OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 16 de outubro de 2025

O QUE SE VÊ (PARTE FINAL)

"(...). Pouco a pouco, porém, vão os mortos se convencendo de que estão no outro lado da vida, e então se inquietam e desassossegam devido aos ensinamentos errôneos recebidos, pois não compreendem onde estão, nem o que lhes aconteceu, porque a sua situação não é a que esperavam, sob o ponto de vista ortodoxo. Sobre isto disse certa vez um falecido general inglês: 'Mas eu morri? Onde estou? Se isto é o céu, não vale tanto quanto eu pensava, e se é o inferno, é muito melhor do que eu acreditava.' Os erros ensinados na vida ocasionam graves inquietações e mesmo sofrimentos depois da morte, por culpa dos que persistem em ensinar no mundo fábulas estúpidas sobre vãos espantalhos, em vez de recorrerem ao raciocínio e ao bom senso. A desleal e blasfema doutrina do inferno ígneo tem causado mais mal do que imaginam seus pregadores, não só neste mundo como também no outro. Hoje o desencarnado tem a possibilidade de encontrar outros também desencarnados, porém melhor instruídos, que lhe ensinam a abandonar todo temor por uma vida tão lógica e racional no novo mundo quanto a que tiveram na terra.

Gradualmente começará a ver ali muita novidade e novos aspectos complementares do que já conhecia, porque no mundo astral os pensamentos e desejos tomam forma visível, constituída em sua maioria de matéria mais sutil desse plano. Conforme transcorre a vida astral, aquelas formas adquirem maior relevo, porque as vão atraindo para si com força cada vez maior. O Ego emprega o primeiro período de sua encarnação em fundir-se na matéria, e o segundo, em desprender-se dela com os resultados de sua ação.

Conforme dissemos, mesmo durante a vida física o homem pode elevar seus pensamentos e retirá-los cada vez mais das coisas terrenas, até que chegue a hora de abandoná-las com o corpo denso. Então começa sua vida astral, porém continua o processo de eliminação cujo resultado é que, segundo passa o tempo, afasta cada vez mais sua atenção da ínfima matéria astral que constitui as imagens dos objetos físicos, e a converte à sutil matéria constitutiva das formas de pensamento, tais como aparecem no plano astral. Desta forma se habitua a viver num ambiente mental e desaparece de sua vista a imagem do mundo físico, não porque ele tenha mudado de lugar no espaço, e sim, porque o seu interesse muda de centro. Todavia seus desejos subsistem expressos nas formas circundantes, e da índole destes desejos dependerá a felicidade ou o infortúnio de sua existência astral.

O estudo desta vida suprafísica nos mostra, com toda a clareza, a razão de muitos preceitos morais. A maior parte dos homens reconhece a maldade das faltas que prejudicam materialmente o próximo; porém admiram-se de que também se tenha por maldade sentir inveja, ódio ou ambição, embora não concretizem estes pensamentos ou sentimentos em palavras ou ações. Um olhar ao mundo astral nos mostra como semelhantes sentimentos prejudicam o homem que os alimenta, e lhe causam agudos sofrimentos depois da morte. Compreenderemos muito melhor esta verdade, se examinarmos alguns casos da vida astral e observarmos suas características principais."

C. W. Leadbeater, O que há além da morte, Editora Pensamento, São Paulo, SP, p.81/82.
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terça-feira, 14 de outubro de 2025

O QUE SE VÊ (1ª PARTE)

"O que é que vemos primeiramente ao observarmos este novo mundo? Supondo que um de nós transferisse sua consciência ao plano astral, que mudanças lhe chamariam primeiro a atenção? De momento perceberia pouca diferença e poderia supor estar vendo a mesma coisa que anteriormente. Expliquemos o porquê, embora parcialmente, já que a explicação completa requereria um tratado sobre a física astral. Assim como a matéria terrestre apresenta três estados: sólido, líquido e gasoso, cujas condições são diferentes, assim também há diferentes graus, densidades e condições de matéria astral, análogas e correspondentes aos seus similares da matéria física.

Portanto, o indivíduo consciente no plano astral continuaria vendo as paredes e os móveis de seu aposento, porque, embora a matéria física de que estão formados já não seria visível para ele, a matéria astral mais densa delinearia alguns objetos de tal modo que perceberia sua configuração tão claramente como antes. Se examinasse o objeto de perto, veria nos móveis as suas moléculas constitutivas cujo movimento é invisível no plano físico; porém como poucos moradores do plano astral observam de perto os objetos que os rodeiam, a maior parte dos mortos crê logo que não houve mudança de condições, pois vê os familiares aposentos de sua casa, as mesmas pessoas com as quais conviveu, porque o corpo astral destas últimas está ao alcance de sua nova percepção. Pouco a pouco nota as diferenças, e em seguida percebe que não mais sente dores nem fadigas. Quem pudesse compreender o que isto significa, vislumbraria a realidade da vida superior, pois como dar ideia da total falta de cansaço e dor a quem não tem nenhum momento de descanso nos afãs da vida e apenas recorda que está livre de ansiedade? Temos adulterado de tal modo, no Ocidente, a doutrina da imortalidade da alma, que com frequência os desencarnados continuam crentes de que estão vivos, porque ouvem, veem, pensam e sentem. As vezes acontece exclamarem: 'Mas se eu não morri! Estou tão vivo como sempre e sinto-me muito melhor do que antes.' Verdadeiramente continuam vivendo, e isso mesmo deveriam ter esperado se não houvessem sido ensinados erroneamente.

A consciência astral se consolida e define ao perceber que não pode mais falar com os parentes e amigos que está vendo, pois embora se comunique com eles, estes não a ouvem, e se lhes toca, não desperta neles sensação alguma. Então crê que está sonhando e que logo desperta, e algumas vezes (quando os da terra estão dormindo), seus parentes e amigos notam sua presença e lhe falam como em vida. (...)." (CONTINUA)

C. W. Leadbeater, O que há além da morte, Editora Pensamento, São Paulo, SP, p.79/81.
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quinta-feira, 9 de outubro de 2025

A REALIDADE DO INVISÍVEL

"Bem sabemos quão difícil deve ser para o comum das pessoas convencer-se da realidade daquilo que não podem ver com os olhos físicos. Não menos difícil é comprovarmos a insuficiência de nossa visão corporal, que nos impede de perceber que vivemos num vasto mundo, do qual só vemos a parte menor. No entanto, a mesma ciência nos mostra esta possibilidade ao descrever-nos os microscópicos mundos infinitamente pequenos, cuja existência ignoraríamos se tivéssemos de nos valer só dos sentidos corporais. E ainda nos diz que, apesar de sua pequenez, são de grande importância os micro-organismos, pois de seu conhecimento e de sua maneira de ser e atuar depende a conservação de nossa saúde e mesmo da própria vida.

Mas também temos os sentidos limitados em outra direção, porque tampouco podemos ver o ar que nos rodeia nem perceber sua existência, exceto pelo sentido do tato quando o agita o vento. No entanto, o ar é capaz de movimentar com sua violência as mais poderosas naves e derrubar os edifícios mais sólidos. Da mesma forma, poderosas forças nos rodeiam e escapam à parcial penetração de nossos sentidos; por isto devemos evitar o erro соmum de supor que só existe o que nossos olhos veem.

Oliver Lodge disse num discurso pronunciado em Birminghan sobre o tema: Nosso lugar no universo:

'Se o céu estivesse constantemente nublado, não teríamos definidos conhecimentos do sol, e o mesmo pode acontecer com outras coisas existentes no universo, que perceberíamos se nossos sentidos fossem mais penetrantes e nada nos perturbasse a vista. O que vemos e conhecemos é, com toda a probabilidade, uma parte mínima do que podemos  ver e conhecer.'

Estamos, por assim dizer, presos em uma torre cujas janelas são os sentidos, abertos apenas numa determinada direção e sem alcance algum nas demais; porém a clarividência, ou seja, a luz astral, nos abre um par de janelas adicionais que aumentam nossa visualidade e dilatam ante nós um novo e mais amplo mundo que também forma parte do outro, embora antes não pudéssemos conhecê-lo."

C. W. Leadbeater, O que há além da morte, Ed. Pensamento, São Paulo, SP, p.79.
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terça-feira, 7 de outubro de 2025

ACABOU O TEMPO

"Imagine: O tempo acabou, o juiz apitou. Fim de treino.

Com que nota você terminou essa partida? Com 6, 7 ou dez? Não importa. É com ela que você vai precisar ir à luta. Um novo jogo começou.

É com o que você aprendeu até aqui, que você terá que sobreviver e fazer algo. Não há mais tempo para a busca de perfeição. É agora ou já.

Imagine!

Essa percepção surgiu durante um papo com um amigo. Falávamos das necessidades do mundo. De todo lado vem gente pedindo socorro. Às vezes o pedido é desesperado. Às vezes é silencioso, não faz barulho aparente, mas é gritante. E aqueles que têm condições de ajudar e todos têm ainda ficam relutantes, pensando se são ou não capazes. Acham que sabem pouco, que precisam aprender mais etc. etc. Mas o pouco com Deus é muito. E nada do que fazemos, nós fazemos sozinhos. Quando damos o primeiro passo, as ajudas surgem, em forma de gente e inspiração.

Ação. É só isso que esperam de nós. Que façamos a nossa parte. Uma parte com outra parte forma uma parte maior. O Todo é a soma das partes.

Seja uma presença, não uma lacuna. E isso é tudo. Não importa quantos estejam juntos. O que conta é a qualidade, o compromisso, a disposição. E se somos todos imperfeitos, essa semelhança nos iguala.

O tempo acabou.

Um novo sonho começou.

É com esse que eu vou!

Vamos!

Somos todos luzes

Pequenos deuses

Jesuses.

Não espere receber do mundo aquilo que o mundo espera receber de você."

Fernando Mansur, Escrita Divina, Edição do Autor, 2017, p. 160.
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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

ANSIEDADE

"A reunião de todas as nossas ansiedades não poderá alterar nosso destino; somente nosso empenho, determinação e vontade no momento presente é que poderá transformá-lo para melhor.

Definimos comportamento como o conjunto de reações e condutas de um indivíduo em resposta a um estímulo. Em outras palavras, é a forma de ser, agir e reagir exclusiva de cada pessoa.

Nossas convicções íntimas é que determinam nossos comportamentos exteriores; portanto, reside em nós mesmos a influência que exercemos sobre as situações imediatas ou sobre as circunstâncias futuras de nossa vida. Nenhuma de nossas condutas ou atitudes manifestadas é livre de efeitos. Embora possa não ser notada no momento, futuramente será percebida e influenciará outros eventos em outras ocasiões.

O poder das crenças e dos pensamentos é fator impressionante nas ocorrências de nosso cotidiano.

Sabendo dessas verdades, não seria de vital importância que observássemos melhor nossos pensamentos habituais e analisássemos nossas crenças mais profundas? Não seria mais adequado verificarmos onde estamos pondo nosso poder de fé?

É frequente idealizarmos ansiosamente o nosso futuro. Atribuímos momentos felizes e expectativas irreais à nossa vida, encaixando-os em ocasiões especiais como a formatura, o casamento, os filhos, um bom emprego. Quase sempre, quando o fato se concretiza, ficamos por demais frustrados, pois a realidade nunca corresponde exatamente à nossa idealização precipitada.

A preocupação pode produzir ansiedade, levando-nos, a partir de então, a imaginar fatos catastróficos. Quando nos preocupamos com o futuro, não vivemos o agora e sofremos imensa imobilização, que toma conta do nosso presente, advinda de coisas que irão ou não acontecer no amanhã. A reunião de todas as nossas ansiedades não poderá alterar nosso destino; somente nosso empenho, determinação e vontade no momento presente é que poderá transformá-lo para melhor.

As situações calamitosas que imaginamos apenas se materializarão, se as dramatizarmos constantemente. Se imprimirmos com pensamentos trágicos os fatos e acontecimentos da vida, eles assumirão proporções que não tinham a princípio e, realmente, tornarão realidade. Criaturas trágicas atrairão certamente a tragédia.

Crer com firmeza que Deus nunca erra e sempre está se manifestando e se pronunciado em tudo e em todos será sempre um método feliz de se despreocupar. Crer que Ele está sempre disposto a nos prover de tudo o que necessitamos para nosso amadurecimento espiritual é o melhor antídoto contra a ansiedade e os excessos de imaginação dramática.

Deus é a 'Consciência do Universo', a 'Alma da Natureza' e a 'Harmonia das Forças Cósmicas'. As Entidades Benevolentes e Sábias que elaboraram os fundamentos da Doutrina Espírita responderam que: '(...) Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom (...) do vosso ponto de vista (...) porque credes abranger tudo.'

Acreditar que a vida é perfeita e que nada existe que não tenha uma razão de ser nos conduzirá sempre ao discernimento de que tudo está certo de maneira inequívoca e absoluta. Mesmo quando estamos iludidos pelos aspectos exteriores das coisas, pela falta de fé, pelos exageros de qualquer matiz, ainda assim a Vida Providencial nos levará a 'um só rebanho e um só Pastor'. 

Lembremo-nos, porém, de que a imaginação serve para criarmos quadros de alegria, beleza, progresso, amor. No entanto, se a estivermos usando para produzir tristeza, ansiedade, abandono, medo e desconfiança, o melhor a fazer é interromper o negativismo e mudar o estado mental.

Cada um transita pelo caminho certo, na hora exata, de acordo com seu estado evolutivo. Não há com que nos preocuparmos; tudo está absolutamente correto, porque todos estamos amparados pela sabedoria providencial das Leis Divinas." 

Extraído do livro "As dores da alma", de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova editora e distribuidora de livros espíritas, Catanduvas, SP, p. 149/151.
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