OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

OS SETE PORTAIS PARA O CAMINHO DA VIRTUDE

"Na escola de pensamento Mahãyãna do budismo setentrional, o caminho da virtude era identificado com a verdadeira sabedoria, bem como com a ação de autossacrifício; foi concebido como sendo marcado por sete portais, cada um dos quais exigia determinado tipo de desenvolvimento, representando um aspecto da perfeição humana e tendo suas raízes em uma natureza incorrupta e incorruptível presente no âmago de cada ser humano. A chave para o primeiro portal, conforme é explicado na obra A Voz do Silêncio, de H. P. Blavatsky, é Dãna, uma palavra sânscrita, traduzida por ela como 'caridade e amor imortal'. Literalmente a palavra significa doação, mas é uma doação sem reservas, com o coração e também com as mãos. A menos que a viagem seja realizado a partir de uma motivação pura de altruísmo, do desejo de devotar-se à felicidade e à iluminação de cada ser humano e ao bem de cada criatura viva, não poderá ser empreendida de forma alguma. O coração e a mente da pessoa precisam primeiramente sintonizar-se com o coração e a mente de todos os seres vivos.

 O segundo portal representa Shila - todos eles com nomes em sânscrito ou pali - geralmente compreendido como o viver limpo e reto em todos os aspectos da vida e conduta da pessoa. H.P.B. o traduz como 'harmonia em ato e palavra', visto que a harmonia no interior da pessoa, inseparável do viver correto,manifesta-se como harmonia em ato e palavra.

O terceiro portal significa Kshanti, que ela descreve como 'doce paciência que nada pode perturbar'. O significado dicionarizado comum da palavra inclui tolerância e perdão.

As próximas duas virtudes são Vairãgya ou imparcialidade e Virya ou energia. H.P.B. traduz Vairãgya como 'indiferença ao prazer e à dor, conquista sobre a ilusão, percepção somente da verdade', e Virya como a 'energia intrépida que vence seu caminho para a verdade suprema'. Não é o tipo de energia que pertence às coisas da matéria, mas a energia da vida ou Espírito que surge de um estado puro incondicionado, e que, portanto, pode manifestar o ardor ou paixão máximos e mesmo assim permanecer desapegada, não se envolvendo nas coisas por entre as quais se movimenta.

Os dois últimos portais designados, Dhyãna, significando contemplação ou estado meditativo, e Prajnã, compreensão perfeita, realmente são condições de existência em que podem estar presentes as qualidades de qualquer uma ou de todas as virtudes. (...)"

(N. Sri Ram - Em Busca da Sabedoria - Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 41/42)


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

SEJA CAUTELOSO, NÃO MEDROSO

"Difícil é encontrar alguém que não tenha medo de doença. O temor foi dado ao homem como dispositivo de alerta para poupá-lo da dor; não significa que deva ser cultivado em demasia. O excesso de medo apenas paralisa nossos esforços para afastar as dificuldades. O temor cauteloso é sábio, quando, por exemplo, conhecendo os princípios da alimentação adequada, você raciocina: 'Não comerei esse bolo porque não me faz bem'. Mas a apreensão irracional é causa de enfermidades; é o verdadeiro germe de toda moléstia . O medo da doença precipita a doença. Só de pensar nela, você já a atrai para você. Se está sempre com medo de pegar um resfriado, ficará mais suscetível a ela, faça o que fizer para preveni-lo. Não paralise a vontade e os nervos com o medo. Se a ansiedade persistir, apesar de sua força de vontade, você estará ajudando a criar a própria experiência que tanto receia. Também não é sensato associar-se mais do que o necessário e razoável com pessoas que constantemente discutem doenças e debilidades; demorar-se neste tipo de conversa pode lançar sementes de apreensão em sua mente. Quem se preocupa em contrair tuberculose, câncer e problemas cardíacos, deve expulsar o medo, para não atrair essas condições indesejáveis. Quem já se encontra doente e debilitado precisa de um ambiente o mais agradável possível, na companhia de pessoas de sentimentos positivos. O pensamento possui imenso poder. Pessoas que trabalham em hospitais raramente adoecem, por causa de sua atitude confiante. Elas são vitalizadas pela energia e pensamentos fortes que possuem.

Por essa razão, à medida que for envelhecendo, é melhor não revelar aos outros a sua idade. Assim que o faz, eles procuram ver em você sinais da idade, associando-a com diminuição de saúde e vigor. A ideia de idade avançada gera ansiedade e assim você mesmo se desvitaliza. Por isso, mantenha sua idade em segredo. Diga a Deus: 'Eu sou imortal. Sou abençoado com o privilégio da boa saúde e Te agradeço.'

Portanto, seja cauteloso, mas não medroso. Tome a precaução de fazer uma dieta purificadora de vez em quando, para eliminar quaisquer condições patológicas que possam estar presentes no corpo. Faça tudo que puder para erradicar as causas da moléstia e fique absolutamente tranquilo. Há tantos germes por toda parte que, se você começasse a temê-los, seria totalmente incapaz de gozar a vida. Mesmo com todas as precauções sanitárias, se pudesse examinar sua casa com um microscópio, perderia todo o desejo de comer!"

(Paramahansa Yoganada - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 94/95)


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

VERDADE

"O que é a verdade? Será meramente o que é conhecido como 'falando a verdade', evitar o fingimento, honestidade absoluta consigo próprio e com os outros? Estará ela no seguir uma linha de ação que se concebe como sendo correta, independentemente das consequências para si próprio? Será apenas uma abstração na qual buscamos amparo em meio ao insatisfatório fluxo do tempo? Haverá uma visão da verdade que abranja tanto nós quanto todas as outras coisas?

Quando dizemos 'Verdade', pensamos talvez num elemento do absoluto, na noção de que a verdade é primária, e não secundária ou derivada.

Quando uma pessoa se expressa como ela é, e parece como é, então, sem sombra de dúvida, ela é verdadeira em ação e verdadeira consigo mesma. Isto é fazer, que é o outro lado de ser. O que ela é dentro de si é a verdade de seu ser, e o que ela faz e parece aos outros deve fluir dessa verdade e ser modelado por ela. Sinceridade - toda falta de duplicidade - é, pelo menos, um elemento na expressão dessa Verdade que jaz no mais recôndito do ser, e não surge nas coisas externas.

Existe uma verdade em cada coisa, e essa é a verdade de seu ser; pode não ser a mesma como o que parece ser, ou mesmo o que parece fazer. É esta verdade em nós próprios que, primeiramente, temos de descobrir antes que possamos ver a verdade nos outros.

Toda virtude é uma forma de verdade. A virtude é essencialmente aquela qualidade por meio da qual uma coisa produz seu efeito, como quando dizemos. Há muita virtude nisto. É um efeito procedente da natureza mesma de uma coisa. Se a verdade é a natureza da coisa, então a virtude é a força que pertence a ela e a ela está relacionada, assim como Deus e Shakti (ou Poder) estão relacionados na filosofia indiana. Essa visão está em consonância com a raiz da palavra virtude, que é virtus ou vir, significando energia. É por meio desta construção que a virtude tem sido declarada (por Tuskin, por exemplo) como significando valor varonil. A virtude jaz no reto emprego e disposição de energia.

Se a Verdade é da natureza de nosso ser, e todas as virtudes são modos nos quais a energia desse ser opera, então todas as virtudes são formas de Verdade. Verdade é ser; virtude é fazer ou ação. Mas ser e fazer não podem ser separados, pois não se pode fazer ou agir senão como se é, em qualquer nível."

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 63/64)


quinta-feira, 28 de maio de 2015

DOAÇÃO

"Com uma única vela acesa a gente pode acender inúmeras outras, fazendo-as luzir, sem que a sua luz venha a se reduzir. Uma vela, acendendo outra, nada perde, mas como beneficia!

Com a nossa alegria, podemos acender a alegria em muitos corações, e isto não nos custa nada.

Com a nossa energia espiritual, podemos suscitar a energia de um número incontável de pessoas, e isto não nos empobrece.

Com a nossa paz, podemos induzir à paz muitas almas até então aflitas.

Com a nossa coragem, podemos aquecer aqueles que se enregelavam nas masmorras do medo.

Com a nossa fé, podemos comunicar fé aos desalentados nas sombras das dúvidas e do desalento.

Tudo isto não é o bastante para que passemos a, desde agora, cultivar mais luz, alegria, energia, paz, coragem e fé?

Vê como é possível cada um de nós melhorar a sociedade?!

Vivifica-nos, Senhor, com Teu Espírito."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 155)


domingo, 26 de abril de 2015

COMO TESTAR SEU DESEJO (PARTE FINAL)

"(...) Reivindique o que lhe seja favorável na lei e ordem Divinas. Há milhões de canais, mas só Uma Única Fonte. Sempre recorra a essa Fonte, para tudo o que desejar. A natureza interior do ser é a tendência de dar. Assim, se você tem qualquer dúvida sobre a natureza dos seus próprios desejos, procure testá-los pela qualidade de dar. A realização do seu desejo contribuirá para o seu bem-estar? Irá lhe permitir expressar mais de vida, amor e energia?

A Energia Divina, segundo o evangelho, veio à terra a fim de que possamos ter vida e tê-la mais abundantemente. ... Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (João, 10:10). Esse desejo de dar seus talentos, faculdades, amor, bondade, cordialidade e boa vontade jamais será desapontador. Tudo isso está apoiado na verdade secular: 'Quanto mais você dá, mais tem.'

Seu desejo de 'ser' - o grande curador, o grande médico, o grande mestre, o grande cantor, de expressar no nível mais elevado e lançar luz a todos que o cercam - é à imagem e semelhança de Deus e muito bom."

(Joseph Murphi - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 14ª Edição - p. 95/96)


sábado, 24 de janeiro de 2015

ATITUDE IMPESSOAL

"(6:5) Que o homem se alce por seu próprio esforço e nunca se avilte. Em verdade, seu eu é seu melhor amigo - ou (se o quiser) seu pior inimigo. 

É inútil censurar os outros pelos próprios infortúnios. Na verdade, não existem infortúnios. 'As condições são sempre neutras', dizia Yogananda. 'Parecem boas ou más, alegres ou tristes, oportunas ou inoportunas conforme as atitudes [e expectativas] positivas ou negativas da mente.' O yogue deve aprender a aceitar com tranquilidade o que lhe acontece. Quando, porém, o ego insiste em atribuir-se tudo aquilo que o possa afetar, 'aviltar-se', a si mesmo aderindo ao fluxo para baixo e para fora da energia que percorre os chakras e, dali, ganha o mundo exterior através dos sentidos.

Se alguém o trata com indelicadeza, injustiça ou mesmo crueldade, decida-se em definitivo a não reagir emocionalmente. Nunca replique; nunca se queixe; nunca se defenda nem agrida, instigado pela consciência do ego. Às vezes, o mal pode ser compensado pelo bem; mas ainda quando o dever o instigar a agir dessa maneira, tente - como Krishna aconselhou a Arjuna - conduzir-se sempre de modo a manter uma atitude impessoal."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 246/247)


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

UM CONCEITO FALSO (2ª PARTE)

"O homem colérico, o sensual e o ganancioso esquecem sua posição e sua relação à sociedade, cometendo grandes erros que arruinam suas vidas e as dos outros. Muitos desses alcoólatras mentais pensam que, se exteriorizarem seus hábitos psicológicos, sentirão algum alívio. Mas o hábito autocomplacente de ceder aos maus impulsos é extremamente prejudicial, pois é através da repetição de expressões negativas que o indivíduo se torna um alcoólatra mental crônico, caindo no ridículo em qualquer tempo e lugar.

Se as crianças forem expostas a maus ambientes enquanto suas mentes ainda são maleáveis, desenvolverão hábitos errôneos que, se não controlados, podem levar ao alcoolismo mental crônico. Ao notarem súbita mudança no filho - por exemplo, se um garoto de temperamento calmo passa a ter frequentes acessos de raiva - os pais devem agir o quanto antes. Deve-se identificar e remover as causas das frustrações, procurando novos meios para o emprego construtivo das energias.

Aqueles que habitualmente mostram qualquer uma das características aqui mencionadas são alcoólatras mentais. Por imprudência, despencam pelas 'Cataratas do Niagara' dos constantes maus hábitos, despedaçando sua felicidade, ao mesmo tempo em que, desamparada mas voluntariamente, permitem a expressão descontrolada de suas piores características. Não é aconselhável censurar alcoólatras mentais que, frequentemente, têm violentos acessos de desgosto e tédio pelo mundo. Sua atitude resulta da contínua repetição de hábitos nocivos. Devem ser tratados como pacientes psicológicos que sofrem de doenças mentais crônicas."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 198)

sábado, 20 de dezembro de 2014

SEJA COMO O OCEANO

"(2:70) Feliz é aquele que, como o oceano, absorve em si mesmo, calmamente, todos os rios do desejo. (Ao contrário), aquele cujos desejos se escoam (como de um lago) logo vê esgotada (sua energia). 

Desejos generosos - por exemplo, levar a alegria aos semelhantes - não drenam nossos reservatórios de paz, mas acrescentam-lhes o júbilo que despertam.

Sempre que você sentir prazer, lembre-se da beatitude interior. Sempre que contemplar a beleza, traga para dentro de si a alegria que ela lhe deu. Que toda a alegria terrena lhe lembre a felicidade bem mais inefável do Eu. 

Alguns yogues recomendam indiferença completa ao mundo. Que visão mais insípida! Bem melhor, ensinava meu Guru, é gozar com Deus as belezas e os prazeres que nos cercam, tendo sempre em mira a alegria íntima, vivenciada durante as experiências que exaltam os sentimentos do coração. Direcione esses sentimentos para Deus em vez de suprimi-los com uma apatia seca, 'inspirada' pelo intelecto. Também assim podemos nos absorver em nós mesmos sem atirar fora as alegrias e prazeres que o mundo nos proporciona." 

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramahansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 129)
www.pensamento-cultrix.com.br


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

SEXO E VIDA (2ª PARTE)

"(...) Pobres daqueles que, sem as condições espirituais necessárias, fazem votos de castidade. Sob o peso das tensões e desequilíbrios de que caem presas, ou ostensivamente renunciam ao voto, ou resolvem a 'coisa' na base da moral clandestina (para os outros, são renunciantes, mas, às escondidas, 'dão suas voltinhas').

'Quem não pode com o peso não pega na rodilha', diz o refrão popular. Quem não tem condições espirituais para fazer renúncia ao sexo não deve fazê-la. Os verdadeiros yoguis não reprimem por medo ou por considerarem o sexo um empecilho à realização espiritual. Eles o fazem com o fim de transformar as energias sexuais em ojas, fulgor e força criadora do espírito e o fazem sem dar publicidade ao fato e sem qualquer violência contra a natureza. Eles não frustram ou recalcam a função sexual que, para eles, já deixou de ser uma necessidade. Sua renúncia é resultado de maturação espiritual e, por seu turno, concorre para maior evolução.

No entanto, pode-se fazer o sexo e gozar de seus prazeres, procriando, em estado de pureza, com castidade. Para os casados, a castidade (brahmacharya) consiste em não corromper a cópula, transformando-a em divertimento excitante do qual a luxúria expulsou o amor.

O sexo é um fenômeno holístico, comportando vários patamares ou níveis do ser. O amor conjugal verdadeiro e santo, começa pela união do espírito e termina no nível genital. Quando somente o último existe, estamos diante da anomalia, que nunca deixou de gerar decepção, desencanto, ciúme e até crimes passionais.

A segunda atitude extremada em relação ao sexo é exatamente o abuso. É expressão de uma forma de primitivismo ou desequilíbrio psíquico, que costumo chamar genitolatria, isto é, a busca desenfreada, inconsequente de prazeres apenas genitais, sem qualquer participação dos níveis mais sutis e refinados do amor. O disvirtuamento, a exacerbação, a aberração da função sexual, é doença e requer tratamento, e, infelizmente, tão frequente, que chega a ser normal. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 235/236)
www.record.com.br


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A RELAÇÃO COM O MUNDO DOS OBJETOS

"Como é sua relação com o mundo dos objetos, com as inúmeras coisas que o cercam e que você usa diariamente? A cadeira onde você senta, o carro que dirige, a xícara onde toma seu café? Como é que você os vê e sente? Eles são apenas um meio para atingir alguma coisa, ou, de vez em quando, você reconhece a existência deles, o ser deles, e lhes dá atenção, mesmo que por pouco tempo?

Quando você se apega aos objetos, quando você os usa para valorizar-se ante os outros e aos seus próprios olhos, a preocupação com os objetos pode dominar toda a sua vida. Quando se identifica com as coisas, você não as aprecia pelo que são, pois está se vendo nelas.

Quando você aprecia um objeto pelo que ele é, quando toma conhecimento da existência dele sem fazer qualquer projeção mental, você se sente grato por ele existir. Pode também sentir que ele não é um objeto inanimado, apesar de parecer assim para nossos cinco sentidos. Os cientistas comprovam que, a nível molecular, cada objeto é um campo de energia pulsante.

Se você desenvolve uma apreciação pelo reino das coisas desprendida do ego, o mundo à sua volta adquire vida de uma forma que você não é capaz sequer de imaginar com a mente."

(Eckart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 62)

sábado, 8 de novembro de 2014

DESCEMOS DO INFINITO PARA O FINITO

"Descemos do infinito para o finito. Ioga é retirar a atenção das coisas externas, para focalizá-la na forma interna da Verdade. Só desse modo podemos descobrir como Deus condensou Sua consciência nas inúmeras formas finitas das criaturas e dos universos habitados. O corpo humano é a mais complexa de todas as criações de Deus. Uma única célula original - união do espermatozóide com o óvulo - divide-se e, pela multiplicação deste processo, acumula trilhões de células ao seu redor, criando o templo corporal que abriga a consciência divina de nossa alma.

Você não pode imaginar quanta energia encerra até mesmo um simples grama de carne. Sua liberação projetaria incontáveis elétrons pelo corpo afora. O poder e a extensão da consciência residente no corpo estão além da compreensão humana. Embora externamente sejamos feitos de carne, ocultas sob as células grosseiras estão correntes elétricas, correntes vitais. E por trás dessas energias sutis estão os pensamentos e as percepções. 

O pensamento é inesgotável. Desde o princípio do mundo, pensamentos em quantidades inimagináveis cruzaram o éter. Não se pode nem começar a contá-los, mas é possível ter alguma ideia, se refletir sobre o número de pensamentos e sentimentos que você expressa no decorrer da vida. Milhões! Procure lembrar-se de tudo o que pensou em apenas um ano ou até um um dia. Considere o acúmulo dos pensamentos de todos os seres humanos, desde eras imemoriais. Deus conhece todos eles!

A mente nem sequer pode medir os fenômenos sutis da natureza. Quantos elétrons agitam-se na eletricidade que traz luz às lâmpadas desta capela? Trilhões, dançando juntos, formam a luz que vocês veem. Essas particulas ultramicroscópicas movem-se a uma velocidade equivalente a viajar daqui a Nova Iorque, ou a qualquer outra parte do mundo, em poucos segundos. 

Na tentativa de calcular quantos prótons e elétrons estão condensados em nosso planeta, a mente só consegue ir até certo ponto. O que se revela à mente inquiridora parece infinito, mas há um ponto além do qual as ideias ficam demasiado sutis para serem seguidas. Dessa esfera em que o raciocínio não pode penetrar, Deus emite Sua Luz essencial - a Vibração Cósmica Inteligente que estrutura a criação finita."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 23/24)

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A IMPORTÂNCIA DOS MANTRAS (1ª PARTE)

"Swami Muktananda costuma contar uma história sobre um santo que uma vez estava fazendo um discurso sobre mantras. Um homem na platéia levantou-se e disse: 'Que bobagem é essa de mantra? Quem pode perder tempo repetindo a mesma palavra várias e várias vezes? O senhor acha que se repetir 'pão, pão, pão' isso irá encher a sua barriga?'

O santo pulou da sua almofada. Apontou o dedo para o homem e gritou: 'Cale-se e sente-se, seu estúpido!' O homem ficou furioso. Seu rosto avermelhou e todo o seu corpo começou a tremer de raiva. Explodiu dizendo: 'O senhor se diz um homem santo e usa um termo desses para se dirigir a mim?' O santo respondeu com humildade: 'Mas, senhor, não compreendo. Você ouviu ser chamado de estúpido somente uma vez, e veja como isso o afetou, mas acha que a nossa repetição do nome do Senhor por várias e várias horas não nos beneficiará.'

A história de Muktananda está relacionada a um dos níveis nos quais o mantra nos afeta - um nível no qual o efeito está ligado ao significado do nome ou frases sagradas. Em outras palavras, está ligado à nossa associação com as palavras. Mas, além de qualquer imagem que nos seja lembrada, o som do mantra exerce o seu próprio efeito sobre nós. É como se existissem planos de realidade que possuíssem os seus próprios sons, suas próprias vibrações e nós repetimos o mantra para nos harmonizarmos com esses planos conciliando as nossas próprias vibrações com as deles através da repetição do som do mantra. Esse som, ou shabdh, é basicamente um som espiritual e não físico - da mesma forma que os chakras não são órgãos físicos, mas locais espirituais de várias formas de energia do corpo. A prática do shabdh yoga é um caminho para trabalhar com o som interior.

Muitos livros sagrados, em várias tradições, ligaram o som à criação de toda a forma. No hinduísmo, diz-se que o Om é o som-raiz do universo, a semente ou sílaba bija que se manifesta como criação. E encontramos na Bíblia: 'No início havia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus, e o Verbo se fez carne.' Podemos imaginar o ato da criação ocorrendo dessa forma: o sem-forma se transforma por meio do plano causal em ideia, que já é um som sutil, um som tanto de palavras como de imagens; e depois ele parte dali para sons cada vez mais densos, incluindo, finalmente, nossos corpos, que são na verdade uma forma de vibração densa. (Eles possuem um som, embora não possamos ouvi-lo). (...)'

(Ram Dass - Caminhos para Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 152/153)
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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O PODER DOS PENSAMENTOS (1ª PARTE)

"O pensamento é uma força que molda a si mesma para se tornar uma entidade ativa. Ele sobrevive por um período mais longo ou mais curto, dependendo da intensidade do pensamento e da paixão que o animam. Se os pensamentos forem repetidos, uma energia renovada é adiconada à forma que havia sido criada. Como resultado, cada pessoa vive em meio a um mundo de entidades-pensamento autocriadas, um pequeno mundo de influências. Assim criamos um karma e nos tornamos responsáveis por muito mais do que nossas vidas pessoais. 

Lembre-se de que o pecado e a vergonha do mundo são o seu pecado e a sua vergonha. Você é parte do mundo; o seu karma está interligado ao grande karma

As pessoas sensitivas podem perceber a atmosfera de pensamentos ao redor de uma outra pessoa ou de uma localidade, e às vezes são atraídas ou perturbadas por aquilo com que entram em contato. Nas culturas onde a 'magia' não é considerada tolice nem fantasia, algumas pessoas buscam ajuda quando são perturbadas pelo que lhes parece ser uma 'força ruim' na vizinhança, ou pela sensação de uma ameaça distante. Elas não compreendem que o auxílio mais potente está na pureza de seus próprios pensamentos.

'Toma para ti toda a armadura de Deus; que possas ser capaz de ficar de pé quando o dia do malefício chegar' (Efes. 6.13). Aquele cuja armadura é a pureza e a luz não apenas está protegido contra as influências maléficas, mas também está equipado para dispersá-las, pois a armadura de Deus é a armadura da luz, e a luz dispersa as trevas pela sua simples presença. A maior proteção em qualquer situação e a qualquer tempo, contra qualquer dano à alma (não necessariamente ao corpo) é a atmosfera que cada pessoa cria por meio de intenções e pensamentos puros. (...)"

(Radha Burnier - O poder dos pensamentos - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 05/06)

                                                                      

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

ENERGIA

"Um talento imensamente importante é a energia que Deus investiu em nós.

Todas as funções fisiológicas e psicológicas não se fazem sem uma preciosa energia divina. Ela assume dois aspectos principais: energia biológica, que mantém a vida; energia criativa, que nos possibilita criar pelo sexo, pela mente, pela emoção, pela palavra, pelo espírito.

Recebemos de Deus uma dotação de energia, para que nos mantenhamos sadios, vivos e criativos. Quando morremos é porque a energia chegou ao fim. É como uma lamparina que se apaga porque consumiu o combustível todo.

Já dá para ver o quanto é importante aprender a economizar, utilizar, canalizar, finalmente administrar a energia que Deus investiu em nós.

A propósito, você tem até agora cometido erros neste sentido? Ou, como bom administrador, tem sublimado sua energia e dignificado sua utilização?

Que nunca venha eu a desperdiçar ou rebaixar a divina energia que é minha vida."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 58)

CAMINHO DO MEIO (PARTE FINAL)

"(...) Vossos corpos são energia. Energia em vários graus, que vão do sutil ao denso. As energias sutis são captadas por vós constantemente, pois elas estão à vossa volta. Elas podem vir do Cosmo, do Sol, da Lua, das estrelas... Sem elas, não poderíeis sobreviver pois elas alimentam vossos corpos sutis. Assim como necessitais, ainda da alimentação sólida que gera energia densa para manter vosso corpo físico, da mesma forma vossos corpos sutis se alimentam das energias sutis. Trata-se, ainda, de um processo completamente mecânico e inconsciente para a grande maioria da humanidade. Os vossos chacras principais são sete. Com o despertar dos novos chacras, que estão sendo desenvolvidos há algum tempo na humanidade, eles passarão de dez. Além dos principais, existem os chacras complementares e os complementares dos complementares..., e assim por diante. Trata-se de milhares de centros energéticos espalhados por todo o vosso corpo físico-etérico que vão, desde a sola dos pés até o alto da cabeça. Estais em contato permanete com as energias da terra, do ar, da água, do cosmos, do Sol, da Lua e das estrelas. Querendo ou não, percebendo ou não, absorveis essas energiais que atuam em áreas e setores específicos de vosso corpo. Muitas transformações estão ocorrendo na parte energética da humanidade e alguns, os mais sensíveis, sentem certo 'mal-estar' quando estas partes são estimuladas. O mal-estar passa quando esses centros energéticos encontram o equilíbrio e a harmonia. Muitas pessoas sentem dores de cabeça, problemas gastro-intestinais, dores na nuca e nas costas. Muitas vezes, este é um problema energético que os médicos não conseguem diagnosticar. Para que esses centros entrem em harmonia, é preciso que o corpo físico se sutilize entrando em sintonia com esses centros energéticos. Muitos seres humanos vêm mudando os hábitos alimentares e de vida, o que facilita a adaptação. Deveis seguir sempre a vossa intuição. Ela é a voz do coração, da Alma. Aprendendo a seguir vossos impulsos internos estareis vos ajudando muito.

O melhor Mestre para ti é ti mesma. Ouve e procura perceber mais a voz do coração. Isso é mais fácil do que parece, mas tens a tendência para complicar tudo... A solução está tão perto de ti... Na realidade, está dentro de ti, e teimas em não querer ver, em não querer ouvir..." 

( M. Stella Lecocq - Mensagens dos Mestres de Coração a Coração - Ed. Roka, São Paulo, 2000 - p. 128/131)
www.editoraroca.com.br


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

CAMINHO DO MEIO (1ª PARTE)

"Mestre, como devo utilizar minhas energias de modo a equilibrá-las e não desperdiçá-las? O que é o Caminho do Meio? 

A resposta seria uma boa aula...

Antes de mais nada, tendes de conhecer vossas energias, vossas potencialidades, vossos centros energéticos e de força. Sois como uma usina onde energias são transformadas, criadas e novamente transformadas. Isto ocorre o tempo todo! Até durante o vosso sono físico essa 'usina' não para. Deveis ter consciência de que, a partir do momento que tiverdes uma certa consciência dessas energias, será vossa a responsabilidade de como agireis com elas. Quando o ser humano não tem noção da existência destas energias, elas são 'fabricadas' num processo também inconsciente e alimentam o corpo humano nas suas necessidades primordiais. Digamos que a usina funcione automaticamente, fabricando e transformando as energias essenciais para que o ser humano tenha vida, pense, fale, ande, enfim, para que ele continue seu caminho até o dia em que, por si só, descubra quem é e as suas potencialidades internas, passando então a trabalhar e a dominar essas energias que até então funcionaram e se transformaram automaticamente.

Por isso, repito, é de suma importância que entendas que o fato de teres conhecimentos aumentará a tua responsabilidade contigo e com as consequências que poderão ocorrer, caso não ordenes e manipules tua energias com seriedade e responsabilidade. Acho que já tens a possibilidade de conhecer a ti mesma, inclusive teu campo energético. Porém a responsabilidade de passar estes conhecimentos é tua. Que cada um busque as respostas como tu o fizeste.(...)"

( M. Stella Lecocq - Mensagens dos Mestres de Coração a Coração - Ed. Roka, São Paulo, 2000 - p. 126/128)
www.editoraroca.com.br


sexta-feira, 18 de julho de 2014

USANDO TODA NOSSA NATUREZA

"Cada aspecto de nossa natureza, tanto o bem quanto o mal, é exigido para a tarefa à nossa frente. Tal como o redirecionamento de energia, todos os elementos dentro de nós devem ser transformados. Tanto os vícios quanto as virtudes, dizem-nos, são ‘passos (que) compõem a escada’ por meio da qual ascendemos ao mais elevado. Como diz o comentário: ‘Toda a natureza do homem deve ser usada sabiamente por aquele que deseja entrar no caminho’.

Um comentário assim devem ajudar-nos a compreender que não devemos reprimir ou suprimir qualquer aspecto de nossa natureza que possa ser indesejável. Pelo contrário, devemos trazer toda nossa natureza, inclusive o complexo psicofísico, a personalidade, sob uma certa condição. Não podemos negligenciar qualquer aspecto de nós mesmos sem, de alguma maneira, ferir o todo. É toda a natureza que deve ser usada, e usada sabiamente para o propósito que temos em vista. A repressão desses aspectos, particularmente de pensamentos e sentimentos que não queremos reconhecer como pertencentes a nós, só pode resultar em feridas dolorosas nos reinos kama-manásico, ou mental-emocional, ou psicodinâmico. E chagas purulentas conseguem apenas eclodir em violentos surtos de doença psíquica e até mesmo física.

Temos de perguntar a nós mesmos como podemos usar cada aspecto nosso na busca do caminho. Demos a esse caminho o nome de caminho para a iluminação, ou para a autorrealização, para a libertação da roda de nascimentos e mortes; mas, mesmo definir o caminho que nos mandam buscar, poderia indicar algum vestígio de autointeresse, um laivo de egoísmo em nossa busca. Nossa meta pode muito bem estar além da denominação, ou daquilo que imaginamos ser iluminação. Como podemos definir com palavras uma condição de consciência com a qual estamos, no nosso atual estágio, totalmente desfamiliarizados? Talvez isso possa ser melhor expresso nas palavras da anotação: devemos ‘tentar aliviar um pouco o pesado karma do mundo’, dando a nossa ‘ajuda aos poucos braços fortes que evitam que os poderes das trevas obtenham vitória completa’."

(Joy Mills - Buscai o caminho - Revista Theosophia, Ano 100, Julho/Agosto/Setembro de 2011 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 46/47).


quarta-feira, 16 de julho de 2014

PRATIQUE O EQUILÍBRIO DAS ENERGIAS

"(4:22) Está livre do karma quem aceita tranquilamente o inesperado; tem ânimo firme e não se deixa afetar pela dualidade; não nutre inveja, ciúme ou animosidade; e (finalmente) vê com iguais olhos o sucesso e o fracasso.

Embora já tenhamos abordado esse assunto, convém reexaminar aqui de passagem o caso oposto: a pessoa que se deixa abalar pelos imprevistos; que está sempre saltitante de alegria ou murcha de desapontamento; que se rói de inveja, ciúme e ódio; enfim, que se rejubila com o sucesso e se sente emocionalmente devastada pelo fracasso. Gozarão pessoas assim, alguma vez, de paz de espírito? E para quem não frui a paz interior, como disse Krishna em outra estrofe, a felicidade será possível? O que, em geral, passa por felicidade na mente mundana é mera excitação emocional ou (às vezes) o alívio temporário de alguma causa de transtorno e sofrimento. A excitação leva ao medo, à dúvida, à incerteza. O alívio passageiro provoca, não contentamento, mas quase sempre enfado e apatia.

As pessoas, é interessante notar, revelam automaticamente, com gestos, o modo como a energia está fluindo por seu corpo. Quando excitadas, dão saltos, o que se deve ao movimento ascendente no ida nadi da espinha. E que dizer das crianças pequenas, muito pouco inclinadas a controlar seus acessos de emoção? Elas revelam o movimento descendente da energia na espinha, ao longo do pingala nadi, deixando cair os braços, estacando, batendo os pés e entrecortando a respiração com grandes gritos - às vezes mesmo rolando pelo chão e esmurrando-o. Todos esses gestos indicam a direção, para baixo, de sua energia.

A satisfação, em si, é uma virtude e não apenas uma consequência. Deve ser praticada conscientemente. Convém dizer a nós mesmos: 'Não preciso de nada! Não preciso de ninguém! Sou livre em meu Eu!"

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramahansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 194/195)


domingo, 29 de junho de 2014

OS CICLOS DO UNIVERSO FÍSICO

"Segundo a ciência ocidental, o Universo se expandiu a partir de um centro infinitamente concentrado de energia, dando origem ao que chamaram de 'Big Bang'. Tal ideia não está distante daquilo que os rishis nos ensinaram. Mas à medida que este Universo físico se expande, um dia, iniciará o processo inverso, caindo novamente no grande vazio ou na grande concentração de massa. Após nova idade de Brahma (314 trilhões de anos), ele retorna do Absoluto em ciclos intermináveis de nascimento, morte e renascimento.

- Tudo isso é semelhante ao que ocorre no coração, suas sístoles e diástoles.

Mas o que nos parece deprimente, é, em realidade, uma grande diversão do Espírito. Lembrem-se de que os tais nascimento, mortes e renascimentos de Brahma (o próprio Universo) que duram tantos trilhões de anos terrestres, constituem as bolhas de sabão lançadas no ar pela criança divina. Na verdade, não há morte, nem nascimento, e nem renascimento, pois tudo é parte de Seu grande sonho das idades.

- Os Universos são paradoxalmente reais e oníricos. Para aqueles que despertaram no Espírito, tudo é um sonho de Deus. Eles observam tais ciclos do lado de fora. Já não estão presos à dança de vida e morte, pois são vencedores. Para nós que ainda estamos do lado de cá, tudo parece muito real e desanimador, mas para eles, nossos irmãos mais velhos, tudo é apenas uma questão de 'despertar'.

- E eles nos dizem: 'Despertem! Despertem dessa ilusão do tempo e do espaço. Venham conosco desfrutar da eternidade onde as relatividades do mundo se dissolveram na alegria interminável do Espírito. Enquanto dormem, Shiva dança Suas danças de vida e morte, mas se despertarem, verão que tudo não passou de um sonho, um pesadelo, e que a realidade e os prazeres em Deus são imensamente maiores que no limitado reino da matéria'."

(Alexandre Campelo - O Encantador de Pessoas - Chiado Editora, 2012 - p. 137)


segunda-feira, 2 de junho de 2014

AMOR - A RESPOSTA SUPREMA

"O amor é a resposta suprema. O amor não é uma abstração, e sim energia verdadeira, ou uma gama de energias que você pode 'criar' e manter em seu ser. Simplesmente aja com amor. Você começará a tocar Deus dentro de si mesmo. Sinta-se amoroso. Dê expressão ao seu amor.

O amor dissolve o medo. Não se pode ter medo quando se sente amor. Uma vez que tudo é energia e o amor abrange todas as energias, tudo é amor. Este é um forte indício da natureza de Deus.

A pessoa que tem amor e é isenta de medos, é capaz de perdoar. É capaz de perdoar aos outros e a si mesma. Passa a se ver na perspectiva correta. Culpa e rancor são reflexos do mesmo medo. O sentimento de culpa é um rancor mais sutil dirigido para dentro. O perdão dissolve a culpa e o rancor, que são emoções desnecessárias e danosas. Perdoe. Perdoar é um ato de amor.

O orgulho pode ser um empecilho para o perdão. O orgulho é uma das manifestações do ego. O ego é uma personalidade transitória e falsa. Você não é o seu corpo. Não é o seu intelecto. Não é o seu ego. É maior do que tudo isso. Você precisa do ego para sobreviver no mundo tridimensional, mas precisa somente daquela parte do ego que processa informações. O resto - orgulho, arrogância, defensividade, medo - é mais do que inútil. O resto do ego nos separa da sabedoria, da alegria e de Deus. Você deve transcender o seu ego e descobrir o seu verdadeiro ser. O verdadeiro ser é a parte permanente, a parte mais profunda de você. É sábia, amorosa, segura e cheia de alegria.

O intelecto é importante no mundo tridimensional, mas a intuição é mais importante."

( Brian Weiss - Só o Amor é Real - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1996 - p. 87)
www.esextante.com.br