OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sexta-feira, 14 de abril de 2017

RUMO À TRANSFORMAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) Podemos ver a transformação como crescimento ou aumento. Podemos também vê-la como decréscimo. 'Aquele poder que o discípulo cobiçar é o que irá fazê-lo parecer como nada aos olhos dos homens' (Luz no Caminho). Temos apenas que renunciar àquilo que de fato é inferior, embora possa, externamente, parecer superior. Então, o verdadeiramente grande surge. 

Ele surge por si próprio, quando é chegada a hora. Se tentarmos forçá-lo a se antecipar, podemos ser guiados na direção oposta, rumo à supressão de algo que, mais cedo ou mais tarde, aparecerá novamente e causará dificuldades. Mas, quando há uma certa maturidade, não conseguimos fazer outra coisa senão nos derreter com grande alegria no interior do Um, que é o nosso verdadeiro ser. 

O conhecimento direto do terreno não pode ser obtido senão pela união, e a união só pode ser alcançada pelo aniquilamento do ego e da autoimportância, que é uma barreira separando o 'tu' do 'Aquilo' (A Sabedoria Perene, A. Huxley).

Só quando o novo dia tiver verdadeiramente raiado em nossos corações é que as novas praias poderão acenar. Esse novo dia é responsabilidade nossa. Descobriremos então que as novas praias não são diferentes do novo dia, que somos aquelas praias e que elas estiveram sempre presente, mas permaneceram invisíveis até que o novo dia raiasse em nós."

(Mary Anderson - Para alcançar um novo dia - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 30/31)


quinta-feira, 2 de março de 2017

O DESEJO É UM FOGO QUE QUEIMA COM ENORME FÚRIA

"Aceite o mundo como ele é. Nunca espere que ele se ajuste a suas necessidades ou padrões pessoais. Maya ou ilusão reveste o bem com o disfarce do mal e faz o mal às vezes reluzir com o brilho do bem. No máximo de sua capacidade, use seu discernimento e desenvolva esta capacidade de discriminar. Lutar para ganhar - eis o melhor que você pode fazer. Poucos podem dizer 'eu ganhei'. Sua consciência conhece a fonte real da alegria. Esta o estimulará para o caminho reto. Resta-lhe tomar a consciência como guia e não deixar de lhe prestar obediência. A cada hora, ela contradiz sua fantasia pessoal.

O homem procura sempre a felicidade mediante a tentativa de gratificar seus desejos e, se um deles é satisfeito, sente júbilo, mas, quando não, tristeza. O problema, entretanto, é que o desejo é um fogo que queima com enorme fúria, pedindo sempre mais combustível. Um desejo conduz a outro. E o homem se exaure tentando atender a todas as demandas que o desejo lhe faz; portanto, você deve afastar-se deste caminho do intérmino desejo, e optar pelo caminho do contentamento e da alegria interiores."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 170/171)


domingo, 1 de janeiro de 2017

UM REVIGORADO COMEÇO PARA O ANO NOVO

"Começamos o Ano Novo com a consciência renovada. Que nos empenhemos, todos os dias, em trocar tendências e hábitos negativos por bons hábitos e boas ações. Que todos possamos perceber a alegria de ocasiões como esta Convenção e receber um alento tão grande deste tipo de experiência que a escuridão da ignorância seja para sempre dispersada pelo farol desta alegria. Abençoado sou por contemplá-Lo nesta ocasião, e por contemplar a inspiração Dele em todos vocês. Sou infinitamente abençoado por tê-Lo ouvido falar através dos lábios dessas almas divinas.

Foi Deus quem me falou de Sua apreciação. Vocês todos são deuses, só precisam se dar conta disto. Por trás da onda da consciência está o mar da presença de Deus. Olhem para dentro. Não se concentrem na pequena onda do corpo, com suas fraquezas; olhem para além disso. Fechem os olhos e verão a vasta onipresença diante de vocês, em todos os lados. Vocês estão no centro desta esfera, e quando elevam a consciência acima do corpo e das experiências físicas, encontram a esfera preenchida com a grande alegria e bem-aventurança que ilumina as estrelas e dá vida aos ventos e às tempestades. Deus é a fonte de todas as nossas alegrias e de todas as manifestações da natureza. (...)

Desperte da sombra da ignorância. Você fechou os olhos no sono da ilusão. Desperte! Abra os olhos e contemple a glória de Deus - a vasta paisagem de luz de Deus que se derrama por todas as coisas. Eu lhe digo para ser um realista divino, pois em Deus você encontra a respostas a todas as perguntas. A meditação é o único caminho. Crenças ou leituras de livros não podem lhe dar a realização. Só meditando da maneira correta é que poderá ter essa grande alegria e realização. Se seguir por este caminho, saberá que Deus não Se comove com elogios nem orações mecânicas, mas pode Se comover pela lei, pela devoção e pelo amor de seu coração. Junto com a prática das técnicas de meditação, entregue-se a Deus. Resgate seu divino direito de nascimento. A oração constante, a determinação incansável e o desejo incessante por Deus farão com que Ele quebre Seu extraordinário voto de silêncio e responda a você. Acima de tudo, no templo do silêncio Ele oferecerá o presente de Si mesmo, que poderá ser levado para além dos portais da sepultura."

(Paramahansa Yogananda - o Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 411/412)


sábado, 22 de outubro de 2016

GUIA-ME, LUZ BENIGNA!

"Guia-me, luz benigna, no meio das trevas que me cercam!...

Ilumina as veredas que meus pés palmilham...

Não te peço que me rasgues vastos horizontes, soberbos panoramas, dilatadas perspectivas...

Suplico-te apenas, ó luz benigna, que ilumines o modesto espaço que cada passo tem mister...

Basta-me um passo, um passo apenas, porque tu sabes onde ponho o pé...

Guia-me, seguro, por escarpas e alcantis...

Guia-me por ínvios desertos e estepes sem trilho...

Guia-me quando alegrias me exaltam e sofrimento me deprimem...

Guia-me quando amigos me louvam e inimigos me vituperam, para que eu não me julgue melhor nem pior do que sou a teus olhos...

Guia-me, luz benigna, para que nenhuma injustiça me faça injusto...

Que nenhuma ingratidão me faça ingrato...

Que nenhuma amargura me faça amargo...

Que nenhuma maldade me faça mau...

Que eu queira antes sofrer todas as injustiças do que cometer uma só...

Guia-me, luz benigna, e mostra-me que todas as coisas, mesmo as mais pequeninas, são grandes, quando feitas com grandeza de alma...

Guia-me rumo à humildade grandeza de servir, longe da soberba mesquinhez de querer ser servido...

Guia-me cada vez mais longe de mim, cada vez mais perto de ti...

Bem perto de ti...

Ó luz benigna!..."

(Huberto Rohden - Imperativos da vida - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 1983 - p. 17/18)


segunda-feira, 8 de agosto de 2016

SERVIÇO E RENÚNCIA

"Todas as coisas na criação estão sujeitas à lei da mudança, portanto, o homem também. Este deve usá-la para o progresso e não para decair na escala. A Inteligência Átmica conduz o homem ao caminho da renúncia e do serviço, porque somente serviço e renúncia produzem avanço espiritual. A Inteligência Átmica reconhece a Unidade da Criação como o fio que enfia cada flor da grinalda do Brahmasutra¹. Quando você ganhar o Amor de Deus, a compaixão d'Ele fluirá através de você. Vyasa resumiu os dezoito Puranas² em singelo dístico que cabe numa linha: 'Fazer o bem aos outros é o único ato meritório; fazer o mal, o mais nefando pecado.' Quando você sentir que não pode fazer o bem, pelo menos evite fazer o mal. 

Os que estão cruzando o oceano de samsara (a cadeia de nascimentos e mortes) precisam cultivar a arte de nadar através do Bhagavatha-chinthana (Meditação sobre Deus). Não importa o quanto eruditos sejamos, se não treinamos natação, vamos afundar. A vida é um barco que nos capacita a cruzar o oceano da samsara, com a ajuda da meditação sobre Deus. Vairagyam ou desapego não implica romper os laços familiais e mergulhar na floresta. Significa descartar o sentimento de que as coisas são permanentes e capacitadas a propiciar-nos a suprema alegria."

¹ Brahmasutra - sutra o fio que enfia um colar; Brahman - Deus Uno. Brahmasutra é a presença de Deus, que, através de todos, forma um glorioso colar, uma grinalda divina. Brahmasutra é também o nome de uma das mais importantes escrituras do Hinduísmo.
² Purunas - são textos sagrados da Índia contendo as histórias legendárias da criação, destruição e renovação do Universo, a genealogia dos deuses e patricarcas... São as informações historicamente mais antigas da cultura hindu, ou seja, do Sanathana Dharma.

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 81)


domingo, 26 de junho de 2016

DIFICULDADES DA IOGA

"Três forças que militam contra a iluminação são:

1. Inércia - fadiga mental e física.

2. Humor - instabilidade mental e emocional.

3. A ação satânica da mente - quando a mente nos diz que todos os nossos esforços são inúteis e que  nunca conseguiremos fazer progresso ou ter êxito na ioga; que o melhor mesmo é desistirmos nesta vida, gozarmos a vida e recomeçarmos outra vez numa data futura.

Assim jogamos fora nossas brilhantes linhas de comunicação com os estados de alegria e paz permanentes e usamos outra vez as amarras do pensamento objetivo, justamente a felicidade momentânea da vida pessoal no universo material.

Os Mestres nos asseguraram, dizendo: 'Cada um de Nós teve que lutar contra a completa inércia da matéria física. Alguns homens morreram e outros ficaram loucos nesta tentativa.' Podemos confiar piamente nos Mestres, pois Eles guiam os aspirantes fiéis ao longo de todos os perigos até que alcancem a segurança. Lembrem-se de que os Mestres têm registros e memórias de muitos milhares de casos de insanidade em vários graus que afetaram aqueles que procuraram forçar seu caminho aos mundos Causal e mais elevados em plena consciência de vigília. Na verdade, é provável que alguns dos Mestres passaram por esta experiência em vidas anteriores."

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Yoga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001 - p. 156
www.ediorateosofica.com.br


quinta-feira, 19 de maio de 2016

O CAMINHO DA AUTORREALIZAÇÃO

"Você tem de mostrar, pelo falar e pelo exemplo, que o caminho da autorrealização é o que conduz à alegria perfeita. Consequentemente, sobre você repousa uma grande responsabilidade - a de demonstrar, por sua calma serenidade, humildade, que o sadhana por você praticado o tornou uma pessoa melhor, mais feliz e mais útil. Pratique. Demonstre. Não afirme em palavras enquanto em atos nega.

Para começar, você deve ter uma compreensão clara da natureza da meta - Deus ou a Divindade ou o Absoluto universal, tenha Ele o Nome que tiver. Tem de entender Sua grandeza, Sua beneficência, Sua magnificência. Então, essa compreensão apropriada induzirá você e o pressionará para atingir tal meta. O Universal, do qual você é uma unidade, é puro, destituído de ego, ilimitado e perpétuo. Contemple-O e, cada dia, mais e mais, o inegoísmo, a verdade, a pureza e a eternidade, que em você são inatos, se manifestarão. 

Por meio do sadhana (disciplina), esta realização pode ser alcançada. Acredite que você é o Atma imperecível e puro. Depois, disso, nenhum lucro e nenhuma perda poderão afetar você; nenhuma sensação de desapego ou humilhação poderão atormentá-lo. Somente os homens de fundamentos débeis podem recear tais coisas. O homem forte afasta perda, lucro, desespero, humilhação, sem que padeça suas penas. Quando os sentidos são imperiosos, a equanimidade torna-se apenas um sonho. Exerça domínio sobre eles. Você pode ser você mesmo, isto é, imperturbável e liberto."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 146/147


quarta-feira, 27 de abril de 2016

O CAMINHO SEM ESFORÇO (1ª PARTE)

"A disciplina de se examinar interiormente é a meditação. Fazemos naturalmente o que compreendemos; e nos forçamos a fazer o que não compreendemos. Os estudantes muitas vezes dizem ao professor como se esforçaram arduamente. O próprio esforço significa o fracasso, pois a meditação é sempre sem esforço. A tensão, esforço e força são fatais e redundarão apenas no fracasso. 

Uma maneira excelente de relaxar a mente é a seguinte: imagine-se no topo de uma montanha, contemplando um lago. Vê o céu refletido na superfície plácida, assim como as estrelas, a lua e todas as coisas que estão acima da terra. Se a superfície do lago é agitada, as coisas vistas são borradas e indistintas. O mesmo acontece com você, se não está 'plácido' ... se não está em paz. 

A resposta à prece só acontece para o homem que está impregnado por toda a tranquilidade da alegria de já ter recebido aquilo por que rezou. A meditação pode ser chamada de interiorização da consciência; é a peregrinação no interior da Presença Divina.

Meia hora por dia gasta na meditação sobre seus ideais, objetivos e ambições irão transformá-lo numa pessoa diferente. Dentro de alguns meses, surge a compreensão serena e silenciosa de que Deus está em seu interior, que o Espírito do Todo-Poderoso está agora agindo por você e tudo o que deseja ser, possuir e fazer já tem aceitação mental. (...)"

(Joseph Murphy - Sua Força Interior -Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 81/82)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

LIVRE-ARBÍTRIO: A MAIOR DÁDIVA DE DEUS

"Podemos dizer que Deus não fez a Terra só como um passatempo, mas também porque queria fazer almas perfeitas que evoluiriam de volta a Ele. Embora as tenha enviado sob a capa da ilusão ou maya. Ele lhes concedeu a liberdade. Esta é a maior dádiva de Deus. Ele não negou à humanidade o mesmo livre-arbítrio que Ele Próprio tem. Concedeu ao ser humano a liberdade de ser bom ou mau; fazer o que quiser - até mesmo de negar a Deus. O bem e o mal existem, mas ninguém o obriga a ser mau, a não ser que você escolha praticar o mal; e ninguém o obriga a ser bom, a não ser que você queira ser bom. Deus nos criou com a capacidade de exercer Suas dádivas de inteligência e livre-arbítrio, com as quais podemos escolher voltar para Ele. Deus certamente nos aceitará de volta quando estivermos prontos. Somos como o filho pródigo da Bíblia, e Deus nos chama continuamente de vola a Casa. 

Ser bom, ser feliz e encontrar Deus deveria ser o ideal de toda vida humana. Você jamais será feliz enquanto não O encontrar. É por isso que Jesus disse: 'Buscai primeiro o reino de Deus'.¹ Este é o propósito da existência: que nos esforcemos para ser bons e perfeitos e que nos esforcemos para usar o livre-arbítrio e escolher o bem em vez do mal. Deus nos deu todo o poder necessário para isso. A mente é como um elástico. Quanto mais você puxa, mais ele estica. O elástico da mente nunca arrebenta. Sempre que sentir alguma limitação, feche os olhos e diga mentalmente: 'eu sou o Infinito', e verá o poder que você tem.

Nenhuma alegria dos sentidos e nenhuma alegria de posse pode se comparar à alegria divina. Embora Deus tivesse tudo de eternidade a eternidade, Ele começou a pensar: 'Sou onipotente e sou a própria Alegria, nas não há ninguém mais para desfrutar de Mim.' E pensou enquanto começava a criar: 'Farei almas à Minha imagem e vou vesti-las como seres humanos com livre-arbítrio, para ver se procurarão as Minhas dádivas materiais e as tentações do dinheiro, do álcool e do sexo; ou se buscarão a alegria da Minha consciência, que é bilhões de vezes mais inebriante.' O que me dá mais satisfação é o fato de Deus ser mais justo e correto. Ele concedeu liberdade ao ser humano para que aceitasse o amor divino e vivesse em alegria divina ou para que jogasse isso fora e vivesse em ilusão, ignorando-O.

Embora todas as coisas criadas pertençam a Deus, há uma coisa que ele não tem: o nosso amor. Quando nos criou, Deus tinha um objetivo: o nosso amor. Podemos negar-Lhe este amor ou entregá-lo a Ele. E Deus esperará infinitamente, até estarmos prontos a oferecer-Lhe o nosso amor. Quando isso acontecer - quando o filho pródigo voltar para casa -, o bezerro cevado da sabedoria será abatido e haverá muita alegria. Quando uma alma volta a Deus há realmente muito júbilo ente todos os santos nos céus. Este é o significado da parábola do filho pródigo contada por Jesus."

¹ Mateus 6:33.

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 46/47)


sábado, 6 de fevereiro de 2016

A TURBULÊNCIA DA MENTE

"Toda alegria pela qual anseia está dentro de você, mas, igual a um homem que tendo uma imensa riqueza dentro de um cofre de ferro não tem ideia de onde se encontra a chave, você sofre. Com instruções apropriadas, curtindo-as no silêncio da meditação, é possível manobrar com a chave, abrir o cofre e enriquecer-se de alegria.

Arjuna reclamou a Krishna contra a turbulência da mente, dizendo que ela é: chanchala (sempre cambiando seus objetivos); pramadhi (cheia de possibilidades perigosas, desde que torna o homem um escravo dos sentidos); balavath (incontrolável); e dradham (difícil de ser destruída). No entanto, a mente pode ser controlada e mesmo eliminada por meio de intensa meditação sobre Deus Imanente. Quando isso é alcançado, raiva, ansiedade e inveja deixarão de incomodar você; as fronteiras do eu e do meu serão rompidas, e você terá paz imperturbável (santhi). Seus esforços devem ser proporcionais à magnitude da aquisição que você busca. Não é? Você anseia por bem-aventurança, mas se apega a prazeres inferiores e se recusa a arriscar-se tanto quanto necessário para obtê-la.

O que você recebe e quando o recebe dependem da Graça do Senhor. A missão do sadhaka (o praticante do sadhana) é exercitar-se em meditação (dhyana), sem se desviar do reto caminho. O restante é Graça d'Ele. Não depende do número de dias ou da duração da prática. Alguns podem precisar de muitos nascimentos; outros, mesmo em poucos dias, alcançam a Meta. Depende da fé (shradha), da devoção (bhakthi) e da disciplina (sadhana). Isto não pode ser calculado nem deve se tornar objeto de especulação."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 120/121)


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A PRIMEIRA EXPERIÊNCIA É O SILÊNCIO

"A primeira experiência com a religião precisa começar com o silêncio. A maioria das pessoas nunca reserva tempo para ficar em silêncio ou sentar calmamente em meditação. Eu permaneço horas e horas em silêncio interior. Quando estou com outras pessoas, eu as aprecio imensamente; estou com elas plena e integralmente. Mas quanto estou longe delas, fico inteiramente só, na suprema alegria da vida - a bem-aventurança de Deus. Onde quer que eu esteja, a alegria divina está sempre comigo. Por que você não experimenta o silêncio, para também viver assim? A maioria não consegue ficar quieta nem por dez minutos sem que os pensamentos corram para todos os lados. As pessoas não aprenderam a estar em paz no lar interior, porque estão sempre irrequietas, perseguindo alguma coisa na mente. Meu mestre, Sri Yukteswar, costumava dizer: 'Trancado a porta do reservatório da felicidade, o homem corre por toda a parte, implorando por essa felicidade. Que tolice, quando tem o estoque inteiro de alegria dentro de si mesmo!' Desde a infância busquei Deus, e comungar com Ele me deu a felicidade que a realização de nenhum desejo material poderia proporcionar. Você nada tem se não tiver Deus. Tudo tem se O tiver, pois Ele é o Mestre do universo. 

Se você não sentiu nenhum resultado na religião, experimente meditar. Sacuda Deus para fora de Seu silêncio. Você precisa insistir: 'Senhor, fale comigo!' Se fizer um esforço supremo no silêncio da noite e de manhã cedo, em pouco tempo verá um cintilar de luz divina, ou sentirá um ondular de Sua alegria chegando à consciência. Experimentar conhecer a Deus no silêncio, meditando, traz os resultados mais notáveis e reais. 

Houve época em que os cientistas pensavam que a água se constituía de um só elemento. Mas experiências posteriores provaram que dois elementos invisíveis, o hidrogênio e o oxigênio, combinam-se de modo a compor a água. Da mesma forma, com experiências religiosas percebemos maravilhosas verdades espirituais. Quando você meditar tranquilamente, com a mente interiorizada, terá a prova de sua verdadeira natureza e da existência de Deus. Testar as leis da religião é sensacional, porque o resultado não acontece exteriormente; está bem dentro de você."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 36/37)


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O EVANGELHO - SUTRA 2

"Nele (Parambrahma) está a origem de todo o conhecimento e amor, a raiz de todo o poder e alegria.

Prakriti ou a Natureza de Deus. A força Onipotente (Shakti) - em outras palavras, a Alegria Eterna (Ananda) -, que produz o mundo, e o Sentimento Onisciente (Chit), que torna este mundo consciente, ambos manifestam a Natureza (Prakriti) de Deus-Pai.

Como Deus é compreendido. O homem, sendo feito à semelhança de Deus, ao dirigir sua atenção para dentro pode perceber em seu íntimo a força e o Sentimento mencionados, as únicas propriedades de seu Eu; a Força Onipotente na forma de sua vontade (Vasana), junto com o prazer (Bhoga); e o Sentimento Onisciente na forma de sua Consciência (Chetana), a qual sente prazer (Bhokta). Ver Gênesis 1:27.
'Criou, pois, Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou; homem e mulher ele os criou.'"
(Swami Sri Yukteswar - A Ciência Sagrada - Self-Realization Fellowship - p. 22/23


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

LAÇOS DE AMOR

"... Mas não atinava que eu os curava. Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor... (Oséias, 11:3-4). A fim de formar esse círculo perfeito, você deve pensar em harmonia com a Presença Infinita, com o Poder Infinito. Isso é muitas vezes chamado estar 'em sintonia com o Infinito'. Não estamos compelidos ao amor, mas temos liberdade para amar.

O amor é espontâneo e alegre, temos a capacidade de dá-lo ou retê-lo. Não há compulsão para amar. Não haveria alegria, por exemplo, se não pudéssemos experimentar o oposto. Como poderíamos experimentar alegria se não conhecêssemos o sofrimento? O amor deve ser livremente concedido. Alguém pode simular amor em decorrência de necessidade ou por um senso de dependência, mas não é amor de verdade. Quando nossos pensamentos estão em sintonia com o Infinito, formam um círculo ou circuito perfeito e voltam para nós.

Quando nossos pensamentos são negativos, como acontece, por exemplo, ao nos entregarmos à crítica, inveja ou sentimos pena de nós mesmos ou dos outros, não estamos em sintonia com Deus; consequentemente, não há polaridade. O círculo do bem não está formado.

O remédio para os problemas é compreender que a sede da Onipotência está dentro de nós. Aquietando a mente, compreendemos que todo o poder e energia necessários para superar uma situação, qualquer que seja, estão agora conosco. Forma-se uma bateria com a ligação de polos opostos de zinco e cobre, formando-se um circuito, que gera energia. Esse processo idêntico repete-se quando meditamos. Nossos pensamentos devem ser carregados com energia ou emocionalizados pelo amor. Em outras palavras devemos nos tornar unidos com nosso ideal, sentindo a realidade do estado desejado. "

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 99/100)


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

ASPECTOS IMPORTANTES DA ALIMENTAÇÃO

"Na boa alimentação não é relevante somente a inteligência do regime, mas alguns outros cuidados, sem a obervação dos quais não se consegue os resultados terápicos e nutricionais compensadores.

a) A mastigação: deve ser prolongada, paciente, permitindo a suficiente ensalivação, sem o que a digestão, a assimilação e a eliminação se prejudicam. O hábito de engolir sofregamente, de olho no relógio ou de mente apreensiva, é responsável por desagradáveis perturbações do aparelho digestivo. Se você faz mesmo questão da saúde em geral e em especial para os nervos e o psiquismo, mastigue, mastigue... até que o bocado seja reduzido a uma pasta úmida podendo deslizar livremente goela abaixo. Vale como um curso prático de paciência. 

b) Cuidado à mesa: beleza e limpeza, finalmente, um ambiente convidativo, favorecem o apetite. Parcimônia com líquidos, principalmente se alcoólicos, gelados e açucarados. Eles favorecem o hábito de 'engolir inteiro' e, portanto, dificultam a digestão. Os gelados, resfriando o estômago, retardam muito o trabalho desse órgão.

Conversas, só as agradáveis, positivas, sábias, alegres. Jamais a maledicência, a ira, o ciúme, o medo, o ressentimento, a apreensão, o pessimismo devem sentar-se conosco à mesa de refeição. 

Atitude mental de reverência, pois a refeição deve ser valorizada como um verdadeiro ritual de agradecimento a Deus, pelo que temos em nossos pratos. Habitue-se a orar ao começar e ao findar a refeição. (...)

c) Cuidados na cozinha: não devem se restringir só ao paladar, que é importante, mas não o único a reclamar cuidados. A maneira de preparar os alimentos pode, se errada, enfraquecer o valor nutritivo indicado nas tabelas. Por exemplo, fazer laranjada e deixar na geladeira durante meia hora mata toda a vitamina C, que é pouco estável. Se partirmo um limão ou uma laranja, devemos logo consumir. Dez minutos depois, já temos só o 'cadáver da vitamina C'. Da mesma forma, a atitude psicológica e espiritual de quem prepara o alimento é imensamente mais importante do que podemos avaliar."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 318/319)


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O CORPO FÍSICO

"O corpo é o veículo de que você dispõe para atingir o Estado de Bem-aventurança, e, assim, deve ser protegido e conservado forte para tão alto propósito. É um instrumento para o sadhana, que, por méritos obtidos em nascimentos prévios, você conquistou. Cada momento ele está seguindo para sua própria dissolução, e assim, o tempo não pode ser desperdiçado em buscas vãs. Melhor mesmo é considerar o corpo como um meio ou instrumento grosseiro do que o elevar ao nível de ser tudo na vida e finalidade da vida (...). Trate-o como uma ferida que deve ser coberta por uma bandagem (as roupas), cuidada com medicamentos (os alimentos) e lavada (com água). Você pode livrar-se deste desordenado apego mediante este método - só este método.

Da mesma forma como você atende às necessidades do corpo, nutrindo-o três vezes ao dia, a fim de o conservar em bom funcionamento, assim, também, empregue algum tempo regularmente, em cada dia, visando a conservar sua consciência interna também em boas condições. Dedique uma hora pela manhã e outra à noite, e uma terceira nos primeiros momentos da alvorada (brahmamuhurtha) para a prática de japam (repetição do mantra) e dhyana (meditação) sobre o Senhor. Descobrirá grande paz descendo sobre você e dentro de você; sentirá o crescimento de grandes fontes de força, à medida que progrida neste sadhana (disciplina). Depois de algum tempo, a mente se fixará sobre o Nome (de Deus), onde quer que você esteja e no que quer em que você esteja engajado, e, então, a Paz e a Alegria lhe serão inseparáveis companheiros."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 47)
www.record.com.br


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O QUE É O AMOR (PARTE FINAL)

"(...) O amor não pode ser explicado; a alegria que ele traz somente pode ser sentida. A profundidade, a qualidade, a intensidade do amor diferem; a sua natureza, no entanto, é a mesma, e ela nos impele a atos e desejos semelhantes. Nessa poderosa expressão de amor e entrega, em todos os amores, temos o mesmo fenômeno, a mesma angústia na separação, a mesma alegria na união.

Não podemos dividir o amor em diferentes tipos: ele é indivisível. No entanto, há uma dúvida com relação ao elemento sexual em algumas expressões de amor. Parece-me que o sexo, embora seja um fator importante na vida, não é um acompanhamento necessário do amor. O amor em si não tem qualquer elemento sexual, e a atração sexual raramente conota amor. No amor propriamente dito, o fato da pessoa amada ser do sexo oposto raramente tem qualquer influência, como no caso do amor do pai por sua filha ou do irmão por sua irmã.

Mas o sexo influencia o amor de duas pessoas de idades semelhantes e sexos opostos - o amor que culmina no casamento. O amor não tolera segredos e busca a maior união possível; nessas duas afirmações temos um retrato do elemento sexual no amor. Com as limitações que são impostas ao corpo humano, a união mais próxima possível nesta vida é atingida na expressão sexual; por isso ela é a mais intensa. E por isso, na linguagem do devoto, o objeto de sua constante contemplação - o próprio Senhor Paramesvara - é apresentado como sendo de sexo oposto ao do devoto. Isso poderia, para a maioria das pessoas, ser considerado um total sacrilégio. Foi isso que criou tanto mal-entendido a respeito da relação de Krishna com as Gopis. É isso que dá terrível força e ternura às canções de Mira Bai, e a faz parecer quase irresponsável. Foi isso que fez os cristãos medievais considerarem a Igreja como 'a noiva de Cristo'. Todos adotam o mesmo simbolismo. A relação entre marido e esposa é a mais íntima possível, e portanto é usada como metáfora para expressar a ligação mais fervorosa de um ser por outro."

(Sri Prakasa - O que é o amor - Revista Sophia, Ano 13, nº 54 - p. 14/15)
www.revistasophia.com.br


domingo, 30 de agosto de 2015

O QUE É O AMOR (2ª PARTE)

"(...) Outra característica do amor é o desejo de servir ao ser amado. O desejo de ser útil a quem se ama é uma força impulsora que está onde quer que haja amor. Sempre que alguém ama profundamente, tenta servir ao ser amado e agradá-lo com seus atos de devoção. Encontramos isso em todos os casos, e a intensidade do nosso desejo de servir depende da intensidade do nosso amor. Um filho amoroso tenta servir seus pais, um discípulo amoroso, o seu preceptor, um consorte o seu consorte, um animal o seu dono, e vice-versa.

Portanto, não vejo distinção entre o que é chamado 'diferentes tipos de amor' de um ser humano por diferentes seres. A intensidade difere, com certeza, mas a natureza do amor não difere de um caso para outro.

O amor é uma força cega que nos leva além de nós mesmos e que somos incapazes de deter. Ele não ouve argumentos e exige apenas duas coisas: tanta proximidade do ser amado quanto seja possível; tantas oportunidades de servir e agradar quanto seja possível.  (...)

O que o amor nos dá? Alegria. Nada mais e nada menos do que isso. Somente alegria é o que sentimos por estar ao lado de quem amamos (...) A proximidade física nos dá tal alegria que não conseguimos descrevê-la; nós sentimos sem compreender por que ela surge. A simples visão daqueles a quem amamos traz felicidade - uma felicidade tal que podemos até desejar passar por dificuldades e sofrer por aqueles que amamos. (...)"

(Sri Prakasa - O que é o amor - Revista Sophia, Ano 13, nº 54 - p. 14)

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

COMO SER SAGRADAMENTE EGOÍSTA

"Sentir as dores dos outros e estender a mão para libertá-los de mais sofrimento; buscar felicidade na alegria alheia; tentar constantemente aliviar as necessidades de um número cada vez maior de pessoas - isto é ser sagradamente egoísta. O egoísta sagrado considera todas as suas consequentes perdas terrenas como sacrifícios que ele mesmo acarreta deliberada e propositalmente, pelo bem dos outros e para o seu próprio ganho grandioso e supremo. Ele vive para amar seus irmãos, pois sabe que são todos filhos de Deus único. Todo o seu egoísmo é sagrado, pois sempre que pensa em si mesmo, ele pensa não no pequeno corpo e na mente de entendimento ordinário, mas nas necessidades de todos os corpos e mentes dentro de seu âmbito de conhecimento ou influência. Seu 'eu' se torna o Eu de todos. Ele se torna a mente e o sentimento de todas as criaturas. Então, quando faz alguma coisa para si mesmo, ele só consegue fazer o que é bom para todos. Aquele que se considera alguém cujo corpo e membros consistem da humanidade inteira e de todas as criaturas certamente vê o Espírito Universal Onipresente como a si próprio.³

Essa pessoa não age esperando algo em troca; mas, com o melhor de seu discernimento e intuição, continua a ajudar a si mesmo em todos, com saúde, alimento, trabalho, sucesso e emancipação espiritual. 

Trabalhar com o egoísmo bom e o egoísmo sagrado nos coloca em contato com Deus, que descansa no altar da bondade que se expande a todos. Quem percebe isso trabalha conscienciosamente, só para agradar ao Deus da Paz interior, que sempre o orienta." 

³ "Enxerga a verdade aquele que percebe o Senhor Supremo igualmente presente em todas as criaturas, o Imperecível em meio aos perecíveis. (...) Quando o homem contempla todos os entes isolados como existindo no Único que Se expandiu em muitos, ele então se funde com Brahman" (Ghagavad Gita XIII: 27,30).

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 319)


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

EVITE OS LADRÕES DA FELICIDADE

"O mal é a ausência da alegria autêntica. É o que o torna um mal,obviamente. Do contrário, diria você que o tigre perpetra uma má ação ao devorar sua presa? Matar é a natureza do tigre, a ele dada por Deus. As leis da natureza são impessoais. 

Observa-se o mal quando a pessoa revela potencial para obter a alegria interior. Tudo o que nos separa desse estado divino de existência nos prejudica porque desvia nossa visão daquilo que realmente somos e daquilo que de fato queremos na vida.

Daí as prescrições religiosas contra a luxúria e o orgulho, por exemplo. Os mandamentos são para o bem do homem, não para a satisfação do Senhor! Constituem advertências, para os incautos, de que embora certas atitudes e atos possam de início parecer satisfatórios, o final do caminho será para eles, não a felicidade, mas o sofrimento.

As pessoas que buscam a felicidade devem evitar a influência dos maus hábitos que levam às más ações. Estas geram desgraça cedo ou tarde. A repetição de uns poucos atos de fraqueza nos acostuma a ser fracos. Muitas pessoas permitem que hábitos de fraqueza ou fracasso, por elas mesmas criados, as escravizem. Você poderá evitar isso caso se tenha condicionado mentalmente a viver de maneira diversa; entretanto, a resolução de combater os maus hábitos deve persistir até a vitória final.

O que você fez de si mesmo no passado é o que é agora. Foi você quem, pelos traços invisíveis e secretos de ações passadas, passou a controlar as ações presentes.

Foi você quem, pela lei de causa e efeito que governa todos os atos, determinou sua punição ou recompensa. Sem dúvida nenhuma, já sofre o bastante. É hora de escapar da prisão de seus antigos hábitos indesejáveis. Uma vez que está desempenhando o papel de juiz, as grades do sofrimento, da pobreza ou da ignorância não poderão retê-lo se estiver pronto a libertar-se."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como ser feliz o tempo todo - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 35/36)
www.editorapensamento.com.br


sexta-feira, 10 de julho de 2015

REFLEXÕES SOBRE O AMOR (PARTE FINAL)

"(...) Vejo a vida na Terra apenas como uma cortina de teatro atrás da qual meus entes queridos se ocultam ao morrer. Eu os amo quando estão diante de meus olhos, e meu amor os segue com meu olhar mental sempre atento quando transpõem a tela da morte.

Nunca poderei odiar os seres que amo, ainda que, por se comportarem mal, eu possa perder o interesse por eles. No museu de minhas lembranças posso sempre contemplar as características que fizeram com que eu os amasse. Por trás das máscaras mentais, temporárias daqueles cujo comportamento eu desaprovo, vejo o amor perfeito do meu grandioso Bem-amado, assim como nas nobres almas que amo. Deixar de amar é bloquear o fluxo purificador do amor. Com lealdade amarei todos os seres e todas as coisas, até abraçar, com meu amor, todas as raças, criaturas e objetos, animados e inanimados. Amarei até que todas as almas, estrelas, criaturas abandonadas e átomos estejam abrigados em meu coração, pois no infinito amor de Deus, meu regaço de eternidade é suficientemente grande para tudo e todos. 

Ó Amor, vejo Teu reluzente rosto nas pedras preciosas. Contemplo Teu tímido rubor nas flores em botão. Fico extasiado ao Te ouvir no gorjear dos pássaros. E sonho em êxtase quando meu coração Te abraça em todos os corações. Ó Amor, eu Te encontro em todas as coisas - só um pouco e durante um tempo - mas na Onipresença eu Te abraço por completo e eternamente, rejubilando-me para todo o sempre em Tua alegria."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 304/305
http://www.omnisciencia.com.br/o-romance-com-deus/p