OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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segunda-feira, 11 de julho de 2016

MUDANÇA E PACIÊNCIA (2ª PARTE)

"(...) Seja flexível - não faça de suas preferências um barômetro do modo como você vai se sentir ou reagir. Com uma atitude flexível você flutuará através da vida, ao invés de tentar nadar contra a corrente. Você pode ter certos gostos e aversões, desde que não se apegue a eles compulsivamente. Mantenha suas opções em aberto. Esteja pronta para mudar suas pretensões, se necessário, com a mesma facilidade com que troca de sapatos. 

É saudável mudar de hábitos e ceder às preferências de outra pessoa. Da próxima vez em que seu companheiro ou companheira quiser assistir a um programa de televisão que não lhe interessa, assista sem reclamar.Se ele quiser comida chinesa e você não, coma assim mesmo. Treine a sua mente a ser feliz e flexível e a extrair o melhor de cada situação.

Aceitar a mudança e permanecer aberto a ela exige paciência, o que significa ser calmo, não importa o que aconteça. Isso não implica ser indiferente ou desinteressado. Quando somos pacientes, cultivamos a nossa paz interna e não perturbamos o fluxo criativo das águas profundas. A pessoa que é paciente sabe que está no tempo de Deus, e que tudo está se desdobrando exatamente da maneira como deve ser.

Veja a natureza. Foram necessários milhares de anos para que o Grand Canyon fosse formado. Centenas de anos são necessários para que o pau-brasil alcance sua altura máxima. Os relacionamentos levam tempo; o autoaperfeiçoamento leva tempo; o aprendizado de um novo idioma leva tempo. Cultive a paciência. 

Olhe por um momento para a sua saúde e o seu programa de ginástica. Talvez a essa altura você se encontre fora de forma, embora esteja realmente motivado a começar a se exercitar regularmente e a comer alimentos mais nutritivos. Se você é como a maioria das pessoas, não pensa a respeito de todos os anos que foram necessários para que você chagasse à forma que ostenta agora. Você quer ver os resultados já. Porém, não é assim que a vida funciona. Só com paciência, determinação e perseverança você começa a ver progresso. Aos poucos você se sentirá muito melhor e mais forte. (...)"

(Susan Smith Jones - Mudança e paciência - Revista Sophia, Ano 10, nº 38 - p. 30/31)


domingo, 22 de maio de 2016

A LEI DO KARMA (PARTE FINAL)

"(...) Para que o karma desempenhe o seu papel, somos colocados em circunstâncias (família, educação, nação etc) que nos obrigam a corrigir fraquezas, aprender com novas experiências e evoluir espiritualmente. Na vida diária, o karma se manifesta como hábitos, tendências, humores, desejos e emoções. Nosso caráter representa a totalidade das boas experiências em vidas passadas, que resultam em tendências e habilidades inatas. As inclinações naturais transformam nossa personalidade e assim o nosso karma é ajustado, fazendo-nos progredir no caminho escolhido ou retardando nosso progresso, quando fazemos escolhas erradas. 

Somos, portanto, os efeitos das nossas ações passadas. Mas há um lado mais sutil na lei do karma: são os traços psicológicos e espirituais deixados na nossa consciência por pensamentos, ações e hábitos de vidas passadas. Eles influenciam o que somos e o que fazemos mais do que podemos imaginar. Essa 'segunda natureza' deve ser controlada no momento em que começar a nos fazer pensar ou sentir diferente, com ciúme, ira ou o que quer que seja. Devemos de imediato trazer à mente um pensamento oposto ou uma qualidade espiritual. Temos que constantemente cultivar boas qualidades para neutralizar os efeitos do mau karma.

Como almas, somos um reflexo de Deus; refletimos a força e as qualidades divinas de amor, gentileza, tolerância compreensão, compaixão etc. Mas estamos no mundo da ilusão, e o mal está presente em cada ser sob a forma de ódio, egoísmo, cobiça, medo etc. O homem deve considerar os sussurros da consciência e as boas tendências como o chamado de Deus em seu interior. Da mesma forma, deve reconhecer e resistir a pensamentos e impulsos malévolos. Lembre-se: o mundo não responderá pelas consequências; você sim. Não ligue como os outros estão agindo. Seja você um exemplo, não para os outros, mas para si mesmo."

(Vinai Vohora - A lei do karma - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 11)



sexta-feira, 13 de maio de 2016

ATIVIDADES VIRTUOSAS


"Comprometer-se com atividades virtuosas é um pouco como criar uma criança pequena. Há uma grande quantidade de fatores envolvidos. E, principalmente no começo, precisamos ser prudentes e habilidosos em nossas tentativas de transformar nossos hábitos e temperamentos. 

Também temos de ser realistas a respeito daquilo que esperamos conseguir. Levou muito tempo para ficarmos do jeito que somos, e não se mudam hábitos da noite para o dia. É bom olhar para cima à medida que se progride, mas é um engano julgar nosso comportamento utilizando o ideal como padrão. 

Por isso, é muito mais eficaz, em vez de alternar breves rompantes de esforço heroico com períodos de relaxamento, trabalhar com constância, como um rio fluindo em direção a um objetivo de transformação." 

(Dali-Lama - O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 36)


terça-feira, 10 de maio de 2016

A TENTAÇÃO NO DESERTO

"A estória da tentação de Jesus pelo demônio no deserto (Mt 4:1-11) retrata, em linguagem simbólica, apenas parte das experiências do iniciado do segundo grau. Logo após a natividade, Herodes fez o seu ataque, simbolizando o clamor dos hábitos e desejos do passado. Da mesma forma, agora os vestígios remanescentes de orgulho, egoísmo, autossatisfação e desejo de poder, personificados por Satã, tendem a emergir e tentar o iniciado para que abandone sua missão divina. Alegoricamente, o demônio incitava Jesus no deserto (que significa os períodos de aridez espiritual testemunhados por todos os místicos) ao abandono da grande busca e ao uso de seu poder recém-adquirido para adquirir posses pessoais e prestígio. Diz-se que muitos aspirantes falham nesse grande teste. A sensação de intensificação de poder é tão forte, a capacidade intelectual é tão maravilhosamente aumentada pela passagem por esses graus dos mistérios maiores que o egoísmo e o orgulho (personificados por Satã) podem alcançar proporções monstruosas e fazer sucumbir o candidato, levando-o a buscar a gratificação da ambição por poder e ao desenvolvimento de soberba pessoal.

A vitória é obtida por fim. O tentado diz ao tentador: 'Vai-te, Satanás'' (Lc 4:8). O uso permissível dos recém-encontrados poderes capacita-o a curar, ensinar e atrair para si aqueles que se tornam discípulos, e são eles mesmos ajudados a encontrar e a trilhar a mesma senda da santidade, 'a porta estreita' e o 'caminho apertado'."

(Geoffrey Hodson - A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada - Ed. Teosófica, Brasília, 2007 - p. 161/162)
www.editorateosofica.com.br


terça-feira, 19 de abril de 2016

SUA CONSCIÊNCIA O AJUDARÁ A VIVER BEM CONSIGO MESMO

"Várias coisas são necessárias para saber como viver bem consigo mesmo. Primeiro: uma pessoa excessivamente emotiva ou inquieta, com maus hábitos, jamais conseguirá viver bem consigo mesma. Quando a consciência lhe diz o tempo todo que você está fazendo coisas erradas, como esperar uma boa convivência consigo mesmo? E ao conhecer outras pessoas, você verá que elas não lhe demonstrarão confiança nem boa vontade, pois um indivíduo que age contra a própria consciência desconfia de si mesmo, o que se reflete no seu caráter. A consciência do ser humano fala com ele o tempo todo e constantemente o incita a mudar e a se comportar corretamente. Logicamente é verdade que você pode calar a sua consciência, mas ela não ficará muda para sempre. No mínimo, as leis do país perturbarão a complacência dos que têm a consciência completamente embotada pelo abuso do livre-arbítrio. Os criminosos descobrem que seus atos sem consciência não compensam.

Portanto, ouça sempre a consciência, a voz de seu eu interior; ela está lá para ajudar você a viver bem consigo mesmo."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 140/141)


quarta-feira, 9 de março de 2016

PODER E BELEZA

"Nossos hábitos e tendências comportamentais profundamente enraizados estão armazenados no cérebro como padrões elétricos. Todos os hábitos, inclinações e tendências são mentais. Sempre que nossa atenção é colocada sobre os sulcos dos hábitos mentais bons ou ruins, que estão registrados no cérebro por experiências ou ações repetidas, eles automaticamente se manifestam em atividade mental e muscular. Pensamos em algo, seguimos uma trilha de pensamentos e sucumbimos ao fazer algo que não desejávamos.

Os sentidos e a mente são as portas pelas quais o conhecimento se infiltra na consciência. O conhecimento é filtrado pelos nervos sensoriais e interpretado pela mente. O cérebro organiza as impressões dos sentidos e envia mensagens através dos nervos motores. Mas existe um outro aspecto da mente, que é o sentimento, uma expressão da intuição que nos dá a capacidade de discernir entre certo e errado, para evitar os erros a que estamos propensos. A maneira mais segura de escapar ao karma é liberar a expressão da intuição por meio da meditação, que levará ao harmonioso equilíbrio entre razão e sentimento.

Aquilo que se acumula permanece inalterado, e não perece com a morte, é o desejo latente, a semente do desejo, as impressões do desejo na consciência. Essas sementes de desejo são mais instigantes do que os desejos recentes, já que estão profundamente enraizadas no subconsciente, prontas para surgir subitamente com demandas que na maioria das vezes são irracionais, frustrantes e causadoras de sofrimento. Enquanto não houver um fim para o desejo, não haverá um fim para o karma.

A miséria humana não é totalmente física, e é improvável que a abundância resolva os problemas do homem. Enquanto houver seres humanos arrogantes, preguiçosos, irresponsáveis, invejosos, cruéis, vingativos, possessivos, intolerantes, egoístas, mesquinhos, hipócritas e assim por diante, vamos infligir miséria a nós mesmos e aos outros, independentemente de termos todos os luxos que quisermos. O mundo externo jamais será perfeito até que tenhamos tornado perfeito nosso mundo interior.

Um dia, este triste mundo finalmente se tornará o que deve ser: um lugar luminoso, cheio de homens e mulheres que tomaram conhecimento de seus defeitos e aprenderam a transformá-los em algo luminoso e belo. Faz parte do plano de Deus elevar toda a criação para fazê-la evoluir e desabrochar sua natureza espiritual, de verdade, poder e beleza."

(Vinai Vohora - A lei do karma - Revista Sophia, Ano 12, nª 51 - p. 12/13)

terça-feira, 1 de março de 2016

A QUESTÃO DO SOFRIMENTO E DA DOR (PARTE FINAL)

"(...) O animal, cuja tendência inata o faz ter o homem (que, na escala da evolução, ocupa o lugar imediatamente superior a ele) na mesma conta em que temos hoje o nosso próprio 'deus', é marcado por profundo impacto, de insondável repercussão, ao ser assassinado por ele. No momento da matança, percebe que os aspectos exteriores de seu ser serão destruídos, SABE o que vai acontecer e, por já ter em seu estágio evolutivo desenvolvido suficientemente o corpo emocional, sofre. A questão da dor nunca começará a ser aclarada por nós se esse ponto básico e inicial não estiver, pelo menos como uma semente, em nossa consciência. 

O número de seres humanos encarnados hoje em dia que não estão mais ligados ao uso de carne em sua alimentação é maior do que podemos imaginar; entretanto, os eus superiores, já preparados para serem vegetarianos, frugívoros ou naturalistas vêm na maioria das vezes para ambientes terrestres ainda condicionados por hábitos alimentares retrógrados e por superstições arraigadas quanto ao modo correto de se manter o corpo. Por isso, muitos demoram a reconhecer a sua própria condição interior. 

A ingestão de produtos de origem animal - em especial de carne - produz inércia nas células físicas, impedindo que seu potencial ainda não revelado se manifeste plenamente. É um poderoso obstáculo ao trabalho evolutivo que o homem de hoje busca conscientemente levar adiante. A carne tem uma vibração característica de um estágio já ultrapassado por ele - o estado instintivo - e, quando usada em sua alimentação, o mantém em um ponto não mais condizente com os novos passos que está para dar: o domínio da intuição, o exercício da telepatia superior e a experiência da consciência supramental, passos que podem ser assim prejudicados e até mesmo adiados. Enquanto não se substituir a antiga forma de os homens contatarem os animais, a vibração instintiva ficará circulando nos corpos de suas personalidades por muito mais tempo do que seria necessário, ocupando espaço e impedindo que a luz da intuição e outras luzes, de etapas ainda mais avançadas, possam nelas se instalar. 

Um relacionamento verdadeiro e atual precisa ser desenvolvido entre nós e os animais, relacionamento no qual os últimos serão beneficiados com os nossos serviços e com a nossa gratidão pelo papel que tiveram no desenvolvimento da humanidade. Sabe-se que, para um reino da natureza ter uma evolução especial e rápida, como aconteceu com o humano até que atingisse o estágio mental-intuicional, é necessário que algum outro reino, no mesmo sistema solar, renuncie a certos passos importantes, havendo assim um equilíbrio. Isso foi o que se deu entre o reino humano e o animal. Para que o primeiro pudesse ter acelerado de modo excepcional o seu processo evolutivo, o reino animal permaneceu em ritmo bem mais lento do que lhe teria sido possível. A distância entre a consciência de um animal de médio desenvolvimento e a de um homem não seria tão grande se o reino animal, como grupo, não tivesse aceitado essa condição, dando-nos, assim, passagem para os caminho superiores pelos quais enveredamos."

(Trigueirinho - Caminhos para a cura interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1995 - p. 77/78


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

UM DIA DE VIDA

"(...) Temos o hábito de pensar que o transcurso de uma existência é um longo período de tempo, mas, na realidade, é apenas um dia de uma vida maior. Não podemos concluir um trabalho realmente grande num dia só; ele talvez requeira muitos dias, e o trabalho de um dia, às vezes, não mostra um resultado apreciável; não obstante, o trabalho de cada dia é necessário à complementação da grande tarefa, e se o homem se entregar à preguiça, dias após dia, porque a concretização do trabalho lhe parece tão distante, não conseguirá que o trabalho seja feito.

Muitos são aqueles para os quais a Teosofia chega tarde na vida, que se sentem um tanto ou quanto desalentados pela perspectiva, julgando-se agora demasiado velhos para empreenderem alguma coisa com seriedade, ou para fazerem algum trabalho de valor, e acham que o máximo que podem fazer agora é chegar tranquilamente ao fim desta encarnação, com a esperança de ter, na próxima, uma oportunidade melhor.

Eis aí um triste erro, e por várias razões. Não sabemos que espécie de encarnação de carma se estará preparando para nós na próxima vez que voltarmos à terra. Não sabemos se, por alguma ação anterior, merecemos a oportunidade de nascer num ambiente teosófico. Seja como for, o modo que mais parece capaz de assegurar um nascimento assim consiste em utilizar a oportunidade que nos chegou agora, visto que, de tudo o que aprendemos a respeito do funcionamento da grande lei de causa e efeito, destaca-se com suma clareza o fato de que o resultado de agarrar uma oportunidade é, invariavelmente, oferecer-se outra oportunidade mais ampla. Se, portanto, descurarmos da oportunidade colocada diante de nós pelo nosso encontro com a Teosofia agora, é possível que, na próxima encarnação, a oportunidade não nos procure outra vez. 

Se o homem se puser a trabalhar com afinco e impregnar o seu espírito, o máximo possível, de ideias teosóficas, isso as construirá muito bem no ego, e lhe dará uma atração tão grande por elas que ele, com toda a certeza, mesmo que não consiga recordá-las com minúcias, as procurará instintivamente e as reconhecerá em seu nascimento seguinte. Todo homem, portanto, deve encetar o trabalho filosófico assim que ouvir falar nele, porque, seja o que for que consiga realizar, por menor que seja, será para o bem, e ele começará, no dia seguinte, do ponto em que o deixou. (...) Assim sendo, não se perde esforço algum, e nunca é tarde demais, em qualquer vida, para ingressar no longuíssimo caminho ascendente e dar início ao trabalho glorioso de ajudar os outros. (...)"

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 120/121)


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A FORÇA DAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS

"Muitas são as avenidas pelas quais influências externas invadem a mente e montam o ambiente interior. Não permita que materiais insalubres flutuem nas águas dos pensamentos formadores de hábitos. Inspecione a qualidade dos livros que lê e analise cuidadosamente o tipo de pessoas com quem convive. Procure identificar que influências exercem sobre você a família, o lugar e os amigos. Muitas pessoas fracassam porque familiares infectaram seu subconsciente com pensamentos desalentadores e paralisantes como: 'Ah, João, tente o que quiser, mas você só fará asneiras!'

Liberte-se. Acorde! Lembre-se: ninguém pode comprometer sua felicidade a menos que você mesmo escolha ser infeliz. Se você organizou sua mente para preservar a felicidade interior sob quaisquer circunstâncias, ninguém conseguirá roubar-lhe essa felicidade.

Afirme: não importa quais sejam as condições em que me encontre, elas representam o próximo passo em minha evolução. Acolho todos os desafios, ainda os mais temíveis, pois sei que dentro de mim estão a inteligência para compreendê-los e a força para superá-los. Quero aprender a lição que cada experiência possa me ensinar, agradecendo a energia e o tirocínio adquiridos pela superação de cada desafio."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 45/46


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A CONQUISTA DA LIBERDADE PELA VONTADE (PARTE FINAL)

"(...) Para todos os efeitos, não temos livre-arbítrio - ele está apenas no processo de formação; e só estará formado quando o Ser tenha dominado completamente seus veículos e os use para seus próprios propósitos; quando cada veículo for apenas um veículo, completamente responsivo a cada impulso seu, e não um animal que se debate, indomado, com desejos próprios. Quando o Ser tiver transcendido a ignorância, subjugando hábitos que são as marcas da ignorância passada, então é livre. E assim será compreendido o significado do paradoxo, ‘em cujo serviço está a perfeita liberdade’, pois compreenderá que não existe separação, que não existe vontade desagregada, que em virtude de nossa Divindade inerente nossa vontade é parte da Vontade Divina, que foi ela que nos deu, ao longo de nossa evolução a força para seguir adiante, e que a compreensão da Vontade una é a realização da liberdade.

Foi ao longo dessas linhas de pensamento que alguns encontraram o fim da antiga controvérsia entre livre-arbítrio e determinismo. Mesmo reconhecendo a verdade pela qual lutou o determinismo, também preservaram e justificaram o sentimento inerente: ‘Eu sou livre, não escravo’. Essa ideia da energia espontânea, do poder espontâneo oriundos dos recessos internos de nosso ser, está baseada na própria essência da consciência, sobre o ‘eu’ que é o Ser - aquele Ser que, por ser divino, é livre."

(Annie Besant - Um estudo sobre a Consciência - Ed. Teosófica, Brasília - p. 234/235)


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O PECADOR E A BEM-AVENTURANÇA

"(4:36) Mesmo o pior dos pecadores pode, na jangada da sabedoria, cruzar com segurança o oceano da ilusão.

Eis o supremo encorajamento que Krishna oferece a toda a humanidade: não importa quão enredado você esteja nos maus hábitos, no vício, na depravação aviltante ou na perversidade, ainda é filho do Senhor único e infinito que criou os mestres e os santos. Nada, afora a divina bem-aventurança, poderá defini-lo para sempre!

Por isso, jamais diga a si mesmo: 'Sou mau!' Jamais lamente: 'Fracassei!' Se aceitar o fracasso como realidade, ele o será, ao menos nesta vida. Mas se, após cada contratempo, reconhecer: 'Ainda não venci!', poderá vencer ainda - mesmo na presente encarnação!

Ao orar, veja Deus como a Divina Mãe que tudo perdoa e tudo aceita: 'Mãe, bom ou mau, sou teu filho! Deves me libertar! Limpa-me de todos os pecados.'

'A Deus, pouco se lhe dá os teus pecados. O que Ele não tolera é a tua indiferença!', costumava dizer Yogananda."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramhansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 209)


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

TRABALHE PARA MUDAR A SI MESMO

"Algumas vezes, devotos ficam tão entusiasmados com sua própria conversão espiritual que querem contar isso a todos e mudá-los também! Têm tanta certeza de que estão fazendo o bem e de que eles próprios mudaram para melhor, que desejam converter o mundo inteiro. Esse entusiasmo é principalmente superficial. O maior esforço deve ser dirigido para a conversão de si mesmo. É difícil mudar o próprio eu, porque eles estão tão profundamente enterrado numa crosta de hábitos que nem conseguimos imaginar. Somos mantidos prisioneiros, acorrentados por nossos próprios pensamentos, humores e emoções particulares. 

Não é fácil mudar os hábitos que você formou durante uma vida de talvez trinta ou quarenta anos. Tente mudar mesmo que seja um pequeno hábito, e veja como é difícil! Diga a você mesmo para não falar muito; diga a você mesmo para não ser crítico; para não ser ciumento. Depois de algum esforço, talvez você perceba: 'Parece impossível que eu mude. Não há esperança para mim?' Com certeza, há esperança. Essa esperança, porém, nunca será satisfeita enquanto você se empenhar apenas em mudar as pessoas e situações a seu redor, em vez de tratar de suas próprias imperfeições. Isso é o que lhe peço que aprenda. Muito tempo depois que os lábios de todos nós aqui forem selados, a verdade eterna destes conselhos ainda será aplicável.

Você pode mudar a si próprio, e o meio é a busca sincera por Deus, a meditação e a autodisciplina. Não existe outro método. Exige-se o poder combinado de tudo isso para superar os maus hábitos e para destruir aqueles profundos e ocultos entraves subconscientes que nos fizeram prisioneiros nestes limitados corpos físicos e mentes.

Essa é a razão pela qual algumas regras são necessárias para os devotos no caminho espiritual. Há necessidade de disciplina rigorosa. Você pensa que é fácil conhecer Aquele que é o Senhor deste universo? Pensa que é simples comungar com Ele quando a mente está carregada de mesquinhez, negativismo, fofoca, falta de fé, ódio - de tudo, menos Deus? Nunca! Sem meditação e autodisciplina para remover esses obstáculos, você não pode conhecê-Lo.

Deus poderá ser conhecido somente se existir entrega total a Ele. Não se contente em ser um discípulo medíocre. Não nivele seus padrões aos do resto do mundo. Lembro-me de Guruji dizer a um grupo nosso: 'Não quero devotos medíocres neste caminho. É por isso que sou duro com vocês. Quero ver quem tem fibra para ir até o fim, até Deus.' (...)"

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 31/32)


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A CONVIVÊNCIA COM OS OPOSTOS (PARTE FINAL)

"(...) Do par de opostos básicos surgem vários outros, como o sentimento de vitória ou derrota, honra ou desonra. O Bhagavad-Gita repetidamente menciona a necessidade da libertação dos opostos, porque o egoísmo é o mais sério obstáculo à iluminação; ele torna impossível fixar a mente, mesmo durante um curto período de tempo. A chama da mente oscila incessantemente sob o vendaval dos opostos. 

O mesmo ensina o Diagrama de Meditação, de H.P. Blavatsky, que menciona um estado interior onde não há senso de inimigo ou amigo. Essa ideia também está no ensinamento islâmico de submissão à vontade de Deus, que se manifesta nos princípios da ordem do universo, em muitos níveis. Essa ordem se manifesta com o processo evolutivo, a operação do karma, as forças que levam os seres vivos rumo à percepção cada vez maior da natureza divina. 

A submissão à vontade divina implica não reagir. Embora a mente superficial possa continuar com seus hábitos, no nosso âmago devemos compreender que não há situação favorável ou desfavorável a alguém. A vida é uma instrutora; ela não recompensa nem pune. É a mente que classifica a experiência. Muitos não têm inimigos, mas fazem distinções entre pessoas que são 'suas' e outras que não são; pessoas que importam e que não importam. A desigualdade é uma característica da mente egoísta.

Podemos aprender muito com os seres de outras espécies. Um exemplo clássico na literatura indiana é o sândalo, que verte sua fragrância sobre aquele que o corta. Os animais sofrem sem resistência, deitando sossegadamente até que a dor passe, pois não carregam o fardo dos sentimentos egoístas. Nós também podemos viver pacificamente, reconhecendo que a vida ensina sob a forma de um amigo ou inimigo. Para perceber seus ensinamentos, devemos nos livrar dos preconceitos, gostos e aversões, eliminando assim o nosso egoísmo. Podemos atravessar a vida com uma percepção calma e firme, sem nos afetarmos pelos opostos."

(Radha Burnier - A convivência com os opostos - Revista Sophia, Ano 12, nº 49 - p. 18/19)


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

NÃO CAPITULE (PARTE FINAL)

"(...) O bêbado de hoje poderia ser uma pessoa sóbria e com autodomínio se, em certo momento do passado, não tivesse cedido à 'iniciação'. Ele já não se lembra em que reuniãozinha social, para mostrar-se igual aos outros, cretinamente bebeu seu primeiro gole, sentindo abominável o gosto, mas tendo de aparentar que estava gostando (segundo a moda). O tabagista de hoje, baixado ao hospital para operar o pulmão, não se recorda daquele dia na infância em que, para parecer adulto e igual aos outros, deu as primeiras baforadas num cigarro que um colega lhe dera. Pode ser dito o mesmo em relação àquele que se degradou com as 'bolinhas' ou com os cigarros de maconha. Em todos os casos o início é sempre sob a persuasão dos outros; e sob imitação, isto é, filiação à moda. Na origem, todos os 'iniciados' já eram pessoas comumente chamadas 'fracas de espírito', ou seja, os de personalidade e mentes amorfas, vidas inconscientes que buscam segurança, aceitação e prestígio no meio em que vivem, renunciando consequentemente ao dever de serem autênticas. O medo de ser diferente leva o fraco a imitar os do grupo. Quando o grupo é de gente viciada, o resultado é viciar-se. 

Se você conhecer e sentir a inexpugnável fortaleza e o tesouro de paz e ventura que há em você, nunca buscará sua segurança nos integrantes de seu grupo e terá a sábia coragem de ser diferente. Só os que são diferentes têm condições de não apenas se sobrepor, mas de liderar. (...) Na próxima reunião, quando todos, igualados, bem 'normaizinhos', bem 'mesmificados', estiverem bebericando, fumando e fazendo uso indevido da faculdade da palavra, sem pretender afrontá-los nem parecer melhor do que eles, não tenha medo de ser diferente. (...)

Não queira ser igual, em troca de ser aceito. Não ceda ao alcoolismo, ao tabagismo, aos narcóticos, às noitadas de dissipação. Só os psiquicamente adolescentes, por inseguros, o fazem. Revele sua maturidade, recusando-se, sem ofender aos vulgares, a segui-los em suas 'normais' reuniões de vício e degradação.

Isso é o que eu quis dizer ao sugerir que você não deixe cair a semente daninha em seu quintal. Não capitule.

Não esqueça o preceito hindu: 'Semeia um ato e colherá um hábito. Semeia um hábito e colherá um caráter. Semeia um caráter e colherá um destino.'"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 220/221)


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

NÃO CAPITULE (1ª PARTE)

"Tenho de deixar isto, que está me matando, dizia ele sob um ataque de tosse brônquica e meio afogado em secreção, mostrando um toco de cigarro entre os dedos amarelados de nicotina.

Ele é o símbolo do homem acorrentado. Seus grilhões são feitos de fumo. De outros, podem ser de álcool. Todos os grilhões são fortíssimos, e o são exatamente na medida da fragilidade dos acorrentados.

A maioria deles quer libertar-se ou necessita libertar-se, porque, seja o fumo, seja o tranquilizante, seja o álcool, o jogo ou alguns maus hábitos, seus tiranos lhe trazem enfermidade, sofrimento e, às vezes, abjeção.

Todos os grilhões causam prejuízos ao psiquismo, mercê de demonstrarem ao próprio homem que ele está vencido, que é escravo, tíbio e sem vontade. Quem quer que chegue a essa condição sofre muito com o reconhecimento de sua servidão, que considera ser sem esperança. Diante de cada frustrada tentativa de resistir, mais infeliz se torna e mais vencido se sente. Seja toxicômano, alcoólatra, tabagista, viciado em jogo ou vítima de comportamentos compulsivos, pensamentos obsessivos e tiques nervosos, o homem é presa de um círculo vicioso que inexoravelmente o domina e o deprecia. O álcool, os tóxicos e o fumo, além do mais, agridem diretamente o próprio organismo. E esse efeito nefando amedronta o viciado.

A situação daquele que, vítima das garras do pecado necessita deixá-lo, sentindo a impotência de fazê-lo, Ramakrishna comparou à de uma serpente, que tendo abocanhado um malcheiroso rato almiscarado, quer dele livrar-se, mas não pode, pois em virtude do formato dos dentes, o rato não se desprega. Assim é o viciado que conhece o mal que o vício lhe faz e, no entanto, não consegue deixá-lo.

Nessa situação, é comum o viciado recorrer ao que a psicanálise chama uma racionalização, isto é, usar a razão para forjar 'razões' consoladoras e explicativas, para com elas 'justificar-se' diante de si mesmo e dos outros, pelos atos que é coagido a praticar que não pode evitar, mercê de compulsões subconscientes. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 217/218)


domingo, 3 de janeiro de 2016

"ENTRARÁS NA LUZ, MAS NUNCA TOCARÁS A CHAMA"

"É óbvio que este conceito indica tanto as possibilidades, quando as limitações do esforço humano. Sugere que o ser humano não pode prosseguir além de um determinado ponto, ainda que seu esforço seja dos mais árduos e sinceros. A frase 'nunca tocarás a Chama' não deixa dúvida na mente do neófito, porque não há ambiguidade nesta afirmação. Para quem empreende a íngreme caminhada para as alturas espirituais, é essencial saber, claramente, quais as possibilidades do esforço consciente e quais as suas limitações. Sem conhecer as limitações do esforço consciente, podemos esperar desse esforço aquilo que nunca nos poderá dar - e sentirmo-nos frustrados no final. 

É interessante observar que cada grande religião do mundo tem dois aspectos de expressão - o ético e o espiritual. O aspecto exotérico da religião trata dos problemas éticos do ser humano. Sua abordagem da vida é essencialmente moral - e uma aproximação moral trata de simples modificações em nossa maneira de viver. Em outras palavras, está relacionada com o cultivo de novos hábitos. Opera no reino da continuidade. As modificações que procura introduzir são, obviamente, através do esforço consciente. A religião exotérica, com sua aproximação moral, dá ênfase especial às possibilidades do esforço consciente.

Mas há também um aspecto esotérico da religião. Sua base é espiritual e não ética. Isso não quer dizer que o espiritual seja antimoral. A aproximação espiritual trata da transformação fundamental do homem, com a revolução no centro. A religião esotérica não é uma simples extensão da religião exotérica; pertence a uma dimensão de existência totalmente nova. (...)

Se o aspecto exotérico ou ético da religião dá ênfase às possibilidades do esforço consciente, o aspecto esotérico ou espiritual chama a nossa atenção para as limitações do esforço consciente. Mas conhecer as limitações do esforço consciente não é cessar de fazer esforços com a mente consciente. Apenas indica a esfera legítima desse esforço. Neste esfera, todas as possibilidades de esforço consciente devem ser exploradas. Não se deve, contudo, esperar 'tocar a chama' como resultado do esforço consciente. Em outros termos, o progresso ético, que é o produto do esforço consciente, indica um movimento dentro do reino dimensional do próprio indivíduo. Mas a transformação espiritual implica a insinuação de algo que transcende o reino dimensional do indivíduo. No primeiro caso, trata-se da extensão da consciência e no segundo, refere-se à expansão da consciência."

(Rohit Mehta - Procura o Caminho - Ed. Teosófica, Brasília/DF - p. 39/42)


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

GROSSERIA

"Palavras grosseiras são assassinos impiedosos das amizades antigas e da harmonia dos lares. Tire-as de seus lábios para sempre e deixe sua vida familiar livre de tribulações. Palavras doces e sinceras são néctar para almas sedentas. 

Faça-se sedutor envergando o traje elegante da linguagem genuinamente cortês. Em primeiro lugar, seja bem-educado com seus parentes próximos. Quem age assim normalmente é gentil com todas as pessoas. A verdadeira felicidade doméstica tem por base o altar da compreensão e das frases polidas.

Para ser gentil, não é necessário concordar com tudo; mas, se não concordar, permaneça calmo e cortês. É fraqueza humana ceder à cólera e à irritação; é força divina conseguir refrear os cavalos selvagens do temperamento e da fala. Não importa qual seja a provocação, contenha-se e, apelando para a calma do silêncio ou para a gentileza autêntica das palavras, mostre que seu cavalheirismo é mais forte que o destempero do agressor. Frente à luz suave de seu perdão, todo o ódio reunido de seus inimigos se dissolverá."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Espiritualidade nos Realacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 27)


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE

"O ambiente e as companhias são de capital importância. O ambiente externo, em conjunção com o interno - as ideias e os hábitos -, controla nossa vida, moldando gostos e comportamento. As perturbações ambientais ocorrem em virtude de nossos atos conscientes ou inconscientes do passado. Você deve culpar a si mesmo por isso, sem entretanto desenvolver um complexo de inferioridade. As provações não ocorrem para destruí-lo, mas para ensiná-lo a melhor apreciar Deus. Não é Ele que as envia - você próprio as fabrica. Tudo o que tem a fazer é resgatar sua consciência do abismo da ignorância.

Lembre-se de que Deus julga apenas o ambiente mental interior da pessoa. O indivíduo pode muito bem ser um pecador no coração e viver rodeado de santos; ou ser um santo e cercar-se de pecadores. Santos ou pecadores se fazem em grande parte pelos amigos que procuram. Se um pecador quiser reparar seus erros na companhia dos santos, terá todas as chances de mudar, ao passo que o homem espiritualizado, mas descuidoso, se deteriorará no convívio com gente perversa. Nosso ambiente mental se forma, desde a infância, pela reação ao ambiente exterior. Esse ambiente mental interior constituído de ideias e hábitos orienta nossas ações de maneira quase automática."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 36)
 

domingo, 29 de novembro de 2015

FELICIDADE

"Muitas vezes a chamada 'felicidade' não passa de sofrimento disfarçado. Você talvez goste de comer muito, mas a consequência poderá ser uma indigestão aguda ou uma dor de estômago. A melhor maneira de assegurar a felicidade não é permitir que prazeres sensuais ou maus hábitos o controlem, mas refrear com firmeza uns e outros. Assim como não poderia matar a sua própria fome dando de comer a outra pessoa, não encontrará a felicidade satisfazendo às exigências constantes dos sentidos.

O excesso de luxo, longe de gerar felicidade, afasta-a da mente. Não desperdice a maior parte do tempo procurando coisas que o façam feliz. Sinta-se sempre satisfeito, tanto na luta pela prosperidade quanto depois de obtê-la. Você poderá ser o Rei da Felicidade numa cabana ou viver torturado pela desgraça num palácio. A felicidade é um fenômeno exclusivamente mental. Primeiro, você deve implantá-la firmemente dentro de si mesmo e depois, com a infatigável resolução de ser sempre feliz, caminhar pelo mundo buscando saúde, prosperidade e sabedoria.

Encontrará mais felicidade se procurar o sucesso com uma atitude jovial do que se tentar satisfazer ao desejo de seu coração com uma mente sombria, não importa qual desejo seja esse." 

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como ser feliz o tempo todo - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 63)
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O MEDO NÃO PODE ENTRAR EM UM CORAÇÃO TRANQUILO

"O medo é outra forma de estática que afeta seu rádio mental. Como os bons e os maus hábitos, o medo tanto pode ser construtivo quanto destrutivo. Por exemplo, quando uma esposa diz: 'Meu marido não vai gostar se eu sair esta noite, portanto, não irei', ela é motivada pelo temor afetuoso, que é construtivo. O temor afetuoso é o medo servil são diferentes. Refiro-me ao temor afetuoso, que torna prudente a pessoa que não quer ferir outra sem necessidade. O medo servil paralisa a vontade. Os membros de uma família deveriam cultivar apenas o temor afetuoso e jamais recear dizer a verdade uns aos outros. Realizar ações gentis, ou sacrificar seus próprios desejos por amor a outra pessoa é muito melhor do que fazê-lo por temor. E quando você se recusa a transgredir as leis divinas, deve fazê-lo por amor a Deus, não por medo do castigo.

O medo vem do coração. Se alguma vez você se sentir dominado pelo medo de alguma doença ou acidente, deve inspirar e expirar profunda, lenta e ritmicamente várias vezes, relaxando a cada expiração. Isso ajuda a normalizar a circulação. Se o coração estiver realmente calmo, você não sentirá medo nenhum.

A consciência da dor desperta a ansiedade no coração; por isso, o medo depende de alguma experiência prévia - talvez um dia você tenha caído e quebrado a perna, e daí aprendeu a temer a repetição dessa experiência. Ao permitir que semelhante apreensão o domine, a vontade e os nervos paralisam-se, e você pode realmente cair outra vez e quebrar a perna. Além disso, quando o coração fica paralisado de medo, sua vitalidade diminui, dando aos germes nocivos a oportunidade de invadir seu corpo."

(Paramahansa Yogananda - E Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 93/94)