"O homem é quase sempre o obreiro da
sua própria infelicidade. Praticando a lei de Deus, a muitos males se forrará e
proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o comporte a sua
existência grosseira."
As paixões
grosseiras que predominam em a natureza humana decorrem das experiências
transatas que ainda não foram superadas.
São
responsáveis pelos arrastamentos ao mal, em razão do primarismo de que se
revestem, não se permitindo ser contrariadas nos seus impulsos e sentimentos
servis.
Estimuladas
pelo egoísmo doentio, desbordam em agressividade e cinismo que agridem,
inicialmente, o próprio indivíduo que as cultiva, para logo depois atingir o
grupo social no qual esse se encontra.
Radicando-se
nos instintos mais imperiosos, quais sejam a reprodução mediante os impulsos
sexuais, a nutrição por meio do alimento, e o repouso, por cuja maneira refaz
as forças gastas, somente a grande esforço cedem lugar aos sentimentos e à
razão que os devem comandar, orientando-os para a preservação da existência,
porém não agressivamente nem de forma angustiante.
É inevitável o
desenvolvimento moral do ser humano.
Etapa a etapa,
desenvolvem-se os gérmens do amor nele existente, que se irão assenhoreando dos
departamentos do instinto em predomínio, para que o raciocínio e a emoção
exerçam o seu papel no desenvolvimento dos tesouros morais adormecidos.