OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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segunda-feira, 15 de junho de 2015

A SABEDORIA VEM DO DISCERNIMENTO

"A Bíblia diz: 'Sim, com tudo o que possuis adquirireis o entendimento' (Provérbios 4:7). Qual é, as pessoas podem perguntar o significado de "adquirireis o entendimento'? O entendimento mencionado é a sabedoria, que segundo o Mestre não vem dos livros, mas do discernimento.

- O discernimento é necessário e não surge apenas pelo raciocínio, mas também pela intuição da alma. A razão pode ajudar uma pessoa a entender o como das coisas - isto é, como elas funcionam, como elas ocorrem. Contudo, isso não pode mostrar à pessoa as inter-relações sutis entre as coisas. Também não pode, de uma maneira mais profunda, mostrar o porquê delas. O discernimento é um exercício individual; é a onda consciente de que está dançando no oceano do Espírito. A sabedoria vem com o aprofundamento da percepção que uma pessoa tem do Absoluto. A compreensão do que é sabedoria é universal - explica o Mestre."

(Swami Kriyananda - Diálogos com Yogananda - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 323)


sábado, 17 de janeiro de 2015

TENTE SE COMUNICAR

"Desenvolver essa intuição leva algum tempo. O que se pode fazer entretanto? Faça um esforço para se comunicar. Converse. Não espere seu cônjuge adivinhar o que você pensa. Certa vez uma mulher estava tomando café numa lanchonete e, antes de sair, pediu a conta à garçonete. 'Mas eu coloquei sua despesa na conta do senhor que estava sentado ao seu lado e que acabou de sair', respondeu a garçonete. 'Mas por que é que você fez isso?', perguntou a mulher. 'Nunca vi esse homem antes, nem sei o nome dele.' A garçonete replicou: 'Desculpe-me. Como vocês não conversavam, achei que fossem casados'. É muito triste! Uma psicóloga de Nova York fez uma pesquisa com quarenta mil casais; descobriu que nos quarenta mil casos, marido e mulher conversavam um com o outro, em média, vinte e sete minutos por semana!

Existem casamentos muito profundos, muito unidos, muito íntimos nas suas bases internas onde não há necessidade de conversa em demasia. Um gesto, um olhar é suficiente para que a pessoa amada compreenda. Mas isto é resultado de muito esforço. A maioria das pessoas não procura entender os outros; não procura saber o que o outro sente num nível mais profundo. Portanto, conversem um com o outro - não pressuponha que seu cônjuge possa adivinhar o que se passa em sua mente. E não se refugie na solidão, frustração e mágoa só porque seu esposo ou esposa não compreende o que você está sentindo. Talvez ele ou ela não saiba - como poderia saber? Vocês precisam se abrir e se comunicar. Este é um dos motivos por que Deus nos deu uma boca!"

(Irmão Anandamoy - O Casamento Espiritual - Self-Realization Fellowship - p. 16/18)


domingo, 28 de dezembro de 2014

COMO APRENDER COM UM GURU

"'Devemos também aprender a não nos aproximarmos apenas das pessoas cujas vibrações sejam iguais às nossas. É normal sentir-se atraído por alguém do mesmo nível. Mas está errado. Você deve também se aproximar de pessoas cujas vibrações sejam contrárias... às suas. Esta é a importância... de ajudar... essas pessoas. O nosso caminho é interno. Esse é o caminho mais difícil, a jornada mais dolorosa. Somos responsáveis por nosso próprio aprendizado. Esta responsabilidade não pode ser delegada a outra pessoa, não pode ser jogada em cima de algum guru.'

Há muitos mestres extremamente sábios entre nós, capazes de nos mostrar a direção e de aliviar nossos fardos durante a jornada espiritual. Infelizmente, há também muitos impostores que, levados pelo orgulho, ganância ou por suas próprias inseguranças, se apresentam como mestres ou gurus. Dizem o que devemos fazer, quando eles mesmos não fazem. Obviamente é perigoso seguir tais pessoas.

O segredo para distinguir um verdadeiro mestre de um impostor é seguir a sua própria sabedoria intuitiva. Os ensinamentos parecem corretos para você? Eles são pessoas amorosas, compassivas, não violentas e contribuem para diminuir seu medo e sua culpa? Incluem todos os outros grupos humanos como iguais, como almas divinas na mesma trilha do destino? Ensinam que ninguém é melhor do que ninguém, que estamos todos no mesmo barco? E afirmam que podem apenas apontar a direção, mas não podem levar-nos até lá? Tenha certeza de uma coisa: só você pode atingir seu objetivo. Só você pode experimentar o amor, a felicidade, o equilíbrio e a harmonia, porque a sua viagem para casa é uma jornada interior, um retorno para si. (...)

Como o reino dos céus realmente existe dentro de nós, toda a alegria e felicidade vêm do nosso interior. Não seremos resgatados por outra pessoa. Em vez disso, teremos a sensação de despertar, como se estivéssemos acordando de um longo sono. Iremos nos 'salvar' quando experimentarmos o amor verdadeiro e nos tornarmos iluminados. (...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 156/157)


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

COMO FAZER A ESCOLHA CERTA EM QUALQUER SITUAÇÃO (1ª PARTE)

"Para saber como fazer a escolha certa em qualquer situação, precisamos guiar o nosso raciocínio pelo poder da intuição. Todos possuem o dom do 'sexto sentido', mas a maioria das pessoas não o usa. Em vez disso, preferem confiar nos relatórios dos cinco sentidos inferiores. Todavia, os cinco sentidos nem sempre fornecem dados precisos para que possamos reagir corretamente ou tomar as decisões certas. Além de terem âmbito e poder limitados, os sentidos (e sua 'chefe', a mente identificada como ego) interpretam tudo conforme seus próprios gostos e aversões, e não segundo a verdade e aquilo que, em última análise, seria benéfico para a alma. Ao tomar decisões baseadas apenas no que os sentidos externos e a mente inferior dizem, não é de admirar que o ser humano tenha problemas com tantas frequência!

Espero que chegue o dia em que o mundo inteiro entenda a importância de um período diário de recolhimento interior para sua orientação e comunhão com Deus. Ao fazer assim, você fica mais equilibrado e mais calmo; a sua capacidade de discernimento desperta. Você fica mais livre das amarras de hábitos, desejos, emoções e apegos que o impelem a comportar-se de determinado modo, certo ou errado. O discernimento (que, como a intuição, é uma qualidade da alma) capacita-o a perceber o que você deve fazer, e quando deve fazê-lo. É com a meditação que se desenvolvem essas faculdades da alma.

Aprenda a analisar claramente as situações, sem os 'antolhos' da emoção. (...)"

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 15/16)

domingo, 16 de novembro de 2014

PROMOVENDO O AMOR E A COMPREENSÃO NOS RELACIONAMENTOS (PARTE FINAL)

"(...) Use o seu coração nos relacionamentos, não a sua cabeça. Se tiver dúvida, escolha o coração. Isto não significa que deva negar o que aprendeu com a experiência. Confie, porém, na sua sabedoria intuitiva, para integrar experiência e intuição. Não confunda sua intuição com o seu desejo. O importante é conseguir um equilíbrio entre cabeça e coração. Quando a intuição se manifesta com clareza e verdade, os impulsos amorosos são favorecidos.Quanto mais você se dedicar a ouvir essa serena voz interior, mais nítida e precisa ela se tornará.

Confie. Você pode confiar no amor. Decisões individuais talvez pareçam prejudiciais, mas não o amor. Quando o amor está presente, ele transparece em todos os nossos atos. Seu filho pode não entender a intenção amorosa com que lhe é injetado um antibiótico, mas você sabe que não poupará esforços para protegê-lo da doença. Às vezes somos obrigados a romper com a pessoa amada porque a relação se tornou destrutiva para os dois. É necessário olhar o contexto mais amplo antes de julgar as decisões ou atos isolados.

Pratique esses princípios tão simples que trarão satisfação e felicidade para o seu relacionamento. Compartilhe os pequenos prazeres da vida.

Temos a tendência de achar que as atitudes românticas devem ser grandiosas e expressas por meio de joias, flores e programas especiais. No entanto, aprendi que algumas vezes as pequenas coisas podem ser as mais significativas."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - 1999 - p. 65)

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

MATURIDADE ESPIRITUAL: ENFRENTANDO OS PROBLEMAS COM FORÇA E CALMA

"Para ter receptividade, precisamos estar mentalmente relaxados. Paramahansa Yogananda costumava dizer que às vezes as pessoas se esforçam tanto para tentar entender que a mente corre em todas as direções e em consequência elas acabam não entendendo nada. Ocasionalmente ele nos dizia: 'Você está exagerando no esforço!'

Costumávamos pensar em todas as coisas que precisávamos perguntar a Paramahansaji; mas, quando estávamos em sua companhia e ele conduzia nossa mente em direção a Deus, as perguntas perdiam a importância.

É comum que os chamados 'problemas' resultem de pensamentos imaturos. Na presença de nosso Guru a mente se acalmava, e a tensão interior e a inquietude criadas por problemas e perguntas eram completamente apagadas. Mesmo quando não diziamos nada, os pensamentos se formavam de modo mais claro ao retornarmos aos nossos deveres, e sentíamos a segurança do senso interior de direção.

Mas Guruji não pensava por nós; ensinava-nos a 'crescer', pois a maturidade e o crescimento espiritual andam de mãos dadas. Não podemos fazer nenhum progresso real se continuamos dependentes dos outros. Maturidade significa a capacidade de enfretar os problemas da vida com força e calma objetiva e concentrar-se, com inteligência e discernimento, em encontrar a melhor solução. A maturidade espiritual vem quando nos aproximamos de Deus; é assim que se aprofunda a percepção intuitiva e o entendimento."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p 48/49)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A MEDITAÇÃO DESENVOLVE O PODER DA INTUIÇÃO

"O sexto sentido não consegue funcionar até que acalmemos o corpo e a mente. Sendo assim, o primeiro passo para desenvolver a intuição é a meditação, isto é, entrar num estado de tranquilidade interior. Quanto mais profundamente você meditar e depois focalizar a mente em algum problema, mais o seu poder intuituvo se expressará para resolvê-lo. Este poder se desenvolve gradualmente, e não de uma só vez, assim como um membro ou músculo é fortalecido aos poucos, com exercício, e não de uma hora para outra. (....)

A intuição pode ser desenvolvida por pessoas profundamente contemplativas, aquelas que chegaram, pela meditação, ao estado de tranquilidade absoluta no coração e na mente. Não devemos ser dominados pela emoção nem ficar presos ao intelecto. A intuição é uma mescla de pensamento (o processo de pensar) e coração (o processo de sentir). Muitas pessoas experimentam a intuição através do raciocínio - uma espécie de direção no que pensam, Em meu caso, é comum a intuição expressar-se pelo sentimento. Quanto tenho certos sentimentos sobre coisas ou pessoas, as impressões são como vibrações sutis em torno do coração, e então eu sei, depois de tantos anos de experiência, que as 'sugestões' estão corretas.

Quando você desenvolve certo grau de intuição, descobre que, ao tomar uma decisão, há algo interior que lhe diz: 'Este é o rumo certo'. A intuição está guiando você. Não espere que isso aconteça de uma hora para outra. Você cometerá erros no início, pois outros fatores internos ainda impedem que a intuição flua livremente. Mas, à medida que praticar a meditação e viver cada vez mais no estado de tranquilidade interior que a meditação lhe traz, descobrirá uma melhoria crescente no desenvolvimento do seu poder intuitivo.

Frequentemente, quando algo me surge na mente, não vejo apenas a questão do momento: projetando um pouco adiante, vejo também o resultado final. Isto é a intuição. Se a seguir, você verá que tudo funciona tranquilamente - bem, nem sempre. Mesmo que você tenha tomado a decisão certa, haverá períodos de turbulência. Tudo faz parte do processo de crescimento - de aprender a lidar com condições que são normais na vida. Mas a intuição lhe diz que, apesar dos problemas, você agiu corretamente."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 34/36)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

DESENVOLVER O DISCERNIMENTO PARA JULGAR (PARTE FINAL)

"(...) Preste atenção as suas motivações em tudo o que fizer. Tanto o glutão quanto o iogue comem. Mas você diria que comer é pecado por ser frequentemente associado à gula? Não. O pecado está no pensamento, na motivação. O homem mundano come para satisfazer a gula e o iogue come para manter seu corpo em forma. Há uma enorme diferença. Analogamente, um homem comete um homicídio e é enforcado por isso; um outro mata muitos seres humanos no campo de batalha, defendendo a pátria, e é condecorado. Aqui, novamente, é a motivação que faz a diferença. Os moralistas fixam regras absolutas, mas estou dando-lhe exemplos para mostrar como você pode viver neste mundo de relatividades, com o autocontrole dos sentimentos, mas sem se tornar um autômato.

A maneira científica de viver é interiorizar-se e se perguntar se está agindo certo ou errado, e ser absolutamente sincero consigo próprio. Se for sincero com você mesmo, é pouco provável que aja errado e, ainda que o faça, será capaz de se corrigir rapidamente.

Todas as manhãs e todas as noites mergulhe no silêncio, ou seja, na meditação profunda, pois a meditação é o único caminho para se distinguir a verdade do erro. Aprenda a ser guiado por sua consciência, o divino poder do discernimento dentro de você.

Deus é o sussurro no templo de sua consciência e a luz da intuição. Você sabe quando está agindo errado. Todo o seu ser lhe diz, e essa sensação é a voz de Deus. Se você não O escuta, Ele fica calado. Mas quando você despertar da ilusão e quiser agir corretamente, Ele o guiará.

Seguindo todo o tempo a voz interna da consciência, que é a voz de Deus, você se tornará uma pessoa verdadeiramente moral, um ser altamente espiritualizado, um homem de paz."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 56/57)

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

CONSCIÊNCIA E INTUIÇÃO: A VOZ DIVINA INTERIOR

"A Voz Divina interior nos ajudará a resolver todos os problemas. A voz da consciência é um instrumento de orientação concedido por Deus a todos os seres humanos. Mas muitas pessoas não a ouvem porque durante um período de uma vida, ou de incontáveis vidas, recusaram-se a prestar atenção a ela. Consequentemente, a voz emudece ou fica muito, muito fraca. Contudo, à medida que o indivíduo começa a agir corretamente, os sussurros interiores ficam novamente fortes.

Além da consciência parcialmente intuitiva está a intuição pura, a percepção direta que a alma tem da verdade - a infalível Voz Divina.

Todos nós temos o dom da intuição. Possuímos os cinco sentidos e também um sexto sentido - a intuição onisciente. Nós nos relacionamos com o mundo através dos cinco sentidos: tocamos, ouvimos, cheiramos, provamos e vemos. Na maioria das pessoas, o sexto sentido, o sentimento intuitivo, permanece mal desenvolvido por falta de uso. Se seus olhos forem vendados desde a infância, tudo lhe parecerá plano quando a venda for removida anos mais tarde. Ou, se imobilizar um braço, ele não se desenvolverá como deve, por falta de uso. Da mesma forma, pela falta de uso a intuição não funciona mais em muitas pessoas."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 33/34)

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

TORNE-SE MAIS ESPIRITUAL

"Torne-se mais espiritual. Passe algum tempo orando, doando-se, ajudando os outros, amando. Ofereça-se num trabalho voluntário e expresse generosidade e amor. Livre-se do orgulho, do egoísmo, da raiva, culpa, vaidade e ganância. Passe menos tempo acumulando objetos, preocupando-se, vivendo no passado ou no futuro, magoando os outros e usando qualquer tipo de violência.

Nunca aceite qualquer ideia vinda de fora antes de avaliá-la com a sua sabedoria intuitiva. Verifique se ela estimula o amor, a bondade, a paz e a unidade. Ou se reforça a discriminação, a distância, a divisão, as diferenças, a raiva, o autocentrismo e a violência.

Você é imortal. Está aqui para aprender, para crescer em sabedoria, para tornar-se à semelhança de Deus. O que aprende aqui leva com você quando morre. Não pode levar mais nada. É tão simples. O reino dos céus está dentro de nós. Pare de ir de guru em guru. Procure dentro de você. Logo irá encontrar seu verdadeiro lar."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 160/161)

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A CALMA É A MELHOR CURA

"A melhor cura para o nervosismo é cultivar a calma. Quem é naturalmente sereno não perde o senso de razão, de justiça ou de humor sob nenhuma circunstância. Esta pessoa sempre pode separar o fato do sentimento ou das falsas expectativas. Não se deixa enganar pela fala açucarada de gente desonesta, que chega com projetos inviáveis para a obtenção de riquezas ilícitas. Não envenena os tecidos orgânicos, com a raiva e o temor, que afetam adversamente a circulação. Bem comprovado é o fato de que o leite da mãe encolerizada pode ter efeito prejudicial sobre o filho. Que prova mais impressionante podemos pedir de que as emoções violentas acabam por reduzir o corpo a uma vergonhosa ruína?

O equilíbrio é uma bela qualidade. Devemos modelar nossa vida segundo uma estrutura triangular: calma e doçura são os dois lados; a base é a felicidade. Todos os dias, devemos lembrar: 'Sou um príncipe da paz, sentado no trono do equilíbrio, dirigindo meu reino de atividade.' Agindo rápida ou lentamente, na solidão ou nas agitadas aglomerações humanas, devemos estar centrados na paz e no equilíbrio. Cristo nos deu o ideal. Em toda parte, demonstrou paz, superando todos os testes concebíveis sem perder o equilíbrio.

Deus está em tudo, controlando planetas e galáxias; contudo, Ele não Se perturba. Embora esteja no mundo, está acima do mundo. Devemos refletir Sua imagem e semelhança. Devemos meditar frequentemente e dar continuidade aos efeitos de paz que se seguem à meditação. Devemos emitir pensamentos de amor, boa vontade, harmonia. No templo da meditação, com a luz da intuição ardendo sobre o altar, não há inquietude, esforço ou buscas nervosas. O homem encontra-se finalmente em seu verdadeiro lar, um santuário que não foi construído com as mãos e, sim, com a paz de Deus."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 101)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

COMO TER A CERTEZA INTERIOR DE QUE DEUS ESTÁ COM VOCÊ

"Em sânscrito, o termo usado para  é maravilhosamente expressivo. É visvas. A interpretação literal comum, 'respirar com facilidade; confiar; estar livre do medo', não transmite seu pleno significado. Svas, em sânscrito, refere-se aos movimentos da respiração, assim implicando vida e sentimento. Vi transmite o significado de 'oposto; ausênsia'. Isto é: aquele cujo sentimento, respiração e vida são tranquilos consegue ter uma fé nascida da intuição, fé que não conseguem ter as pessoas emocionalmente instáveis. Cultivar a tranquilidade intuitiva exige o desenvolvimento da vida interior. Quando suficientemente desenvolvida, a intuição traz imediata compreensão da verdade. Você também pode ter essa maravilhosa experiência. O caminho é meditar.

Medite com paciência e persistência. No estado de tranquilidade que obtiver, você entrará no reino da intuição da alma. Ao longo dos tempos, os seres iluminados eram os que tinham acesso ao mundo interior da comunhão com Deus. Jesus disse: 'Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará'. Interioriza-se no Eu, fechando a porta dos sentidos e de seu envolvimento com o mundo inquieto, e Deus lhe revelará todas as Suas maravilhas".

(Paramahansa Yogananda - Viva Sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 54/55)

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

UM CEGO NÃO PODE GUIAR OUTRO CEGO (1ª PARTE)

"Essa unidade de espírito é demonstrada pelos grandes homens, os que têm a realização divina. Um cego não pode guiar outro cego; só um mestre, alguém que conhece Deus, pode corretamente ensinar os outros a respeito Dele. Para recuperar a própria divindade, deve-se ter um mestre ou um guru. Quem segue fielmente um verdadeiro guru torna-se igual a ele, pois o guru ajuda o discípulo a elevar-se a seu próprio nível de realização. Quando encontrei meu guru, Swami Sri Yukteswarji, decidi seguir seu exemplo: colocar somente Deus sobre o altar de meu coração e partilhá-Lo com os demais.

Os mestres hindus ensinaram que, para adquirir o conhecimento mais profundo, é preciso focalizar a mirada do olho espiritual onisciente. Quando firmemente concentrado, mesmo quem não é iogue franze a testa no ponto entre as sombrancelhas - o centro da concentração e do olho espiritual esférico, sede da intuição da alma. Essa é a verdadeira 'bola de cristal', que o iogue contempla para aprender os segredos do universo. Os que se aprofundarem o suficiente em sua concentração, penetrarão nesse 'terceiro' olho e verão a Deus. Portanto, os buscadores da verdade devem desenvolver a capacidade de projetar a percepção através do olho espiritual. A prática da Ioga ajuda o aspirante a abrir o olho único da consciência intuitiva.

A intuição ou conhecimento direto não depende de dados provenientes dos sentidos. É por isso que a faculdade intuitiva costuma ser denominada de 'sexto sentido'. Todos possuem sexto sentido, mas a maioria não o desenvolve. Mesmo assim, quase todos já tiveram alguma experiência intuitiva, talvez um 'pressentimento' de que determinado fato iria ocorrer, sem nenhuma evidência sensória que o indicasse.

É importante desenvolver a intuição ou o conhecimento direto da alma, porque quem tem consciência de Deus está seguro de si mesmo. Ele sabe, e sabe que sabe. Devemos estar certos da presença de Deus, tão certos como estamos de que conhecemos o sabor da laranja. Só depois que meu guru me ensinou a comungar com Deus e só depois que eu senti a presença Dele todos os dias, assumi a responsabilidade espiritual de falar de Deus aos outros. (...)"

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 14/15)

quinta-feira, 19 de junho de 2014

SABEDORIA E FORÇA INTERIOR PARA SER VITORIOSO NA VIDA

"Estas são as qualidades que nos capacitam a fazer escolhas acertadas quando as decisões da vida se apresentam diante de nós:
  • tranquilidade interior; o estado em que as nossas faculdades de intuição e discernimento podem despertar;
  • esforço para ser menos emotivo e mais objetivo, distanciando-se de apegos pessoais e preconceitos;
  • humildade para pedir orientação a Deus em vez de confiar na própria 'sabedoria'.
Ao meditarmos profundamente todos os dias, começamos a desenvolver e nutrir todas essas qualidades.

Como seria bom se Deus dissesse: 'Agora, meu filho, é só você se sentar que Eu lhe direi exatamente o que deve fazer, e quando. Basta seguir o que lhe digo e a sua vida será um mar de rosas!' Mas não é assim que funciona. Se Ele fizesse isso, não desenvolveríamos nossa natureza divina. Não poderíamos, pois é com esforço árduo e com o exercício do discernimento concedido por Deus que nossa divindade é revelada. Nós é que temos de trazer isso à tona. 

Enquanto não o fizermos, jamais perceberemos que realmente somos parte Dele. Intelectualmente talvez o compreendamos, mas isso tem pouco valor prático. Só quando percebemos a verdade diretamente - quando tivermos enfrentado todos os testes da vida e encontrado dentro de nós a orientação divina e a força para vencer - é que podemos dizer com convicção, como Cristo e todos os grandes seres: 'Eu e meu pai somos um; eu sei. Sou feito à Sua imagem invencível.'

Assim, desempenhamos o papel que nos cabe no lila do Senhor; no divino drama da vida, com a coragem, a fé e a sabedoria de um filho de Deus."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 28/29)


segunda-feira, 2 de junho de 2014

AMOR - A RESPOSTA SUPREMA

"O amor é a resposta suprema. O amor não é uma abstração, e sim energia verdadeira, ou uma gama de energias que você pode 'criar' e manter em seu ser. Simplesmente aja com amor. Você começará a tocar Deus dentro de si mesmo. Sinta-se amoroso. Dê expressão ao seu amor.

O amor dissolve o medo. Não se pode ter medo quando se sente amor. Uma vez que tudo é energia e o amor abrange todas as energias, tudo é amor. Este é um forte indício da natureza de Deus.

A pessoa que tem amor e é isenta de medos, é capaz de perdoar. É capaz de perdoar aos outros e a si mesma. Passa a se ver na perspectiva correta. Culpa e rancor são reflexos do mesmo medo. O sentimento de culpa é um rancor mais sutil dirigido para dentro. O perdão dissolve a culpa e o rancor, que são emoções desnecessárias e danosas. Perdoe. Perdoar é um ato de amor.

O orgulho pode ser um empecilho para o perdão. O orgulho é uma das manifestações do ego. O ego é uma personalidade transitória e falsa. Você não é o seu corpo. Não é o seu intelecto. Não é o seu ego. É maior do que tudo isso. Você precisa do ego para sobreviver no mundo tridimensional, mas precisa somente daquela parte do ego que processa informações. O resto - orgulho, arrogância, defensividade, medo - é mais do que inútil. O resto do ego nos separa da sabedoria, da alegria e de Deus. Você deve transcender o seu ego e descobrir o seu verdadeiro ser. O verdadeiro ser é a parte permanente, a parte mais profunda de você. É sábia, amorosa, segura e cheia de alegria.

O intelecto é importante no mundo tridimensional, mas a intuição é mais importante."

( Brian Weiss - Só o Amor é Real - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1996 - p. 87)
www.esextante.com.br


domingo, 6 de abril de 2014

A PROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS ESTÁ DENTRO DE NÓS (1ª PARTE)

"Que diz a Religião Universal a respeito de Deus? Diz que a prova da existência de Deus está dentro de nós. É uma experiência íntima. Com certeza você pode se lembrar de pelo menos uma ocasião na vida em que, durante a oração ou um culto, sentiu que as limitações do corpo quase se desvaneciam, que a experiência de dualidade - prazer e dor, amor e ódio mesquinhos, etc. - afastava-se de sua mente. Bem-aventurança pura e serenidade brotaram em seu coração, e você experimentou uma tranquilidade imperturbável: Bem-aventurança e contentamento. Embora esse tipo de experiência superior nem sempre ocorra a todos, não pode haver dúvidas de que todas as pessoas, uma vez ou outra, durante a oração ou em estado de adoração ou meditação, experimentaram alguns momentos de perfeita paz. 

Não é essa uma prova da existência de Deus? Que outra prova direta da existência e da natureza de Deus podemos dar, além da existência da Bem-aventurança dentro de nós nos momentos de verdadeira oração ou culto? Há, porém, outras provas da existência de Deus: a prova cosmológica (do efeito elevamo-nos à causa; do mundo, ao Criador do Mundo), a prova teleológica (do telos [plano, adaptação] do mundo elevamo-nos à Inteligência Suprema que criou o plano e a adaptação) e também a prova moral (da consciência e do sentimento de perfeição elevamo-nos ao Ser Perfeito, diante de quem somos responsáveis).

Ainda assim, devemos admitir que essas provas são, em certa medida, produtos da inferência. Não podemos ter conhecimento pleno ou direto de Deus por meio das faculdades limitadas do intelecto. O intelecto proporciona apenas uma visão parcial e indireta das coisas. Ver uma coisa intelectualmente não é o mesmo que experimentá-la ao se unificar com ela; é ver uma coisa à distância estando separado dela. A intuição, porém, que mais tarde analisaremos, é a apreensão direta da verdade. É na intuição que a consciência de Bem-aventurança, ou consciência de Deus, é experimentada. (...)

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 43/45)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A SINCRONICIDADE E O SÍMBOLO (2ª PARTE)

"(...) Podemos verificar que, nos eventos coincidentes, há um mecanismo ordenado e coerente regido por uma lei, mesmo que nossos sentidos não a percebam e interpretem esses eventos como isolados ou desconexos.

A manifestação dessas ocorrências se dá, geralmente, dentro de uma linguagem. Quase sempre simbólica, essa linguagem traz uma mensagem que deve ser decifrada num nível mais profundo que a mera ocorrência sincrônica. Deve-se buscar coerência por meio de uma análise minuciosa, não emocional, porém intuitiva. O estudo dos símbolos, portanto é o primeiro passo para abordar essas questões.

Os símbolos podem ser divididos em três tipos:
  • Os da comunicação oral, escrita, visual e da cultura de um grupo social.
  • Os particulares, relativos à experiência psicológica, à estrutura emocional e psíquica, à formação educacional e ao temperamento de cada indivíduo.
  • Os tradicionais, relacionados às religiões, mitologias e filosofia. (...)

Alguns acontecimentos sincrônicos, vindos de um sonho ou premonição, podem ser interpretados simbolicamente através do conhecimento desse terceiro tipo de símbolo. Deve-se aproveitar essas oportunidades que o mundo oculto da nossa consciência quer revelar. Nós somos como um iceberg, onde há apenas uma pequena ponta visível; quando algo mais se manifesta, é preciso prestar atenção. (...)"

(Lúcia Cristina Batalha - A sincronicidade e o símbolo - Revista Sophia, Ano 1, nº 4 - p. 10)


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

POR QUE REPETIR OS MESMOS ERROS (1ª PARTE)

"Recentemente descobri que estava a me questionar. O âmago da pergunta era algo como: 'por que continuamos a repetir esses mesmos erros?', ou 'quando finalmente aprenderemos?', ou, nas famosas palavras do falecido Rodney King, 'por que não conseguimos progredir?' O catalisador para essa linha de pensamento não é algum evento recente ou algum desalento sobre a condição do mundo. É apenas uma daquelas perguntas persistentes que reemergem de tempos em tempos. Escolhamos um dia, qualquer dia; olhemos à nossa volta e vejamos se não é uma pergunta pertinente a se considerar. Quer sejam as notícias do mundo, o escritório ou o lar, se de fato olhamos para a situação, veremos que há algo a ser feito. 

Qualquer pai ou mãe que tenha um filho pequeno pode dizer que a linha de inquirição do 'por que' é desafiadora. Quando se persiste nela, pode nos levar à porta do desconhecido. O porquê do céu ser azul, das moléculas da atmosfera da Terra dispersarem as ondas azuis mais do que o restante do espectro, da natureza do oxigênio e do hidrogênio absorverem as outras ondas - essas indagações levam a uma de duas respostas terminativas: ou 'eu não sei' ou 'foi Deus quem fez assim, e não me faça mais perguntas!'.

Como acontece com muitas outras coisas, talvez não sejam as respostas específicas que são valiosas, mas o processo de exploração e abertura que surge com o questionamento. (...) Nas palavras do poeta Robert Browning, 'o alcance de um homem deve ir além do alcance de seu braço, ou para que servirá o céu?'. 

A nossa busca pelo conhecimento começa com uma suposição - a de que é possível conhecer. Isso é realmente mais profundo do que uma mera suposição. Em algum lugar dentro de nós existe uma percepção intuitiva, incontestável, de que todo o conhecimento está disponível. (...)"

(Tim Boyd - Revista Sophia, Ano 11, nº 46 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 32)


domingo, 22 de dezembro de 2013

FUMAÇA E FOGO

"Quando a fumaça se torna muito intensa e quente passa de preta ou cinzenta a ser branca, de branca se torna radiante, depois vítrea, ígnea - e, por fim, rompe em chama de fogo.

Assim, por vezes, os meus pensamentos humanos, conscientes, se tornam tão intensos que deixam de ser meus e passam a ser uma vibração do Infinito, radiação cósmica, inspiração divina. E então me sinto simples canal passivo, e não mais fonte ativa do meu pensamento, que deixou de ser meu, do meu ego consciente.

De ego-pensante me torno cosmo-pensado.

Vida, pensamento, intuição - estas coisas não são produzidas pelo homem, mas são substâncias do Infinito, radiação cósmica que o homem capta e canaliza, assim como a antena de um receptor capta as ondas de uma estação emissora, tornando-as audíveis ou visíveis através do receptor.

Todo pecado consiste no fato de o homem se considerar fonte em vez de simples canal. Só Deus é Fonte, ele, o Uno, o Único, o Todo. 

O Universo é uma gigantesca estação emissora de Vida, Pensamento, Intuição. Basta que haja um Finito para captar algo da irradiação do Infinito - e aparecem as maravilhas da Vida, do Pensamento, da Inspiração.

Os pais não causam o filho.

O pensador não causa o pensamento.

O místico não causa a inspiração.

Todos recebem do Infinito, na medida da sua receptividade, e canalizam essa parcela do Todo, de acordo com a sua idoneidade.

Quem considera fonte, quando é apenas canal, ignora a sua função. Na natureza infra-humana nenhuma criatura se considera fonte, todas funcionam instintivamente como canais do Infinito, e por isto, na natureza, tudo é harmonia e beleza. Com o homem começa a possibilidade do grande erro, de considerar o seu canal como fonte - e isto é o pecado do ego, a grande hybris.

A redenção está em ultrapassar esse erro e entrar na zona da verdade, fazendo conscientemente o que a natureza faz inconsciente: 'As minhas obras não são minhas, mas são do Pai que em mim está... Eu de mim mesmo (do meu ego) nada posso fazer.'"

(Huberto Rohden - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 117/118)
www.martinclaret.com.br


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O VOO DO PÁSSARO (2ª PARTE)

"(...) Eu sou um pequeno pássaro. O poleiro são as minhas crenças, as estruturas que me dão suporte, mas que não me permitem voar. O espelho são os meus relacionamentos - tudo em minha vida se relaciona a mim mesmo. Olho apenas para o que me agrada. O alimento é o meu conhecimento - durante algum tempo ele me sustenta. Não questiono de onde vem nem o que significa. Minha canção é a canção da vida - sempre uma parte de mim. Tentar voar é meu instinto e minha intuição. Faz parte de minha natureza voar livremente, mas a princípio não percebo o que isso significa. A princípio não inspeciono o que acontece ao meu redor, muito embora esteja ciente de que existe uma outra realidade; ela parece ser só para os outros e não me afeta.

Sri Ram disse: 'A preocupação consigo mesmo e com tudo que se quer desfrutar e possuir concentra-se naquele centro que é o eu, cujas energias deveriam estar fluindo em todas as direções. A periferia, onde o eu encontra o mundo, depois endurece, transformando-se numa concha de indiferença, excluindo tudo que a vida tem a transmitir em todas as formas.'

'Vivemos numa condição de isolamento, exceto para o que afeta nossos eus pessoais', afirmou ele. Isso é a gaiola. Nossas mentes criam nossas limitações. 'As nuvens de nosso céu mental nascem de nosso apego', afirma Sri Ram; 'a pessoa que não tenha tido sequer um vislumbre momentâneo da beleza e da natureza do céu não acreditará sequer na existência de tal coisa.' O apego é o que se interpõe no caminho da liberdade. 

A abertura da porta é um evento aparentemente ao acaso, mas torna-se um catalisador para o despertar da percepção. A porta abre-se para a possibilidade de mudança. O momento de inspiração - o outro pássaro que chega para fazer uma pergunta - é quando começo a questionar tudo. Entretanto, isso é apenas o olhar através do vão da porta. À medida que gradualmente me torno mais perceptivo, o meu alimento (conhecimento) não mais me sustenta, e já não me sinto mais feliz em minha 'gaiola'. Sri Ram disse ainda: 'Somente quando aquilo que é chamado verdade, ou seja, nossa percepção dela, deixa de satisfazer, é que se dá o início de uma busca ulterior. A ilusão chega inevitavelmente.' (...)"

(Helen Steven - Revista Sophia, ano 11, nº 45 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 06/07)