OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 24 de julho de 2025

EVITANDO A TENTAÇÃO

Vigiai e orai para não entrardes em tentação”. JESUS (MARCOS, 14:38.)

Vigiar não quer dizer apenas guardar. Significa também precaver-se e cuidar. E quem diz cuidar, afirma igualmente trabalhar e defender-se.

Orar, a seu turno, não exprime somente adorar e aquietar-se, mas, acima de tudo, comungar com o Poder Divino, que é crescimento incessante para a luz, e com o Divino Amor, que é serviço infatigável no bem.

Tudo o que repousa em excesso é relegado pela Natureza à inutilidade.

O tesouro escondido transforma-se em cadeia de usura.

A água estagnada cria larvas de insetos patogênicos.

Não te admitas na atitude de vigilância e oração, fugindo à luta com que a Terra te desafia.

Inteligência parada e mãos paradas impõem paralisia ao coração que, da inércia, cai na cegueira.

Vibra com a vida que escoa, sublime, ao redor de ti, e trabalha infatigavelmente, dilatando as fronteiras do bem, aprendendo e ajudando aos outros em teu próprio favor.

Essa é a mais alta fórmula de vigiar e orar para não cairmos em tentação."

Extraído do livro "Palavras de Vida Eterna", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, http://livroespirita.4shared.com/, p.8.
Imagem: Pinterest

terça-feira, 22 de julho de 2025

HUMILDADE, PERCEPÇÃO E SINCERIDADE

"Ate que um homem descubra o que ele é e, com toda sinceridade, comece a tentar se refazer, é improvável que faça muito progresso no Caminho ou seja muito útil a humanidade. O primeiro passo consiste no reconhecimento de sua própria falta de dignidade. O próximo, consiste em uma determinação de continuar, apesar disso e, o terceiro, em um esforço varonil e inabalável de se modificar. A satisfação pessoal é uma imensa barreira, tanto para o desenvolvimento oculto quanto para a utilidade oculta. Humildade, sinceridade e uma visão clara de si mesmo esses são três elementos essenciais para o sucesso. Quase todos os fracassos ocorreram porque, no início, essas várias condições não foram cumpridas de forma suficiente, especialmente a humildade, cuja ausência causou mais quedas do que todos os vícios juntos.

A sinceridade absoluta e completa é uma virtude muito rara. Muito poucos a possuem. Em algum lugar, sob a pele da maioria das pessoas. há uma veia de egoísmo, de desejo de recompensa. Onde isso existe, a sinceridade absoluta é impossível. Juntamente com a sinceridade está a unicidade de coração e de propósito. Isso também é extremamente raro. No mundo exterior, o conselho é que não é prudente colocar todos os ovos na mesma cesta. No Ocultismo, a dificuldade do neófito geralmente e a pequenez dos ovos e a insuficiência do número deles. A maioria das pessoas tem muito pouco para oferecer, especialmente no começo.

Honestidade, retidão austera, é outra qualidade básica essencial para o sucesso no Ocultismo. Tentações para desonestidade, especialmente nos assuntos mais sutis da vida interior, colocam constantemente em risco a integridade da alma, seu bem mais valioso. Sem integridade, que significa 'expressar a verdade por toda a natureza', nenhum progresso seguro é possível.

Progresso no caminho e um trabalho teosófico ativo são sinônimos Eles realmente são assim. O apoio à Sociedade Teosófica é uma das maneiras mais seguras de conquistar o interesse e a boa vontade pessoal dos Mestres e de seus Chefes. Um trabalhador bem-sucedido da Sociedade Teosófica é um indivíduo raro em um mundo moderno de interesse próprio, busca de favores e orgulho ilimitado. Humilde, sincero, quieto, sábio e imerso na Sabedoria Antiga, o verdadeiro teósofo é realmente um ser humano único e valioso.

É um fato triste que deve ser encarado, que o homem se recusa deliberadamente a ser ensinado por aqueles que são mais sábios do que ele ou, na melhor das hipóteses, apenas faz de conta que segue as orientações dos fundadores das religiões e das verdades que ensinam. E triste constatar, portanto, que a humanidade deve aprender suas mais elevadas lições por meio da operação da lei cármica.

O amor - em sua mais elevada, mais ampla e grandiosa interpretação e expressão é a panaceia para todos os males humanos, o único ideal sobre o qual pode ser estabelecida uma vida ou uma civilização que será feliz e que perdurará."

Geoffrey Hodson, A Vida do Iniciado, Ed. Teosófica, Brasília, DF, 2021, p. 52/54.
Imagem: Pinterest

 

quinta-feira, 17 de julho de 2025

A INTUIÇÃO DESENVOLVE A VERDADEIRA PERSONALIDADE

"A intuição da alma é uma faculdade de Deus. Ele não tem boca, mas sabe o gosto de tudo. Não tem mãos nem pés, no entanto sente o universo inteiro. Como? Por intuição, por Sua onipresença.

Normalmente, o homem se utiliza dos sentidos para obter informação sobre si mesmo e sobre o mundo em que vive. A mente nada sabe, exceto o que os cinco sentidos lhe dizem. Mas o super homem confia na intuição, seu 'sexto sentido', para adquirir conhecimento. A intuição não depende dos sentidos ou do poder da inferência para obter dados. Por exemplo, você tem certeza de que certa coisa vai acontecer e acontece, exatamente como previu. Todos provavelmente já tiveram uma experiência assim. Como sabiam, sem qualquer dado inferencial ou sensório? Esse conhecimento direto é o poder intuitivo da alma.

O antigo sábio indiano Patanjali diz que a autoridade das escrituras não é, por si só, prova da verdade. Como, então, se pode saber se a Bíblia e o Gita são verdadeiros? Os dados transmitidos pelos sentidos e pelo poder de inferência não fornecem a prova definitiva. A verdade, em última instância, só é compreendida ou 'provada' pela intuição, pela percepção da alma.

A verdadeira personalidade começa a desenvolver-se quando você consegue sentir, pela intuição profunda, que não é o corpo só lido e, sim, a corrente divina e eterna da Vida e da Consciência dentro do corpo. Foi assim que Jesus pôde caminhar sobre as águas. Ele sabia que tudo se compõe da consciência de Deus.

A personalidade humana pode ser transformada em personalidade divina. Expulse a consciência de que você é um amontoado de carne e ossos. Todas as noites, Deus o faz esquecer essa ilusão. Porém, assim que você acorda, volta às aparentes limitações do corpo."

Paramahansa Yogananda, A Eterna Busca do Homem, Self-Realization Fellowship, p.150.
Imagem: Pinterest

 

terça-feira, 15 de julho de 2025

IRRESPONSABILIDADE

"O indivíduo que não aceita a responsabilidade por seus atos e, constantemente, cria álibis e recorre a dissimulações, culpando os outros, é denominado imaturo.

Nosso modo de pensar atrai nossas experiências, pois pensar é um contínuo ato de escolher. Evitar não pensar é também uma escolha; portanto, somos nós que fabricamos as fibras que confeccionarão a textura da nossa existência.

Quando selecionamos um determinado comportamento, cujo resultado é possível prever, estamos também escolhendo esse mesmo resultado e, obviamente, devemos aceitar a responsabilidade de tal fato.

Somos responsáveis pela maneira como nos relacionamos com as pessoas, isto é, cônjuges, filhos, parentes, amigos e conhecidos, porque, certamente, ninguém nos obriga a agir desta ou daquela forma, mas, se assim acontecer, é porque nós mesmos cedemos diante da exigência dos outros.

Considerando que nossas atitudes são como grãos de areia, repetindo-as, com certa regularidade, criaremos pequenos montes. Tudo se inicia com diminutos grãos de areia. Inicialmente, formam uma colina, logo depois, um morro e, com a constante repetição dessas mesmas atitudes, erguem-se enormes montanhas e, finalmente, uma cordilheira.

Somos responsáveis por tudo o que experimentamos em nós mesmos; enfim, criamos nossa própria realidade.

'Pode o homem, pela sua vontade e por seus atos, fazer que não se deem acontecimentos que deveriam verificar-se e reciprocamente? Pode-o, se essa aparente mudança na ordem dos fatos tiver cabimento na sequência da vida que ele escolheu..."

Assim sendo, os Espíritos Sábios afirmam que a mudança de nosso destino somente ocorre quando, realmente, assumimos a responsabilidade por nossa vida, usando de determinação e vontade. Essa transformação, entretanto, não é realizada de um momento para o outro, ou mesmo, não se trata de um simples querer caprichoso; em verdade, é o produto de uma sequência de escolhas ao longo de inumeráveis experiências e acontecimentos.

O indivíduo que não aceita a responsabilidade por seus atos e, constantemente, cria álibis e recorre a dissimulações, culpando os outros, é denominado imaturo.

O homem adulto se caracteriza pelo fato de que ele próprio delimita seu código de conduta moral, já alcançou um certo grau de independência interior e faz seus julgamentos baseado em sua autonomia.

Os amadurecidos atingiram um bom nível de relacionamento consigo mesmos e, consequentemente, com os outros; por isso, resolvem facilmente tanto os conflitos internos como os externos. Dessa maneira, assumem as responsabilidades que lhes competem e estão despertos para a realidade.

A fase primordial da vida se inicia na total inconsciência e, a partir de então, o princípio inteligente progride de maneira gradativa e constante rumo a uma cada vez maior consciência de si, isto é, à crescente iluminação de suas faculdades e atividades íntimas. As criaturas começam a notar primeiramente os princípios que lhes parecem vir de fora e, depois, no decorrer de seu progresso espiritual, percebem que tudo se encontra em sua intimidade. Não é o mundo que se transforma; o que acontece é que elas mudam de níveis de consciência, alterando o mundo em si mesmas.

Em virtude disso, o emérito pensador e escritor espírita Léon Denis resumiu e estruturou, de modo coerente e homogêneo, que o psiquismo dorme no mineral, sonha no vegetal, sente no animal, pensa no hominal e, por fim, atinge vasta habilidade intuitiva na fase angelical, dando prosseguimento a seu processo evolutivo pelo universo infinito.

A proposta do 'despertar' das almas é antiquíssima e é encontrada em diversas passagens do Novo Testamento. O apóstolo Paulo, o incomparável divulgador da Boa Nova, escrevendo aos Efésios, no capítulo V, versículo 14, assim se reporta: 'Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos...'

Despertar, entretanto, é condição inadiável para que atinjamos as verdades transcendentes, reavivando em nós a consciência para os objetivos essenciais da eternidade.

Todos os esforços da criatura servem a um único objetivo: torná-la mais consciente, isto é, ampliar o seu próprio modo de ver as coisas. Não nos esqueçamos, pois, de que a evolução de nossas almas nada cria de novo; o que ela faz é melhorar, progressivamente, nossa visão sobre aquilo que sempre existiu.

Sobre essa questão, os Espíritos Superiores asseveram, com muita sabedoria, que a alteração no rumo dos acontecimentos, provocada pelo homem, pode dar-se "... se essa aparente mudança na ordem dos fatos tiver cabimento na sequência da vida que ele escolheu...". Portanto, não poderá haver maturidade vivencial sem que o indivíduo se conscientize plenamente de seu livre-arbítrio e de que tudo o que sofre, goza, percebe e experimenta nada mais é do que o reflexo de si mesmo."

Extraído do livro "As dores da alma", de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova, editora e distribuidora de livros espíritas, 1998, p. 41/43.                                                                  Imagem: Pinterest


quinta-feira, 10 de julho de 2025

LUXÚRIA

"(...). O tipo de Amor mais frequentemente responsável pelo sentimento de Ciúme é aquele mais bem denominado de Luxúria. Para naturezas refinadas provavelmente seria, à primeira vista, inadmissível e impróprio chamar Luxúria de um tipo de Amor. Ainda assim há algo em comum entre eles. Associações posteriores e ruins, e consequências naturais e inevitáveis, deram atualmente à Luxúria uma conotação realmente má. Que nem sempre foi assim é aparente no uso da expressão 'Lusty Youth'¹, que significa apenas vigor físico e capacidade para Amor físico, sem qualquer sentido depreciativo.

Como Amor geralmente é o desejo de união por troca e igualdade, assim Luxúria é o desejo por união por troca e igualdade apenas no eu ou corpo físico, preeminentemente.

Como casamentos baseados somente na Luxúria apenas levam invariavelmente à exaustão e saciedade da natureza física em um tempo mais ou menos curto, e, não tendo sido cultivados os eus mentais e espirituais mais elevados, as formas mais elevadas do Amor que duram por longas eras de tempo permanecem impossíveis, infelicidade é a consequência lógica de tais casamentos, e muito mais de uniões que não foram santificadas pelas formalidades do casamento formalidades que têm no mínimo uma sombra de religião e espiritualidade sobre eles.

Parece então que as consequências más da Luxúria, as resultantes saciedade, exaustão, cansaço, tristeza e infelicidade, a tornam má; de outra maneira ela não seria má; de outra maneira a sua consanguinidade com o Amor adequado seria indiscutível. É o mesmo com outros estados mentais aos quais a palavra Amor é ainda menos hesitantemente aplicada pela humanidade. Nós lemos que Romanos e outros epicuristas 'amavam' línguas e cérebros cozidos de rouxinóis e outros pássaros delicados. A presente constituição da maioria da raça humana é tal que ela alegremente sanciona o uso da palavra Amor nesta conexão, e falha inteiramente em ver o horror do assassinato indiscriminado envolvido. No senso estrito e abstrato da palavra, no entanto, até esse uso é perfeitamente correto²; são apenas as 'consequências' envolvidas que lançam essa obscuridade sobre a palavra nesta referência. Como Bhishma disse:

'Carne não cresce em gramados, nem em árvores nem em pedras: é obtida apenas pelo matar de uma criatura viva; daí o pecado de comê-la."

Pode ser percebido aqui que quanto mais o Amor é confinado ao eu físico, mais ele é Luxúria; quanto mais ele se aproxima de um 'apetite', desejo de sentir, menos ele tem da característica de Emoção adequada."

¹ A expressão foi mantida em inglês por não haver uma palavra adequada em português que mantivesse a relação com a raiz da palavra luxúria (Nota da trad.)
² Veja acima, cap. 6 desta obra.

Bhagavan Das, A Ciência das Emoções, Ed. Teosófica, Brasília, DF, 2023, p. 102/104.
Imagem: Pinterest