OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 17 de junho de 2014

O APEGO CRIA A ILUSÃO QUE ESCONDE A VERDADE

"Apego, afeição e interesse criarão preconceito, parcialidade e ilusão, os quais escondem a Verdade e estupidificam a inteligência. Raga é roga, isto é, apego é doença, no concernente ao inquiridor em pauta. Não é próprio de um yogi ter apegos (raga). Ele deve ser isento de favoritismos, fantasias e preferências. Uma vez que você se apegue a determinada pessoa, a algum hábito ou maneirismo, difícil ser-lhe-á descartá-los, igual ao pobre aldeão que se atirou no rio para resgatar para si um pacote de tapetes (realmente era um urso sendo arrastado pelas águas revoltas), mas constatou que o tal 'pacote' o agarrava tão apertado que não o deixava escapar. O homem pulara para agarrar o que supusera ser, para ele, um tesouro, mas ele é que foi agarrado e preso. Eis por que os santos deste país têm ensinado às pessoas que elas são genuínas filhas da imortalidade, repositórios de paz e da alegria, da verdade e da justiça, e que são senhores de seus sentidos, e que, portanto, o mundo externo não os pode reter com seu fascínio. É natural que o homem possa ter certos desejos, algum anseio por conquistar conforto, certas tentações para alcançar contentamento, mas deve se conduzir apenas como o doente à busca de um remédio. Alimento e bebida, moradia e vestimenta devem ser apenas subsidiárias às necessidades do Espírito e às necessidades da educação das emoções e impulsos. Devem assumir o lugar subalterno que o sal e a pimenta têm na mesa do jantar nos dias atuais. Uppu (sal) deve ser subsidiário de papu (lentilha), isto é, o sal deve ser pouco e dal (lentilha), muito. Você não pode ter mais sal que dal, nem mesmo tanto quanto. Assim, os esforços para conseguir saúde, conforto etc. devem ser bastantes para o propósito superior de manter a disciplina ascética (o sadhana), nem mais, nem menos."

(Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro,1993 - p.170)
www.record.com.br


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A OUTRA MARGEM DO RIO

"Vivendo no mundo cheio de objetos dos sentidos, podemos permanecer internamente imaculados e livres de desejos? Ser livre significa compreender que a fonte de tristezas é o desejo por objetos, quer estejam eles na mente ou numa forma física. Cada prazer tem a sua contraparte de dor. Cada excitação e esperança traz uma depressão correspondente. E nós somos jogados daqui para ali entre os opostos. Tal compreensão, não o mero pensar sobre esse assunto, surge a partir de uma reflexão profunda e sustentada.

Como dito antes, a vida não consiste na abundância de coisas possuídas. Todas as coisas impermanentes são irreais. Porém, em cada estágio, aquilo que experienciamos parece absolutamente real. (...)

De um modo estranho, a mente busca permanência em coisas que são inerentemente impermanentes. Nós precisamos nos abandonar; o desapego às satisfações terrenas é o meio para se chegar ao ‘céu’. O patinho deve deixar a margem para nadar. O jovem passarinho deve desprender-se do graveto e bater suas asinhas para poder voar.

Krishnamurti diz: ‘Eu estou deste lado do rio. Durante séculos adorei os deuses do outro lado. E vejo a desesperança do fato. Assim eu digo que é a partir do outro lado que eu devo operar. Perguntar como chegar lá é a abordagem tradicional. A mente deve encontrar-se na outra margem tendo abandonado todas as atividades na margem deste lado’. Nesta margem, isto é, na Terra, quando a tentação sobrepuja o coração, podem haver tormentos mentais que são um ‘inferno’."

(Radha Burnier - Procure primeiro o reino de Deus - Revista Sophia, Ano 1, nº 1 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 15)


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O PRAZER NASCE DA ILUSÃO

"D: Se o Ser é sempre prazeroso e se também o são os objetos dos sentidos no momento da apreciação, eles também devem ser considerados prazerosos.

 M: O deleite em qualquer objeto não é duradouro; o que agora é prazeroso logo cede seu lugar a outro objeto ainda mais prazeroso. Há graus de prazer e uma sequência dos objetos apreciados. O prazer nos objetos é apenas caprichoso, e não estável. Isto porque o prazer nasce de nossa própria ilusão, e não do valor intrínseco do objeto. Por exemplo: observe como o cão rói um osso seco e sem tutano até sair sangue das feridas em sua boca; ele acha que o gosto de seu próprio sangue é o do tutano do osso, e não quer largá-lo. Se encontrar outro osso parecido, deixa cair o que tem na boca e pega o outro. Da mesma forma, sobrepondo a sua própria natureza bem-aventurada aos detestáveis objetos de sua fantasia, o homem deleita-se neles por engano, pois a alegria não é a natureza dos objetos. Devido à ignorância humana, os objetos que, na verdade, são dolorosos por natureza, parecem ser prazerosos. Esse prazer aparente não permanece estável em um objeto; normalmente se desloca para outros objetos; é desenfreado, possui níveis e não é absoluto, ao passo que a Alegria do Ser não é caprichosa. Mesmo quando o corpo, etc., são abandonados, a alegria do Ser dura para sempre, e também é absoluta. Portanto, o Eu Real é a Suprema Bem-aventurança. Até aqui, a natureza Ser-Consciência-Beatitude do Eu Real foi estabelecida." 

 (Advaita Bodha Deepika - A Luz da Sabedoria Não Dualista - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 108/109)

domingo, 19 de janeiro de 2014

NERVOSISMO

"Aquele que é naturalmente calmo não perde seu sentido de raciocínio, de justiça ou de humor, sejam quais forem as circunstâncias. (...) Ele não envenena os tecidos de seu corpo com ira ou temor, que afetam a circulação de maneira adversas. É fato comprovado que o leite da mãe enraivecida pode ter efeitos perniciosos em seu filho. Que prova mais contundente poderíamos querer de que emoções violentas acabam por reduzir o corpo a uma ruína ignominiosa?

Demorar-se, com indulgência, em pensamentos de medo, raiva, melancolia, remorso, inveja, tristeza, ódio, descontentamento e preocupação, o tempo todo, e a falta de condições para uma vida normal e feliz - tais como alimentação correta, exercícios adequados, ar puro, sol, trabalho agradável e uma profissão na vida - originam moléstias nervosas.

Se ligarmos uma lâmpada de 120 volts numa linha de 2.000 volts, ela se queimará imediatamente. Analogamente, o sistema nervoso não foi feito para suportar a força destrutiva da emoção intensa ou de persistentes pensamentos e sentimentos negativos. O nervosismo pode, no entanto ser curado. O paciente precisa estar disposto a analisar sua moléstia e eliminar as emoções desintegradoras e os pensamentos negativos que, pouco a pouco, o estão destruindo. A análise objetiva dos problemas da própria pessoa e a manutenção da calma em todas as situações da vida curarão o caso mais crônico de nervosismo. (...) A vítima do nervosismo precisa compreender seu próprio caso e refletir sobre o erro consistente do seu modo de pensar, que é responsável pelo seu desajustamento à vida.

Em vez de se afobar, num estado de excitação emocional, para chegar a algum lugar e depois ser incapaz de apreciá-lo quando chega, porque está agitado, procure ser mais tranquilo. (...) Tão logo sua mente se torne inquieta, dê-lhe um safanão com sua vontade e ordene-lhe que se acalme.

A excitação perturba o equilíbrio nervoso, enviando energia excessiva a algumas partes do corpo em detrimento de outras, que não recebem sua quota normal. na distribuição adequada da força nervosa é a causa única do nervosismo. Um corpo relaxado e calmo é um convite à paz mental."

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 83/85)
http://www.omnisciencia.com.br/onde-existe-luz.html


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

APROVEITE O TEMPO COM SABEDORIA

"A maioria das pessoas gasta o tempo em coisas inúteis. Tente, a cada dia, fazer algo que valha a pena, para sentir que prestou uma contribuição e que sua vida tem sentido. Você desenvolverá grande magnetismo se realizar todos os dias uma coisa que achava que não conseguiria fazer.

Vigie seus pensamentos. Todas as suas experiências são filtradas pelo que você pensa. É a companhia de seus pensamentos que o eleva ou degrada. O corpo é uma carruagem filtrada por cinco cavalos: os sentidos. Você, a alma, é o proprietário e condutor da carruagem. Se não usar as rédeas da mente para controlar os cavalos, a carruagem perderá o rumo e tombará nas valas da doença, do sofrimento e da ignorância. Se quiser que a carruagem o carregue com êxito pela vida, conduzindo-o ao reino de Deus - seu verdadeiro destino -, é necessário que controle os cinco cavalos dos sentidos. Isso lhe dará autodomínio e, assim, a verdadeira felicidade.

Por que perder tempo? Use as horas de que dispõe para meditar e ler revistas como a Inner Culture,¹ que o inspirarão com pensamentos corretos. É tão fácil desperdiçar tempo - uma vida inteira pode ser inutilizada assim. Você é dono dos momentos de sua vida. Use-os sabiamente, para que lhe tragam a salvação. Por que gastar tempo com jogos de baralho e coisas inúteis? Eu vi que as pessoas ficam sentadas jogando cartas por horas e horas, em salas cheias de fumaça de cigarro. Desperdiçar a vida é a pior coisa que se pode fazer com a alma. Consome-se tanto tempo e não há nenhum retorno. Para relaxar, é melhor sair e caminhar, ou praticar um pouco de exercício saudável."

¹ Em 1948 Paramahansaji mudou o nome da revista para Self-Realization.

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 136/137)


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

RESISTA AOS APELOS DOS SENTIDOS

"84 - Se o desejo pela liberação existe em ti, os objetos sensoriais têm de ser mantidos à grande distância, como se fossem veneno. Deves constante e fervorosamente buscar a alegria como se fosse ambrosia, bem como a bondade, o perdão, a sinceridade, a tranquilidade e o autocontrole.

COMENTÁRIO - Exercita constantemente a tua vontade, deixando de lado aquilo que desejas. O desprendimento aumenta à medida que começamos a ver mais nitidamente os perigos do apego aos objetos dos sentidos. Ao mesmo tempo procura estimular a alegria, sorrindo para os teus interlocutores ou apresentando uma face tranquila para o mundo; cultiva a alegria, a bondade, o perdão, a sinceridade, a tranquilidade e o autocontrole. Aos poucos as sementes florescerão e transformarão a tua vida e os que estão à tua volta. Transformamo-nos em um centro de paz e equilíbrio no meio da convulsão que caracteriza a nossa época. Veremos então que tudo se torna diferente."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, 2011 - p. 43)

sábado, 28 de setembro de 2013

REENCARNAÇÃO E O PROCESSO DE PURIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

"Todas as nossas vidas se acham encadeadas uma às outras, e portanto, nenhuma se pode separar nem das que a precedem, nem das que se lhe seguem. Na realidade, só temos uma vida na qual o que nós chamamos vidas não são senão dias. Uma vida nova nunca se assemelha a uma folha em branco onde vamos inscrever uma história absolutamente nova; não faremos mais, em cada vida, do que inscrever um novo capítulo que vai continuar a desenvolver o velho enredo. É-nos igualmente impossível libertarmo-nos das responsabilidades cármicas duma vida precedente, como de nos desembaraçarmos dormindo das dívidas contraídas durante o dia; se contrairmos uma dívida hoje, não nos veremos livres dela amanhã; a exigência da dívida será apresentada inexoravelmente até que a paguemos. A vida do homem é uma coisa contínua, ininterrupta; as vidas terrestres acham-se encadeadas uma às outras e não isoladas. Os processos de purificação e desenvolvimento também são contínuos e devem prosseguir durante sucessivas vidas terrestres. Lá virá um dia em que todos deveremos principiar o trabalho; lá virá um dia em todos nos saciaremos das sensações da natureza inferior,em que nos saciaremos do jugo animal e da tirania dos sentidos.Quando tiver atingido essa fase da sua existência, o homem revoltar-se-á contra a sujeição, e, num rasgo de energia, decidir-se-á a arrancar os grilhões do seu cativeiro."

(Annie Besant - O Homem e os seus Corpos - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 76/77)


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SEJA FIRME EM SUA CAMINHADA E FORTALEÇA O DESAPEGO

"Vairagya¹ não significa que você tenha de renunciar ao lar e à moradia, saindo para a floresta. Nada garante que o lar e a casa não o acompanharão no silêncio e solidão da floresta, porque, se sua mente anseia por desejos mundanos, deles você não consegue escapar simplesmente por lançar uma distância (física) entre eles e você. Pode você estar na selva, mas tendo sua mente vagando na praça do mercado. Igualmente, pode estar na praça do mercado, mas, devido ao sadhana (disciplina ascética), sentir-se quieto e mantendo firme o passo no caminho da paz em seu coração, embora em meio à multidão mais azafamada. A mente tem poder, seja para construir um silente refúgio, seja para amarrar você com encrencados nós. A mente amarra e desamarra. 

Você pode singrar a salvo no mar de samsara², caso seu barco não tenha rombos como a luxúria (kama), a raiva (krodha), a cobiça (lobha), a ilusão (moha), a soberba (mada) e o ciúme (matisarya). Através de tais rombos, a água pode invadir o barco, e ele afundará arrastando você, impedindo uma redenção. Não admita água em seu barco. Vede todos os rombos, então nada terá a temer. Em samsara você pode beneficiar-se com todas as oportunidades de treinar os sentidos, ampliar as afeições, aprofundar as experiências e fortalecer o desapego."

¹ Vairagya - despaixão; a atitude psicológica caracterizada pela ausência de raga (paixão, apego).
² Sansar - o mundo cambiante, palco dos nascimentos e mortes; a roda das reencarnações, também na terminologia budista. Tem sinônimo: Jagat (universo).

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 169)


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

MENTE (1ª PARTE)

"A mente é uma força maravilhosa inerente ao Eu Real. Aquilo que surge nesse corpo como 'eu' é a mente.

Quando a mente sutil emerge através do cérebro e dos sentidos, os nomes e as formas grosseiros são conhecidos. Quando permanece no Coração, nomes e formas desaparecem... Se a mente permanecer no Coração, o 'eu' ou ego, que é a fonte de todos os pensamentos, desaparece, e apenas o Ser, o Real, o Eu Eterno, brilha. Onde não existe o menor traço de ego, aí está o Eu Real.  

A mente e a respiração têm a mesma fonte. Por isso a respiração é controlada quando a mente é controlada; e a mente é controlada quando a respiração é controlada. A respiração é a forma grosseira da mente.

O prãnãyãma (controle da respiração) é apenas uma ajuda para submeter a mente, mas não servirá para matá-la. Como o prãnãyãma, a adoração de uma divindade, o japa (repetição de mantra) e a regulação da dieta, são ajudas para o controle da mente.

prãnãyãma pode ser interno ou externo. O interno é como se segue: 'eu não sou o corpo' (naham) é a exalação (rechaka); 'Quem sou eu?' (koham) é a inalação (püraka); 'Eu sou Ele' (soham) é a retenção da respiração (kumbhaka). Fazendo isso, a respiração fica automaticamente controlada. O prãnãyãma externo é para quem tem dificuldades com o controle da mente. 

Não há caminho tão seguro quanto o do controle da mente. O prãnãyãma não precisa ser exatamente como o prescrito em hatha yoga. Se a pessoa já estiver engajada na repetição (japa), meditação (dhyâna), devoção (bhakti), etc., basta apenas um pequeno controle da respiração para controlar a mente. A mente é o cavaleiro e a respiração, o cavalo. O prãnãyãma é um controle do cavalo. Através desse controle, o cavaleiro também é controlado. Um pouco de prãnãyãmabasta. Observar a respiração é um modo de prãnãyãma. A mente então é retirada de outras atividades, engajando-se na observação da respiração. Isso controla a respiração e a mente, por seu turno, fica também controlada. Se sentir dificuldade na prática da inalação e exalação (rechaka e püraka), pode-se praticar apenas a retenção da respiração por um breve intervalo, durante a repetição, a meditação, etc. Isso também produzirá bons resultados. (...)"

(Pérolas de Sabedoria - Vida e Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi - Ed. Teosófica, Brasília - p. 31/32)


segunda-feira, 29 de julho de 2013

A VOZ DO SILÊNCIO

"Muka é a Voz do Silêncio. Quando você mergulha no abismo deste Silêncio, escuta a si mesmo, isto é, Pranava OM, o primevo, o cósmico, que emana do prana, isto é, da vibração vital que enche o Universo. Para ouvir tal som, a pessoa deve aproximar-se tão perto quanto possível da profundidade de seu Ser. Eis o porquê da denominação Upanishad. É preciso que você se aproxime, mergulhe profundamente rumo ao verdadeiro abismo do lago. Upa significa perto; nishad, sentar-se. Vá e sente-se perto, tanto que possa escutar o sussurro da Superalma dirigido à alma. 

OM sintetiza os Vedas e seus ensinos. Om That Sath diz a Gita (a Canção do Senhor). That (Aquilo), que é Sath, é OM o Uno. Tudo isto é Brahman, o Uno sem Um Segundo. Quando você reconhece que Tath (Aquilo) é Sath, Ele já não é mais um objeto longínquo, mas o próprio sujeito, e a fusão dos objetos com o sujeito se manifesta como OM.

Aguce o intelecto, e então a Unidade na natureza a ele se fará evidente. Nos Vedas, o mais reverenciado e mais popular dos mantras (uma prece vestida em fórmula ritual) é o Gayatri. Ele pede somente que a Graça da Fonte de todas as luzes venha nutrir nossa inteligência, e nada mais.

Yoga, segundo a definição de Patanjali, é o controle (nirodha) das agitações (vrittis) da consciência interna (chitta). Se a mente estiver parada e liberta de ondas produzidas pelo vendaval do desejo, o homem que o consiga se tornou um Yogi, e o Senhor é o mais elevado dos Yogis, porque Ele é o oceano, o qual não é afetado pelas vagas, que se agitam na superfície. O Yoga deste tipo é o melhor meio para se atingir Yogeswara (o Senhor do Yoga). Para tanto, indispensável é o controle dos sentidos, não o mero controle da respiração."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 136/137


segunda-feira, 22 de julho de 2013

SIGAM OS ENSINAMENTOS ESPIRITUAIS METODICAMENTE

"O aspirante deve aprender a respeito do caminho espiritual com algum grande ser e seguir seus ensinamentos metodicamente. Fazer as coisas ao acaso não lhe possibilitará muito progressos e, se desistir inteiramente de suas práticas, o empenho para recomeçar será duplamente difícil. Nenhum esforço, porém, é inútil. Sentimentos como luxúria, cobiça e ira gradualmente se extinguem no homem que pratica disciplinas espirituais. 

No momento, suas mentes estão dominados por rajas e tamas. A mente deve tornar-se pura e sutil e ascender ao estado de sattva. Quando isso acontecer, as práticas espirituais serão motivo de alegria para vocês, que desejarão dedicar-se cada vez mais a elas. Mais tarde, quando a mente alcançar a perfeita pureza, seu único desejo será devotar-se inteiramente à contemplação. A mente é de natureza densa, por isso, interessa-se por coisas mais grosseiras, mas assim que se tornar pura e sutil irá diretamente em busca de Deus - a consciência pura. Quando a mente se sutiliza, seu poder aumenta e o aspirante imediatamente se torna capaz de entender a verdade de Deus.

Quando se sentarem para meditar, pensem primeiro na bem-aventurada forma divina. Imaginem seu Ideal Escolhido com um sorriso nos lábios e pleno de felicidade. Isso exercerá um efeito calmante sobre seu sistema nervoso; de outra forma, a meditação se tornará uma prática árida e maçante. Sigam em frente! Não percam mais tempo. Os sentidos agora são poderosos e devem ser mantidos sob controle. Sem dúvida alguma, essa é uma tarefa difícil, mas se praticarem meditação continuamente durante cerca de sete ou oito anos, encontrarão a paz e a felicidade, e se valerão dos frutos de suas práticas. Após um ano de prática regular, vocês já verão algum resultado. (...) Acreditem em mim, Deus está sempre com vocês. Se praticarem um pouco. Ele lhes estenderá a mão para ajudá-los e os protegerá de todos os problemas e infelicidades. Como Sua graça é ilimitada! Como posso fazê-los entender isso? (...)"

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo - p. 240/241)


terça-feira, 11 de junho de 2013

ESFORCE-SE PARA ATINGIR A FONTE DA PERFEITA SABEDORIA

"O homem consome como alimento muitos seres vivos, plantas, ovos, peixe, gado etc., e nasceram como seres humanos por conta deste ato de consumo. Mas, desde que não tenham tido educação que lhes possa revelar o Deus interno, vegetam ou estacionam como brutos, sem um bilhete ou passaporte apropriado para ascender além do status humano, no qual apressadamente foram colocados. Igual a muitos, transitam do útero à tumba, escravizados aos sentidos e aos males que, como resultado, inevitavelmente, a escravidão produz. Não se dê por contente com a escravidão. Esforce-se para atingir o sol do Esplendor, a Fonte da Perfeita Sabedoria. Os videntes e sábios da Índia têm dado ênfase à disciplina e têm prescrito meios para a conquista da meta. Mas, indianos há que desconhecem tal disciplina e o valor que ela tem. Críticos e cegos, desacreditam em sua cultura antiga e apontam o dedo do desdém para aquilo que interpretam como absurdo, como inconsistente. Não se ligue a tais pessoas na campanha da difamação que fazem. Por outro lado, tentem assimilar a cultura, e se esforcem por experienciar a felicidade que a cultura (hindu) promete. É o tipo meio retrógrado de intelectuais e estudantes que cai nas armadilhas dos preconceituosos e pervertidos. Vocês podem negar ou abandonar Deus, em consequência de ignorância e perversidade, mas, dia virá em que terão de suplicar Sua compaixão. 

Deus é mais sutil que o éter, enchendo o menor dos espaços com Sua Magnitude. Vocês virão a dispensar ídolos, quadros e imagens, pois são materiais do jardim de infância da escola espiritual. Procurem conhecer a Divina Energia, que não está enterrada em nenhum Nome e em nenhuma Forma. Subam ao mais alto cume do Uno Puro Transcendente e Sem Atributos." 

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 67/68)


quarta-feira, 29 de maio de 2013

AS ESCRITURAS E OS LIVROS DE SABEDORIA PROPICIAM OS MEIOS PARA ASSEGURAR O SEGREDO DA ALEGRIA PERMANENTE

"Os Vedas (Livros de sabedoria) e os Sastras (escrituras) propiciam iluminação para guiar os passos do homem, mas para o cego é sempre treva, não importa o fulgor da luz. Para os que perderam a fé, vacilar, tropeçar e cair é a única opção. Os Sastras e o Vedas propiciam os meios para assegurar o segredo da alegria intérmina, mas o homem é tentado a aurir alegrias sombrias, prazeres efêmeros, sabores poluídos pelo mal e pela perdição. O homem está tentando tirar água do poço com um pote cheio de furos. Os sentidos deixam escoar a alegria que eles tinham conquistado. São servidores ignorantes que se impõem a seu senhor - a mente. Você é que deve conduzi-la, e será assim que os servidores cairão a seus pés. A mente é o Monarca; os sentidos (indriyas), os soldados. Por hora, os soldados estão subjugando o Rei, porque este empresta seus ouvidos a eles, e não à inteligência (buddhi), que é o Primeiro-Ministro. Que este assuma sua função, e, num instante, os sentidos serão forçados a recuar para o acampamento, e a mente poderá ser salva. O Atma (o Divino em nós) é o Sol no firmamento do coração. A luz do Sol, por enquanto, se acha obstruída pelas espessas nuvens do desejo dirigido aos objetos sensuais e aos prazeres objetivos (vishaya-vasana). Que o forte vento da conversão e do arrependimento disperse as nuvens, tanto que o Atma possa brilhar com muito esplendor."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 168)


terça-feira, 21 de maio de 2013

TODO DIA É BOM QUANDO VOCÊ O UTILIZA PARA DEUS

"Utilize esses dias como pontos de partida para reverenciar a Forma Divina que você tenha escolhido para cultuar, a Forma que apele para seus mais íntimos anseios. Não atribua o mal a um dia qualquer ou a qualquer astro. Todo dia é bom quando você o utiliza para Deus. Todo astro é bom, contanto que forneça sua luz para guiar seus pés para Deus. (...)

Os homens estão ansiosos por conquistar a felicidade, e quando há perspectiva de alcançar felicidade duradoura, saltam sobre a ideia, mas, cedo se dão por cansados para o esforço. Buscam atalhos, sobrecarregam os outros, com o transporte da carga que lhes pertence, e desejam frutos abundantes em retorno a seu pequeno cultivo. Rigorosa disciplina e fé inabalável, no entanto, são absolutamente necessárias para a vitória na batalha espiritual. O simples escutar discursos, ou mesmo fazê-los, será de nenhuma utilidade. Para manter tal disciplina, é preciso controlar os sentidos, os quais arrastam a mente para agradáveis atrações do mundo externo. Manter firme fé exige que se controle a mente caprichosa, a qual pinta quadros atraentes com falsas cores que seduzem você a vagar de um nascimento a outro."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 166)


domingo, 21 de abril de 2013

RAJA YOGA - BAHIRANGA YOGA (4ª PARTE - II)

"(...) 4. Pranayama: quase sempre equivocadamente é entendido como uma técnica respiratória. Praticado com propriedade, efetivamente melhora a oxigenação e aprimora as funções respiratórias e circulatórias físicas. Mas aqui pranayama deve ser visto como o controle (yama) da circulação da bioenergia (prana) no "corpo sutil", o que além de promover a saúde física, predispõe a mente para a concentração. Sem que o pranayama seja bem conduzido, as forças do inconsciente (vasanas e samskaras) facilmente comprometerão as tentativas de aquietar a mente, pois que os vrittis continuarão indomáveis. Não são somente os conteúdos do inconsciente (vasanas e samskaras) que agitam os vrittis na mente, mas também os distúrbios ocorrentes na circulação das energias prânicas, responsáveis por todas as funções fisiológicas, bem como pela ativação dos chakras (centros psíquicos e energéticos).

5. Prathyahara: deve ser entendido como a interrupção das normais conexões dos sentido com o ambiente físico. É uma interface entre os dois mundos - o interno (antar) e o externo (bahira). Os angas anteriores (yama, niyama, asana, pranayama), se forem efetivamente praticados, permitem este difícil corte com o mundo exterior. Alcançado o "silêncio dos sentidos", torna-se possível a imersão da consciência no universo interior. Prathyahara serve de portal! O Yoga ensinado pelo Cristo menciona prathyahara neste termos:

...entra em teu quarto, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai o que está em oculto... (Mt 6:6) 

Agora, tendo dessado a fase externa do método (bahiranga), inicia-se a grande aventura no universo interno do meditante.

Os naturais problemas e obstáculos encontrados por quem lida com a mente poderão ser vencidos se o desempenho moral do aspirante eliminou as perturbações geradas por desejos e emoções, se a postura da meditação (asana) conseguiu o mesmo em relação aos distúrbios nascidos do corpo físico, se os pranayamas corrigiram desordens energéticas no corpo prânico, e finalmente se prathyahara conseguiu interromper a atividade dos órgãos sensórios. É neste sachana holístico que conduz ao samyama, isto é, à sequência dharana-dhyana-samadhi sobre um mesmo objeto de meditação. Samyama é antaranga yoga. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 46/47)


segunda-feira, 15 de abril de 2013

O QUE É REALMENTE A YOGA?

"As pessoas, em sua maioria, estão acostumadas a procurar a realização fora de si mesmas. Vivemos num mundo que nos condiciona a acreditar que realizações externas nos podem dar aquilo que queremos. Contudo, repetidas vezes nossas experiências nos demonstram que nada externo pode satisfazer por completo o profundo anseio interno por "algo mais".

Na maior parte das vezes, entretanto, esforçamo-nos por atingir o que sempre parece estar além de nosso alcance. Enredamo-nos em fazer em vez de ser, em agir em vez de perceber. É difícil para nós imaginarmos um estado de completa tranquilidade e repouso, em que os pensamentos e os sentimentos deixem de dançar em perpétuo movimento. Todavia, é por meio de tal estado de quietude que podemos entrar em contato com um nível de alegria e entendimento impossível de se alcançar de outra maneira.

A Bíblia diz: "Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus". Nessas poucas palavras está a chave para a ciência da yoga. Essa antiga ciência espiritual oferece meios diretos para acalmar a turbulência natural dos pensamentos e a inquietude do corpo que nos impedem de conhecer o que realmente somos.

Nossa percepção e nossas energias estão comumente dirigidas para o exterior, para as coisas deste mundo, que percebemos através dos instrumentos limitados de nossos cinco sentidos. Como a razão humana tem de contar com os dados parciais e frequentemente enganosos fornecidos pelos sentidos físicos, precisamos aprender a explorar níveis mais sutis e profundos de percepção se quisermos resolver os enigmas da vida: Quem sou eu? Por que estou aqui? Como posso conhecer a Verdade?

A yoga consiste em um processo simples de reversão do fluxo de energia e consciência, habitualmente dirigido ao exterior, de forma que a mente se converta em um centro dinâmico de percepção direta - não mais dependente dos sentidos falíveis, mas capaz de conhecer de fato a Verdade, por experiência direta.

Pela prática dos métodos graduais da yoga - nada aceitando como pressuposto, em bases emocionais ou pela fé cega -, chegamos a conhecer nossa união com aquela Inteligência, Poder e Alegria Infinita que confere vida a todas as coisas e que é a essência de nosso próprio Eu."

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self-Realization Fellowship - p. IX/X)


quarta-feira, 10 de abril de 2013

O SENTIMENTO DE SEPARATIVIDADE SURGE COMO PRODUTO DA IGNORÂNCIA DA VERDADE

"Você só pode vir a ter necessidade de inspiração para servir aos outros quando abandonar a identificação com o corpo. Quando um homem sofre de dor aguda no estômago, seus olhos lacrimejam. Por quê? Porque os vários órgãos (olhos, estômago etc.) pertencem ao mesmo corpo. Igualmente, quando vê um homem sofrer, seus olhos deveriam lacrimejar, e você deveria sentir a necessidade de aliviá-lo. Isso acontece porque sabe que você e ele são membros do mesmo Corpo Divino. O sentimento de separatividade (bheda-bhava) surge como produto da ignorância da Verdade. Quando as pessoas estão iradas trincam os dentes, mas têm o cuidado de não morder a língua porque esta lhes pertence e, se por acaso, a língua chegar a ser mordida, não arrancam os dentes porque estes também lhes pertencem. Assim também, o doente, o pobre, o analfabeto, o fraco, todos são membros do mesmo corpo do qual igualmente todos somos partes. A mesma corrente (energética) ativa tudo. Realizar tal constatação, isto é, mergulhar neste Unidade, é o verdadeiro propósito desta vida que temos no uso deste corpo humano. 

Para tal realização, a semente de vishayavasana (apego aos objetos dos sentidos) deve ser escrupulosamente abandonada. Um campo pode parecer árido e morto, mas com a primeira chuvarada, virá a tornar-se um tapete verde; as sementes de grama dentro do solo germinarão ao toque da umidade. Da mesma forma, ao primeiro contato com a tentação, o vishayavasana das pessoas brota e lhes impede o desenvolvimento do sadhana."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 34)


segunda-feira, 1 de abril de 2013

O PROPÓSITO DA EXISTÊNCIA HUMANA É CONTEMPLAR DEUS

"A submissão (a Deus) somente pode ser eficaz após o perfeito desapego aos prazeres dos sentidos, acompanhado pela discriminação entre o real e o irreal. As noções de "eu" e do "meu" são nódoas que devem ser removidas por um rigoroso sadhana, sendo namasmarana a parte mais importante porque, quando você pronuncia o nome do Senhor, em Sua Majestade, em Sua Graça, em Sua Potência, em Sua Onipresença, tudo isso se fixa na consciência, e as capacidades e virtudes pessoas se eclipsam no divino. Assim, muito facilmente a humildade cresce e a submissão se torna possível. O propósito da existência humana é contemplar Deus e imergir em Sua Glória. Todas as demais glórias são fúteis. Os Vedas proclamam isso como sendo a meta final do homem. Os Upanishads ensinam o caminho. A Gita o ilumina. Os Santos e os Sábios anunciam sua magnitude. Os Avatares vêm quando as pessoas se extraviam e se perdem no deserto, nos caminhos."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 26/27)


sábado, 30 de março de 2013

EQUANIMIDADE, CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO

"Podemos facilmente apontar, no homem, a diferença entre o tipo dinâmico e o tipo pensativo: o primeiro quer sempre trabalhar e o último só quer ficar pensando coisas. Ambos os tipos são necessários. Tipos dinâmicos querem agir de imediato. Deveriam ser ensinados a dirigir suas energias para atividades espiritualmente compensadoras. A fim de ajudar cada tipo a criar um equilíbrio harmonioso, aconselho os tipos dinâmicos a meditarem e pensarem mais, e os tipos pensativos a meditarem e trabalharem mais. 

Pessoas viciadas em maus hábitos - comer demais, fumar, beber - têm de ser tratadas com cuidado. Qualquer desejo contrariado provoca ira. Se você retirar alimento de um homem glutão, ele ficará colérico. É inútil tentar ajudar tais escravos dos sentidos até que eles mesmos demonstrem desejo efetivo de melhoras. (...)

Segundo a filosofia hindu, uma das três qualidades básicas predomina em cada homem. Sativa é a qualidade dos que apresentam tendências espirituais. Alimentam-se adequadamente, cultivam bons hábitos e têm devoção ao Senhor. A qualidade rajas manifesta-se nos que são ativos; essas pessoas se mantém ocupados com o trabalho até morrer. As pessoas em quem predomina a qualidade tamas preenchem suas vidas com disputas, raiva, ciúme, sensualidade e preguiça.

Todo hábito que o impede de alcançar a vitória espiritual deve ser superado. Você precisa ser senhor de seus pensamentos e ações. Melhor é pertencer ao tipo rajásico, ativo, com os hábitos sob controle, do que pertencer ao tipo tamásico; mas o ideal é ser do tipo sáttvico, em quem se manifesta a bondade. Quem deseja melhorar deve conviver com os tipos sáttvicos.

Pouquíssimas pessoas sabem em que consiste seu próprio bem. Você pode julgar qualquer uma, usando só este critério. Noventa e nove por cento de todas elas falham neste teste. Diga a uma delas que faça determinada coisa para o seu próprio bem, e ela fará exatamente o contrário. Por quê? Porque não pode ajudar a si mesma; seus hábitos materialistas são muito fortes. Quase sempre, as pessoas não fazem o que você sugere, mesmo sabendo que é bom para elas, só para provarem que você não pode influenciá-las. Quem realmente deseja melhorar deve conviver mais com gente calma e autocontrolada. Procure conviver com pessoas normais ou, melhor ainda, com pessoas acima do normal. Os fracos deveriam procurar os fortes, e estes devem buscar os que são ainda mais fortes. Um lutador jamais aumentará sua força se não lutar com alguém mais forte."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 316/317)


quarta-feira, 27 de março de 2013

O CORPO É O TEMPLO DE DEUS E O INTELECTO É A LUZ QUE ILUMINA O ALTAR DO CORAÇÃO

"Cada sentido é uma porta de saída para a energia do homem, numa direção que o prende ao mundo objetivo. Os sentidos são pela mente induzidos a se externarem, vinculando-se aos objetos. Ao homem convém submeter sua mente a viveka, ou seja, à inteligência que discerne, e, assim, a mente, em vez de o lesar, o ajudará. 

O corpo é o templo de Deus, o qual reside no coração. Buddhi ou intelecto é a lamparina acesa no altar. Cada golpe de vento, que sopre através das janelas dos sentidos, afeta a chama, obscurecendo-a, tratando mesmo de apagá-la. Assim, cerre as janelas. Não as deixe abertas à atração direta dos objetos sensoriais. Conserve o intelecto (buddhi) aguçado, tanto que possa cortar a mente como um diamante, e convertê-la numa chama de luz, em vez de permanecer um seixo abrutalhado. Discriminação (nithyanithya-vathu viveka) é importante instrumento de progresso espiritual. O raciocínio deve ser empregado para discernir entre o limitado e o ilimitado, o temporário e o eterno. Este é seu legítimo uso. Sankaracharya dá o nome de Viveka Chudamani à sua obra sobre o princípio adwaita (não dualismo), em razão de querer enfatizar o valor de viveka (discernimento) para a constatação da transitoriedade da vida e da Unicidade do Universo."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 44/45)