OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

POSSO CONFIAR NA MINHA EXPERIÊNCIA?

"A maioria de nós está satisfeita com a autoridade porque ela nos proporciona uma continuidade, uma certeza, uma sensação de proteção. Mas aquele que entendesse as implicações dessa profunda revolução psicológica deveria estar livre da autoridade, não é? Não se pode buscar nenhuma autoridade, seja de criação própria ou imposta por outra pessoa. Isso é possível? É possível para não confiar na autoridade da própria experiência?

Mesmo tendo rejeitado todas as expressões externas da autoridade - livros, professores, sacerdotes, igrejas, crenças -, ainda tenho a sensação de que pelo menos posso confiar no meu próprio julgamento, em minhas próprias experiências, minha própria análise. Mas será que eu posso confiar na minha experiência, no meu julgamento, na minha análise? Minha experiência é o resultado do meu condicionamento, assim como o de qualquer pessoa, não é? Posso ter sido criado como muçulmano, budista ou hindu, e minha experiência vai depender dos meus antecedentes cultural, econômico, social e religioso. Eu posso confiar nisso? Posso confiar na orientação, na esperança, na visão que me dará fé no meu próprio julgamento, que mais uma vez é o resultado de lembranças acumuladas, experiências, o condicionamento do passado encontrando o presente?... Ora, quando eu coloco todas essas questões para mim mesmo e estou consciente do problema, vejo que pode haver apenas um estado em que a realidade e a novidade podem ser geradas, o que provoca uma revolução. Nesse estado a mente está completamente vazia do passado, não há analista, experiência, julgamento nem qualquer tipo de autoridade."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 35)


terça-feira, 8 de agosto de 2017

DISCIPLINA ESPIRITUAL

"'Pureza, contentamento, simplicidade, autoestudo e aspiração são as regras da observância' (sutra 32). A disciplina espiritual requer energia e um corpo saudável, mas o foco principal é a mente. Uma mente pura é livre de memórias, preocupações com o futuro e qualquer conteúdo não necessário à situação presente.

A disciplina mental é a vigilância necessária para manter a mente 'fresca' e serena, além, é claro, da meditação, que Patañjali indica em outros sutras. O sutra 40 lembra que a pureza requer um retiro, de tempos em tempos, para 'esvaziar a cabeça'.

Aceitação e contentamento não significam passividade nem resignação, mas ver as coisas como elas são e agir objetivamente. Passividade e resignação são associadas ao ressentimento, que prejudica a percepção e impede que se chegue a uma solução correta de problemas.

A simplicidade, ou austeridade, é o desapego ao supérfluo, não apenas em relação aos bens materiais, mas também à própria personalidade. Ser simples, nesse sentido, é ter a mente livre de complicações desnecessárias.

O autoestudo é a observação de nós mesmos, de forma honesta, sem máscaras ou justificativas que nos impeçam de ver nossas próprias motivações. A aspiração é a direção correta, que no yoga significa a união com Deus, a autorrealização, a iluminação.

As observâncias, assim como as abstinências, não são práticas isoladas. Só podemos saber se estamos na direção correta se nos observarmos. Só podemos nos observar corretamente se a nossa mente for simples. A mente só pode ser simples se há contentamento, isto é, se as coisas são vistas como são. Para ver as coisas como são é preciso que a mente seja pura, que não esteja sobrecarregada."

(Cristina Szynwelski - O yoga e a moral espiritual - Revista Sophia, Ano 2, nº 6 - p. 33)


sexta-feira, 10 de junho de 2016

VIDA ESPIRITUAL

"Nos primeiros passos na senda espiritual, o aspirante, já convencido da impossibilidade de ser feliz mediante o agir somente para si (e às vezes em detrimento do descanso, e sem pensar em Deus e no próximo), deseja libertar-se e, para tanto, se decide a administrar seu tempo e suas energias.

Passa a orar, a meditar... como que se dedicando a Deus. Mas, lá no fundo da alma, o que pretende é convencer Deus de lhe dar mais poder, mais alegrias, mais preenchimento, mais satisfação...

Passa a desenvolver atividade caridosa ostensiva... Mas, lá no fundo da alma, pensa assim: 'Com isto estou agradando a Deus, portanto,  Ele vai me dar isto e aquilo...'

Como é bom fazer uma autoanálise em nossas motivações!

Senhor, ajuda-me a desmascarar os truques com que meu eu se defende e me retém."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 37)