Sê, no grande mosaico, a pedrinha que és – e deixa que os outros sejam também as pedrinhas que são!

Se todos fossem como tu, se tu fosses como os outros – morreria toda a beleza...

Beleza só existe onde reina harmonia na diversidade... (...)"

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Editora alvorada, 8ª edição - p. 95)


terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O AGORA (2ª PARTE)

"(...) Enquanto não se responsabilizar por este exato momento - o Agora -, você não estará assumindo qualquer responsabilidade por sua vida. É por isso que o Agora é o único lugar onde a vida pode ser encontrada. Assumir responsabilidade por este momento presente é estar em harmonia com a vida.

O Agora é como é porque não pode ser de outro jeito. Os budistas sempre souberam e os cientistas hoje confirmam: não existem coisas ou fatos isolados. Por baixo da aparência superficial, todas as coisas estão ligadas, todas fazem parte da totalidade do cosmos que deu origem à forma do momento presente.

Quando diz 'sim' às coisas tal como são, você entra em harmonia com o poder e a inteligência da própria Vida. Só então pode se tornar agente de uma mudança positiva do mundo. Um exercício espiritual simples mas radical consiste em aceitar o que surge no Agora - interna e externamente.

Quando você passa a dar atenção ao Agora, cria-se um estado de alerta. É como se você acordasse de um sonho, o sonho do pensamento, o sonho do passado e do futuro. É tão claro e tão simples. Não sobra lugar para criar problemas. Só esse momento, tal como ele é.

Quando concentra sua atenção no Agora, você se dá conta de que a vida é sagrada. Existe algo de sagrado em tudo que você percebe quando se concentra no presente. Quanto mais você viver no Agora, mais vai sentir a simples e profunda alegria de Ser e do caráter sagrado da vida. (...)"

(Eckhart Toole - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 33/34)


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A LEI DA HARMONIA UNIVERSAL (PARTE FINAL)

"(...) Pelo fato de a harmonia ser a ordem universal, nosso progresso interior, como seres morais e espirituais, depende de readquirirmos o senso de harmonia que perdemos. Os outros filhos da natureza não têm problemas como nós, pois são inteiramente parte do todo e livres do sentido de ego. Mas nós, seres humanos, alienamo-nos da natureza, nossa mãe, e dos seus outros filhos de muitas espécies. Portanto, viver em paz é um problema para os seres humanos. Harmonia, felicidade e paz caminham juntas. Prova disso é quando nos desentendemos com alguém; sempre nos sentimos infelizes, ou pelo menos constrangidos. Assim, para seguir além na estrada que leva à felicidade, devemos recuperar a harmonia. Como diz aquele belo texto em A Voz do Silêncio: ‘Antes que a alma possa ver, a harmonia interior deve ser atingida, e os olhos da carne devem tornar-se cegos à ilusão’.

As tradições religiosas estimulam as pessoas a se tornarem inocentes como as crianças. A inocência existe quando a mente purga o sentido de ego e as imagens ilusórias. (...)

A harmonia interior se expressa  espontaneamente no viver inofensivo, na preocupação ecológica, no respeito e no senso de justiça com relação a todas as formas de vida, na ausência de exploração, na recusa em ceder à ganância, no viver simples e no sentimento profundo, evitando toda forma de desperdício e de luxo desnecessário. Obediência à lei da harmonia é a grande necessidade do mundo atual." 

(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, Ano 7, nº 28 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 13)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

A LEI DA HARMONIA UNIVERSAL (3ª PARTE)

"(...) A verdadeira percepção espiritual é a percepção da vida como um estado de harmonia absoluta. A palavra yoga tem sido traduzida de muitas maneiras, mas talvez a melhor tradução seja a de Annie Besant: harmonia. Todas as práticas associadas à ioga têm por objetivo culminar na harmonia universal. Os instrutores que inspiraram a fundação da Sociedade Teosófica declararam ‘Reconhecemos apenas uma lei no universo, a lei da harmonia, do perfeito equilíbrio’.

Toda a natureza é harmonia. Não existem cores em desarmonia na natureza; somente as cores produzidas artificialmente podem ser desarmônicas. Um outro instrutor espiritual afirmou: ‘Com o farfalhar das folhas e o tamborilar da chuva, com o estrondo do trovão e o rugir da arrebentação, a natureza tece uma harmonia maravilhosa para acompanhar a canção da vida.’ A nossos olhos pode parecer haver discordância e conflito na natureza, mas aqueles que a estudaram de perto durante anos sabem que, na verdade, existe beleza e amor embutidos em tudo. É no mundo humano que o mal existe. Nenhuma criatura não-humana pratica a crueldade deliberadamente, nem a ganância. O desperdício não é encontrado fora da sociedade humana. Toda ação é inocente de egoísmo até que o estágio humano de evolução é atingido. (...)"

(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, Ano 7, nº 28 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 12)


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A LEI DA HARMONIA UNIVERSAL (2ª PARTE)

"(...) Sabemos que realmente existem campos de energia invisíveis. Esses campos, como o eletromagnético ou o morfogenético, conhecido como investigador moderno, não são tangíveis. Mas os efeitos dessas forças em área intangíveis são perceptíveis. Apesar de tudo, existe uma cegueira peculiar, obstinada, que não permite que as pessoas considerem esses campos como dignos de estudo. Quanto sabemos a respeito das leis que governam a gênese das formas, sua evolução ou mutação?

No curso da evolução aconteceram desenvolvimentos inexplicáveis. O famoso biólogo Alister Hardy, no seu livro The Livin Stream, refere-se às complicadas e belas marcas nas penas das asas do pavão. Ele diz que as teorias existentes a respeito da seleção natural não explicam como o padrão das penas do pavão surgiu. Essas coisas continuam a ser inexplicáveis por causa do atual condicionamento da mente humana. Ela resiste à possibilidade de haver forças, leis e propósitos nos níveis mais sutis que influenciam ou dirigem o que acontece nos níveis físico e mental.

Todos os homens inteligentes devem fazer uma séria consideração quanto à questão da felicidade e do sofrimento. Obviamente, uma grande riqueza, com excesso de prazeres e de luxos não produz felicidade. Existe uma enorme miséria, física e psicológica, em todo o mundo. Devemos perguntar: será por sermos tão ignorantes das leis não-físicas do universo que estamos continuamente violando-as e ferindo a nós mesmos? Podemos ser como a pessoa que se recusa a aceitar a força de gravidade e, do terraço, salta nos espaço, apenas para quebrar os ossos. (...)"

(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, Ano 7, nº 28 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10)