OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sábado, 16 de maio de 2015

A SABEDORIA DO SOFRIMENTO (1ª PARTE)

"A alternativa da vida humana não é sofrer por não sofrer - o grande problema é saber sofrer.

Quem se identifica com o seu corpo é um analfabeto da sabedoria - quem se identifica com sua alma é um sábio.

O nosso ego material é infeliz quando sofre - o nosso Eu espiritual pode sofrer feliz.

Quem sofre para sofrer é um masoquista - quem sofre por um ideal superior é um homem sábio. 

É melhor realizar-se pelo sofrimento do que frustrar-se no gozo.

Se a vida terrestre fosse a vida definitiva, o sofrimento seria um absurdo.

Saber que o sofrimento pode ser o caminho para a felicidade faz sofrer com serenidade e amor.

Quem vê no sofrimento um meio para ultrapassar as futilidades da vida é um iniciado.

Todo o homem que não sabe sofrer é um ignorante - quem sabe sofrer é um sábio.

Quem se revolta contra o sofrimento faz de um mal dois males.

Quem se resigna estoicamente ao sofrimento não se faz melhor nem pior.

Quem vê no sofrimento um meio de purificação redime-se da amargura do sofrimento.

Não adianta aconselhar o sofredor que sofra com paciência - o que resolve o seu problema não são bons conselhos, de que está calçado o caminho do inferno - o que resolve é que o sofredor tenha a visão nítida do seu verdadeiro Eu. (...)"

(Huberto Rohden - Porque Sofremos - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 68/69)


domingo, 28 de dezembro de 2014

COMO APRENDER COM UM GURU

"'Devemos também aprender a não nos aproximarmos apenas das pessoas cujas vibrações sejam iguais às nossas. É normal sentir-se atraído por alguém do mesmo nível. Mas está errado. Você deve também se aproximar de pessoas cujas vibrações sejam contrárias... às suas. Esta é a importância... de ajudar... essas pessoas. O nosso caminho é interno. Esse é o caminho mais difícil, a jornada mais dolorosa. Somos responsáveis por nosso próprio aprendizado. Esta responsabilidade não pode ser delegada a outra pessoa, não pode ser jogada em cima de algum guru.'

Há muitos mestres extremamente sábios entre nós, capazes de nos mostrar a direção e de aliviar nossos fardos durante a jornada espiritual. Infelizmente, há também muitos impostores que, levados pelo orgulho, ganância ou por suas próprias inseguranças, se apresentam como mestres ou gurus. Dizem o que devemos fazer, quando eles mesmos não fazem. Obviamente é perigoso seguir tais pessoas.

O segredo para distinguir um verdadeiro mestre de um impostor é seguir a sua própria sabedoria intuitiva. Os ensinamentos parecem corretos para você? Eles são pessoas amorosas, compassivas, não violentas e contribuem para diminuir seu medo e sua culpa? Incluem todos os outros grupos humanos como iguais, como almas divinas na mesma trilha do destino? Ensinam que ninguém é melhor do que ninguém, que estamos todos no mesmo barco? E afirmam que podem apenas apontar a direção, mas não podem levar-nos até lá? Tenha certeza de uma coisa: só você pode atingir seu objetivo. Só você pode experimentar o amor, a felicidade, o equilíbrio e a harmonia, porque a sua viagem para casa é uma jornada interior, um retorno para si. (...)

Como o reino dos céus realmente existe dentro de nós, toda a alegria e felicidade vêm do nosso interior. Não seremos resgatados por outra pessoa. Em vez disso, teremos a sensação de despertar, como se estivéssemos acordando de um longo sono. Iremos nos 'salvar' quando experimentarmos o amor verdadeiro e nos tornarmos iluminados. (...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 156/157)


sábado, 20 de dezembro de 2014

O SILÊNCIO E A VERDADE INTERIOR (PARTE FINAL)

"(...) São muitos os exemplos daqueles que têm procurado resgatar esse conhecimento puro e muito antigo. Krishna, Shiva, Buda, Sócrates, Jesus e muitos outros sábios podem nos inspirar na nossa caminhada para conhecer nossa verdade interior. Essa verdade, quando conhecida, se refletirá no nosso cotidiano através da nossa bondade e compaixão com o outro. Esse conhecimento recupera nossa condição de seres criativos, pacíficos, silenciosos, harmoniosos e sábios, que em essência sempre fomos, e nos conduz a uma felicidade imensa. Esquecemos esse conhecimento quando nos separamos frequentemente de nossa sabedoria interna, e, consequentemente, de tudo que nos rodeia. E esse esquecimento é que nos faz ignorantes da nossa sabedoria e força internas, o que, por sua vez, nos fez sofrer sem necessidade.

O trabalho para chegar a essa verdade interior requer, entre outras coisas, silêncio interno para que possamos limpar a sujeira engendrada pelas percepções errôneas do nosso ego. Com o silêncio concluímos que raramente percebemos e interpretamos algum assunto importante com a presença e a inocência necessárias. A mente livre de crenças, preconceitos e conceitos nos permite conhecer a verdade real por trás das aparências. A mente está cheia de ideias e filosofias que não foram ainda suficientes para o ser humano deixar sua condição de sofredor neurótico. Precisamos perceber e vivenciar a verdade porque só o conhecimento intectual, mesmo que seja vasto, não soma muito na redescoberta da alegria de viver. A falta de respostas para nos conduzir a uma vida feliz e de qualidade por parte de todos os sistemas que construímos, como a religião, a escola, o estado e a sociedade, leva-nos a concluir que é preciso silenciar a mente e estudar em nossa própria escola interna.

A riqueza, a beleza e o manancial inexplorado existente dentro de cada ser vivo precisam ser despertados. Urge que despertemos o que existe de vivo dentro de nós e que nunca tivemos tempo de explorar. O mundo mais do que nunca precisa do ser humano com toda a sua força e potencial, para que sejam realizadas as mudanças necessárias. Segundo Krishnamurti (1964), a sociedade  que habita esse mundo está caótica e decadente, em completa desarmonia, irmão lutando contra irmão e crianças sendo educadas para se adaptar a um sistema que se move a duras penas, sem nenhuma substância, sem a luz da vida."

(Antonio Monteiro dos Santos - O Silêncio e a verdade interior - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 20)


domingo, 10 de agosto de 2014

OS ILUMINADOS (6ª PARTE)

O Grande Sábio da Paz

"No sul da Índia, perto de Madras, nasceu em dezembro de 1879 Bhagavan Sri Ramana, numa família brâmane. Já rapaz, Ramana disse a um de seus professores: ‘Este estudo não tem qualquer utilidade para mim. Preciso conseguir um outro tipo de sabedoria, pois a sabedoria do mundo material não pode fazer-me imortal. Esta sabedoria não pode dar-me o poder de vencer a morte. Eu preciso realizar o Divino Ser’.

A única obra espiritual que impressionou Ramana foi a vida do grande mestre Kabir e as suas descrições da vida dos 63 santos do culto Shiva, contada pelo seu tio Naga Swami. Mais tarde, lendo as sagradas escrituras vedas, brotou-lhe o desejo de ser um daqueles personagens celestiais. No mesmo instante foi imbuído de tal fé, de tal amor e tal fervor divino, que sentiu se inspirar nele a procura do Ser Supremo. Daí em diante ressoava no seu interior a palavra arunachala, identificado por seu tio como o nome de uma montanha sagrada. Algum tempo depois teve uma experiência extraordinária. Estava em seu quarto quando, subitamente, sentiu que se integrava no Universo. Seu corpo tornou-se estático e rígido. Ele perguntou: ‘Quem sou eu?’ ‘Minha consciência não é atingida absolutamente’. E então compreendeu que era completamente independente do corpo físico, da mente e dos sentidos, e disse: ‘Eu sou a Consciência.’ Nesse mesmo momento, sentiu a presença de Krishna, que lhe assegurou a imortalidade.

Pouco depois disso, abandonou o seu lar sem indicar o seu destino. Levou consigo apenas o dinheiro suficiente para a passagem com destino a Tiruvannamalai, uma cidade muito próxima à montanha Arunachala. (...) Ninguém o conhecia e ele passava o dia inconsciente do seu corpo físico e imerso em si mesmo em profundo êxtase.

Alguns meses após, o futuro grande avatar iniciou uma vida de rigorosa disciplina, passando vários anos ao pé da sacra montanha Arunachala. (...)

Um pequeno grupo de discípulos começou a formar-se  ao seu redor. Foi o mesmo que mais tarde construiu uma ermida na encosta da montanha, pedindo ao mestre para vir morar nela. Ele viveu ali por mais 50 anos."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

OS ILUMINADOS (3ª PARTE)

O Iluminado de Humildade

"São Francisco de Assis é o santo mais popular da Itália do século XIII (1182-1226). Filho de um rico comerciante de tecidos, surgiu-lhe, no decorrer de uma doença, a aspiração de uma vida mais elevada. A princípio foi atraído pela cavalaria, renunciando a essa carreira para dedicar-se á sua missão religiosa, misteriosamente recebida em 1206: ‘Vai, Francisco, conserta minha casa que desmonta’. Essa ‘casa’ era o Santuário de São Damião, e Francisco entregou-se à sua construção. Era também a própria igreja onde ele iria encarnar uma corrente de reforma submetida ao ideal evangélico, sob o signo de um ardente espírito de amor e pureza, e igualmente de submissão à ‘Senhora Pobreza’. A vida despojada por ele escolhida, sua caridade austera e ditosa, fizeram nascer as primeiras comunidades à sua volta: em 1209 e fundada a Ordem do Irmãos Menores e, em 1212, nasce a Ordem das Damas Pobres (mais tarde denominada Clarissas). Conta-se que Francisco de Assis chegava mesmo a pregar às aves, aos peixes, aos lobos, os quais ele teria ‘convertido’. Quase no fim de sua vida, retirou-se para o monte Alverno e, mais tarde, a São Damião, onde compôs a maior parte do Cânticos do irmão Sol e das criaturas.

Seu brilho ultrapassou as fronteiras do cristianismo. Certa ocasião Gandhi exaltou Francisco de Assis como um dos maiores sábios do mundo.

Grande sábio da Paz

Ramakrishna é talvez o santo hindu melhor conhecido nos tempos modernos. Ele nasceu na vila de Kamarpukur, Bengala, a 20 de fevereiro de 1836. Desde criança ele se sentia atraído pela vida dos heróis religiosos e teve sua primeira experiência de êxtase espiritual aos sete anos de idade. Para ele Kali era a Mãe Divina.

Ramakrishna dedicou-se, primeiro, à adoração de Rama e sentiu que este era o espírito do Universo. Mais tarde, ele adotou a adoração a Krishna e passou a praticar a forma de amor chamada vaishnava, na qual a alma humana ama a Deus como uma devotada esposa ama seu esposo.

No final de 1866 ele praticou a disciplina do Islã e em 1874 ele adotou os métodos do cristianismo. Assim ele tinha visões de Rama, Krishna, Shiva, Kali, Allah e Jesus. Ele disse: ‘Na oficina do oleiro há muitos utensílios diferentes: potes, jarros, pratos, pires... Mas tudo isso foi feito com o mesmo barro. Assim também Deus é um, embora seja adorado em diversos países e épocas diferentes sob nomes e aspectos variados.

Ramakrishna passou os últimos anos de sua vida educando espiritualmente seus discípulos. Ele morreu de câncer a 16 de agosto de 1886. Seu famoso discípulo Vivekananda disse sobre ele: ‘ele não trouxe novas verdades;ele trouxe à luz velhas verdades’."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)


terça-feira, 17 de junho de 2014

IDENTIFICAÇÃO (2ª PARTE)

"(...) O 'normal' é o indivíduo sentir-se miserável e perdido só porque caiu doente. Muitas senhoras esnobes se danam quando a cronista deixou de citar seu nome na coluna social.

Aquilo que quando nos falta nos dá infelicidade é o objeto de nossa identificação. Somos identificados ao que ansiosa e desastrosamente queremos conservar, cultivar, desenvolver... Somos uns perdidos de nós mesmos porque nos identificamos a uma variedade sem conta de coisas, posições e pessoas. Nossa segurança e paz dependem de tudo isso com que nos identificamos.

Segundo o yoga, uma das maiores fontes de sofrimento é o identificar-nos com os níveis mais densos e materiais de nosso próprio ser. Os que se identificam com o corpo, e somos quase todos, costumam dizer: 'Eu estou doente', 'eu estou cansado'.

O yoguin, já desidentificado com o corpo, usa outra linguagem e diz: 'Meu corpo está doente.' O yoguin, em sua sabedoria, diz que seu corpo morre, pois sendo realmente um agregado de substâncias, algum dia se desfará, mas afirma que ele, em Realidade, é o Eterno, o Imutável, o Imóvel, o Perfeito, e portanto, jamais morrerá. Pode haver medo da morte para quem assim pensa?

Enquanto o homem comum adoece com os arranhões em seu carro ou em sua saúde, o sábio, desidentificado do grosseiro e do falível, mantém-se imperturbável, identificado que é com o eterno, o incorruptível e o imortal, que em Realidade ele é. Enquanto o pobre homem identificado é joguete ao sabor das circunstâncias incontroláveis na tempestuosa atmosfera da matéria, o yoguin, vivendo no Espírito, não se deixa apanhar nas malhas da ansiedade e da preocupação e não cai presa da 'coisa'. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 158/159)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

O MENDIGO JOÃO-NINGUÉM

"O mendigo João-Ninguém pediu auxílio a um sábio, que lhe perguntou:

- Você venderia seu braço direito por 200 mil reais?

Ele respondeu horrorizado:

- Claro que não !!!

Prosseguiu o sábio:

- Então venda-me o esquerdo por 100 mil reais!

- O senhor está louco?

Assim o sábio continuou com suas observações sobre as riquezas pessoais, às quais o mendigo não estava dando o menor valor. Depois de tê-lo convencido das inúmeras riquezas que possuía, o sábio retirou-se e o pedinte saiu gritando pela rua:

- Sou um homem rico! Sou um milionário!

Há pessoas que chegam ao extremo da miséria, simplesmente por não acreditarem em nada. Se não acreditam nem em si mesmas, como querem que outras pessoas passem a ajudá-las? Quando uma pessoa está descrente, fecha todos os canais de captação. A vida sadia não mais flui sobre si, e aí começam todas as desgraças: desemprego, doenças, desavenças, ódios, revolta, inveja e todos os males do mundo recaem sobre a pessoa que está nessa condição infeliz. Primeiro passo: nada de desespero. Segundo passo: começar a acreditar em alguma coisa. Terceiro passo: manter-se em estado de silêncio. Quarto passo: reconhecer que existe um Criador, que nos doou a vida, e grande parte as nossas necessidades estão sendo supridas de graça. Portanto, toda a infelicidade que estamos sofrendo é uma consequência de nossa ignorância e de nossos erros, dos quais, no fundo, estamos conscientes.

É essa a verdade que ninguém quer encarar. E nessa condição existem milhares de criaturas que, não só, estão definhando, mas estão também fazendo com que pessoas incautas e crianças inocentes sofram o reflexo de seus erros.

Volte a acreditar em Deus, e seja feliz e agradecido. Certo?"

(R. Stanganelli - A Essência do Otimismo, Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 -  p. 120/121)
www.martinclaret.com.br


quarta-feira, 7 de maio de 2014

RECUSAR - ABUSAR - USAR

"Recusar é uma atitude preliminar necessária para poder usar corretamente, sem abusar.

O homem profano abusa.

O homem virtuoso recusa.

O homem sábio usa.

O celibato de Gandhi, diz Tagore, é antes budismo que brahmanismo, é mais virtude que sabedoria.

O homem sábio deve ser capaz de usar tudo, sem recusar nada e sem abusar de nada.

Mas...é melhor recusar do que abusar. E quem não é assaz forte para usar sem abusar, faz bem em recusar.

Muitos abusam.

Alguns recusam.

Poucos usam."

(Huberto Rohden - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 93)
www.martinclaret.com.br


quinta-feira, 17 de abril de 2014

A SOBERBA

"Um rio de planície, cheio de soberba, a um rio de planalto dizia:

- Eu sou tranquilo, largo, sereno e profundo. Em minhas águas navegam barcos, que levam riquezas aos mercados, remédios para os doentes, alimento às populações distantes, brinquedos para as crianças, presentes aos que são amados...

O rio das terras altas, agitado e sonoro, rápido e cheio de força, por sua vez respondeu:

- Pouco importa ser navegável ou não. É da permanente inquietude de minhas águas, dos desníveis do meu leito, das quedas e corredeiras que os homens tiram energia para mover fábricas, criar riquezas e iluminar cidades. Compare a poluição de tuas pardacentas águas com a limpidez das minhas.

Um sábio que por ali passava, escutando o diálogo, compadecido de tanta ilusão e arrogância, resolveu interferir com sua misericórdia, falando assim:

- Como são tolos vocês! Supõem que são diferentes. Não sabem que um é o outro. Discutem somente porque ainda não descobriram que não existem rios diferentes, mas um único rio. Renunciem à soberba, filha da ilusão. Cessem a discussão. Continuem, cada um, a cumprir individualmente o papel que têm a desempenhar, que são missões igualmente importantes, sem esquecer, no entanto, que são um único e mesmo rio, nascidos juntos e destinados a juntos imergir no mar."

(Hermógenes - Viver em Deus – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 4ª edição - p. 148/149)


quarta-feira, 2 de abril de 2014

O SÁBIO

"O Adepto vive com o mundo, embora dele retirado, a fim de cumprir a sua missão de puro altruísmo. A atitude de alguém que está dedicado à sabedoria deve ser a mesma. Trata-se de viver com o mundo pelo dever de fazê-lo, porém não estando envolvido com ele de várias formas, e podendo liberar-se dele apenas na forma correta. Existem centenas de maneiras de errar, porém apenas uma maneira de agir acertadamente. O homem sábio pode permanecer com o mundo, compreendendo a importância do trabalho que aqui pode realizar, mas ele não tem objetivos mundanos. Isto distingue o filósofo do ignorante, ignorante não dos fatos comuns da vida, mas das verdades essenciais. Aquele que objetiva alcançar a sabedoria, que poderia ser caracterizada como divina porque originou-se do céu, não atribui muita importância à grandeza humana, o tipo de grandeza que geralmente é realçada pelas pessoas. O objetivo de ser grande surge do prazer de comparar-se com outros e achar-se de alguma forma superior ao seu nível. Deveríamos tentar libertar-nos da ideia de querermos ser grandes em comparação com outros, fazendo com que pareçam pequenos."

(N. Sri Ram - Em Busca da Sabedoria – Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 14/15)

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

HERÓIS PACÍFICOS NO TIBETE

"Um dos mais populares heróis do folclore tibetano é um monge do século XI chamado Milarepa. Inúmeros episódios de sua vida são citados como evidência dos poderes do amor.

Um dia um caçador e seu cão saíram para caçar um veado. Na sua tentativa de escapar, o veado por acaso penetrou na campina onde Milarepa estava sentado em meditação. Observando sua profunda calma e sua aura de ternura, o exausto animal achegou-se e deitou-se ao seu lado, na esperança de encontrar refúgio. Momentos depois o cão caçador apareceu em cena, e também se deitou ao lado de Milarepa.

Finalmente chegou o caçador. Ele estava determinado a matar sua caça, mas, após um curto período na presença de Milarepa, ficou tão tocado pela santidade do sábio que fez voto de desistir para sempre do hábito cruel de matar animais. Pediu para ser aceito como discípulo e, pouco tempo depois, tornou-se um famoso iogue.

Outra figura budista popular é o terceiro Dalai Lama, que viveu no século XVI. Mesmo quando jovem, a fama de sua erudição e santidade tinham se espalhado por toda a Ásia. A notícia de sua grandeza chegou até os ouvidos de Altan Khan, o chefe guerreiro dos terríveis mongóis Tumed. Altan ficou intrigado pelo que ouvira falar desse famoso instrutor e o convidou a instruir o povo da Mongólia. O Dalai Lama chegou em 1578.

Sua sabedoria, compaixão e presença impressionaram o grande Khan, que pediu ao povo para abandonar a trilha de guerra e ódio, e em seu lugar cultivar o caminho da coexistência pacífica. Esse evento singular marcou o fim da era de terror que os mongóis infligiram a seus vizinhos da coreia e do Japão, no Oriente, e da Europa, no Ocidente. Dessa época em diante os habitantes da Mongólia têm seguido o legado espiritual que lhe foi passado pelo terceiro Dalai Lama."

(Glenn H. Mullin - A paz na visão budista - Revista Sophia, nº 26 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 39)


domingo, 21 de julho de 2013

QUEM FICOU RICO, SAIBA DOMINAR-SE; QUEM FICOU PODEROSO, SAIBA RENUNCIAR

"Toda a verdadeira riqueza e felicidade consiste em saber restringir-se ao necessário. Toda a grandeza do poder consiste em saber usar o menos possível esse poder. 

No mesmo sentido escreveu Goethe: "É na restrição que se revela o Mestre". E Schweitzer afirma: "Não há heróis da ação, há tão somente heróis da renúncia e do sofrimento". Einstein, repete que a grandeza do homem não está em descobrir fatos, mas em crear valores; os fatos vêm das circunstâncias de fora, os valores vêm da substância de dentro. Lao-tsé não se cansa de insistir na importância daquilo que o homem é no seu Ser, e não no que ele tem no seu fazer. 

Assim, a felicidade do rico não está em ter milhões, mas em saber tê-los com disciplina e moderação. A felicidade do poderoso não está na medida do seu poder, mas na limitação voluntária do seu poder, na renúncia àquilo que o poder lhe faculta fazer, mas que a consciência manda limitar o mais possível.

Jesus podia ter morado num palácio de ouro e ter-se banqueteado esplendidamente todos os dias; isso, porém, não teria sido a sua grandeza, mas sim o limite da sua grandeza. Em vez de ostentar riqueza e poder, o Nazareno preferiu não ter onde reclinar a cabeça.

Essa mesma sabedoria de voluntária restrição, aliás, já foi ensinada e praticada pelos antigos estóicos gregos e romanos; também eles sabiam que ser alguém pela creação de valores internos é muito mais do que ter algo pelo descobrimento de fatos externos. Um profeta do antigo testamento pede a Deus que não lhe dê pobreza nem riqueza, mas tão somente o necessário.

Ser e Ter, quase sempre, estão em relação inversa. Verdade é que, de per si, o Ser é compatível com o Ter; mas quase nunca um homem grande no seu Ser está interessado no Ter; limita os seus teres ao mínimo necessário para uma existência dignamente humana. É tão difícil para o sábio ser rico como para um rico é difícil ser sábio.

Nem o ter nem o não ter é grandeza; a grandeza está no modo como alguém sabe ter ou não ter, possuir ou não possuir."

(O Quinto Evangelho - A Mensagem do Cristo - Tradução e comentários: Huberto Rohden - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 109/110)


quinta-feira, 16 de maio de 2013

OS INIMIGOS SUTIS


"É fácil imaginar-nos saindo para explorar algum país inóspito e desconhecido. Se vamos de navio, queremos um bote salva-vidas; caso o navio afunde, sabemos que é possível entrar no bote e ficar a salvo. Mas em muitas experiências da vida o bote parece estar furado, apesar das precauções que tomamos.

Em uma selva infestada de animais, você pode precaver-se contra eles, mas os perigos sutis são mais difíceis de vencer. Como se proteger de um ataque de germes? Milhões deles flutuam à nossa volta o tempo todo. (...) A natureza forma uma parede de células de contenção em torno dos germes, que só é eficaz enquanto o corpo consegue manter a resistência. A luta pela sobrevivência prossegue ininterruptamente na floresta invisível da vida dentro de nós!

Para caminhar com segurança pela selva da vida você deve equipar-se com as armas apropriadas. (...) O sábio bem treinado para todas as formas de combate – contra a doença, contra o destino e o karma, contra todos os maus pensamentos e hábitos – sai vitorioso dessa aventura. É preciso cautela e, além disso, a aplicação de certos métodos que garantam a derrota dos inimigos. (...)

Deus nos deu um formidável instrumento de proteção – mais poderoso que metralhadoras, eletricidade, gás venenoso ou qualquer remédio – a mente. Ela é que deve ser fortalecida. (...) Uma parte importante da aventura da vida é dominar a mente e mantê-la controlada, em constante sintonia com o Senhor. Este é o segredo de uma existência feliz e bem-sucedida. (...) É possível conseguir isso quando exercitamos o poder mental e sintonizamos a mente com Deus por meio da meditação. (...) O caminho mais fácil para vencer as doenças, decepções e desastres é estar em constante sintonia com Deus."

(Paramahansa Yogananda – Viva sem Medo – Self-Realization Fellowship - p. 04/06)


terça-feira, 7 de maio de 2013

PRODUZIR O ÊXITO INTEGRAL

"O homem mais sábio é aquele que procura Deus. O mais bem-sucedido é aquele que encontrou Deus.

O êxito não é uma questão simples, não pode ser avaliado apenas pela quantidade de dinheiro e bens materiais que você possua. O significado do êxito é muito mais profundo. Só pode ser determinado na medida em que sua paz interior e seu controle mental o tornam capaz de ter felicidade em quaisquer circunstâncias. Esse é o verdadeiro êxito.

Os melhores professores jamais o aconselharão a ser negligente, mas lhe ensinarão a ser equilibrado. Sem dúvida, você tem que trabalhar para alimentar e vestir o corpo. Mas se permitir que um dever seja contraditório com o outro, não se tratará de um verdadeiro dever. Milhares de homens de negócios estão ocupadíssimos em acumular riquezas, esquecendo-se de que também estão criando um bocado de doenças cardíacas! Se o dever para com a prosperidade faz esquecer o dever para com a saúde, deixa de ser um dever. A pessoa deve desenvolver-se de maneira harmoniosa. É inútil dedicar a atenção especial para cultivar um corpo maravilhoso, se ele abrigar um cérebro de tolo. A mente também precisa ser desenvolvida. E se você tem saúde perfeita, prosperidade e conhecimentos intelectuais, e mesmo assim não é feliz, isto significa que ainda não alcançou êxito em sua vida. Quando puder verdadeiramente dizer: "Sou feliz e ninguém pode me roubar esta felicidade", você será um rei: terá encontrado a imagem de Deus dentro de você.

Outra característica do êxito é que não apenas trazemos resultados harmoniosos e benéficos a nós mesmos, mas também compartilhamos esses benefícios com os demais. 

A vida deveria ser, principalmente, serviço. Sem esse ideal, a inteligência que Deus lhe deu não está se dirigindo a seu objetivo. Quando, ao servir, você esquece o pequeno ego, sente o grande Eu do Espírito. Assim como os raios vitais do sol nutrem a todos, você deve espalhar os raios da esperança no coração dos pobres e dos abandonados, despertar coragem no coração dos que perderam ânimo e ligar de novo a força no coração dos que se julgam fracassados. Quando você compreender que a vida é uma alegre batalha pelo dever e, ao mesmo tempo, um sonho fugaz, quando você se impregna com alegria de tornar os outros felizes, oferecendo-lhes gentileza e paz, ao olhos de Deus sua vida é um êxito."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 73/74)


quinta-feira, 25 de abril de 2013

A VERDADE EXTRAÍDA DENTRO DE NÓS MUDA NOSSA VIDA

"A verdade é tão antiga quanto o tempo e a própria vida; contudo, ela é sempre nova. No momento que a consideramos nossa verdade, ela se torna nova para nós. Podemos ter uma verdade repetidas vezes, sem que aparentemente ela tenha qualquer relação pessoal conosco. Perguntamo-nos por que não colhemos alguma coisa dela. A razão é que ainda não extraímos essa verdade de dentro de nós. A verdade não pode ser enxertada em nós de fora para dentro. Ela precisa ser trazida de dentro para fora, ou continuará sempre irreal para nós. Em algum momento, enquanto meditávamos ou estávamos de outro modo espiritualmente sintonizados, todos nós tivemos a experiência de compreender instantaneamente alguma verdade que havíamos lido previamente, sem reconhecê-la. Que sensação de regozijo! De súbito, trouxemos à tona essa verdade que estava dentro de nós e a vimos claramente pela primeira vez.

Toda verdade está oculta na alma, porque a alma é reflexo de Deus, e Deus é a verdade. Portanto, nós somos a verdade. Todavia, enquanto nos identificarmos com o pequeno ego, lutarmos por fins egoístas e permanecermos acorrentados a nossas opiniões, preferências e aversões, a verdade se esconderá de nós, porque ainda estamos apegados às falsas noções criadas por maya, a ilusão. Precisamos orar à Mãe Divina para que arranque este véu de maya. Quando Ela faz isso, a experiência às vezes é muito aterradora; talvez não gostemos de ver a verdade sobre nós mesmos. Mas não tenha medo. A Mãe Divina quer apenas aperfeiçoar Seus filhos, e Ela não enviará nenhum teste que não tenhamos a força interior para enfrentar ou vencer.

Acima de tudo, chore noite e dia por devoção a Deus, para que possa encontrar esse Amor Único. Toda alma está clamando por amor, por compreensão, companhia, conforto. Sábio é o homem que busca essas coisas em Deus. Esse devoto é aquele que sai deste mar de sofrimento, alcançando as praias da paz, da alegria, da sabedoria e do amor divino. E para onde todos nós somos conduzidos, mas muitos dissipam tempo e energia nadando em círculos sem sentido. 

Seja qual for a paz, alegria ou devoção que você junte no coração ao meditar, conserve-a; ciosamente, zelosamente, proteja-a, e esforce-se para basear-se nela. A maneira de fazer isso é praticar japa yoga, cantar o nome de Deus tantas vezes quantas lhe seja possível no meio das atividades e exigências das obrigações diárias. Se vivêssemos apenas de acordo com o poema "Deus! Deus! Deus!", de Paramahansa Yogananda, saberíamos o que Deus é. Em cada fase de nossa vida - em nosso trabalho, na meditação, na luta contra as dificuldades, na fruição dos prazeres simples - precisamos nos apoiar, continuamente, no pensamento "Deus! Deus! Deus!"."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 159/161)


terça-feira, 23 de abril de 2013

SÁBIO É AQUELE

"Que podendo enganar não engana

que podendo mentir não mente

que podendo explorar não explora

que podendo iludir não ilude

que podendo descansar faz de seu descanso uma obra-prima em trabalho,

que podendo perverter o mundo, melhora-o

que tem para dar e dá

que aprendeu a viver e ensina com exemplos e não com palavras ocas,

que a complexidade do artifício não o deixa perverter os bons princípios da vida,

que o ignorante nunca atinge.

Sábio é aquele:

que sabe que todo ato impensado é passageiro e que os princípios básicos da vida são eternos."

(A Essênca da Sabedoria - A Arte de Viver - p. 17 - In: Coragem para Viver, Roberto Sganganelli, Ed. Culturama, São Paulo, 1972)


domingo, 6 de janeiro de 2013

SUPERAR A IRA PELA PAZ INTERIOR


“A ausência de ira é o caminho mais rápido para a paz da mente.

A ira é causada por uma obstrução aos desejos da pessoa. (...) Aquele que não espera coisa alguma dos outros, mas recorre a Deus para todas as realizações, não pode sentir raiva de seus semelhantes nem ser desapontado por eles. O sábio fica contente com o conhecimento de que o Senhor está dirigindo o universo. Ele fica livre da raiva, a animosidade e ressentimento.

A paz (shanti) é uma qualidade divina. (...) Quem está unido à “paz de Deus, que excede todo o entendimento”², é como uma rosa encantadora difundindo em torno de si a fragrância da tranqüilidade e da harmonia.

Afirme a paz e a tranqüilidade divinas e irradie apenas pensamentos de amor e boa vontade, se quiser viver em paz e harmonia. Não fique raivoso, porque a ira envenena o organismo. Procure compreender as pessoas que cruzam seu caminho, e sempre que alguém tentar irritá-lo diga mentalmente: “Estou me sentindo bem demais para ficar irado. Não quero adoecer de raiva.”

2. Filipenses 4:7.

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 93/94)


sábado, 29 de dezembro de 2012

MISTÉRIO


 “FALA COMIGO, MISTÉRIO, que dás perfume aos cravos.

Fala comigo, Mistério, que luzes em cada estrela.

Fala comigo, Mistério, que reges colméias e sistemas planetários.

Responde ao meu chamado, Mistério, que vivificas o átomo.

Atende-me Tu, que divinizas o amor, e és o Amor.

Conversa comigo, Mistério, que faíscas na mente do sábio, na devoção do místico, na ação do justo, na obra do artista, na pureza do santo, na renúncia do eremita, na inocência da criança, na divindade do amor materno, na veemência colorida da primavera, no deslumbramento do cosmonauta, na incógnita que desafia a ciência, na ternura de todos os ninhos.

Fala comigo.

Mas fala bem alto, pois ruídos impertinentes não me deixam ouvir Tua Eternidade; a zoada do multissonoro envolvente me ensurdece e não consigo escutar Tua Unidade; as gargalhadas dos prazeres libertinos e os gemidos dos amargores todos do mundo fazem para mim inaudível Tua Canção de Paz.

Fala... E não demores.

Presa do tempo, minha alma vibra na ansiedade de retroceder às imateriais fibras de seu cerne, de onde vem Tua Fala que não chega.

Fala comigo Mistério. E leva-me na aventura do Insondável, para além das fronteiras da percepção, para longe da pobreza criada por Teu Silêncio, da miséria que nasce de Tua Ausência.

Fala comigo, Mistério.

Mas, antes, ensina-me a ouvir-Te.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 212/213)


domingo, 25 de novembro de 2012

O IMATURO, O ASPIRANTE E O SÁBIO



“O imaturo, iludido, acredita que ele é seu próprio corpo. E, assim, o corpo lhe é cárcere, dono e tirano.

O aspirante à Verdade reconhece que seu corpo é animado pelo Espírito. E, assim luta.

O sábio, sabe que ele é Espírito utilizando um corpo. E, assim, se liberta.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 86)




terça-feira, 20 de novembro de 2012

NÃO SOU O QUE PENSAVA SER


Eis a canção que escutei o Sábio cantar:

“Não sou o que pensava ser.

O que julgava Real era apenas sombra.

O que cria valer, valor não tinha.

O consciente revelou-se-me não ser.

Vi a impermanência do que eterno me parecia.

Vi mentiras escondidas em reposteiros de verdades.

Ao desiludir-me, vi sorrisos disfarçando prantos.

Em meu desencanto descobri maldades nos que supusera santos.

Quando me desenganei, constatei a estultícia de quem supusera ser sábio.

Vi tibieza nos que pareciam fortes.

Assim como o Real se veste de aparências, os homens se vestem de ilusões.

O mal não está em o Real vestir-se de maya, nem no homem que se veste de hipocrisia.

O mal está no engano, no encanto, nas ilusões que minha própria ignorância engendrava e nutria.

Desiludido, desenganado, desencantado, agora estou salvo.

Agora vejo.

Agora sei.

Agora Eu Sou”.

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 193)