OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

SUBMETA À PROVA O PODER DE SUAS ORAÇÕES

"Algumas pessoas talvez protestem, dizendo: ‘Sei que minhas orações são respondidas, porque ouço Deus falando comigo. A resposta Dele a minhas orações me foi demonstrada.’ A questão é: tem certeza de que suas orações realmente chegaram a Deus e de que Ele respondeu a elas conscientemente? Qual é a prova disso? Imagine que você tenha orado para ser curado e ficou bom. Sabe você se a cura se deveu a causas naturais, ou aos remédios, ou à orações, suas e dos outros, que atraíram o auxílio de Deus? Às vezes não há relação causal entre a oração e a cura. Você poderia ter sido curado mesmo que não orasse. Eis a razão por que deveríamos descobrir se podemos empregar a lei de causa e efeito cientificamente por meio da oração. Os sábios da Índia descobriram que Deus responde à lei. Os que experimentaram essa resposta disseram que ela pode ser posta à prova e experimentada por todos aqueles que se ajustem à lei.

Se os cientistas se reunissem e apenas orassem por invenções, será que eles as obteriam? Não. Eles têm de aplicar as leis de Deus. Assim, como pode um templo ou uma igreja lhe trazer Deus apenas pela oração cega ou pelo cerimonial?

Deus não pode ser ‘subornado’ por oferendas ou penitências ou cerimônias especiais para mudar Sua lei arbitrariamente; tampouco reage Ele à oração cega, ou age com parcialidade. Ele só pode ser movido pela cooperação do homem com a lei e pelo amor: o amor é lei. Se foi o homem quem, indefinidamente, fechou as janelas da vida aos raios de saúde, poder e sabedoria de Deus, é o homem quem precisa fazer o esforço para reabrir essas janelas e deixar que entre a luz curativa do Senhor, que é dada livremente e está esperando para ser admitida.

Precisamos pensar, meditar, afirmar, crer e perceber todos os dias que somos filhos de Deus... e agir de acordo com isso! Pode levar tempo para alcançarmos essa percepção, mas precisamos começar com o método correto, em vez de fazermos apostas na mendicância anticientífica das preces e, em consequência, ficarmos sujeitos à descrença, às dúvidas ou à trapaça da superstição. Só quando o sonolento ego se percebe não como um corpo, mas como uma alma livre, ou filho de Deus, que reside no corpo e opera por meio dele, é que pode, de acordo com a lei e com o que é correto, exigir seus direitos divinos."

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – p. 31/33)


POR QUE NÃO NOS LEMBRAMOS DE VIDAS PASSADAS? (1ª PARTE)

"A curta resposta para a pergunta ‘Por que não nos lembramos de vidas passadas?’ é que em cada vida adquirimos uma nova personalidade. Esta resposta parece ser correta para a maioria das pessoas e para a maioria das encarnações, mas não deve ser aceita como a resposta completa porque existem exceções que iremos considerar a seguir.

Em cada caso, quando se faz a pergunta ‘Por que não nos lembramos de vidas passadas?”, aquele que faz a pergunta é o ‘eu’, centrado na personalidade. Este ‘eu’ é a individualidade (Alma ou Eu superior) que existe ininterruptamente ao longo de todo o processo de reencarnação. A personalidade não reencarna; está intimamente ligada ao corpo e é na verdade, construída pelas impressões sensoriais, os pensamentos e sentimentos experienciados naquele corpo; portanto, ela se desenvolve com o novo corpo. Esta nova personalidade não experienciou nenhuma vida passada e (consequentemente) não pode lembrar-se de nenhuma parte dessas vidas.

H. P. Blavatsky em A chave para a Teosofia esclareceu isto. ‘Reencarnação significa que cada Ego (individualidade reencarnante, e não a personalidade) estará equipado com um novo corpo, um novo cérebro e uma nova memória’. Ela e outros investigadores disseram que a memória detalhada de vidas passadas existe, e que pode ser contatada no nível da individualidade reencarnante; mas somente de maneira ocasional esta memória chega à consciência da personalidade. Talvez seja melhor assim, porque existe evidência de que a nítida memória de vidas passadas pode ser psicologicamente devastadora. A maioria de nós tem preocupações demais nesta vida, sem ter de carregar o fardo de memórias confusas de estresses servis e emocionais experienciados em vidas prévias. (...)"

(Jack Patterson - Por que não nos lembramos de vidas Passadas? - TheoSophia, Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 97, Julho/Agosto/Setembro de 2008 - p. 42)


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A JORNADA DA ALMA

"Se nos fosse possível colocar-nos, em pensamento, num centro do espaço, do qual pudéssemos ver o curso da evolução, e estudar a história da nossa cadeia de mundos, tal como podem ser vistos pela imaginação mais do que pelo aspecto que apresentam, poderíamos interpretar o todo num quadro. Vejo uma grande montanha situada no espaço, com um caminho que vai girando em torno dela até atingir seu ápice. As voltas que esse caminho dá até atingir seu ápice. As voltas que esse caminho dá são sete, e em cada volta há sete estações onde os peregrinos ficam durante algum tempo. Dentro dessas estações eles têm de subir, volta por volta. Quando traçamos o caminho que sobe por aquela trilha em espiral, vemos que ele termina no topo da montanha, e leva a um majestoso Templo, como que feito de mármore, de uma brancura radiante, e que ali se ergue, cintilando contra o azul etéreo.

Esse Templo é a meta da peregrinação, e os que estão no seu interior terminaram o seu percurso – no que se refere à montanha – e ali permanecem apenas para auxiliar os que ainda estão subindo. Se observarmos o Templo mais atentamente, constataremos, ao tentar ver a sua construção, que ele tem, ao centro, um Santo dos santos. Em torno desse centro estão os quatro Pátios, circundando o Santo dos Santos como círculos concêntricos. Todos estão dentro do Templo.(...)

Olhando para o Templo e para os Pátios, e para o caminho que sobe em espiral pela montanha, vemos esse quadro da evolução humana e a trilha ao longo da qual a raça está caminhando, bem como o Templo, que é a sua meta. Ao longo daquele caminho que dá voltas à montanha, vasta massa de seres humanos vai de fato subindo, mas subindo vagarosamente, passo por passo. Às vezes, tem-se a impressão de que cada passo para a frente corresponde a um passo para trás, e embora a tendência de toda aquela massa seja para subir, a ascensão é tão lenta que os passos mal se fazem perceptíveis. Esta evolução eônia da raça, subindo sempre, parece tão lenta, extenuante e dolorosa que nos perguntamos como podem os peregrinos ter ânimo para subir durante tanto tempo. Dando voltas à montanha, milhões de anos o peregrino segue. Enquanto ele caminha por ali durante esses milhões de anos, uma infindável sucessão de vidas parece passar, todas despendidas na subida. Cansamo-nos só de observar as imensas multidões subindo tão lentamente, caminhando, volta por volta, na escalada daquela estrada em espiral. Observando-as, indagamo-nos: ‘Por que sobem com tanto vagar? Por que esses milhões de homens empreendem uma viagem tão longa? Por que se esforçam por alcançar aquele Templo situado lá no ápice?’ (...)

Olhando assim para eles, nosso coração sente-se fatigado com aquela subida, e ficamos a pensar por que não erguem os olhos e entendem em que direção seu caminho os está levando."

(Annie Besant - Do Recinto Interno ao Santuário Externo - p. 01/02)


OS MODOS OPOSTOS DE CONSCIÊNCIA MATERIAL E ESPIRITUAL (PARTE FINAL)

"(...) A consciência material é agressiva, enquanto a espiritual convive bem com todos. Esforce-se para ser bom, e verá que sua influência sobre os outros será automaticamente boa. Isto é consciência espiritual. Seja gentil em pensamento e palavra. Desde pequeno jamais fui grosseira intencionalmente. E também não seja crítico. Em geral, quem critica os demais guarda ressentimentos. Jesus disse: 'Não julgueis para que não sejais julgados'.² Se você quer julgar alguém, julgue a si mesmo. Se quer falar dos defeitos dos outros, fale de seus próprios. Em seu coração, tenha apenas amor pelo próximo. Quanto mais vir o bem nos outros, mais estabelecerá o bem em você mesmo. Mantenha-se na consciência do bem. Para tornar as pessoas boas, devemos ver o bem nelas. Não as censure. Permeneça calmo e sereno, sempre no comando de si mesmo: então descobrirá como é fácil viver em harmonia com o próximo. 

Sou otimista no que diz respeito às pessoas, porque eu as amo. Quando amamos a todos, vemos Deus em todos. Quando você sabe que cada um é uma expressão de Deus, zangar-se ou ser descortês com alguém é como fazer o mesmo com Deus. Quando você se zanga, é mau ou impiedoso, coloca uma venda entre sua alma e a dos outros.

Arrogância e insolência também são características não espirituais, nascidas de um complexo de inferioridade. (...) O insolente faz propaganda da limitação de seu conhecimento e também da sua falta de educação. Se deseja impressionar os outros de modo favorável, por que proclamar sua inferioridade com demonstração de insolência e de arrogância? Isso apenas demonstra um temperamento descontrolado, além da falta de boas maneiras e de inteligência. A insolência e a arrogância são formas de ignorância - hábitos não espirituais em estado primitivo."

² Mateus 7:1.

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 93/94)


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

RETO DISCERNIMENTO

"9 - E pela prática do reto discernimento alcançado na senda do Yoga, ele salva a alma - a alma afogada no mar da existência condicionada [samsãra].

COMENTÁRIO - A alma está afogada, impregnada, imersa, contaminada pelo condicionamento resultante do processo de vir-a-ser, do samsãra, como dizem os hindus. O Nirvana é a libertação desse processo, e só pode ser alcançado pelo correto discernimento. Discernir é perceber o erro, a ilusão, a ignorância que nos impede de perceber o que É, chamado por Jiddu Krishnamurti de 'presente ativo'. É a percepção do aqui e agora, do atemporal, do Eterno que está na 'caverna' do nosso coração, como dizem os místicos de todas as épocas e raças."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, 2011 - p. 18)