OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

COMO SE PERDE UMA PERSONALIDADE OU ENCARNAÇÃO

"O universo e todas as coisas nele, morais, mentais, físicas, psíquicas ou espirituais, são construídas com base numa lei perfeita de equilíbrio e harmonia. (...) O espírito (Buddhi) é a energia espiritual centrífuga, e a alma (Manas) a centrípeta; e para produzir um resultado elas têm de estar em perfeita união e harmonia. Interrompa ou danifique o movimento centrípeto da alma terrena que tende para o centro que a atrai; impeça o seu progresso entravando-a com um peso de matéria maior do que ela pode suportar, ou do que é adequado ao estado ‘devachânico’, e a harmonia do todo será destruída. A vida pessoal, ou talvez melhor, seu reflexo ideal, só pode continuar mantida pela força dupla, ou seja, pela união íntima entre Buddhi e Manas em cada renascimento. O mínimo desvio da harmonia a danifica; e quando é destruída além de qualquer recuperação, as duas forças se separam no momento da morte. (...) Se, durante a vida, o último e desesperado esforço do EU INTERNO (Manas) para unir alguma coisa da personalidade a si mesmo e ao raio resplandecente e superior do divino Buddhi é frustrado, se é permitido que esse raio seja cada vez mais impedido de penetrar na crosta sempre mais espessa do cérebro físico, então o Ego espiritual ou Manas, uma vez livre do corpo, permanece completamente separado dos remanescentes etéreos da personalidade; e esta, ou kama-rupa, seguindo suas tendências terrenas, é atraída para o Hades – que chamamos de kama-loka – e permanece nele. Essas são as ‘varas secas’, mencionadas por Jesus, quando tiradas da Videira. O aniquilamento, no entanto, nunca é instantâneo, e às vezes pode necessitar séculos para que se complete. Mas lá a personalidade permanece juntamente com os resíduos de outros Egos pessoais mais afortunados, e se torna, como eles, a casca e um elemental."

(H. P. Blavatsky - A Chave para a Teosofia - Ed. Teosófica, Brasília, 2004 - p. 167/168)


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ÉTICA

"Um dia, um rico senhor chamou à sua presença os pastores, seus empregados. Disse-lhe que, tendo decidido arrebanhar todas as inumeráveis ovelhas de sua propriedade, que estavam há muito perdidas nos campos, mandava-os procurá-las. Deveriam trazê-las todas.

Saíram os pastores a procurar as ovelhas, que deveriam ser reconduzidas ao grande e único redil.

Em pouco tempo, alguns deles esqueceram o que lhe havia sido ordenado, pois se tornaram mais interessados em seus próprios problemas e lazeres.

Outros começaram a pensar assim: ‘Porque hei de levar de volta essas ovelhas que estavam perdidas? Por que não faço eu um redil para as minhas ovelhas? Então, não posso tornar-me também um senhor e possuir muitas ovelhas?’ Dominados pela ambição, atraídos pela riqueza fácil, confiantes de que seu crime ficaria impune, os infiéis, traindo seu amo, tornando-se ladrões, ficaram com as ovelhas para si, as quais, para o senhor, continuariam perdidas.

Poucos pastores, sempre fiéis, amando o senhor, afastando qualquer desejo de furtar, vencendo as dificuldades múltiplas encontradas nos campo e nos caminhos, zelosos para com o rebanho, regressaram ao redil e entregaram ao verdadeiro dono todas as ovelhas que tinham recolhido. Juntamente com a grande família do senhor viveram dias de fartura e segurança.

O senhor, quando os mandou, sabia que sobreviria uma seca devastadora. E ela realmente veio e dizimou tudo e todos que não puderam contar com as reservas do celeiro do prudente senhor.”

(Hermógenes - Viver em Deus - Ed. Nova Era, 4ª edição - p. 152/153)

COMPAIXÃO PELO PRÓXIMO

"Sempre que uma pessoa entrar no nosso círculo de vida, cuidemos para que ela deixe o círculo como uma pessoa melhor, melhor pelo contato conosco. Quando uma pessoa sem conhecimento se aproximar de nós, e tivermos mais conhecimento, que ao nos deixar ela seja uma pessoa melhor informada. Quando uma pessoa pesarosa aproximar-se de nós, façamos com que ao nos deixar ela sinta-se um pouco menos triste por termos partilhado sua dor com ela. Quando uma pessoa impotente vier até nós e formos fortes, que ao nos deixar ela saia fortalecida por nossa força, e não humilhada por nosso orgulho. Em toda a parte sejamos ternos e pacientes, gentis e prestativos com todos. Não sejamos grosseiros no nosso dia a dia, para não confundirmos nem desnortearmos as pessoas. Já existe dor suficiente no mundo. Que o homem espiritual seja uma fonte de conforto e de paz; que ele seja uma luz no mundo, para que todos possam caminhar com mais segurança quando entrarem no seu círculo de influência. Julguemos nossa espiritualidade pelo efeito sobre o mundo, e sejamos cuidadosos para que o mundo possa crescer mais puro, melhor, mais feliz, porque estamos vivendo nele."

(Annie Besant - As Leis do Caminho Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 2011, p. 77/78)


terça-feira, 17 de setembro de 2013

O AMBIENTE MODELA NOSSOS DESEJOS

"Os desejos são formados de acordo com o ambiente; são criados e, portanto, limitados pelas percepções dos sentidos. Visitar uma exposição ou feira local satisfaz o desejo de um pouco de diversão; mas depois que você visitar uma feira mundial e vir todos os diferentes produtos ali expostos, a feira local já não será atraente. Isso ilustra a importância de ter comunhão com Deus agora, para compará-la com as alegrias terrenas inferiores; seus desejos, então, serão de natureza muito mais elevada e avançada. O desejo de unir-se a Deus é o maior de todos. Quando você se satisfaz com qualquer desejo menor, logo escolhe outro mas, quando tem Deus, todos os outros desejos são completamente satisfeitos. 'Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus e Sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas.' Por que não satisfazer primeiro o desejo mais elevado? Pois quando Ele responde à prece para conhecê-Lo, todos os outros desejos se realizarão instantaneamente, por toda a eternidade.

Talvez você ache que não tem desejos. Bem, muitas vezes tenho observado o que acontece quando as pessoas vão fazer compras. Podem não ter qualquer desejo específico de comprar, mas repentinamente algo atrai sua atenção e pensam: 'Preciso ter isso!' Dia e noite, o objetivo persiste em suas mentes, até que finalmente o compram, mesmo que tenham de pedir dinheiro emprestado. Então, depois de tê-lo por algum tempo a felicidade da posse esfria e querem outra coisa. Vemos pessoas que dizem: 'Se pelo menos eu pudesse ter mil dólares (ou um carro, ou uma piscina)' e, quando o desejo é satisfeito, anseiam por algo diferente. Desejos humanos são imperfeitos, por isso sua realização não leva à felicidade perfeita.

O ambiente mundano tentará evitar que você se lembre que o único desejo que vale a pena é ter Deus. Mas você deve tentar se lembrar disso todos os dias. E quando tomar a decisão de não fumar, de não comer imoderadamente, de não mentir ou de não enganar, seja firme em seus bons propósitos; não fraqueje. Um ambiente inconveniente mina a força de vontade e é um convite aos maus desejos. Viva com ladrões e pensará que roubar é o único meio de vida. Viva com pessoas divinas e, após obter a comunhão com Deus, nenhum outro desejo o tentará. Tudo perderá a graça. Por isso, mesmo alguns minutos de meditação profunda ou a companhia de um santo serão uma balsa de inspiração, para transportá-lo pelo oceano da ilusão, rumo às praias de Deus."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 128/129)


O PODER DAS AFIRMAÇÕES E DA ORAÇÃO

"É possível que, no passado, você tenha se desapontado pelo fato de suas orações não terem sido atendidas. Não perca, porém, a fé. (...) Deus não é um Ser mudo e insensível. Ele é o próprio amor. Se você souber meditar e entrar em contato com Ele, Deus atenderá a suas amorosas exigências.

Saber exatamente como e quando orar, de acordo com a natureza de suas necessidades, é o que traz os resultados desejados. Quando o método correto é aplicado, ele faz entrar em ação as leis apropriadas de Deus. Sendo operadas cientificamente, essas leis produzem resultados.

A primeira regra da oração é dirigir-se a Deus tendo apenas desejos legítimos. A segunda, é pedir sua realização, não como um mendigo, mas como um filho: 'Eu sou Teu filho. Tu és meu Pai. Tu e eu somos um.' Quando você orar com profundidade e constância, sentirá uma grande alegria brotando em seu coração. Não se satisfaça até que essa alegria se manifeste, pois quanto sentir em seu coração essa alegria que satisfaz plenamente, você saberá que Deus 'ligou o rádio no programa da sua oração'. Ore, então, a seu Pai: 'Senhor, é disso que preciso. Estou disposto a trabalhar para consegui-lo. Por favor, guia-me e ajuda-me a ter os pensamentos corretos e a fazer as coisas certas para alcançar o êxito. Usarei meu raciocínio e trabalharei com determinação, mas guia Tu minha razão, minha vontade e minha atividade para a coisa certa que eu deva fazer.

Você deveria orar a Deus com intimidade, como Seu filho que você é. Deus não faz objeção quando você reza com o seu ego, como se fosse um estranho e um mendigo, mas você descobrirá que seus esforços ficam limitados por esse nível de consciência. Deus não quer que você renuncie ao seu próprio poder da vontade, direito divino que, como Seu filho, você herdou.

Uma exigência incessante¹ de qualquer coisa, mentalmente sussurrada com incansável empenho e inabalável coragem e fé, transforma-se numa força dinâmica que de tal modo influencia todo o comportamento dos poderes consciente, subconsciente e superconsciente do homem, que o objeto desejado é obtido. A emissão interior de sussurros mentais tem de ser incessante, sem ser desencorajada pelos revezes. Então, o objeto do desejo se materializará."

¹ Paramahansa Yogananda ensinou: "Preces frequentemente implicam uma consciência de mendicância. Somos filhos de Deus, não mendigos, e somos portanto merecedores de nossa herança divina. Quando estabelecemos um vínculo de amor entre nossas almas e Deus, temos o direito de exigir afetuosamente o atendimento de nossas preces legítimas." Esse princípio de exigir de Deus nossa herança divina é o vitalizante poder contido nas afirmações.

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 30/32)