OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 6 de abril de 2014

DEUS EM TUDO

"O insondável coração da montanha, por milênios, vive a beber as águas das chuvas, e, por milênios também, vive a devolver à luz do dia regatos que murmuram, que fornecem o verde às matas da encosta, que matam a sede do homem condutor dos burricos serviçais, serra acima...

É Deus-chuva... Deus-montanha... Deus-nascente... geladinho, límpido... Deus-tropeiro... Deus-burrico sóbrio... Deus-floresta... Deus-tudo... Deus-Todo... Deus-Onipresença... Deus-Uno e Deus-diverso... Deus-Informal e Deus-preso-às-formas... Deus-transcendência e Deus imanência... Deus - o milagre que, embora sempre em tudo, poucos têm o poder de ver."

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 196)
www.record.com.br


A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS ESTÁ DENTRO DE NÓS (1ª PARTE)

"Que diz a Religião Universal a respeito de Deus? Diz que a prova da existência de Deus está dentro de nós. É uma experiência íntima. Com certeza você pode se lembrar de pelo menos uma ocasião na vida em que, durante a oração ou um culto, sentiu que as limitações do corpo quase se desvaneciam, que a experiência de dualidade - prazer e dor, amor e ódio mesquinhos, etc. - afastava-se de sua mente. Bem-aventurança pura e serenidade brotaram em seu coração, e você experimentou uma tranquilidade imperturbável: Bem-aventurança e contentamento. Embora esse tipo de experiência superior nem sempre ocorra a todos, não pode haver dúvidas de que todas as pessoas, uma vez ou outra, durante a oração ou em estado de adoração ou meditação, experimentaram alguns momentos de perfeita paz. 

Não é essa uma prova da existência de Deus? Que outra prova direta da existência e da natureza de Deus podemos dar, além da existência da Bem-aventurança dentro de nós nos momentos de verdadeira oração ou culto? Há, porém, outras provas da existência de Deus: a prova cosmológica (do efeito elevamo-nos à causa; do mundo, ao Criador do Mundo), a prova teleológica (do telos [plano, adaptação] do mundo elevamo-nos à Inteligência Suprema que criou o plano e a adaptação) e também a prova moral (da consciência e do sentimento de perfeição elevamo-nos ao Ser Perfeito, diante de quem somos responsáveis).

Ainda assim, devemos admitir que essas provas são, em certa medida, produtos da inferência. Não podemos ter conhecimento pleno ou direto de Deus por meio das faculdades limitadas do intelecto. O intelecto proporciona apenas uma visão parcial e indireta das coisas. Ver uma coisa intelectualmente não é o mesmo que experimentá-la ao se unificar com ela; é ver uma coisa à distância estando separado dela. A intuição, porém, que mais tarde analisaremos, é a apreensão direta da verdade. É na intuição que a consciência de Bem-aventurança, ou consciência de Deus, é experimentada. (...)

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 43/45)

sábado, 5 de abril de 2014

CONSCIÊNCIA

"'... você deve checar os seus maus hábitos, antes de chegar a este lugar. Se não, vai carregá-los consigo para uma outra vida. Somente nós podemos libertar-nos ....dos maus hábitos que acumulamos no estado físico. Os Mestres não podem fazer isso por você. Se optar por lutar e não por livrar a si mesmo, então você os levará para a outra vida. E só quando decidir que é forte o bastante para dominar os problemas externos, você estará livre deles para a próxima vida.'

Viva no presente, nem no passado nem no futuro. O passado já se foi, aprenda com ele e desapegue-se dele. O futuro ainda não está aqui. Faça planos para vivê-los, mas não se preocupe a respeito. A preocupação gasta inutilmente seu tempo e a sua energia.

Vou repetir uma história que já contei antes, mas que talvez mereça uma reflexão diária na nossa luta contra a correria e a dispersão: Thich Nhat Hanh, um monge budista vietnamita, ensina como se deve apreciar uma boa xícará de chá. Para isso, você precisa concentrar-se no momento presente, ficar consciente e com a atenção voltada para o chá. Sentir o calor da xícara, apreciar o colorido da infusão, aspirar seu perfume, degustar lentamente cada gole. Se você fica remoendo eventos passados, ou preocupando-se com os futuros, de repente vai se dar conta de que bebeu todo o chá sem nem perceber.

A vida é como uma xícara de chá.

'...Quando você não vivencia o presente, porque fica absorvido pelo passado ou preocupado com o futuro, você traz grande dor para o seu coração e sofrimento para a sua vida.'"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 120/121)

NÓS SOMOS A PRÓPRIA MUDANÇA

"Violência e não violência originam-se na mente. Gerar uma mente não violenta nos assegura um modo de seguir em frente com esperança. Depende de cada indivíduo responder aos outros com violência ou não.

A violência tem extensões sutis, no pensamento, na fala e nas intenções. Podemos atuar sobre isso imediatamente, para efetuar mudanças na sociedade e em nós mesmos. Logicamente não podemos condenar atos de violência praticados por aqueles que achamos ser nossos ‘inimigos’, por um lado, e tentar justificar atos de violência dos nossos ‘amigos’, por outro. Toda violência causa dano. Devemos trabalhar para remediar as causas da violência, como a indiferença, o ódio, a intolerância religiosa e cultural, o nacionalismo estreito, a degradação ambiental e as disparidades econômicas. O papel individual é de vital importância, ao dar pequenos passos rumo à construção da paz. (...)

Reduzir a violência na mente pode ser uma tarefa difícil, que requer coragem e determinação. Desenvolver uma mente não violenta é parte de um fluxo incessante, reflete uma tradição ininterrupta de quatro mil anos de história.

Quando começamos esse processo, podemos ver benefícios individuais imediatos. Tornamo-nos pessoas mais felizes, mais relaxadas; montanhas de frustração e sofrimento começam a se transformar em montículos. As pessoas com quem interagimos também começam a sentir benefícios. Como disse Mahatma Gandhi, ‘devemos ser a mudança que queremos ver, e não as trevas que desejamos deixar para trás.’"

(Anna Alomes - A opção pela não violência - Revista Sophia, Ano 5, nº 18 – Pub. da Ed. Teosófica - p. 7)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

NÃO PERMITA QUE A DÚVIDA DOMINE SUA MENTE

"ENTREGUEM-SE TOTALMENTE aos pés de lótus do Senhor. Lembrem-se Dele constantemente, não percam mais tempo com pensamentos mundanos. Lutem! Lutem duramente para controlar a mente inconstante e fixá-la em Deus. Quando puderem fazer isso, descobrirão quanta alegria existe na vida espiritual, quanta diversão*! A ignorância deve ser superada nesta mesma vida. Isto não será fácil, a não ser que se dediquem de coração ao trabalho do espírito. Fé é a única coisa imprescindível, uma fé intensa! Não permitam que a dúvida domine suas mentes.

Mas Maharaj, e se as dúvidas se apoderarem de nós?

As dúvidas surgirão até o momento em que vocês, realizem Deus: por isso, entreguem-se a Ele e orem. Pensem consigo mesmos: 'Deus é! Mas por causa de minha mente impura não posso vê-lo. Assim que, pela graça de Deus, meu coração e minha mente tiverem sido purificados, eu certamente poderei vê-lo!' Deus não pode ser conhecido pela mente finita. Ele transcede a compreensão da mente e, mais ainda, a do intelecto. Este universo aparente é uma criação mental. A mente o produziu; é sua autora e não pode ir além de seu próprio domínio.

Subjacente à nossa mente existe outra mente espiritual mais sutil, sob a forma de semente. Pela prática da contemplação, oração e japa, ela se desenvolve e, com isso uma nova visão se abre para o aspirante, que passa a perceber a existência de muitas verdades espirituais. Essa, porém, não é a experiência final. A mente sutil aproxima o aspirante de Deus, mas não pode alcançar Deus, o Atman Supremo. Para quem chega a esse estágio, o mundo perde todo o encanto e ele permanece absorto na consciência de Deus. Essa absorção conduz ao samadhi, uma experiência indescritível, que transcende a existência e a não existência, na qual não existe felicidade ou infelicidade, nem luz ou sombras. Tudo é o Ser Infinito, impossível de expressar."

*A palavra diversão aplicada à alegria espiritual é característica em Swami Brahmananda, que com isso desejava eliminar a distância que existe em muitas mentes entre as satisfações sublimes da religiaão e a felicidade simples experimentada na vida cotidiana. Todo mundo aprecia diversão: porque, então, Deus não pode ser apreciado por todo mundo? Afinal, deus é a única e verdadeira diversão.

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo, 2011 - p. 220/221)