OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O AMOR E A VERDADE COMO FERRAMENTAS DE PURIFICAÇÃO DAS IMPUREZAS DO CORAÇÃO

"Em assuntos espirituais, a verdadeira essência é a fé (sraddha). A dúvida abala alicerces do sadhana (ascese, disciplina), e portanto deve ser evitada. Tenha fé na sabedoria dos antigos. Não oponha seu mesquinho cérebro contra as intuições e as descobertas dos santos. 

Quando você entra numa loja e escolhe uma fazenda para uma calça ou camisa, prefere uma escura. A razão da preferência pela cor preta e não pela clara, pelos tons de branco, é porque a cor escura não mostra o sujo. Geralmente o desejo não é o de remover a sujeira, mas o de ocultá-la. Isso tem-se tornado uma fraqueza universal. As pessoas envergonham-se da impureza no coração, mas não tentam limpá-lo. Tal limpeza, a do coração, só se consegue através do Amor (prema) e da Verdade (sathya), através da repetição do mantra dado pelo Guru e pelo sadhana (disciplina espiritual) quando regular e firmemente praticado com fé."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 27)


sábado, 4 de outubro de 2014

O PERIGO DE UMA IMAGINAÇÃO INDISCIPLINADA

"Consideremos o caso de um homem que anseia por bebida. Ele conhece o sofrimento que a sua fraqueza lhe ocasiona; sabe que utiliza mal seu salário e deixa sua família à míngua; e, em seus momentos de lucidez, resolve abandonar aquele vício. Então ele passa por diante de uma taberna, vê sair e entrar gente, e talvez ainda sinta o odor da bebida. Até aquele momento esteve livre de tentação e da consequente luta. Mas, que sucede agora? Naquela fração de segundo, se imagina bebendo – cria uma imagem mental; e por um momento vive e atua naquela forma mental como se, com efeito, usufruísse da bebida. Experimenta a possível satisfação de sua ânsia, mas em realidade não faz mais que intensificá-la, tornando a ação quase inevitável. Uma vez produzida a imagem, evoca tardiamente sua vontade dizendo: ‘Não quero fazer isso’. Mas já é demasiado tarde, e a luta é praticamente em vão. Uma vez criada a imagem mental, segue-se geralmente a consumação da mesma em ação. Sem dúvida, às vezes a imagem não é bastante vigorosa, e é possível repeti-la. Mas mesmo assim há a luta, desgaste dos corpos e sofrimento como resultado. O melhor caminho é impedir que se forme a criadora imagem mental e intervir quando ainda seja eficaz a intervenção.

A imaginação indisciplinada causa sofrimento mais graves do que se supõe. As inumeráveis ocasiões em que tantos não puderam dominar suas paixões, especialmente a luxúria, foram resultados de uma imaginação indisciplinada e não de uma vontade fraca. Pode-se sentir um forte desejo, mas é o pensamento criador que acarretará a ação.

A maioria das pessoas não dá importância a suas imaginações, devaneios ou pensamentos e pensam que eles sejam inofensivos por não serem tangíveis ou visíveis à visão ordinária. Contudo, constituem o único perigo. A quem experimente um intenso desejo sexual, não haverá perigo em ver ou pensar no objeto de seu desejo, a menos que ao pensamento acompanhe a imagem mental de estar saciando o seu apetite. O risco começa quando se imagina a si mesmo em ato de satisfação do desejo e quando se consente que o desejo fortaleça a imagem criada.

Um homem pode estar rodeado de objetos de desejo e, contudo, não experimentar perturbação nem dificuldade alguma, contanto que não permita que sua imaginação, seu poder mental criador, reaja a tais objetos. Nunca temos suficiente percepção de que os objetos de desejo não têm por si poder algum, a menos que nos permitamos reagir a eles, a menos que busquemos saciá-los em imagens criadora. Mas, uma vez que o tenhamos feito, a luta sobrevém certamente. Consideramos o que pensamos como nossa vontade, e tentamos escapar dos resultados de nossa própria imaginação por meio de uma resistência frenética, Poucos compreenderam que a resistência agitada e ansiosa inspirada pelo medo é algo muito diferente da Vontade."

(J. J. Van Der Leeuw - Deuses no Exílio - Ed. Teosófica, Brasília, 2013, p. 29/30)


domingo, 7 de setembro de 2014

DEIXE DE CULPAR OS OUTROS

"Devemos compreender que a causa por trás da maioria dos fracassos em preces é o pensamento turvo e a carência de controle emocional. O importante é constatar que encontramos a mesma lei operando na atração magnética de impulsos de medo, inveja, raiva e desespero (que são responsáveis pela maioria dos fracassos e frustrações na vida), assim como na inefável emoção de amor, que resulta no bem. Um princípio singular, uma força idêntica, está por trás da realização ou fracasso.

O medo gera problemas e atribulações inevitáveis. As manifestações e experiências divergem de acordo com a atitude e a disposição emocional do indivíduo. Pode-se perfeitamente dizer que toda doença tem sua origem em frustração emocional. O homem é o produto de suas emoções e disposições.

A tendência de muitas pessoas é projetar a culpa nos outros pelas circunstâncias desventuradas ou fracassos na vida, ressaltando a hereditariedade, meio ambiente ou falta de oportunidade. Essa atitude da mente muitas vezes age como um estimulante temporário para a fraqueza moral, mas não livra a pessoa das causas do sofrimento e angústia."

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 87/88)

terça-feira, 26 de agosto de 2014

NÃO EXISTEM MENTIRAS INOFENSIVAS

"(...) se por uma boa razão você não quer dizer a verdade, pelo menos não minta! Suponhamos que você esteja meditando no canto, certo de que ninguém o vê. Seu desejo é que ninguém saiba o que está fazendo. Mas alguém descobre e grita: 'Ei, o que está fazendo aí?' Para esconder o fato de que estava meditando, você responde: 'Estava comendo uma banana'. É uma mentira desnecessária. Você poderia ter dito: 'Estou ocupado agora e não quero ser incomodado'. Esta afirmação verdadeira é muito melhor do que uma mentira, ainda que pequena, para ocultar da curiosidade alheia o que você fazia. É esse tipo de mentira que a maioria das pessoas conta. Evite-o, porque incentiva um padrão habitual de mentiras, mesmo quando não há necessidade de esquivar-se da verdade.

Também é errado dizer a verdade quando, assim fazendo, traímos alguém desnecessariamente, sem nenhum propósito positivo. Vamos supor que um homem beba, mas tente esconder o vício do resto do mundo. Você conhece essa fraqueza e, em nome da verdade, anuncia aos amigos: 'Vocês sabem que fulano de tal bebe, não é?' É um comentário impróprio; ninguém deve se ocupar da vida alheia. Silencie sobre os defeitos pessoais dos outros, desde que não prejudiquem ninguém. Converse em particular com o transgressor, se tiver a oportunidade ou a responsabilidade de ajudá-lo; mas nunca fale propositalmente para feri-lo, sob o pretexto de ajudar. Você só o 'ajudará' a ficar seu inimigo, além de possivelmente sufocar qualquer desejo que ele possa ter de melhorar como pessoa.

A verdade é sempre benéfica; os fatos às vezes podem ser nocivos. Por mais verdadeiro que seja, um fato que vá de encontro ao bem é apenas um fato, não é a verdade. Nunca revele fatos desagradáveis que causem sofrimento inútil, como falar desnecessariamente sobre o caráter alheio. Isso é o que jornais e revistas sensacionalistas frequentemente fazem com pessoas famosas. Visam ferir a reputação do indivíduo ou obter vantagens pessoais à custa de alguém. Não atraia para si o mau karma resultante da revelação de fatos danosos sobre outras pessoas quando isso não servir a um propósito autêntico ou nobre. E, quando omitir um fato desagradável, certifique-se de que também não deixará implícito o fato de estar escondendo alguma coisa. Afinal de contas, Deus é misericordioso e nós, Seus filhos, também devemos ser. Por que ser o instrumento que causa dano a outra pessoa? Sua ação lesiva vai repercutir e voltará para feri-lo também. Vivemos os resultados de toda experiência que causamos aos outros. Existem pessoas que vivem em paz e pessoas que vivem preocupadas e infelizes. As últimas não tiveram a sabedoria de experimentar e descobrir que é possível viver em paz. Do contrário, teriam aprendido a não mentir e não falar dos outros de modo maledicente e prejudicial."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 38/39)

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

COMPLEXIDADE DA MENTE HUMANA

"É fácil imaginar que se possui determinadas virtudes e também minimizar as próprias faltas até mesmo quando a vemos. A tendência seria de desculpar-se dizendo que é humano ter estas falhas, naturais em nosso estágio, não mais as considerando. É precisamente porque as pessoas não querem pôr de lado as suas fraquezas favoritas que elas procuram um Pai celestial que lhes permitiria a indulgência que desejam, salvando-as, finalmente, apesar delas próprias. Quando vemos um erro em outra pessoa, podemos estar vendo-o através de uma lente de aumento, mas quando encontramos a mesma fraqueza em nós mesmos, somos capazes de olhar para ela por uma ótica diferente. Também aquilo que consideramos como as nossas virtudes não podem ser virtudes, de forma alguma, mas meramente possuir sua aparência. Um ser humano pode ser prestativo e agradável de vários modos, e as pessoas podem pensar muito bem dele por isso, mas se forem procurados os seus motivos, poder-se-á verificar que aquilo que o impulsiona a ser tão agradável e adaptável brota de seu autointeresse. O homem precisa dar-se com as pessoas, possivelmente para finalidades comerciais, ou ele pode estar procurando uma vida fácil; será vantajoso conduzir-se na vida de forma a mais suave e agradável possível. Mas este não é o tipo de amabilidade autêntica. Para sermos genuinamente amáveis e gentis é preciso não ter motivos de vantangem própria. Se o objetivo, até mesmo inconscientemente, for de conquistar a boa opinião de alguém, mesmo se não for para obter vantagens materiais, será o caso de conquistar uma posse para uso próprio.

A mente humana é excessivamente complexa. Conforme H. P. Blavatsky observa no quinto volume da obra A Doutrina Secreta, ‘ a mente tem muitos mistérios’. Mesmo com a nossa compreensão limitada, podemos perceber como são complexas as suas engrenagens, e como é fácil autoiludir-se. Podem ter-nos dito que éramos crianças que não devíamos enganar os outros, mas constantemente enganamos a nós próprios. Enquanto assim fizermos, seguiremos caminhos que enganam os outros. Toda a tendência para frustração, para aceitar ilusões prazerosas, precisa ser extirpada da pessoa se há o interesse em ser cada vez mais verdadeiro."

(N. Sri Ram - Em Busca da Sabedoria - Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 136/138)     


sábado, 19 de julho de 2014

JAMAIS ACEITE O FRACASSO

"Você vive num mundo competitivo. A competição não o sufocará se você for determinado; ela o deixará mais forte. Você tem que dar o melhor de si todos os dias, em qualquer circunstância - e então poderá ter êxito. Mas a maioria das pessoas não se empenha, ou então está sempre pensando que tudo dá errado com elas - que sempre têm azar. E por que as coisas deveriam dar certo? Essas pessoas não reservam tempo para cultivar as sementes do sucesso em seu cérebro, ficam ocupadas demais com coisas inúteis. Talvez você nem ache que possua qualquer sementinha de sucesso em seu íntimo, mas tem. Você pode ter sucesso, pode conseguir. Todavia, se pensar 'estou acabado', certamente estará, pois já se autodecretou um fracassado. Mas se continuar sendo positivo e pensar 'tudo bem, eu vou conseguir', e continuar tentando, você conseguirá.

Não fique remoendo os fracassos do passado. As pessoas que fazem isso dizem que tudo o que tocam acaba em fracasso. E por que falham? Porque a mente delas se convenceu de que fracassará. Já fiquei completamente sem dinheiro, mais de uma vez, tentando manter esta obra, mas sempre recuperei os recursos necessários. É preciso coragem, porque a mente diz: 'Depois de tantos anos, você vai ter que começar tudo de novo'. Mas eu retruco: 'Fique quieta. Vou fazê-la trabalhar. Vamos ver quem manda.' Você tem que trabalhar, precisa se esforçar para conseguir. Cada insucesso lhe dá o privilégio de aprender algo novo: você apende a evitar a repetição dos erros. Só quando a mente fica fraca é que o corpo enfraquece e você se recusa a continuar se esforçando; nesse momento você está acabado - está morto. Portanto, nunca desista.

A vida é um grande jogo, faça um esforço para ganhar. Milhares de pessoas sofrem - algumas não têm mãos, outras não têm pernas. Como é que você, que dispõe de todas as faculdades, vai admitir o fracasso? Não faça isso. Quando você anda para trás, seu panorama mental fica tão sombrio que você acha que o mundo inteiro está retrocedendo. Mas você sempre progredirá se estiver realizando alguma coisa. Desenvolva o poder mental e deixe que o mundo inteiro se coloque à sua disposição."

(Paramanhansa Yogananda - O Romance Com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 103/104)

quarta-feira, 16 de julho de 2014

TRANSFORMAÇÃO INTERIOR (1ª PARTE)

"O primeiro passo a examinar, refletidamente, é o que se refere ao que podemos chamar de nosso ‘estoque de mercadorias’, e são nossas faculdades e qualidades inatas, boas e más, são os nossos poderes e as nossas fraquezas, as nossas oportunidades presentes e o nosso ambiente atual. Nosso caráter é o que pode ser modificado mais rapidamente, e nele temos de começar a trabalhar, selecionando as qualidades que convém fortalecer e as fraquezas que constituem nosso perigo mais premente. Vamos tomá-las, uma a uma, e usar a força do pensamento da forma antes descrita, lembrando sempre que jamais devemos pensar em fraqueza e, sim, na força de que o pensamento é dotado. Pensamos naquilo que desejamos ser e, aos poucos, de uma forma inevitável, nos tornamos aquilo em que pensamos. Essa lei não pode falhar. A nós cabe, apenas, trabalhar para que ela obtenha êxito.

A natureza do desejo também é modificada pelo pensamento, e criamos as formas-pensamento de que necessitamos. Alerta para ver e captar uma oportunidade conveniente, nossa vontade se fixa nas formas que o nosso pensamento cria, e assim coloca-as ao nosso alcance, produzindo-as, literalmente, e aproveitando as oportunidades em que o karma do passado não nos apresenta. (...)"

(Annie Besant, Os Mistérios do Karma e a sua Superação, Editora Pensamento, 2001, p.97/99)


domingo, 20 de abril de 2014

O INSTRUTOR: “QUANDO O DISCÍPULO ESTÁ PRONTO, O MESTRE APARECE”

"Aqueles que leram a Voz do Silêncio saberão que esta obra consiste em três tratados que transmitem a essência do pensamento Mahayânico de uma forma muito clara. Estão agrupados em forma de discursos, nos quais o aluno pede orientação e luz ao instrutor, e este fala ao aluno sobre os objetivos da senda, as várias virtudes a serem desenvolvidas, as fraquezas a serem evitadas, e as verdades relacionadas a tudo isto. O instrutor também esclarece que ele pode apenas apontar o caminho, ele não pode conduzir o aluno até o destino pretendido. O aluno terá de usar a sua própria inteligência a cada passo, reunir todas as energias de sua natureza, e aplicar-se seriamente à tarefa. Se fosse meramente uma questão de encontrar um instrutor que conduzisse a pessoa até o objetivo adequado, a dificuldade residiria apenas em encontrar a pessoa certa, e assim o aluno não teria responsabilidade alguma. Mas não é este o caso. O discípulo terá de realizar a viagem por ele próprio, enfrentando todas as dificuldades, guiado pela sua própria compreensão.

De acordo com estes preceitos, das dez coisas a serem feitas uma importante entre elas é o encontro de um instrutor cuja influência de sua personalidade e conhecimento possa ser inestimável, se o aluno dela puder beneficiar-se. Diz-se: ‘vincule-se a um preceptor religioso dotado de poder espiritual e de sabedoria total.’ De que maneira podemos encontrar uma pessoa assim? Para começar deve-se compreender o que significa ‘poder espiritual’. Não é a habilidade de produzir truques fenomênicos ou milagres. A espiritualidade nada tem a ver com tais manipulações psíquicas. A questão então de como distinguir entre um instrutor falso – e destes deve haver grande variedade – e um verdadeiro. Diz o livro: ‘para evitar o erro na escolha de um guru, o discípulo precisa ter conhecimento de suas próprias falhas e virtudes’. Não significa que você terá de encontrar primeiramente o guru e então ele lhe dirá suas faltas e méritos. Deve haver uma medida de autopercepção e de discriminação dela resultante, a fim de reconhecer o verdadeiro instrutor quando o encontrarmos, e não ser atraído por alguém que consegue ter seguidores por apelar para suas fraquezas e divertir-se com sua imaturidade."

(N. Sri Ram - Em Busca da Sabedoria – Ed. Teosófica, Brasília, 1991- p. 135/136)

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CAUTERIZE OS “NÃO POSSO” EM SEU CÉREBRO

"Uma vontade fraca é uma vontade mortal. Assim que as provas e o fracasso a desligam, ela perde a conexão com o gerador do Infinito. Entretanto, por trás da vontade humana está a vontade divina, que jamais pode falhar. Nem a morte tem o poder de inibir a vontade divina. Não há qualquer dúvida de que o Senhor responderá à oração por trás da qual a força da vontade seja ininterrupta. A maioria das pessoas tem preguiça mental, física ou ambas. Quando querem orar, pensam, em vez disso, em dormir, e quando começam a cochilar, vão para a cama e adeus oração. A vontade fica adormecida. O cérebro do homem mortal está cheio de ‘não posso’. Se nasceu em uma família com certas características e hábitos, é influenciado por tais fatores e pensa que não pode fazer certas coisas: não pode caminhar muito, não pode comer isso, não pode tolerar aquilo. Esses ‘não posso’ precisam ser cauterizados. Você tem, em seu interior, o poder de realizar tudo o que quiser; esse poder se acha na vontade.

Quem quiser desenvolver o poder da vontade deve buscar boas companhias. Se seu desejo é ser um grande matemático e todos os seus companheiros habituais detestam matemática, certamente ficará desanimado. Mas se conviver com bons matemáticos, sua vontade se reforçará; você pensará: ‘Se os outros podem, eu também posso.’

Não se atire imediatamente em grandes projetos, na ansiedade de desenvolver a sua vontade. Para ter êxito, exercite primeiro a vontade em algo pequeno, de que não se achava capaz. Se trabalhar com empenho vai conseguir. Lembro-me de todos os objetivos que meus amigos e conhecidos diziam que eu não conseguiria atingir; mas eu os alcancei. Essas pessoas ‘bem intencionadas’ podem nos fazer muito mal. Deus nos livre delas! A companhia exerce a maior influência sobre a vontade. Se, em vez de vir para cá, todas as quintas-feiras, você fosse a uma festa e bebesse, certamente absorveria um pouco daquelas vibrações mundanas. Sua vontade é, sem sombra de dúvida, inspirada ou enfraquecida pela companhia. Desenvolver a vontade sozinho é extremamente difícil. Você precisa de um exemplo à sua frente. Se quiser ser artista cerque-se de bons quadros e bons artistas. Se quiser ser um homem divino, rodeie-se de companhias espirituais.

Crença e experiência são bem diferentes. Uma crença nasce do que você ouviu ou leu e aceitou como fato, mas a experiência é algo que realmente percebeu. As convicções de quem experimentou Deus não podem ser abaladas. Se você nunca provou uma laranja, eu poderia enganá-lo sobre as características da fruta; mas, se já comeu uma, eu não poderia enganar. Você saberia; teve a experiência.”

(Paramahansa Yogananda – A Eterna Busca do Homem – Self-Realization Fellowship – p. 36/37)


domingo, 30 de junho de 2013

LIDAR CONSTRUTIVAMENTE COM O FRACASSO

"A época do fracasso é o melhor tempo para plantar as sementes do êxito. O golpe das circunstâncias pode contundi-lo, mas mantenha a cabeça erguida. Tente sempre uma vez mais, não importa quantas vezes tenha falhado. Lute quando achar que não pode mais lutar, ou quando achar que já fez o melhor possível, ou até que seus esforços sejam coroados de êxito. 

Aprenda a usar a psicologia da vitória. Algumas pessoas aconselham: "Não fale de fracasso, de modo algum". Mas só isso não resolve. Primeiro, analise seu fracasso e suas causas, aproveite a experiência e não pense mais nisso. Embora fracasse muitas vezes, o homem que continua se empenhando, que não se deixa derrotar interiormente, é uma pessoa verdadeiramente vitoriosa. 

A vida pode ser sombria, as dificuldades podem vir, as oportunidades podem transcorrer sem serem utilizadas, mas nunca pense: "Estou liquidado. Deus me abandonou." Quem poderia fazer algo por esse tipo de pessoa? Sua família pode abandoná-lo. A boa sorte pode parecer deixá-lo. Todas as forças humanas e da natureza podem se mobilizar contra você. Mas, pela qualidade da iniciativa divina no seu interior, você pode derrotar todas as investidas do destino, criadas por suas próprias ações errôneas do passado, e, em marcha vitoriosa, entrar no paraíso. 

Se você é guiado pela Consciência Divina, então, mesmo quando o futuro parece absolutamente negro, tudo, no fim, acabará bem. Quando Deus o guia, você não pode fracassar. Você precisa banir o pensamento de que o Senhor, com Seu poder maravilhoso, está muito longe, lá no céu, e que você é um vermezinho desamparado, sepulto em dificuldades aqui na terra. Lembre-se de que por trás de sua vontade está a grande Vontade Divina.

Tropeçar e cair no mau caminho é apenas uma fraqueza temporária. Não pense que está completamente perdido. O próprio solo em que você caiu pode ser usado como apoio para que se levante novamente, se você aprender com suas experiências. Se você reconhece um erro e resolutamente se determina a não repeti-lo, mesmo que caia, essa queda será muito menor do que se nunca tivesse tentado. 

Não deveríamos esperar ser bem-sucedidos em todos os empreendimentos. Alguns podem falhar, mas outros terão êxito. O êxito e o fracasso estão inter-relacionados; um não pode existir sem o outro. (...) Portanto, não deveríamos tornar-nos egoístas e cheios de orgulho quando alcançamos abundante êxito, tampouco, nos desanimar e perder a coragem se nos deparamos com o fracasso. 

Não importa quantas vezes fracasse, continue tentando. Aconteça o que acontecer, se decidiu inabalavelmente: "A Terra pode se despedaçar, mas continuarei fazendo o melhor possível", você está usando a vontade dinâmica, e terá êxito. Essa vontade dinâmica é que faz um homem rico, um outro, forte e um outro, santo."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 65/67)


quinta-feira, 13 de junho de 2013

A LIBERDADE DA CULPA E A NECESSIDADE DA PENA (PARTE FINAL)

" (...) Nesse roteiro de libertação pelo conhecimento da Verdade, certos místicos do Oriente enveredaram por um caminho que talvez possa ser considerado como um ato de boa vontade, mas não como uma compreensão integral: resolveram abandonar o mundo objetivo do ego, que os escravizava, em vez de o superar pela libertação. Simples abandono não é libertação. Escapismo não é redenção. Quem apenas abandona o mundo do ego, para se refugiar no Eu, não se redime desse mundo - não é um liberto, mas apenas um desertor. Pode essa deserção representar um ato de boa vontade, mas não deixa de ser medo e fraqueza. O homem disposto a libertar-se deve encarar o mundo da escravidão, lutar com ele até superá-lo por uma força inerente ao próprio lutador. Pela luta, essa força latente no lutador desperta, adquire vigor e crescente poder, até derrotar o adversário A luta com mundo do ego exige uma força incomparavelmente maior do que o simples abandono desse mundo adverso. E ainda que o lutar perca muitas batalhas nessa guerra existencial, se ele persistir na luta, revela-se mais heroico e admirável do que o desertor do campo de batalha. 

O Bhagavad Gita do Oriente e o Evangelho do Cristo não recomendam fuga, mas luta, até a vitória final.

O homem realmente liberto superou tanto a derrota como a deserção.

Mas essa vitória só pode ser conquistada pelo Eu divino do homem, porque esse elemento divino do homem é onipotente, quando devidamente desenvolvido e acordado. "Tudo é possível, e nada é impossível, àquele que tem fé", isto é, fides, fidelidade ao seu centro onipotente, seu Eu divino."

(Huberto Rohden - Setas para o Infinito - Ed. Martin Claret, São Paulo -p. 32/33)


terça-feira, 9 de abril de 2013

DESENVOLVER UMA PERSONALIDADE HARMONIOSA (PARTE FINAL)

"(...) O complexo de inferioridade nasce da secreta consciência de uma fraqueza, real ou imaginária. Na tentativa de compensar essa fraqueza, a pessoa pode construir em torno de si uma armadura de falso orgulho e ostentar um ego exagerado. Então, os que não compreendem a verdadeira causa de tal atitude podem dizer que esse indivíduo tem um complexo de superioridade. Ambas as manifestações de sua desarmonia interna são destrutivas do Autodesenvolvimento. Ambas são alimentadas pela imaginação e pela ignorância dos fatos, ao passo que nenhuma delas é parte da verdadeira e onipotente natureza da alma. Baseie sua autoconfiança na realização verdadeira acrescida da convicção de que o seu Eu real [a alma] não pode, de modo algum, ser inferior; então você se libertará de todos os complexos.

Se a maioria das pessoas acha que você tem uma personalidade pouco atraente, analise-se. É possível que haja traços no seu jeito de ser que desagradam aos demais. Talvez você fale demais, ou goste de intrometer-se na vida alheia, ou, ainda, costume apontar os defeitos dos outros, além de lhes dizer como deveriam viver sua vida, sem aceitar sugestão para melhorar a si mesmo. Eis alguns exemplos de traços psicológicos que nos tornam antipáticos aos outros.

Consideração pelos outros é uma qualidade maravilhosa. É o maior atrativo que você pode ter. Pratique-a! Se alguém está com sede, a pessoa se antecipa e lhe oferece algo para beber. Consideração significa percepção e atenção em relação aos outros. Quando uma pessoa que tem consideração se acha em companhia de outros, ela manifesta sua percepção intuitiva das necessidades alheias.

Pratique a consideração e a bondade até que você seja como uma bela flor que todos gostam de ver. Seja a beleza que está na flor e o poder de atração que há na mente pura. Quando você for atraente desse modo, sempre terá amigos verdadeiros. Você será amado tanto pelos homens quanto por Deus."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 135/136)


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DEUS CONHECE AS TUAS FRAQUEZAS

“Uma de nossas maiores fraquezas é que temos medo de Deus. Receamos reconhecer, diante Dele, as coisas que afligem profundamente nossa alma, coração e consciência. Mas isso está errado. O Amado Divino é o primeiro a quem você deveria relatar todos os seus problemas. (...) Por quê? Porque, muito antes de você mesmo reconhecer suas fraquezas, Deus já as conhecia. Você não vai contar nada de novo a Ele. Mas há um maravilhoso alívio para a alma quando você pode desabafar com Deus.”

(Sri Daya Mata – No Silêncio do Coração - Ed. Self-Realization Fellowship, p. 49)


terça-feira, 20 de novembro de 2012

COMPAIXÃO




“A compaixão é, por natureza, gentil, pacífica e delicada, embora também seja muito poderosa.

Aqueles que perdem facilmente a paciência são inseguros e instáveis.

Portanto, para mim, ser dominado pela raiva é um sinal de fraqueza.”

(Dalai-Lama – O Caminho da Tranquilidade – p. 40)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

MISERICÓRDIA


“Ser misericordioso é condição necessária para que possamos receber a verdade de Deus. A Inveja, o ciúme, o ódio – eis algumas das fraquezas universais inatas no homem. Estão ligadas ao nosso sentimento do eu que provém da ignorância. Como faremos para superá-las? Erguendo uma onda oposta de pensamento. Quando alguém é feliz, não devemos invejá-lo; devemos procurar concretizar nossa amizade e união e sermos felizes com ele. Quando alguém é infeliz, não devemos ficar alegres com isso: devemos sentir simpatia e ser misericordiosos. Quando uma pessoa é boa, não devemos invejá-la. Se for má, não a odiemos. Sejamos indiferentes ao malvado. Qualquer pensamento de ódio, mesmo o assim chamado “ódio justo” ao mal, despertará uma onda de ódio e de maldade em nossas próprias mentes, aumentando nossa ignorância e inquietação. Não podemos pensar no Senhor, ou amá-lo, enquanto subsistir essa onda de pensamento. Se desejarmos encontrar Deus, precisamos assemelhar-nos a Deus na misericórdia.”

(Swami Prabhavananda – O Sermão da Montanha segundo o Vedanta p. 28)